PARÓQUIAS DE NISA
Terça, 13 de fevereiro de 2018
Terça da VI semana do tempo comum
TERÇA-FEIRA
da semana VI
Verde – Ofício da
féria.
L 1 Tg 1, 12-18; Sal 93 (94), 12-13a. 14-15. 18-19
Ev Mc 8, 14-21
L 1 Tg 1, 12-18; Sal 93 (94), 12-13a. 14-15. 18-19
Ev Mc 8, 14-21
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 30, 3-4
Sede a rocha do meu refúgio, Senhor,
e a fortaleza da minha salvação.
Para glória do vosso nome, guiai-me e conduzi-me.
ORAÇÃO
Senhor, que prometestes estar presente
nos corações rectos e sinceros,
ajudai-nos com a vossa graça
a viver de tal modo que mereçamos ser vossa morada.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Tg 1, 12-18
«Deus não tenta ninguém»
Leitura da Epístola de São Tiago
Sede a rocha do meu refúgio, Senhor,
e a fortaleza da minha salvação.
Para glória do vosso nome, guiai-me e conduzi-me.
ORAÇÃO
Senhor, que prometestes estar presente
nos corações rectos e sinceros,
ajudai-nos com a vossa graça
a viver de tal modo que mereçamos ser vossa morada.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Tg 1, 12-18
«Deus não tenta ninguém»
Leitura da Epístola de São Tiago
Feliz o homem que suporta com paciência a provação, porque, vencida a prova, receberá a coroa da vida, que o Senhor prometeu àqueles que O amam. Ninguém diga, ao ser tentado: «É Deus que me tenta». Porque Deus não pode ser tentado pelo mal, nem tenta ninguém. Cada um é tentado pelos seus maus desejos, que o arrastam e seduzem. Depois, os maus desejos concebem e geram o pecado e o pecado, uma vez consumado, gera a morte. Não vos deixeis enganar, caríssimos irmãos. Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vêm do alto, descem do Pai das luzes, no qual não há variação nem sombra de mudança. Foi Ele que nos gerou pela palavra da verdade, para sermos como primícias das suas criaturas.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 93 (94), 12-13a.14-15.18-19 (R. 12a)
Refrão: Feliz o homem a quem Vós ensinais, Senhor. Repete-se
Feliz o homem
a quem Vós ensinais, Senhor,
e instruís na vossa lei,
para lhe dar a paz nos dias de angústia. Refrão
O Senhor não rejeita o seu povo
nem abandona a sua herança.
Mas há-de julgar com justiça
e hão-de segui-la todos os corações retos. Refrão
Quando digo: «Os meus pés vacilam»,
a vossa bondade, Senhor, me sustenta.
Quando se multiplicam as angústias do meu coração,
as vossas consolações reconfortam a minha alma. Refrão
ALELUIA Jo 14, 23
Refrão: Aleluia Repete-se
Se alguém Me ama, guardará a minha palavra,
diz o Senhor:
meu Pai O amará e faremos nele a nossa morada. Refrão
EVANGELHO Mc 8, 14-21
«Tende cuidado com o fermento dos fariseus
e o fermento de Herodes»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, os discípulos esqueceram-se de arranjar comida e só tinham consigo um pão no barco. Então Jesus recomendou-lhes: «Tende cuidado com o fermento dos fariseus e o fermento de Herodes». Eles discutiam entre si, dizendo: «Fala assim porque não temos pão». Mas Jesus ouviu-os e disse-lhes: «Porque estais a discutir que não tendes pão? Ainda não entendeis nem compreendeis? Tendes o coração endurecido? Tendes olhos e não vedes, ouvidos e não ouvis? Não vos lembrais quantos cestos de bocados recolhestes, quando Eu parti os cinco pães para as cinco mil pessoas?». Eles responderam: «Doze». «E quantos cestos de bocados recolhestes, quando reparti sete pães para as quatro mil pessoas?». Eles responderam: «Sete». Disse-lhes então Jesus: «Não entendeis ainda?».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei, Senhor,
que estes dons sagrados
nos purifiquem e renovem,
para que, obedecendo sempre à vossa vontade,
alcancemos a recompensa eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 77, 24.29
O Senhor deu-lhes o pão do Céu:
comeram e ficaram saciados.
Ou Jo 3, 16
Deus amou tanto o mundo que lhe deu
o seu Filho Unigénito.
