sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018




PARÓQUIAS DE NISA





Sábado, 24 de fevereiro de 2018






SÁBADO da semana I

Roxo – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. da Quaresma.

L 1 Deut 26, 16-19; Sal 118 (119), 1-2. 4-5. 7-8
Ev Mt 5, 43-48

 

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 18, 8
A lei do Senhor é perfeita, reconforta a alma.
As ordens do Senhor são firmes,
dão sabedoria aos simples.


ORAÇÃO
Convertei a Vós, Pai eterno, os nossos corações, para que, buscando o único bem necessário e praticando as obras de caridade, nos consagremos inteiramente ao louvor da vossa glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Deut 26, 16-19
«Serás um povo consagrado ao Senhor, teu Deus»


Leitura do Livro do Deuteronómio

Moisés falou ao povo, dizendo: «O Senhor, teu Deus, ordena-te hoje que cumpras estas leis e mandamentos. Tu os guardarás e cumprirás com todo o teu coração e com toda a tua alma. Hoje obtiveste a promessa do Senhor de que Ele seria o teu Deus; e tu deves seguir os seus caminhos, cumprindo os seus mandamentos, leis e preceitos, e escutando a sua voz. E hoje o Senhor obteve de ti a promessa de que serás o seu povo, como Ele tinha declarado, e cumprirás os seus mandamentos. Ele te elevará pela glória, fama e esplendor, acima de todas as nações que formou, e serás um povo consagrado ao Senhor, teu Deus, como Ele prometeu.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 118 (119), 1-2.4-5.7-8 (R. 1b)
Refrão: Ditoso o que anda na lei do Senhor. Repete-se


Felizes os que seguem o caminho perfeito
e andam na lei do Senhor.
Felizes os que observam as suas ordens
e O procuram de todo o coração. Refrão

Promulgastes os vossos preceitos
para se cumprirem fielmente.
Oxalá meus caminhos sejam firmes
na observância dos vossos decretos. Refrão

Na rectidão de coração Vos darei graças,
ao aprender os vossos juízos.
Hei-de cumprir os vossos preceitos:
não me desampareis jamais. Refrão


ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO 2 Cor 6, 2b
Refrão: Glória a Vós, Jesus Cristo, Palavra do Pai. Repete-se

Agora é o tempo favorável,
agora é o dia da salvação. Refrão


EVANGELHO Mt 5, 43-48
«Sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Ouvistes que foi dito aos antigos: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo’. Eu, porém, digo-vos: Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem, para serdes filhos do vosso Pai que está nos Céus; pois Ele faz nascer o sol sobre bons e maus e chover sobre justos e injustos. Se amardes aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem a mesma coisa os publicanos? E se saudardes apenas os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não o fazem também os pagãos? Portanto, sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito».
 
Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Fazei, Senhor, que estes santos mistérios, instituídos para nossa renovação espiritual, nos tornem dignos de participar nos seus frutos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Prefácio da Quaresma


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Mt 5, 48
Sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito,
diz o Senhor.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Protegei continuamente, Senhor, aqueles que alimentais nos divinos mistérios e dai a consolação da vossa graça àqueles que formastes com os ensinamentos celestes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.




«Não encerrem a salvação das pessoas dentro das construções do legalismo.»

papa francisco




MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

3.Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.


LEITURAS: Deut 26, 16-19: O último dia da semana, o sábado, dá-nos como que a síntese desta primeira semana da Quaresma, em ambiente de muita paz; é um verdadeiro repouso sabático: “Serás um povo consagrado ao Senhor”, “haveis de ser perfeitos como o vosso Pai celeste”. Este o objetivo último da ascese quaresmal, a comunhão com o Pai pela Aliança, fruto da Páscoa de Cristo, que, pela morte, passou deste mundo para o Pai.

