quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018




PARÓQUIAS DE NISA





Quinta, 22 de fevereiro de 2018










Quinta-feira da I semana da Quaresma






QUINTA-FEIRA da semana I

Cadeira de S. Pedro, Apóstolo – FESTA
Branco – Ofício da festa. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. dos Apóstolos.


L 1 1 Pedro 5, 1-4; Sal 22 (23), 1-3. 4. 5. 6
Ev Mt 16, 13-19

* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.





CADEIRA DE S. PEDRO, Apóstolo

Nota Histórica
A festa da Cadeira de São Pedro era já celebrada neste dia em Roma no século IV, para significar a unidade da Igreja, fundada sobre o Príncipe dos Apóstolos.


MISSA


ANTÍFONA DE ENTRADA Lc 22, 32
Disse o Senhor a Simão Pedro:
Eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça.
E tu, uma vez convertido, confirma os teus irmãos.
Diz-se o Glória.

ORAÇÃO
Deus omnipotente,
não permitais que sejam perturbados por nenhuma adversidade
aqueles que edificastes sobre a pedra inabalável
da fé apostólica.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I 1 Pedro 5, 1-4
«Ancião como eles e testemunha dos sofrimentos de Cristo»


Leitura da Primeira Epístola de São Pedro

Caríssimos:
Recomendo aos anciãos que estão entre vós,
eu que sou ancião como eles
e testemunha dos sofrimentos de Cristo
e também participante da glória que há de ser revelada:
Apascentai o rebanho de Deus que vos foi confiado,
velando por ele,
não constrangidos mas de boa vontade, segundo Deus,
não por ganância mas por dedicação,
nem como dominadores sobre aqueles que vos foram confiados,
mas tornando-vos modelos do rebanho.
E quando aparecer o supremo Pastor,
recebereis a coroa eterna de glória.

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 22 (23), 1-3a.3b-4.5.6 (R. 1)
Refrão: O Senhor é meu pastor: nada me faltará.

O Senhor é meu pastor: nada me falta.
Leva-me a descansar em verdes prados,
conduz-me às águas refrescantes
e reconforta a minha alma.

Ele me guia por sendas direitas por amor do seu nome.
Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos,
não temerei nenhum mal, porque Vós estais comigo:
o vosso cajado e o vosso báculo
me enchem de confiança.

Para mim preparais a mesa
à vista dos meus adversários;
com óleo me perfumais a cabeça,
e o meu cálice transborda.

A bondade e a graça hão de acompanhar-me
todos os dias da minha vida,
e habitarei na casa do Senhor
para todo o sempre.


ALELUIA Mt 16, 18
Refrão: Aleluia. Repete-se
Tu és Pedro
e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja
e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. R.

EVANGELHO Mt 16, 13-19
«Tu és Pedro e dar-te-ei as chaves do reino dos Céus»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
 
Naquele tempo,
Jesus foi para os lados de Cesareia de Filipe
e perguntou aos seus discípulos:
«Quem dizem os homens que é o Filho do homem?».
Eles responderam: «Uns dizem que é João Baptista,
outros que é Elias,
outros que é Jeremias ou algum dos profetas».
Jesus perguntou: «E vós, quem dizeis que Eu sou?».
Então, Simão Pedro tomou a palavra e disse:
«Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo».
Jesus respondeu-lhe:
«Feliz de ti, Simão, filho de Jonas,
porque não foram a carne e o sangue que to revelaram,
mas sim meu Pai que está nos Céus.
Também Eu te digo: Tu és Pedro;
sobre esta pedra edificarei a minha Igreja
e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
Dar-te-ei as chaves do reino dos Céus:
tudo o que ligares na terra será ligado nos Céus,
e tudo o que desligares na terra será desligado nos Céus».

Palavra da salvação.


Nas Missas votivas de S. Pedro, utilizam-se as leituras precedentes.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, as ofertas e as orações da vossa Igreja
e fazei que ela reconheça em São Pedro
o mestre que a guarda na integridade da fé
e o siga como pastor que a conduz à vida eterna.
Por Nosso Senhor.


