segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018




PARÓQUIAS DE NISA




Terça, 13 de fevereiro de 2018








Terça da VI semana do tempo comum





TERÇA-FEIRA da semana VI
Verde – Ofício da féria.

L 1 Tg 1, 12-18; Sal 93 (94), 12-13a. 14-15. 18-19
Ev Mc 8, 14-21

 

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 30, 3-4
Sede a rocha do meu refúgio, Senhor,
e a fortaleza da minha salvação.
Para glória do vosso nome, guiai-me e conduzi-me.


ORAÇÃO
Senhor, que prometestes estar presente
nos corações rectos e sinceros,
ajudai-nos com a vossa graça
a viver de tal modo que mereçamos ser vossa morada.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Tg 1, 12-18
«Deus não tenta ninguém»


Leitura da Epístola de São Tiago

Feliz o homem que suporta com paciência a provação, porque, vencida a prova, receberá a coroa da vida, que o Senhor prometeu àqueles que O amam. Ninguém diga, ao ser tentado: «É Deus que me tenta». Porque Deus não pode ser tentado pelo mal, nem tenta ninguém. Cada um é tentado pelos seus maus desejos, que o arrastam e seduzem. Depois, os maus desejos concebem e geram o pecado e o pecado, uma vez consumado, gera a morte. Não vos deixeis enganar, caríssimos irmãos. Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vêm do alto, descem do Pai das luzes, no qual não há variação nem sombra de mudança. Foi Ele que nos gerou pela palavra da verdade, para sermos como primícias das suas criaturas.
 
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 93 (94), 12-13a.14-15.18-19 (R. 12a)
Refrão: Feliz o homem a quem Vós ensinais, Senhor. Repete-se


Feliz o homem
a quem Vós ensinais, Senhor,
e instruís na vossa lei,
para lhe dar a paz nos dias de angústia. Refrão

O Senhor não rejeita o seu povo
nem abandona a sua herança.
Mas há-de julgar com justiça
e hão-de segui-la todos os corações retos. Refrão

Quando digo: «Os meus pés vacilam»,
a vossa bondade, Senhor, me sustenta.
Quando se multiplicam as angústias do meu coração,
as vossas consolações reconfortam a minha alma. Refrão


ALELUIA Jo 14, 23
Refrão: Aleluia Repete-se
Se alguém Me ama, guardará a minha palavra,
diz o Senhor:
meu Pai O amará e faremos nele a nossa morada. Refrão



EVANGELHO Mc 8, 14-21
«Tende cuidado com o fermento dos fariseus
e o fermento de Herodes»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo, os discípulos esqueceram-se de arranjar comida e só tinham consigo um pão no barco. Então Jesus recomendou-lhes: «Tende cuidado com o fermento dos fariseus e o fermento de Herodes». Eles discutiam entre si, dizendo: «Fala assim porque não temos pão». Mas Jesus ouviu-os e disse-lhes: «Porque estais a discutir que não tendes pão? Ainda não entendeis nem compreendeis? Tendes o coração endurecido? Tendes olhos e não vedes, ouvidos e não ouvis? Não vos lembrais quantos cestos de bocados recolhestes, quando Eu parti os cinco pães para as cinco mil pessoas?». Eles responderam: «Doze». «E quantos cestos de bocados recolhestes, quando reparti sete pães para as quatro mil pessoas?». Eles responderam: «Sete». Disse-lhes então Jesus: «Não entendeis ainda?».
 
Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei, Senhor,
que estes dons sagrados
nos purifiquem e renovem,
para que, obedecendo sempre à vossa vontade,
alcancemos a recompensa eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 77, 24.29
O Senhor deu-lhes o pão do Céu:
comeram e ficaram saciados.

Ou Jo 3, 16
Deus amou tanto o mundo que lhe deu
o seu Filho Unigénito.
Quem acredita n’Ele tem a vida eterna.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentastes com o pão do Céu,
concedei-nos a graça de buscarmos sempre
aquelas realidades que nos dão a verdadeira vida.
Por Nosso Senhor.




«Não recuses nada a ninguém e não exijas nada para ti mesmo»

S. José Freinademetz




MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

3.Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.


