PARÓQUIAS DE NISA
Domingo, 04 de fevereiro de 2018
V domingo do tempo comum
DOMINGO V DO
TEMPO COMUM
Verde
– Ofício do domingo (Semana I do Saltério). Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.
L 1 Job 7, 1-4. 6-7; Sal 146 (147), 1-2. 3-4. 5-6
L 2 1 Cor 9, 16-19. 22-23
Ev Mc 1, 29-39
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Em todas as dioceses de Portugal – Ofertório para a Universidade Católica.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.
L 1 Job 7, 1-4. 6-7; Sal 146 (147), 1-2. 3-4. 5-6
L 2 1 Cor 9, 16-19. 22-23
Ev Mc 1, 29-39
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Em todas as dioceses de Portugal – Ofertório para a Universidade Católica.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 94, 6-7
Vinde, prostremo-nos em terra,
adoremos o Senhor que nos criou.
O Senhor é o nosso Deus.
ORAÇÃO
Guardai, Senhor, com paternal bondade a vossa família;
e, porque só em Vós põe a sua confiança,
defendei-a sempre com a vossa proteção.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Job 7, 1-4.6-7
«Agito-me angustiado até ao crepúsculo»
Leitura do Livro de Job
Vinde, prostremo-nos em terra,
adoremos o Senhor que nos criou.
O Senhor é o nosso Deus.
ORAÇÃO
Guardai, Senhor, com paternal bondade a vossa família;
e, porque só em Vós põe a sua confiança,
defendei-a sempre com a vossa proteção.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Job 7, 1-4.6-7
«Agito-me angustiado até ao crepúsculo»
Leitura do Livro de Job
Job tomou a palavra, dizendo: «Não vive o homem sobre a terra como um soldado? Não são os seus dias como os de um mercenário? Como o escravo que suspira pela sombra e o trabalhador que espera pelo seu salário, assim eu recebi em herança meses de desilusão e couberam-me em sorte noites de amargura. Se me deito, digo: ‘Quando é que me levanto?’. Se me levanto: ‘Quando chegará a noite?’; e agito-me angustiado até ao crepúsculo. Os meus dias passam mais velozes que uma lançadeira de tear e desvanecem-se sem esperança. – Recordai-Vos que a minha vida não passa de um sopro e que os meus olhos nunca mais verão a felicidade».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 146 (147), 1-2.3-4.5-6 (R. cf. 3a ou Aleluia)
Refrão: Louvai o Senhor, que salva os corações atribulados. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Louvai o Senhor, porque é bom cantar,
é agradável e justo celebrar o seu louvor.
O Senhor edificou Jerusalém,
congregou os dispersos de Israel. Refrão
Sarou os corações dilacerados
e ligou as suas feridas.
Fixou o número das estrelas
e deu a cada uma o seu nome. Refrão
Grande é o nosso Deus e todo-poderoso,
é sem limites a sua sabedoria.
O Senhor conforta os humildes
e abate os ímpios até ao chão. Refrão
LEITURA II 1 Cor 9, 16-19.22-23
«Ai de mim se não evangelizar!»
Leitura da Primeira Epístola do apóstolo S. Paulo aos Coríntios
Irmãos: Anunciar o Evangelho não é para mim um título de glória, é uma obrigação que me foi imposta. Ai de mim se não anunciar o Evangelho! Se o fizesse por minha iniciativa, teria direito a recompensa. Mas, como não o faço por minha iniciativa, desempenho apenas um cargo que me está confiado. Em que consiste, então, a minha recompensa? Em anunciar gratuitamente o Evangelho, sem fazer valer os direitos que o Evangelho me confere. Livre como sou em relação a todos, de todos me fiz escravo, para ganhar o maior número possível. Com os fracos tornei-me fraco, a fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, a fim de ganhar alguns a todo o custo. E tudo faço por causa do Evangelho, para me tornar participante dos seus bens.
Palavra do Senhor.
ALELUIA Mt 8, 17
Refrão: Aleluia. Repete-se
Cristo suportou as nossas enfermidades
e tomou sobre Si as nossas dores. Refrão
EVANGELHO Mc 1, 29-39
«Curou muitas pessoas, atormentadas por várias doenças»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, Jesus saiu da sinagoga e foi, com Tiago e João, a casa de Simão e André. A sogra de Simão estava de cama com febre e logo Lhe falaram dela. Jesus aproximou-Se, tomou-a pela mão e levantou-a. A febre deixou-a e ela começou a servi-los. Ao cair da tarde, já depois do sol-posto, trouxeram-Lhe todos os doentes e possessos e a cidade inteira ficou reunida diante da porta. Jesus curou muitas pessoas, que eram atormentadas por várias doenças, e expulsou muitos demónios. Mas não deixava que os demónios falassem, porque sabiam quem Ele era. De manhã, muito cedo, levantou-Se e saiu. Retirou-Se para um sítio ermo e aí começou a orar. Simão e os companheiros foram à procura d’Ele e, quando O encontraram, disseram-Lhe: «Todos Te procuram». Ele respondeu-lhes: «Vamos a outros lugares, às povoações vizinhas, a fim de pregar aí também, porque foi para isso que Eu vim». E foi por toda a Galileia, pregando nas sinagogas e expulsando os demónios.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus,
que criastes o pão e o vinho para auxílio da nossa fraqueza
concedei que eles se tornem para nós
sacramento de vida eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 106, 8-9
Dêmos graças ao Senhor pela sua misericórdia,
pelos seus prodígios em favor dos homens,
porque Ele deu de beber aos que tinham sede
e saciou os que tinham fome.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus de bondade,
que nos fizestes participantes do mesmo pão
e do mesmo cálice,
concedei que, unidos na alegria e no amor de Cristo,
dêmos fruto abundante para a salvação do mundo.
