PARÓQUIAS DE NISA
Segunda, 05 de fevereiro de 2018
Segunda da V semana do tempo comum
SEGUNDA-FEIRA
da semana V
S. Águeda,
virgem e mártir – MO
Vermelho – Ofício da memória.
Missa da memória.
L 1 1 Re 8, 1-7. 9-13; Sal 131 (132), 6-7. 8-10
Ev Mc 6, 53-56
Vermelho – Ofício da memória.
Missa da memória.
L 1 1 Re 8, 1-7. 9-13; Sal 131 (132), 6-7. 8-10
Ev Mc 6, 53-56
S. ÁGUEDA, virgem e mártir
Nota Histórica
Sofreu o
martírio em Catânia (Sicília), provavelmente na perseguição de Décio. O seu
culto propagou-se desde a antiguidade por toda a Igreja e o seu nome foi
inserido no Cânon Romano.
MISSA
Antífona de entrada
Esta
é a gloriosa virgem mártir, que derramou o seu sangue por Cristo, não temeu as ameaças
dos juízes e assim alcançou o reino dos Céus.
ORAÇÃO
Concedei-nos, Senhor, os dons da
vossa misericórdia, por intercessão de Santa Águeda, que soube agradar-Vos pela
consagração da sua virgindade e pela coragem no seu martírio. Por Nosso Senhor
Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA
I
1 Reis 8, 1-7.9-13
«Colocaram a arca da aliança no Santo dos Santos
e uma nuvem encheu o templo do Senhor»
Leitura do Primeiro Livro dos Reis
«Colocaram a arca da aliança no Santo dos Santos
e uma nuvem encheu o templo do Senhor»
Leitura do Primeiro Livro dos Reis
Naqueles dias, o rei Salomão convocou à sua presença, em Jerusalém, os anciãos de Israel, os chefes das tribos e os chefes das famílias de Israel, para levarem da Cidade de David, que é Sião, a arca da aliança do Senhor. Todos os homens de Israel se reuniram junto do rei Salomão, no mês de Etanim, que é o sétimo mês, durante a festa dos Tabernáculos. Quando chegaram todos os anciãos de Israel, os sacerdotes pegaram na arca do Senhor. Transportaram-na juntamente com a Tenda da Reunião e todas as alfaias sagradas que nela se encontravam. O rei Salomão e toda a comunidade de Israel, reunida junto dele, diante da arca, ofereciam em sacrifício tantos carneiros e bois que não se poderiam contar nem calcular. Os sacerdotes colocaram a arca da aliança do Senhor no seu lugar, isto é, na parte interior do templo, chamada Santo dos Santos, sob as asas dos querubins. Os querubins estendiam as asas por sobre o lugar da arca, cobrindo a arca e os seus varais. Na arca não havia nada, além das duas tábuas de pedra que Moisés, no monte Horeb, aí tinha colocado: as tábuas da aliança que o Senhor estabeleceu com os filhos de Israel, quando eles saíram da terra do Egipto. Logo que os sacerdotes saíram do santuário, uma nuvem encheu o templo do Senhor e os sacerdotes não puderam continuar a exercer o seu ministério por causa da nuvem: a glória do Senhor enchia o templo. Então Salomão exclamou: «O Senhor decidiu habitar na nuvem escura. Edifiquei-Vos, Senhor, uma casa para vossa morada, um lugar onde habitareis para sempre».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 131 (132), 6-7.8-10 (R. cf. 8a)
Refrão: Levantai-Vos, Senhor,
e entrai no vosso santuário. Repete-se
Ouvimos dizer que a arca estava em Éfrata,
encontrámo-la nas campinas de Jaar.
Entremos no seu santuário,
prostremo-nos a seus pés. Refrão
Levantai-Vos, Senhor, e entrai no vosso repouso,
Vós e a arca da vossa majestade.
Revistam-se de justiça os vossos sacerdotes,
exultem de alegria os vossos fiéis.
Por amor de David, vosso servo,
não afasteis o rosto do vosso Ungido. Refrão
ALELUIA Refrão
Refrão: Aleluia Repete-se
Jesus proclamava o Evangelho do reino
e curava todas as doenças entre o povo. Refrão
EVANGELHO Mc 6, 53-56
«Todos os que O tocavam ficavam curados»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, Jesus e os seus discípulos fizeram a travessia do lago e vieram para terra em Genesaré, onde aportaram. Quando saíram do barco, as pessoas reconheceram logo Jesus; então percorreram toda aquela região e começaram a trazer os doentes nos catres, para onde ouviam dizer que Ele estava. Nas aldeias, cidades ou casais onde Jesus entrasse, colocavam os enfermos nas praças públicas e pediam que os deixasse tocar-Lhe ao menos na orla do manto. E todos os que O tocavam ficavam curados.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO
SOBRE AS OBLATAS
Os dons que Vos apresentamos na
festa memória de Santa Águeda Vos sejam agradáveis, Senhor, como foi agradável
a vossos olhos o combate do seu martírio. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso
Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA
DA COMUNHÃO (MT
16,24)
Quem quiser seguir-Me, diz o Senhor, renuncie a si mesmo, torne a sua cruz e siga-Me.