LEITURAS: Tg 1, 12-18: A vida do homem sobre a terra é uma provação contínua; sentimo-lo na experiência de cada dia. A essas provações chamamos também tentação, e são-no, venham elas donde vierem. Em todas as coisas somos provados, experimentados, tentados, mas o Senhor não nos colocou diante dos seus dons para cairmos na tentação. Se esses dons acabam, por vezes, por serem ocasião de tentação, é devido ao nosso coração ambicioso, egoísta, onde “os maus desejos concebem e dão à luz o pecado”. Por isso, pedimos: “Não nos deixeis cair em tentação”.

Mc 8, 14-21: O Senhor adverte os seus discípulos de que devem ir além da religião formalista dos fariseus e das preocupações materialistas e políticas para poderem compreender, à luz da fé, os seus milagres. Há coisas mais importantes do que o pão para a boca, e valores que estão antes das cautelas diplomáticas de Herodes. A pessoa de Jesus é suficiente para inspirar toda a confiança aos seus discípulos.

ORAÇÃO: Senhor, concede-nos que amemos sempre a verdade.




AGENDA

09.30 horas: Funeral em Tolosa
17.00 horas: Adoração ao Santíssimo
18.00 horas; Missa na Igreja do Espírito Santo
* Todo o dia: Semana da Vida Religiosa em Fátima
*Toda a semana: Missão País, em Nisa