Quem acredita n’Ele tem a vida eterna.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentastes com o pão do Céu,
concedei-nos a graça de buscarmos sempre
aquelas realidades que nos dão a verdadeira vida.
Por Nosso Senhor.
«Não recuses nada a ninguém e não exijas nada para ti mesmo»
S. José Freinademetz
MÉTODO DE ORAÇÃO
BÍBLICA
3.Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2.
Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS: Tg 1, 12-18: A
vida do homem sobre a terra é uma provação contínua; sentimo-lo na experiência
de cada dia. A essas provações chamamos também tentação, e são-no, venham elas
donde vierem. Em todas as coisas somos provados, experimentados, tentados, mas
o Senhor não nos colocou diante dos seus dons para cairmos na tentação. Se
esses dons acabam, por vezes, por serem ocasião de tentação, é devido ao nosso
coração ambicioso, egoísta, onde “os maus desejos concebem e dão à luz o
pecado”. Por isso, pedimos: “Não nos deixeis cair em tentação”.
Mc
8, 14-21: O Senhor adverte os seus discípulos de que devem ir
além da religião formalista dos fariseus e das preocupações materialistas e
políticas para poderem compreender, à luz da fé, os seus milagres. Há coisas
mais importantes do que o pão para a boca, e valores que estão antes das
cautelas diplomáticas de Herodes. A pessoa de Jesus é suficiente para inspirar
toda a confiança aos seus discípulos.
ORAÇÃO: Senhor, concede-nos que amemos
sempre a verdade.
AGENDA
09.30 horas: Funeral em Tolosa
17.00 horas: Adoração ao Santíssimo
18.00 horas; Missa na Igreja do Espírito Santo
* Todo o dia: Semana da Vida Religiosa em Fátima
*Toda a semana: Missão País, em Nisa
PALAVRA DO
PASTOR
Dom Antonino Dias
NAMORADOS QUE NÃO SE
MERECEM
Dia de São Valentim, Dia dos Namorados. A todos saudamos com os
votos de que sejam muito felizes! Hoje, porém, vou escrever sobre um tema que a
todos nos surpreende e entristece. É que, sem querer generalizar, como é
evidente, há namorados que não se merecem. Há namoros que não são namoro. Como
diz “o outro”, e o “outro” sabe tudo, são uma espécie de encontro a dois para a
humilhação de um ou de ambos. E ninguém merece isso, ninguém, muito menos um
jovem ou uma jovem. Uma das constatações de hoje, no namoro, é a violência.
Considerada crime público, as Associações que acompanham tão triste fenómeno,
dizem-nos que a violência no namoro é transversal à sociedade e a todas as
classes sociais, que é frequente, que tem aumentado, que pode passar
despercebida, que um em cada quatro jovens consideram-na legítima, etc. Sendo
violência, ela tende a magoar, a humilhar, a controlar, a assustar, a fazer
sofrer, sendo sempre difícil de resolver e ultrapassar, pois o amor lá tem os
seus caprichos, razões que a razão não entende. Regra geral, é uma situação que
se vive em silêncio, pela vergonha de o contar, pelo medo de que o namoro
acabe, pelo receio de que a denúncia traga mais violência, porque a idade passa
e quer-se casar, porque não se respeitaram e até já o bebé vem a caminho...
Tudo se vai suportando na esperança de que, na verdade, essa violência vá
acabar ou já acabou. Mas como dizem os estudiosos desses casos e é confirmado
pela contumácia dos experimentados em tais brigas, não acabou nem vai acabar.
Ir-se-á, isso sim, é agravar, mesmo que haja promessas de amor eterno, com
pompa e circunstância, à Romeu e Julieta. Os sofrimentos, as humilhações, os
homicídios e os feminicídios fruto da violência doméstica continuam mais que
muitos mercê de instintos bárbaros que se vão treinando e avolumando. Há quem
não queira ver este desaire já entre os namorados, quem negue a sua existência,
quem a considere irrelevante, quem a legitime, quem pense que isso passa, que
são questões de ciúme, do “não te quero perder”. Os namorados que se dão a
estes luxos, não são, por certo, jovens adultos, são adolescentes envelhecidos
e mal formados, que nem sequer têm a coragem de se mandarem bugiar. São cegos
que, vendo, não veem: “quanto mais me bates mais te quero”. Ilusão!