Prefácio dos Apóstolos I


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Mt 16, 16.18
Disse Pedro a Jesus: Tu és Cristo, o Filho de Deus vivo.
Jesus respondeu-lhe: Tu és Pedro
e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor nosso Deus,
que na festa do apóstolo São Pedro
nos fortaleceis com o Corpo e Sangue de Cristo,
fazei que a participação neste mistério redentor
seja para nós sacramento de unidade e de paz.
Por Nosso Senhor.




«O demónio treme perante o jejum, a oração, a humildade e as boas obras, e é reduzido à impotência diante do sinal da Cruz»

antónio, abade




MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

3.Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.


LEITURAS:

ORAÇÃO: Senhor, concede-nos que amemos sempre a verdade.




AGENDA

11.00 horas: Missa na Santa Casa de Gáfete – Missão País
16.00 horas: Missa na Santa Casa em Nisa
18.00 horas: Missa em Nisa
21.00 horas: Ensaio de canto na Igreja do Espírito Santo
____

Sexta: Dia de jejum pela Paz no Congo.



PALAVRA DO PASTOR
I.
RECORDAR PARA VIVER E TRANSMITIR

Começamos a viver, com alegria e saudável determinação, a Quaresma. É um tempo exigente que nos confronta com as exigências do nosso Batismo e nos prepara para a Páscoa, a Festa por excelência dos cristãos. Neste tempo da Quaresma, reconhecemos a nossa fragilidade mas reafirmamos também a nossa confiança em Deus rico em misericórdia, pedimos-Lhe o perdão e a Sua Graça e entramos para a Festa que Ele faz connosco. Faz festa porque regressamos, porque queremos ser livres e caminhar! É a conversão de coração que, na Quaresma, tem na oração, na esmola e no jejum as suas tradicionais e mais eficazes ferramentas para o caminho de identificação com Cristo. Mas convém ter presente que o bom cristão não é um mero cumpridor de preceitos. É o que cumpre, sim, mas cumpre para se converter. Cumprir por cumprir não faz sentido, é masoquismo. Jesus até chama a isso outra coisa, chama-lhe hipocrisia! Podemos, de facto, ser exímios cumpridores e péssimos cristãos. Cristo não quer admiradores, não quer meros cumpridores, quer discípulos, convertidos e missionários que O conheçam, vivam n’Ele, com Ele, por Ele e O anunciem com alegria e esperança.
Sei que muitos as vivem e, de forma bela e pedagógica, as ensinam a viver em família. Mesmo assim, e a completar a Mensagem para a Quaresma aqui publicada na Quarta-Feira de Cinzas, vou recordar as normas sobre o jejum e a abstinência que a Conferência Episcopal, de acordo com o Código de Direito Canónico (cân. 1253), estabeleceu, em julho de 1984, para as Dioceses portuguesas:

“OS TEMPOS PENITENCIAIS

1.Na pedagogia da Igreja, há tempos em que os cristãos são especialmente convidados à prática da penitência: a Quaresma e todas as sextas-feiras do ano. A penitência é uma expressão muito significativa da união dos cristãos ao mistério da Cruz de Cristo. Por isso, a Quaresma, enquanto primeiro tempo da celebração anual da Páscoa, e a sexta-feira, enquanto dia da morte do Senhor, sugerem naturalmente a prática da penitência.