Mt 5, 43-48 :Mas a lei da perfeição não é lei exterior, imposta de fora para dentro; é lei inscrita já dentro de nós, que o próprio coração como que adivinharia, porque nos “criastes para Vós, Senhor, e o nosso coração anda inquieto enquanto não repousar em Vós” (S. Agostinho). Será esse o grande repouso, o grande Sábado: repousar em Deus! Apesar disso, o Senhor insiste, explicitando: «Sede perfeitos como o vosso Pai celeste”. Assim se faz a continuação entre a primeira e a segunda leitura, passando da Lei ao Evangelho pelos caminhos do Senhor, que no salmo intercalar são cantados como caminhos da felicidade. Por eles chegaremos à Transfiguração, que amanhã celebramos.

ORAÇÃO: Senhor, concede-nos que amemos sempre a verdade.




AGENDA


09.30 horas: Funeral em Nisa – Mártir e Santo.
18.00 horas: Missa em Nisa



PALAVRA DO PASTOR
I.
RECORDAR PARA VIVER E TRANSMITIR

Começamos a viver, com alegria e saudável determinação, a Quaresma. É um tempo exigente que nos confronta com as exigências do nosso Batismo e nos prepara para a Páscoa, a Festa por excelência dos cristãos. Neste tempo da Quaresma, reconhecemos a nossa fragilidade mas reafirmamos também a nossa confiança em Deus rico em misericórdia, pedimos-Lhe o perdão e a Sua Graça e entramos para a Festa que Ele faz connosco. Faz festa porque regressamos, porque queremos ser livres e caminhar! É a conversão de coração que, na Quaresma, tem na oração, na esmola e no jejum as suas tradicionais e mais eficazes ferramentas para o caminho de identificação com Cristo. Mas convém ter presente que o bom cristão não é um mero cumpridor de preceitos. É o que cumpre, sim, mas cumpre para se converter. Cumprir por cumprir não faz sentido, é masoquismo. Jesus até chama a isso outra coisa, chama-lhe hipocrisia! Podemos, de facto, ser exímios cumpridores e péssimos cristãos. Cristo não quer admiradores, não quer meros cumpridores, quer discípulos, convertidos e missionários que O conheçam, vivam n’Ele, com Ele, por Ele e O anunciem com alegria e esperança.
Sei que muitos as vivem e, de forma bela e pedagógica, as ensinam a viver em família. Mesmo assim, e a completar a Mensagem para a Quaresma aqui publicada na Quarta-Feira de Cinzas, vou recordar as normas sobre o jejum e a abstinência que a Conferência Episcopal, de acordo com o Código de Direito Canónico (cân. 1253), estabeleceu, em julho de 1984, para as Dioceses portuguesas:

“OS TEMPOS PENITENCIAIS

1.Na pedagogia da Igreja, há tempos em que os cristãos são especialmente convidados à prática da penitência: a Quaresma e todas as sextas-feiras do ano. A penitência é uma expressão muito significativa da união dos cristãos ao mistério da Cruz de Cristo. Por isso, a Quaresma, enquanto primeiro tempo da celebração anual da Páscoa, e a sexta-feira, enquanto dia da morte do Senhor, sugerem naturalmente a prática da penitência.

JEJUM E ABSTINÊNCIA

2.O jejum é a forma de penitência que consiste na privação de alimentos. Na disciplina tradicional da Igreja, a concretização do jejum fazia-se limitado a alimentação diária a uma refeição, embora não se excluísse que se pudesse tomar alimentos ligeiros às horas das outras refeições.
Ainda que convenha manter-se esta forma tradicional de jejuar, contudo os fiéis poderão cumprir o preceito do jejum privando-se de uma quantidade ou qualidade de alimentos ou bebidas que constituam verdadeira privação ou penitência.
A abstinência, por sua vez, consiste na escolha de uma alimentação simples e pobre. A sua concretização na disciplina tradicional da Igreja era a abstenção de carne. Será muito aconselhável manter esta forma de abstinência, particularmente nas sextas-feiras da Quaresma. Mas poderá ser substituída pela privação de outros alimentos e bebidas, sobretudo mais requintados e dispendiosos ou da especial preferência de cada um. Contudo, devido à evolução das condições sociais e do género de alimentação, aquela concretização pode não bastar para praticar a abstinência como ato penitencial. Lembrem-se os fiéis de que o essencial do espírito de abstinência é o que dizemos acima, ou seja, a escolha de uma alimentação simples e pobre e a renúncia ao luxo e ao esbanjamento. Só assim a abstinência será privação e se revestirá de caráter penitencial.