A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), descreve a
violência no namoro como um ato de violência, pontual ou contínua, cometida por
um dos namorados, ou ambos, com o objetivo de controlar, dominar e ter mais
poder do que a outra pessoa envolvida no namoro. Os agressores ou as vítimas
tanto podem ser os rapazes como as raparigas. Mesmo quando se tende a
banalizá-la ou a romantizá-la, a violência tem muitas caras e feitios, desde as
verbais às físicas, desde o proibir ao obrigar, desde a publicação de
fotografias íntimas ao insulto através das redes sociais, desde as relações
sexuais forçadas à imposição de certas roupas para saírem juntos, desde o
acesso às passwords de email e facebook à violência psicológica, desde o exigir
ao outro o que não se impõe a si próprio. O individualismo reinante gera uma
supersensibilidade tão doentia e tão egoísta que logo agride quem incomoda ou
contraria, ficando-se nas tintas e orgulhoso por humilhar e fazer sofrer. Tudo
isto torna urgente a sua prevenção e o seu combate. Entendo, porém, que a
solução não estará tanto em andar à cata de quem prevaricou, nem em
sensibilizar para que se faça denúncia, nem no criar linhas de apoio para que
as vítimas se possam queixar, etc. Tudo isso é importante, não duvido, embora
me pareça que são poucas ou nenhumas as consequências práticas quando as
vítimas se queixam, podendo mesmo vir a complicar a situação. A solução mais
eficaz está a montante, está na educação, qual remédio milagroso que em doses e
tempos certos se deveria receitar e tomar. Este remédio profilático, barato mas
eficaz, o da educação, é uma espécie de cultura que, de forma natural, se
começa a entranhar desde pequenino sem exigir inteligências raras ou rasgos de
génio para ser assimilada. É um somatório de experiências que informam e
formam, que dão os conteúdos do bom senso e do caráter saudável e cortês. Essa
cultura, apesar de tantos anos de instrução académica, parece que não se
consegue viver, transmitir e fazer entender. E é pena. Tanta gente que nem ler
sabe e passa a perna a colecionadores de cursos universitários nestas questões
de relacionamento e de boa educação. De facto, é um bem precioso a construir
pelo trabalho e o testemunho de quem tem o dever de educar, a começar pelos
pais, a continuar nas escolas, a ser testemunhado por quem educa, a perceber-se
na sociedade, a ser sentido como um dever de todos, sendo educado e ajudando a
educar. Posso estar errado e sei que ele tem muito em que pensar e que fazer,
mas acho que o Estado, no âmbito do bem-estar da família, deveria antecipar-se
e agir de forma mais alargada, mais atenta, clara e eficiente. Ele tem um papel
a desempenhar na formação dos cidadãos para o global exercício da cidadania. E
a formação para constituir família, implica formação nos valores e virtudes
humanas essenciais à vivência e convivência humana. Na verdade, as famílias são
as células estaminais da sociedade, aquelas células que têm um enorme potencial
terapêutico para promover e melhorar o processo regenerativo do tecido social e
das patologias inerentes. Nenhuma Nação que se preze de o ser deixará de se
sentir incomodada pelo desmoronamento das famílias, as células base de si
própria, com todas as consequências que daí resultam. Sempre entendi -
inutilmente, sei, sonho meu! -, mas sempre entendi que a preparação para o
casamento, para além do indispensável trabalho dos pais, não deveria ser apenas
uma preocupação da Igreja onde o casamento é Sacramento. Aí, a Igreja tem o
dever de ajudar os seus membros a entender o que é um Sacramento, quais as suas
exigências, os seus efeitos e consequências, onde é que está a diferença de o
casamento ser ou não ser Sacramento. Da maneira que os ventos sopram e em que
muitos crescem na reivindicação caprichosa e no facilitismo bonacheirão de uma
educação light que compra tudo feito e sem contrariedades, o próprio casamento
natural entre um homem e uma mulher deveria implicar preparação. O amor, se
existe, não perdura sem a educação mútua e tudo o que ela envolve de saberes,
do saber fazer, do saber ser e estar, independentemente de se ter ou não fé.
Desde o chocalho aos bonecos de Estremoz, há, por aí, agora, muita coisa
classificada como património da humanidade a preservar e a promover, e bem,
aplaudimos. Mas que bom seria se o mais excelente património da humanidade, a
Família, fosse muito melhor cuidada, defendida e promovida.