JEJUM E ABSTINÊNCIA

2.O jejum é a forma de penitência que consiste na privação de alimentos. Na disciplina tradicional da Igreja, a concretização do jejum fazia-se limitado a alimentação diária a uma refeição, embora não se excluísse que se pudesse tomar alimentos ligeiros às horas das outras refeições.
Ainda que convenha manter-se esta forma tradicional de jejuar, contudo os fiéis poderão cumprir o preceito do jejum privando-se de uma quantidade ou qualidade de alimentos ou bebidas que constituam verdadeira privação ou penitência.
A abstinência, por sua vez, consiste na escolha de uma alimentação simples e pobre. A sua concretização na disciplina tradicional da Igreja era a abstenção de carne. Será muito aconselhável manter esta forma de abstinência, particularmente nas sextas-feiras da Quaresma. Mas poderá ser substituída pela privação de outros alimentos e bebidas, sobretudo mais requintados e dispendiosos ou da especial preferência de cada um. Contudo, devido à evolução das condições sociais e do género de alimentação, aquela concretização pode não bastar para praticar a abstinência como ato penitencial. Lembrem-se os fiéis de que o essencial do espírito de abstinência é o que dizemos acima, ou seja, a escolha de uma alimentação simples e pobre e a renúncia ao luxo e ao esbanjamento. Só assim a abstinência será privação e se revestirá de caráter penitencial.

DETERMINAÇÕES SOBRE JEJUM E ABSTINÊNCIA

O Jejum e a abstinência são obrigatórios em Quarta-Feira de Cinzas e em Sexta-Feira Santa.
A abstinência é obrigatória, no decurso do ano, em todas as sextas-feiras que não coincidam com algum dia enumerado entre as solenidades. Esta forma de penitência reveste-se, no entanto, de significado especial nas sextas-feiras da Quaresma.
O preceito de abstinência obriga os fiéis a partir dos 14 anos completos. O preceito do jejum obriga os fiéis que tenham feito 18 anos até terem completado os 59. Aos que tiverem menos de 14 anos, deverão os pastores de almas e os pais procurar atentamente formá-los no verdadeiro sentido da penitência, sugerindo-lhes outros modos de a exprimir.
As presentes determinações sobre o jejum e a abstinência apenas se aplicam em condições normais de saúde, estando os doentes, por conseguinte, dispensados da sua observância.
Nas sextas-feiras poderão os fiéis cumprir o preceito penitencial, quer fazendo penitência como acima ficou dito, quer escolhendo formas de penitência reconhecidas pela tradição, tais como a oração e a esmola, ou mesmo optar por outras formas, de escolha pessoal, como, por exemplo, privar-se de fumar, de algum espetáculo, etc.
No que respeita à oração, poderão cumprir o preceito penitencial através de exercícios de oração mais prolongados e generosos, tais como: o exercício da Via-Sacra, a recitação do Rosário, a recitação de Laudes e Vésperas da Liturgia das Horas, a participação na Santa Eucaristia, uma leitura prolongada da Sagrada Escritura.
No que respeita à esmola, poderão cumprir o preceito penitencial através da partilha de bens materiais. Essa partilha deve ser proporcional às posses de cada um e deve significar uma verdadeira renúncia a algo do que se tem ou a gastos dispensáveis ou supérfluos.
Os cristãos que escolherem como forma de cumprimento do preceito da penitência uma participação pecuniária orientarão o seu contributo penitencial para uma finalidade determinada, a indicar pelo Bispo diocesano.
Os cristãos depositarão o seu contributo penitencial em lugar devidamente identificado em cada igreja ou capela, ou através da Cúria Diocesana. Na Quaresma, todavia, em vez desta modalidade ou concomitantemente com ela, o contributo poderá ser entregue no ofertório da Missa dominical, em dia para o efeito fixado.

NÃO SE EXCLUEM, COMPLETAM-SE

É aconselhável que, no cumprimento do preceito penitencial, os cristãos não se limitem a uma só forma de penitência, mas antes as pratiquem todas, pois o jejum, a oração e a esmola completam-se mutuamente, em ordem à caridade.”