Por Nosso Senhor.
«
Fiz-me tudo para todos, a fim de ganhar alguns a todo o custo. E tudo faço por
causa do Evangelho, para me tornar participante dos seus bens»
S. Paulo
MÉTODO DE ORAÇÃO
BÍBLICA
3.Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2.
Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS: Job 7, 1-4.6-7: Job
é o tipo de todo o homem que sofre e que não sabe encontrar explicação para o
sofrimento. No entanto, ele sabe que o Senhor não é estranho a esse sofrimento;
por isso, se abandona nas suas mãos, invocando-O e esperando a sua resposta. Se
Job tivesse conhecido a Paixão de Cristo seguida da Ressurreição, teria
encontrado resposta mais completa para a sua dor!
1
Cor 9, 16-19.22-23: O que leva S. Paulo a pregar o Evangelho
é exclusivamente a consciência que tem de que o deve pregar para salvação de
todos. Até o direito que tem de ser assistido materialmente pelos irmãos ele
rejeita, para ficar mais livre na sua pregação. E é na fidelidade à urgência
deste serviço na fé e no amor a Cristo que ele experimenta a alegria da
liberdade.
Mc
1, 29-39: Ao contrário de Job, sofredor e incapaz de superar o
mal, Jesus cura as doenças e expulsa os demónios. Assim Se afirma Senhor da
vida e da morte, e anuncia desde já a ressurreição. E quer levar esta Boa Nova
a toda a parte; por isso, não se deixa ficar preso pelos interesses, sempre
limitativos, dos seus beneficiários, mas alarga a sua ação a todos os lados.
Todavia esta atividade tão intensa não O impede de procurar um lugar ermo para
aí orar ao Pai.
ORAÇÃO: Senhor, concede-nos que amemos
sempre a verdade.
AGENDA
08.30 horas: Funeral em Amieira do Tejo
09.30 horas: Missa em Amieira do Tejo
10.45 horas: Missa em Tolosa
11.00 horas: Missa em Arez
11.00 horas: Missa em Nisa. Nossa
Senhora da Graça
12.00 horas: Missa em Gáfete
12.30 horas: Missa na Falagueira
12.30 horas: Celebração da Palavra
em Monte Claro
15.30 horas: Missa em Montalvão
15.30 horas: Missa em Arneiro
15.30 horas: Missa em Cacheiro.
PALAVRA DO
PASTOR
Dom Antonino Dias
E DIREI A SÃO PEDRO: FECHA A PORTA PORQUE FICO
Todos somos convidados e temos por obrigação tender à santidade e à
perfeição do próprio estado. É uma obrigação exigente à qual não podemos
renunciar. Os santos e santas foram sempre fonte e origem de renovação nas
circunstâncias mais difíceis em toda a história da Igreja. Hoje temos
muitíssima falta de santos, que devemos pedir com assiduidade, afirmava São
João Paulo II (cf. ChFL16). Vamos recordar e celebrar Santa Josefina Bakhita –
a Santa Irmã Moreninha -, uma antiga e sofrida escrava negra que se abriu
admiravelmente à graça e a quem humildemente pedimos a sua proteção.
Nasceu em 1869, no Sudão, um dos países mais pobres da África.
Ainda menina, foi raptada e feita escrava. O susto, a violência, o trauma, a
angústia de ter sido raptada e feita escrava foram tão profundos que lhe
provocaram lapsos de memória e até esqueceu o seu próprio nome. O nome
"Bakhita" que significa em idioma africano, "afortunada",
não é o nome recebido de seus pais, foi-lhe atribuído pelos raptores. Na
situação de escrava, comprada e vendida várias vezes nos mercados de El Obeid e
de Cartum, experimentou a humilhação e todo o tipo de sofrimento tanto físico
como moral e psicológico.
Na capital do Sudão, Bakhita foi finalmente comprada aos
negociantes de escravos negros por um Cônsul italiano, Calixto Legnani. Pela
primeira vez, desde o dia em que fora raptada, percebeu, com agradável
surpresa, que agora a tratavam com maneiras afáveis e cordiais. Na casa do
Cônsul, Bakhita encontrou serenidade, carinho e momentos de alegria, ainda que
sempre escurecidos pela saudade de sua própria família.