Quem quiser seguir-Me, diz o Senhor, renuncie a si mesmo, torne a sua cruz e siga-Me.
ORAÇÃO
DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que glorificastes Santa
Águeda com a dupla coroa da virgindade e do martírio, concedei-nos, por este sacramento,
a graça de vencermos corajosamente todo o mal e de chegarmos à glória do Céu. Por
Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do
Espírito Santo
« O êxito da missão é fruto da graça,
tornado possível pela entrega incondicional e dedicação generosa do
missionário. »
S. José Freinademetz
MÉTODO DE ORAÇÃO
BÍBLICA
3.Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2.
Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS: 1 Reis 8, 1-7.9-13: Uma
vez terminado o templo, Salomão e toda a comunidade do povo de Deus conduziram
a Arca da Aliança para o seu novo lugar em procissão soleníssima, que bem
mostrava o sentido sagrado em que era tido o templo, a arca, os sacrifícios
oferecidos e a própria assembleia do povo que celebrava aquela liturgia. Era,
de facto, de aliança toda aquela celebração: o homem entrava na aliança que
Deus com ele queria fazer; ali Deus estava no meio do seu povo, como depois
mais claramente o manifestou a nuvem que encheu o templo.
Mc
6, 53-56: De novo, Jesus Se revela como a fonte da vida: todos
os que O tocam são curados. Mas não é o gesto, em si mesmo, de O tocar
materialmente que os aproxima de Jesus, mas a fé que lhes move o coração e lhes
faz ver para além daquilo aonde os olhos podem chegar. Os milagres de Jesus vêm
sempre remediar situações deficientes do homem. Assim, Jesus vai anunciando
desde já, pelos sinais que vai realizando, a sua Páscoa, que levará a cabo a
nova criação.
ORAÇÃO: Senhor, concede-nos que amemos
sempre a verdade.
AGENDA
21.00 horas: Oração de louvor no
Calvário.
Todo o dia: Jornada de Formação em
Lisboa
PALAVRA DO
PASTOR
Dom Antonino Dias
E DIREI A SÃO PEDRO: FECHA A PORTA PORQUE FICO
Todos somos convidados e temos por obrigação tender à santidade e
à perfeição do próprio estado. É uma obrigação exigente à qual não podemos
renunciar. Os santos e santas foram sempre fonte e origem de renovação nas
circunstâncias mais difíceis em toda a história da Igreja. Hoje temos
muitíssima falta de santos, que devemos pedir com assiduidade, afirmava São
João Paulo II (cf. ChFL16). Vamos recordar e celebrar Santa Josefina Bakhita –
a Santa Irmã Moreninha -, uma antiga e sofrida escrava negra que se abriu
admiravelmente à graça e a quem humildemente pedimos a sua proteção.
Nasceu em 1869, no Sudão, um dos países mais pobres da África.
Ainda menina, foi raptada e feita escrava. O susto, a violência, o trauma, a
angústia de ter sido raptada e feita escrava foram tão profundos que lhe
provocaram lapsos de memória e até esqueceu o seu próprio nome. O nome
"Bakhita" que significa em idioma africano, "afortunada",
não é o nome recebido de seus pais, foi-lhe atribuído pelos raptores. Na
situação de escrava, comprada e vendida várias vezes nos mercados de El Obeid e
de Cartum, experimentou a humilhação e todo o tipo de sofrimento tanto físico
como moral e psicológico.
Na capital do Sudão, Bakhita foi finalmente comprada aos
negociantes de escravos negros por um Cônsul italiano, Calixto Legnani. Pela
primeira vez, desde o dia em que fora raptada, percebeu, com agradável
surpresa, que agora a tratavam com maneiras afáveis e cordiais. Na casa do Cônsul,
Bakhita encontrou serenidade, carinho e momentos de alegria, ainda que sempre
escurecidos pela saudade de sua própria família.
Situações políticas obrigaram o Cônsul a partir para Itália.
Bakhita pediu-lhe que a levasse consigo e com eles partiu também um amigo do
Cônsul, Augusto Michieli.