Antonino Dias
Portalegre, 16-02-2018


II

QUARESMA 2018: A LÓGICA DO DOM QUE GERA CONFIANÇA
Mensagem do Bispo D. Antonino para a Quaresma de 2018

O centro do Cristianismo católico e da vida da Igreja é a Pessoa e o Mistério de Jesus Cristo. E o centro da Pessoa e do Mistério de Jesus Cristo é o seu Mistério pascal. É a Sua encarnação e o dom de Si mesmo pela vida do mundo. É a Sua morte na Cruz como plenitude da vida entregue por amor. É a Ressurreição como revelação de que o amor é mais forte do que a própria morte.
Centro da vida de Jesus Cristo, o Mistério pascal de Cristo mostra-nos o que é dar plenitude à vida: nascer e agradecer quotidianamente o dom e o valor da vida, comungar a vida dos outros e servi-los particularmente onde e quando necessitam, esquecermo-nos de nós próprios, unirmo-nos a Deus na oração filial, acolher sem julgar, deixarmo-nos surpreender pela novidade de Deus, não temer remar contra a corrente, ser radicalmente pela verdade que liberta e pela justiça que responsabiliza e ajusta, despojar-se de tudo o que impede de ajoelhar aos pés de Deus e das necessidades dos outros, deixar cair a capa da autossuficiência, ser próximo e livre, amar e perdoar mesmo quando parece impossível e o mundo refuta a motivação. É viver a fidelidade com amor de oblação mesmo quando nela se vislumbra a Cruz, a solidão.
Todos os anos a Quaresma surge na Igreja como dom e tempo favorável para, progressivamente, cada um de nós ser mais capaz de viver da graça e do dom de Deus assumindo no nosso quotidiano o estilo de Jesus Cristo. É o tempo por excelência de quem se prepara e dá passos para ser batizado na fé em Jesus Cristo. É o tempo em que os cristãos, já batizados e a viver a história de todos os dias, são desafiados a reavivar o dom do seu batismo e a refontalizar a sua fé.
A fé cristã, a nossa fé cristã, tem sempre a marca existencial da confiança absoluta em Jesus Cristo. A sua identidade envolve-nos, a sua Palavra cria-nos e recria-nos, os seus gestos modelam a nossa maneira de agir, a sua oração assume as nossas súplicas e ações de graças e ensina-nos a rezar. A fé cristã é simultaneamente dom e resposta. É fundamentalmente uma atitude de confiança em Jesus Cristo e na sua verdade revelada. É uma relação pessoal vivida num enquadramento comunitário. É uma atitude existencial que envolve tudo o que somos, fazemos e pensamos. É uma experiência de libertação porque de caminho e de purificação. Ela envolve a esperança e o amor como dimensões da sua realização. É histórica e dá sempre origem a um projeto de vida.
A fé tem, de facto, a marca da gratuidade. É da ordem e da lógica do dom. Não espera recompensa para dar o passo, não exige retribuição para se comprometer. Ao dom recebido responde sempre com a entrega confiante. É motivação, confiança, liberdade e compromisso. Nunca obrigação. Não é assim que a experimentamos!?
Para reavivar o dom do batismo, e, portanto, da fé, a Igreja aponta-nos, tradicionalmente, neste tempo de Quaresma, três grandes sinais ou atitudes: a oração, o jejum e a partilha. Não se trata de “mínimos legais” para um qualquer acesso a um mundo desejado. São antes a oportunidade e ocasião da redescoberta da fé. Reza-se para ouvir Deus e Lhe falar, para descobrirmos que não nos faz bem a loucura de querer ocupar o lugar que só Deus pode ter. Jejua-se para percebermos que há muitas coisas com as quais não podemos nunca confundir-nos ou até misturar-nos. Partilha-se para descobrirmos e saborearmos o gosto de nos sabermos amados e acompanhados em cada passo da vida.