Situações políticas obrigaram o Cônsul a partir para Itália.
Bakhita pediu-lhe que a levasse consigo e com eles partiu também um amigo do
Cônsul, Augusto Michieli.
Chegados a Gênova, o Sr. Legnani, pressionado pelos pedidos da
esposa do Sr. Michieli que simpatizara muito com Bakhita e a tratava com muito
carinho, concordou que ela fosse morar com eles. Assim, ela partiu para a nova
família que residia em Zeniago, Veneza. Algum tempo depois, nasceu uma filha
deste casal e Bakhita passou a cuidar da menina e tornaram-se grandes amigas.
Esta família com a qual Bakhita vivia tinha negócios em África. A um dado
momento, esses negócios exigiram que o casal voltasse à África. Eles até
pensaram em levar também as duas meninas, mas foram aconselhados a deixa-las em
Itália, por mais algum tempo. Ficaram sob os cuidados das irmãs da Congregação
das Filhas da Caridade de Santa Madalena de Canossa, em Veneza. Alí, Bakhita
recebeu a mensagem do Evangelho, conheceu Jesus e foi batizada aos vinte e um
anos, em 9 de janeiro de 1890, com o nome de Josefina em homenagem a São josé,
não sabendo como exprimir a sua alegria. Desse dia em diante, era fácil vê-la
beijar a pia batismal e dizer: «Aqui me tornei filha de Deus!». Sentindo que
Deus a segurava pela mão, tornava-se cada vez mais consciente de como aquele
Deus, que agora conhecia e amava, a havia conduzido a Si por caminhos tão
difíceis e misteriosos.
Algum tempo mais tarde, o casal retornou de África para buscar a
sua filha e Bakhita. Para surpresa de todos, Bakhita pediu para ficar, pois
queria tornar-se religiosa canossiana. Depois de “tantas provas de amor
recebidas”, dizia ela, queria servir a Deus nessa vocação. Seus “pais”
concordaram e ela ficou. Começava ali uma nova jornada na sua vida. Tendo ainda
passado por um tempo de discernimento vocacional, em 8 de dezembro de 1896 fez
os seus votos, consagrando-se ao Senhor perante o qual se interrogava e a quem
chamava carinhosamente de “meu Patrão”: «Vendo o sol, a lua e as estrelas,
dizia comigo mesma: Quem é o Patrão dessas coisas tão bonitas? E sentia uma
vontade imensa de vê-Lo, conhecê-Lo e prestar-lhe homenagem».
E assim viveu, na vida religiosa, por mais de meio século. Durante
esse tempo, cheia de humildade e amor, dedicou-se a todos os tipos de atividade
da Congregação. Cuidou das roupas, foi cozinheira, sacristã, porteira e
bordadeira, sempre com um sorriso contagiante a conquistar o coração de toda a
gente. As irmãs e os fiéis tratavam-na carinhosamente por “irmã morena”,
admiravam-na pela sua bondade e dedicação generosa e pelo seu grande desejo de
fazer com que Jesus fosse cada vez mais conhecido e amado. Ela sempre
aconselhava: "Sede boas, amai a Deus, rezai por aqueles que não O
conhecem. Se soubésseis que grande graça é conhecer a Deus!".
Com o passar dos anos ficou doente e sofreu longa e dolorosamente.
No entanto, a quem a visitava e lhe perguntava como se sentia, respondia
sorridente: «Como o Patrão quer». E continuava firme no seu sorriso, dando um
precioso testemunho de fé. Falando no sério, tinha uma grande capacidade de rir
de si mesma e de brincar. Dizendo-se carregada em viagem, gracejava confiante:
"Vou devagar, passo a passo, porque levo duas grandes malas: numa vão os
meus pecados, e na outra, muito mais pesada, os méritos infinitos de Jesus.
Quando chegar ao céu abrirei as malas e direi a Deus: Pai eterno, agora podes
julgar. E a São Pedro: fecha a porta, porque fico". Ao final de sua vida,
Santa Josefina Bakhita reviveu os horrores da escravidão, que ainda estavam
gravados no seu inconsciente e várias vezes suplicava à enfermeira que a
assistia: «Solta-me as correntes ... pesam muito!». As suas últimas palavras
antes de fechar definitivamente os olhos, aos 78 anos de idade, em 8 de
fevereiro de 1947, em casa da Congregação, em Schio, Itália, foram para dizer:
«Nossa Senhora! Nossa Senhora!», percebendo-se o seu último sorriso a
testemunhar o encontro com a Mãe de Jesus a quem tinha profunda devoção. Foi
sepultada na capela de uma família de Schio, os Gasparella, tendo passado mais
tarde para o Templo da Sagrada Família, onde está sob o altar da Igreja do
mesmo convento.
Em 1992, a “Santa Irmã Morena ou Moreninha” foi beatificada por
João Paulo II e, em outubro de 2000, foi canonizada pelo mesmo Papa, tendo como
dia litúrgico o dia da sua morte, 8 de fevereiro.
Antonino Dias
Portalegre, 02-02-2018
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