PALAVRA DO PASTOR
Dom Antonino Dias


NAMORADOS QUE NÃO SE MERECEM

Dia de São Valentim, Dia dos Namorados. A todos saudamos com os votos de que sejam muito felizes! Hoje, porém, vou escrever sobre um tema que a todos nos surpreende e entristece. É que, sem querer generalizar, como é evidente, há namorados que não se merecem. Há namoros que não são namoro. Como diz “o outro”, e o “outro” sabe tudo, são uma espécie de encontro a dois para a humilhação de um ou de ambos. E ninguém merece isso, ninguém, muito menos um jovem ou uma jovem. Uma das constatações de hoje, no namoro, é a violência. Considerada crime público, as Associações que acompanham tão triste fenómeno, dizem-nos que a violência no namoro é transversal à sociedade e a todas as classes sociais, que é frequente, que tem aumentado, que pode passar despercebida, que um em cada quatro jovens consideram-na legítima, etc. Sendo violência, ela tende a magoar, a humilhar, a controlar, a assustar, a fazer sofrer, sendo sempre difícil de resolver e ultrapassar, pois o amor lá tem os seus caprichos, razões que a razão não entende. Regra geral, é uma situação que se vive em silêncio, pela vergonha de o contar, pelo medo de que o namoro acabe, pelo receio de que a denúncia traga mais violência, porque a idade passa e quer-se casar, porque não se respeitaram e até já o bebé vem a caminho... Tudo se vai suportando na esperança de que, na verdade, essa violência vá acabar ou já acabou. Mas como dizem os estudiosos desses casos e é confirmado pela contumácia dos experimentados em tais brigas, não acabou nem vai acabar. Ir-se-á, isso sim, é agravar, mesmo que haja promessas de amor eterno, com pompa e circunstância, à Romeu e Julieta. Os sofrimentos, as humilhações, os homicídios e os feminicídios fruto da violência doméstica continuam mais que muitos mercê de instintos bárbaros que se vão treinando e avolumando. Há quem não queira ver este desaire já entre os namorados, quem negue a sua existência, quem a considere irrelevante, quem a legitime, quem pense que isso passa, que são questões de ciúme, do “não te quero perder”. Os namorados que se dão a estes luxos, não são, por certo, jovens adultos, são adolescentes envelhecidos e mal formados, que nem sequer têm a coragem de se mandarem bugiar. São cegos que, vendo, não veem: “quanto mais me bates mais te quero”. Ilusão!
A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), descreve a violência no namoro como um ato de violência, pontual ou contínua, cometida por um dos namorados, ou ambos, com o objetivo de controlar, dominar e ter mais poder do que a outra pessoa envolvida no namoro. Os agressores ou as vítimas tanto podem ser os rapazes como as raparigas. Mesmo quando se tende a banalizá-la ou a romantizá-la, a violência tem muitas caras e feitios, desde as verbais às físicas, desde o proibir ao obrigar, desde a publicação de fotografias íntimas ao insulto através das redes sociais, desde as relações sexuais forçadas à imposição de certas roupas para saírem juntos, desde o acesso às passwords de email e facebook à violência psicológica, desde o exigir ao outro o que não se impõe a si próprio. O individualismo reinante gera uma supersensibilidade tão doentia e tão egoísta que logo agride quem incomoda ou contraria, ficando-se nas tintas e orgulhoso por humilhar e fazer sofrer. Tudo isto torna urgente a sua prevenção e o seu combate. Entendo, porém, que a solução não estará tanto em andar à cata de quem prevaricou, nem em sensibilizar para que se faça denúncia, nem no criar linhas de apoio para que as vítimas se possam queixar, etc. Tudo isso é importante, não duvido, embora me pareça que são poucas ou nenhumas as consequências práticas quando as vítimas se queixam, podendo mesmo vir a complicar a situação. A solução mais eficaz está a montante, está na educação, qual remédio milagroso que em doses e tempos certos se deveria receitar e tomar. Este remédio profilático, barato mas eficaz, o da educação, é uma espécie de cultura que, de forma natural, se começa a entranhar desde pequenino sem exigir inteligências raras ou rasgos de génio para ser assimilada. É um somatório de experiências que informam e formam, que dão os conteúdos do bom senso e do caráter saudável e cortês. Essa cultura, apesar de tantos anos de instrução académica, parece que não se consegue viver, transmitir e fazer entender. E é pena. Tanta gente que nem ler sabe e passa a perna a colecionadores de cursos universitários nestas questões de relacionamento e de boa educação. De facto, é um bem precioso a construir pelo trabalho e o testemunho de quem tem o dever de educar, a começar pelos pais, a continuar nas escolas, a ser testemunhado por quem educa, a perceber-se na sociedade, a ser sentido como um dever de todos, sendo educado e ajudando a educar. Posso estar errado e sei que ele tem muito em que pensar e que fazer, mas acho que o Estado, no âmbito do bem-estar da família, deveria antecipar-se e agir de forma mais alargada, mais atenta, clara e eficiente. Ele tem um papel a desempenhar na formação dos cidadãos para o global exercício da cidadania. E a formação para constituir família, implica formação nos valores e virtudes humanas essenciais à vivência e convivência humana. Na verdade, as famílias são as células estaminais da sociedade, aquelas células que têm um enorme potencial terapêutico para promover e melhorar o processo regenerativo do tecido social e das patologias inerentes. Nenhuma Nação que se preze de o ser deixará de se sentir incomodada pelo desmoronamento das famílias, as células base de si própria, com todas as consequências que daí resultam. Sempre entendi - inutilmente, sei, sonho meu! -, mas sempre entendi que a preparação para o casamento, para além do indispensável trabalho dos pais, não deveria ser apenas uma preocupação da Igreja onde o casamento é Sacramento. Aí, a Igreja tem o dever de ajudar os seus membros a entender o que é um Sacramento, quais as suas exigências, os seus efeitos e consequências, onde é que está a diferença de o casamento ser ou não ser Sacramento. Da maneira que os ventos sopram e em que muitos crescem na reivindicação caprichosa e no facilitismo bonacheirão de uma educação light que compra tudo feito e sem contrariedades, o próprio casamento natural entre um homem e uma mulher deveria implicar preparação. O amor, se existe, não perdura sem a educação mútua e tudo o que ela envolve de saberes, do saber fazer, do saber ser e estar, independentemente de se ter ou não fé. Desde o chocalho aos bonecos de Estremoz, há, por aí, agora, muita coisa classificada como património da humanidade a preservar e a promover, e bem, aplaudimos. Mas que bom seria se o mais excelente património da humanidade, a Família, fosse muito melhor cuidada, defendida e promovida.
Muitas coisas se ensinam nas escolas com a esmerada dedicação dos professores. Mas a educação para os valores estruturantes da vida, bem como a importância da constituição de famílias estáveis e felizes, a própria preparação para o casamento, deveria merecer espaço, tempo e pessoas, também elas bem formadas, sem rugas ideológicas, com conteúdos e programação própria e persistente. A educação capacita para dar sentido à vida e às coisas da vida, ajuda a concretizar os sonhos de felicidade e os projetos que a ela conduzem, projetos sempre assentes na verdade. Sim, só “na medida em que o amor estiver fundado na verdade é que pode perdurar no tempo, superar o instante efémero e permanecer firme para sustentar um caminho comum. Se o amor não tivesse relação com a verdade, estaria sujeito à alteração dos sentimentos e não superaria a prova do tempo” (cf. LF27-34).