Há tanto aborrecimento por falta de objetivos! Há tanto luxo por falta de disponibilidade! Há tanta solidão por falta de olhar para fora de si mesmo! E, neste caminho, a Palavra de Deus, a celebração do perdão e da reconciliação, a participação na Eucaristia mostram-nos a paixão de Cristo por nosso amor e surpreendem-nos com a conversão. O Santo Padre, na esperança de que “o nosso coração volte a inflamar-se de fé, esperança e amor”, convida-nos também a “empreender com ardor o caminho da Quaresma apoiados na esmola, no jejum e na oração”, recorda-nos a iniciativa das “24 horas para o Senhor” que este ano decorre no dia 9 e 10 de março, e pede-nos que, em cada Diocese, pelo menos uma igreja fique aberta durante 24 horas consecutivas, oferecendo a possibilidade de adoração e da confissão sacramental.
Nesta Quaresma poderíamos, por isso, eleger como grande propósito da nossa caminhada a redescoberta e o reavivar da nossa fé cristã. Cristãos de prática dita regular, comprometidos em Comunidades e em Movimentos, ou Cristãos mais ao longe, sem regularidade de presença e, sobretudo, sem serenidade de pertença, poderíamos viver este tempo como um regresso à casa em que fomos batizados.
Nos últimos tempos muita coisa mudou, é verdade. A nossa fé andou por dentro e por fora das mudanças. E a grande pergunta é se as mudanças a enriqueceram ou a empobreceram. Não nos sentimos, muitas vezes, numa paisagem e numa sociedade de tipo agnóstico? Não nos damos conta de que esse agnosticismo pode perpassar ou perpassa já a nossa fé cristã? As nossas incertezas, as nossas desconfianças, as nossas dúvidas, o estilhaçar das nossas seguranças, as dificuldades da nossa comunhão, a nossa exclusiva autoconfiança, a representação que fazemos de Deus, as resistências ao sentido de pertença à Igreja, a nossa vivência dos sacramentos por tradição, as eucaristias distraídas, o sentido apenas abstrato da nossa vocação à santidade, as nossas dificuldades em rezar, dificuldades silenciosamente vividas, vividas a par dos ritos cristãos mas dando sempre corpo às nossas escolhas… tudo isto, e o mais que quisermos acrescentar, não nos deixa aquela sensação de que o agnosticismo também ataca fortemente o coração da nossa própria fé cristã? E nos tira força, e nos faz esmorecer na alegria de sermos cristãos e no entusiasmo da primeira hora?
Tempo de descobrir e redescobrir Jesus Cristo, de reavivar a fé, de refontalizar as nossas vidas, a Quaresma é tempo de descobrir e redescobrir a essência do Cristianismo (cf. Elmar Salmann). Crês em Jesus Cristo!? Creio! Firmemente!
Quaresma é, por isso, o tempo favorável da abertura do nosso coração a Deus: uma oração mais confiante, uma simplicidade mais natural, uma partilha mais alegre, a ensinar e a viver também em família. Deus espera por nós! Os outros esperam por nós. E nós temos necessidade de reavivar a fé para não perdermos o sentido da vida e da nossa integração na Igreja.
Destinamos 75% da Renúncia Quaresmal deste ano para a construção de um Centro de Saúde na Arquidiocese de Kananga, Província do Kasai Central na República Democrática do Congo. O objetivo deste Centro de Saúde é, sobretudo, socorrer as crianças roubadas às famílias e usadas como soldados ou que perderam os seus pais na guerra. Temos na nossa Diocese de Portalegre-Castelo Branco um sacerdote desse país a trabalhar na zona pastoral de Nisa. Aí, nesse país, “as pessoas que acreditam demonstram uma grande fé no Senhor da vida” a quem gritam “na dor e na angústia”, mas as atrocidades, os massacres, a instabilidade e o sofrimento são enormes, agravados ainda com as carências de todo o tipo. O próprio Papa Francisco, tendo em mente a República Democrática do Congo e o Sudão do Sul, convocou uma jornada mundial de oração e jejum pela paz, a 23 de fevereiro, primeira sexta-feira da Quaresma, à qual não devemos ficar indiferentes. Os outros 25% da Renúncia Quaresmal destinam-se ao Fundo Social Diocesano gerido pela Cáritas, um Fundo que prestou todo o seu apoio à reconstrução, e a outros gastos inerentes, de 14 casas de primeira habitação ardidas nos incêndios do verão passado na nossa Diocese, na zona do Pinhal. A todo o momento surgem novas necessidades na Diocese.

Antonino Dias, Bispo Diocesano.







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