Chegados a Gênova, o Sr. Legnani, pressionado pelos pedidos da
esposa do Sr. Michieli que simpatizara muito com Bakhita e a tratava com muito
carinho, concordou que ela fosse morar com eles. Assim, ela partiu para a nova
família que residia em Zeniago, Veneza. Algum tempo depois, nasceu uma filha
deste casal e Bakhita passou a cuidar da menina e tornaram-se grandes amigas.
Esta família com a qual Bakhita vivia tinha negócios em África. A um dado
momento, esses negócios exigiram que o casal voltasse à África. Eles até
pensaram em levar também as duas meninas, mas foram aconselhados a deixa-las em
Itália, por mais algum tempo. Ficaram sob os cuidados das irmãs da Congregação
das Filhas da Caridade de Santa Madalena de Canossa, em Veneza. Alí, Bakhita
recebeu a mensagem do Evangelho, conheceu Jesus e foi batizada aos vinte e um
anos, em 9 de janeiro de 1890, com o nome de Josefina em homenagem a São josé,
não sabendo como exprimir a sua alegria. Desse dia em diante, era fácil vê-la
beijar a pia batismal e dizer: «Aqui me tornei filha de Deus!». Sentindo que
Deus a segurava pela mão, tornava-se cada vez mais consciente de como aquele
Deus, que agora conhecia e amava, a havia conduzido a Si por caminhos tão
difíceis e misteriosos.
Algum tempo mais tarde, o casal retornou de África para buscar a
sua filha e Bakhita. Para surpresa de todos, Bakhita pediu para ficar, pois
queria tornar-se religiosa canossiana. Depois de “tantas provas de amor
recebidas”, dizia ela, queria servir a Deus nessa vocação. Seus “pais”
concordaram e ela ficou. Começava ali uma nova jornada na sua vida. Tendo ainda
passado por um tempo de discernimento vocacional, em 8 de dezembro de 1896 fez
os seus votos, consagrando-se ao Senhor perante o qual se interrogava e a quem
chamava carinhosamente de “meu Patrão”: «Vendo o sol, a lua e as estrelas,
dizia comigo mesma: Quem é o Patrão dessas coisas tão bonitas? E sentia uma
vontade imensa de vê-Lo, conhecê-Lo e prestar-lhe homenagem».
E assim viveu, na vida religiosa, por mais de meio século. Durante
esse tempo, cheia de humildade e amor, dedicou-se a todos os tipos de atividade
da Congregação. Cuidou das roupas, foi cozinheira, sacristã, porteira e
bordadeira, sempre com um sorriso contagiante a conquistar o coração de toda a
gente. As irmãs e os fiéis tratavam-na carinhosamente por “irmã morena”,
admiravam-na pela sua bondade e dedicação generosa e pelo seu grande desejo de
fazer com que Jesus fosse cada vez mais conhecido e amado. Ela sempre
aconselhava: "Sede boas, amai a Deus, rezai por aqueles que não O
conhecem. Se soubésseis que grande graça é conhecer a Deus!".
Com o passar dos anos ficou doente e sofreu longa e dolorosamente.
No entanto, a quem a visitava e lhe perguntava como se sentia, respondia
sorridente: «Como o Patrão quer». E continuava firme no seu sorriso, dando um
precioso testemunho de fé. Falando no sério, tinha uma grande capacidade de rir
de si mesma e de brincar. Dizendo-se carregada em viagem, gracejava confiante:
"Vou devagar, passo a passo, porque levo duas grandes malas: numa vão os
meus pecados, e na outra, muito mais pesada, os méritos infinitos de Jesus.
Quando chegar ao céu abrirei as malas e direi a Deus: Pai eterno, agora podes
julgar. E a São Pedro: fecha a porta, porque fico". Ao final de sua vida,
Santa Josefina Bakhita reviveu os horrores da escravidão, que ainda estavam
gravados no seu inconsciente e várias vezes suplicava à enfermeira que a
assistia: «Solta-me as correntes ... pesam muito!». As suas últimas palavras
antes de fechar definitivamente os olhos, aos 78 anos de idade, em 8 de
fevereiro de 1947, em casa da Congregação, em Schio, Itália, foram para dizer:
«Nossa Senhora! Nossa Senhora!», percebendo-se o seu último sorriso a
testemunhar o encontro com a Mãe de Jesus a quem tinha profunda devoção. Foi
sepultada na capela de uma família de Schio, os Gasparella, tendo passado mais
tarde para o Templo da Sagrada Família, onde está sob o altar da Igreja do
mesmo convento.
Em 1992, a “Santa Irmã Morena ou Moreninha” foi beatificada por
João Paulo II e, em outubro de 2000, foi canonizada pelo mesmo Papa, tendo como
dia litúrgico o dia da sua morte, 8 de fevereiro.
Antonino Dias
Portalegre, 02-02-2018
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