DETERMINAÇÕES SOBRE JEJUM E ABSTINÊNCIA

O Jejum e a abstinência são obrigatórios em Quarta-Feira de Cinzas e em Sexta-Feira Santa.
A abstinência é obrigatória, no decurso do ano, em todas as sextas-feiras que não coincidam com algum dia enumerado entre as solenidades. Esta forma de penitência reveste-se, no entanto, de significado especial nas sextas-feiras da Quaresma.
O preceito de abstinência obriga os fiéis a partir dos 14 anos completos. O preceito do jejum obriga os fiéis que tenham feito 18 anos até terem completado os 59. Aos que tiverem menos de 14 anos, deverão os pastores de almas e os pais procurar atentamente formá-los no verdadeiro sentido da penitência, sugerindo-lhes outros modos de a exprimir.
As presentes determinações sobre o jejum e a abstinência apenas se aplicam em condições normais de saúde, estando os doentes, por conseguinte, dispensados da sua observância.
Nas sextas-feiras poderão os fiéis cumprir o preceito penitencial, quer fazendo penitência como acima ficou dito, quer escolhendo formas de penitência reconhecidas pela tradição, tais como a oração e a esmola, ou mesmo optar por outras formas, de escolha pessoal, como, por exemplo, privar-se de fumar, de algum espetáculo, etc.
No que respeita à oração, poderão cumprir o preceito penitencial através de exercícios de oração mais prolongados e generosos, tais como: o exercício da Via-Sacra, a recitação do Rosário, a recitação de Laudes e Vésperas da Liturgia das Horas, a participação na Santa Eucaristia, uma leitura prolongada da Sagrada Escritura.
No que respeita à esmola, poderão cumprir o preceito penitencial através da partilha de bens materiais. Essa partilha deve ser proporcional às posses de cada um e deve significar uma verdadeira renúncia a algo do que se tem ou a gastos dispensáveis ou supérfluos.
Os cristãos que escolherem como forma de cumprimento do preceito da penitência uma participação pecuniária orientarão o seu contributo penitencial para uma finalidade determinada, a indicar pelo Bispo diocesano.
Os cristãos depositarão o seu contributo penitencial em lugar devidamente identificado em cada igreja ou capela, ou através da Cúria Diocesana. Na Quaresma, todavia, em vez desta modalidade ou concomitantemente com ela, o contributo poderá ser entregue no ofertório da Missa dominical, em dia para o efeito fixado.

NÃO SE EXCLUEM, COMPLETAM-SE

É aconselhável que, no cumprimento do preceito penitencial, os cristãos não se limitem a uma só forma de penitência, mas antes as pratiquem todas, pois o jejum, a oração e a esmola completam-se mutuamente, em ordem à caridade.”

Antonino Dias
Portalegre, 16-02-2018


II

QUARESMA 2018: A LÓGICA DO DOM QUE GERA CONFIANÇA
Mensagem do Bispo D. Antonino para a Quaresma de 2018