Antonino Dias
Portalegre, 09-02-2018


Igreja: Do carnaval às cinzas, uma história ligada pela lua
Festividades antecipam tempo de jejum, partilha e penitência rumo à Páscoa


Lisboa, 12 fev 2018 (Ecclesia) – O dia de carnaval, que se celebra na terça-feira, está ligado ao início do tempo da Quaresma, com as Cinzas, em datas determinadas pela Páscoa.
A maior festa cristã, que evoca a Ressurreição de Jesus, é celebrada no domingo após a primeira lua cheia que se segue ao equinócio da primavera, no hemisfério norte.
Perante práticas pré-cristãs, a Igreja Católica viria a promover alterações que permitissem ligar o período carnavalesco com a Quaresma.
Uma prática penitencial preparatória da Páscoa, com jejum, começou a definir-se a partir de meados do século II; por volta do século IV, o período quaresmal caracterizava-se como tempo de penitência e renovação interior para toda a Igreja, por meio do jejum e da abstinência.
Tertuliano, São Cipriano, São Clemente de Alexandria e o Papa Inocêncio II contestaram fortemente o carnaval, mas no ano 590 a Igreja Católica aprova que se realizem festejos que consistiam em desfiles e espetáculos de caráter cómico.
No séc. XV, o Papa Paulo II contribuiu para a evolução do carnaval, imprimindo uma mudança estética ao introduzir o baile de máscaras, quando permitiu que, em frente ao seu palácio, se realizasse o carnaval romano, com corridas de cavalos, carros alegóricos, corridas de corcundas, lançamento de ovos, água e farinha e outras manifestações populares.
Sobre a origem da palavra carnaval não há unanimidade entre os estudiosos, mas as hipóteses “carne vale” (adeus carne) ou de “carne levamen” (supressão da carne) remetem para o início do período da Quaresma.
A própria designação de entrudo, ainda muito utilizada, vem do latim ‘introitus’ e apresenta o significado de dar entrada, começo, em relação a um novo tempo litúrgico.
Os católicos de todo o mundo começam na quarta-feira a viver o tempo da Quaresma, com a celebração das Cinzas, que são impostas sobre a sua cabeça durante a Missa.
Este é um período de 40 dias, excetuando os domingos, marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão.
A Quarta-feira de Cinzas é, juntamente com a Sexta-feira Santa, um dos únicos dias de jejum e abstinência obrigatórios – e este ano, nem a coincidência com o ‘Dia dos Namorados’ leva a dispensar este preceito.
O jejum é a forma de penitência que consiste na privação de alimentos; a abstinência, por sua vez, consiste na escolha de uma alimentação simples e pobre.
A sua concretização na disciplina tradicional da Igreja era a abstenção de carne, particularmente nas sextas-feiras da Quaresma, mas pode ser substituída pela privação de outros alimentos e bebidas, com um caráter penitencial.
Nos primeiros séculos, apenas cumpriam o rito da imposição da cinza os grupos de penitentes ou pecadores que queriam receber a reconciliação no final da Quaresma, na Quinta-feira Santa.
A partir do século XI, o Papa Urbano II estendeu este rito a todos os cristãos no princípio da Quaresma.
Na Liturgia, este tempo é marcado por paramentos e vestes roxas, pela omissão do ‘Glória’ e do ‘Aleluia’ na celebração da Missa.
Ecclesia Fev 12, 2018





Sem comentários:

Enviar um comentário