Muitas coisas se ensinam nas escolas com a esmerada dedicação dos
professores. Mas a educação para os valores estruturantes da vida, bem como a
importância da constituição de famílias estáveis e felizes, a própria
preparação para o casamento, deveria merecer espaço, tempo e pessoas, também
elas bem formadas, sem rugas ideológicas, com conteúdos e programação própria e
persistente. A educação capacita para dar sentido à vida e às coisas da vida, ajuda
a concretizar os sonhos de felicidade e os projetos que a ela conduzem,
projetos sempre assentes na verdade. Sim, só “na medida em que o amor estiver
fundado na verdade é que pode perdurar no tempo, superar o instante efémero e
permanecer firme para sustentar um caminho comum. Se o amor não tivesse relação
com a verdade, estaria sujeito à alteração dos sentimentos e não superaria a
prova do tempo” (cf. LF27-34).
Antonino Dias
Portalegre, 09-02-2018
Igreja: Do carnaval às cinzas, uma história ligada
pela lua
Festividades antecipam tempo de jejum, partilha e
penitência rumo à Páscoa
Lisboa,
12 fev 2018 (Ecclesia) – O dia de carnaval, que se
celebra na terça-feira, está ligado ao início do tempo da Quaresma, com as
Cinzas, em datas determinadas pela Páscoa.
A maior festa cristã, que evoca a
Ressurreição de Jesus, é celebrada no domingo após a primeira lua cheia que se
segue ao equinócio da primavera, no hemisfério norte.
Perante práticas pré-cristãs, a Igreja
Católica viria a promover alterações que permitissem ligar o período
carnavalesco com a Quaresma.
Uma prática penitencial preparatória da
Páscoa, com jejum, começou a definir-se a partir de meados do século II; por
volta do século IV, o período quaresmal caracterizava-se como tempo de
penitência e renovação interior para toda a Igreja, por meio do jejum e da
abstinência.
Tertuliano, São Cipriano, São Clemente
de Alexandria e o Papa Inocêncio II contestaram fortemente o carnaval, mas no
ano 590 a Igreja Católica aprova que se realizem festejos que consistiam em
desfiles e espetáculos de caráter cómico.
No séc. XV, o Papa Paulo II contribuiu
para a evolução do carnaval, imprimindo uma mudança estética ao introduzir o
baile de máscaras, quando permitiu que, em frente ao seu palácio, se realizasse
o carnaval romano, com corridas de cavalos, carros alegóricos, corridas de
corcundas, lançamento de ovos, água e farinha e outras manifestações populares.
Sobre a origem da palavra carnaval não
há unanimidade entre os estudiosos, mas as hipóteses “carne vale” (adeus carne)
ou de “carne levamen” (supressão da carne) remetem para o início do período da
Quaresma.
A própria designação de entrudo, ainda
muito utilizada, vem do latim ‘introitus’ e apresenta o significado de dar
entrada, começo, em relação a um novo tempo litúrgico.
Os católicos de todo o mundo começam na
quarta-feira a viver o tempo da Quaresma, com a celebração das Cinzas, que são
impostas sobre a sua cabeça durante a Missa.
Este é um período de 40 dias, excetuando
os domingos, marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de
preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão.
A Quarta-feira de Cinzas é, juntamente
com a Sexta-feira Santa, um dos únicos dias de jejum e abstinência obrigatórios
– e este ano, nem a coincidência com o ‘Dia dos Namorados’ leva a dispensar
este preceito.
O jejum é a forma de penitência que
consiste na privação de alimentos; a abstinência, por sua vez, consiste na
escolha de uma alimentação simples e pobre.
A sua concretização na disciplina
tradicional da Igreja era a abstenção de carne, particularmente nas
sextas-feiras da Quaresma, mas pode ser substituída pela privação de outros
alimentos e bebidas, com um caráter penitencial.
Nos primeiros séculos, apenas cumpriam o
rito da imposição da cinza os grupos de penitentes ou pecadores que queriam
receber a reconciliação no final da Quaresma, na Quinta-feira Santa.
A partir do século XI, o Papa Urbano II
estendeu este rito a todos os cristãos no princípio da Quaresma.
Na Liturgia, este tempo é marcado por
paramentos e vestes roxas, pela omissão do ‘Glória’ e do ‘Aleluia’ na
celebração da Missa.
Ecclesia Fev 12, 2018
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