O centro do Cristianismo católico e da vida da Igreja é a Pessoa e o Mistério de Jesus Cristo. E o centro da Pessoa e do Mistério de Jesus Cristo é o seu Mistério pascal. É a Sua encarnação e o dom de Si mesmo pela vida do mundo. É a Sua morte na Cruz como plenitude da vida entregue por amor. É a Ressurreição como revelação de que o amor é mais forte do que a própria morte.
Centro da vida de Jesus Cristo, o Mistério pascal de Cristo mostra-nos o que é dar plenitude à vida: nascer e agradecer quotidianamente o dom e o valor da vida, comungar a vida dos outros e servi-los particularmente onde e quando necessitam, esquecermo-nos de nós próprios, unirmo-nos a Deus na oração filial, acolher sem julgar, deixarmo-nos surpreender pela novidade de Deus, não temer remar contra a corrente, ser radicalmente pela verdade que liberta e pela justiça que responsabiliza e ajusta, despojar-se de tudo o que impede de ajoelhar aos pés de Deus e das necessidades dos outros, deixar cair a capa da autossuficiência, ser próximo e livre, amar e perdoar mesmo quando parece impossível e o mundo refuta a motivação. É viver a fidelidade com amor de oblação mesmo quando nela se vislumbra a Cruz, a solidão.
Todos os anos a Quaresma surge na Igreja como dom e tempo favorável para, progressivamente, cada um de nós ser mais capaz de viver da graça e do dom de Deus assumindo no nosso quotidiano o estilo de Jesus Cristo. É o tempo por excelência de quem se prepara e dá passos para ser batizado na fé em Jesus Cristo. É o tempo em que os cristãos, já batizados e a viver a história de todos os dias, são desafiados a reavivar o dom do seu batismo e a refontalizar a sua fé.
A fé cristã, a nossa fé cristã, tem sempre a marca existencial da confiança absoluta em Jesus Cristo. A sua identidade envolve-nos, a sua Palavra cria-nos e recria-nos, os seus gestos modelam a nossa maneira de agir, a sua oração assume as nossas súplicas e ações de graças e ensina-nos a rezar. A fé cristã é simultaneamente dom e resposta. É fundamentalmente uma atitude de confiança em Jesus Cristo e na sua verdade revelada. É uma relação pessoal vivida num enquadramento comunitário. É uma atitude existencial que envolve tudo o que somos, fazemos e pensamos. É uma experiência de libertação porque de caminho e de purificação. Ela envolve a esperança e o amor como dimensões da sua realização. É histórica e dá sempre origem a um projeto de vida.
A fé tem, de facto, a marca da gratuidade. É da ordem e da lógica do dom. Não espera recompensa para dar o passo, não exige retribuição para se comprometer. Ao dom recebido responde sempre com a entrega confiante. É motivação, confiança, liberdade e compromisso. Nunca obrigação. Não é assim que a experimentamos!?
Para reavivar o dom do batismo, e, portanto, da fé, a Igreja aponta-nos, tradicionalmente, neste tempo de Quaresma, três grandes sinais ou atitudes: a oração, o jejum e a partilha. Não se trata de “mínimos legais” para um qualquer acesso a um mundo desejado. São antes a oportunidade e ocasião da redescoberta da fé. Reza-se para ouvir Deus e Lhe falar, para descobrirmos que não nos faz bem a loucura de querer ocupar o lugar que só Deus pode ter. Jejua-se para percebermos que há muitas coisas com as quais não podemos nunca confundir-nos ou até misturar-nos. Partilha-se para descobrirmos e saborearmos o gosto de nos sabermos amados e acompanhados em cada passo da vida.
Há tanto aborrecimento por falta de objetivos! Há tanto luxo por falta de disponibilidade! Há tanta solidão por falta de olhar para fora de si mesmo! E, neste caminho, a Palavra de Deus, a celebração do perdão e da reconciliação, a participação na Eucaristia mostram-nos a paixão de Cristo por nosso amor e surpreendem-nos com a conversão. O Santo Padre, na esperança de que “o nosso coração volte a inflamar-se de fé, esperança e amor”, convida-nos também a “empreender com ardor o caminho da Quaresma apoiados na esmola, no jejum e na oração”, recorda-nos a iniciativa das “24 horas para o Senhor” que este ano decorre no dia 9 e 10 de março, e pede-nos que, em cada Diocese, pelo menos uma igreja fique aberta durante 24 horas consecutivas, oferecendo a possibilidade de adoração e da confissão sacramental.
Nesta Quaresma poderíamos, por isso, eleger como grande propósito da nossa caminhada a redescoberta e o reavivar da nossa fé cristã. Cristãos de prática dita regular, comprometidos em Comunidades e em Movimentos, ou Cristãos mais ao longe, sem regularidade de presença e, sobretudo, sem serenidade de pertença, poderíamos viver este tempo como um regresso à casa em que fomos batizados.
Nos últimos tempos muita coisa mudou, é verdade. A nossa fé andou por dentro e por fora das mudanças. E a grande pergunta é se as mudanças a enriqueceram ou a empobreceram. Não nos sentimos, muitas vezes, numa paisagem e numa sociedade de tipo agnóstico? Não nos damos conta de que esse agnosticismo pode perpassar ou perpassa já a nossa fé cristã? As nossas incertezas, as nossas desconfianças, as nossas dúvidas, o estilhaçar das nossas seguranças, as dificuldades da nossa comunhão, a nossa exclusiva autoconfiança, a representação que fazemos de Deus, as resistências ao sentido de pertença à Igreja, a nossa vivência dos sacramentos por tradição, as eucaristias distraídas, o sentido apenas abstrato da nossa vocação à santidade, as nossas dificuldades em rezar, dificuldades silenciosamente vividas, vividas a par dos ritos cristãos mas dando sempre corpo às nossas escolhas… tudo isto, e o mais que quisermos acrescentar, não nos deixa aquela sensação de que o agnosticismo também ataca fortemente o coração da nossa própria fé cristã? E nos tira força, e nos faz esmorecer na alegria de sermos cristãos e no entusiasmo da primeira hora?
Tempo de descobrir e redescobrir Jesus Cristo, de reavivar a fé, de refontalizar as nossas vidas, a Quaresma é tempo de descobrir e redescobrir a essência do Cristianismo (cf. Elmar Salmann). Crês em Jesus Cristo!? Creio! Firmemente!
Quaresma é, por isso, o tempo favorável da abertura do nosso coração a Deus: uma oração mais confiante, uma simplicidade mais natural, uma partilha mais alegre, a ensinar e a viver também em família. Deus espera por nós! Os outros esperam por nós. E nós temos necessidade de reavivar a fé para não perdermos o sentido da vida e da nossa integração na Igreja.
Destinamos 75% da Renúncia Quaresmal deste ano para a construção de um Centro de Saúde na Arquidiocese de Kananga, Província do Kasai Central na República Democrática do Congo. O objetivo deste Centro de Saúde é, sobretudo, socorrer as crianças roubadas às famílias e usadas como soldados ou que perderam os seus pais na guerra. Temos na nossa Diocese de Portalegre-Castelo Branco um sacerdote desse país a trabalhar na zona pastoral de Nisa. Aí, nesse país, “as pessoas que acreditam demonstram uma grande fé no Senhor da vida” a quem gritam “na dor e na angústia”, mas as atrocidades, os massacres, a instabilidade e o sofrimento são enormes, agravados ainda com as carências de todo o tipo. O próprio Papa Francisco, tendo em mente a República Democrática do Congo e o Sudão do Sul, convocou uma jornada mundial de oração e jejum pela paz, a 23 de fevereiro, primeira sexta-feira da Quaresma, à qual não devemos ficar indiferentes. Os outros 25% da Renúncia Quaresmal destinam-se ao Fundo Social Diocesano gerido pela Cáritas, um Fundo que prestou todo o seu apoio à reconstrução, e a outros gastos inerentes, de 14 casas de primeira habitação ardidas nos incêndios do verão passado na nossa Diocese, na zona do Pinhal. A todo o momento surgem novas necessidades na Diocese.

Antonino Dias, Bispo Diocesano.









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