segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018



PARÓQUIAS DE NISA




Terça, 06 de fevereiro de 2018









Terça da V semana do tempo comum






TERÇA-FEIRA da semana V

SS. Paulo Miki e Companheiros, mártires – MO
Vermelho – Ofício da memória.
Missa da memória.

L 1 1 Reis 8, 22-23. 27-30; Sal 83 (84), 3. 4. 5 e 10. 11
Ev Mc 7, 1-13

SS. PAULO MIKI e COMPANHEIROS, mártires
Nota Histórica
Paulo nasceu no Japão entre os anos 1564/1566. Admitido na Companhia de Jesus, pregou o Evangelho com grande fruto entre os seus concidadãos. Tendo-se tornado mais violenta a perseguição contra os católicos, foi preso com vinte e cinco companheiros. Depois de muito maltratados, foram conduzidos à cidade de Nagasáki, onde foram crucificados no dia 5 de Fevereiro de 1597.

MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA
Alegram-se no Céu as almas dos Santos que seguiram os passos de Cristo: porque derramaram o sangue por seu amor, com Cristo reinarão eternamente.

ORAÇÃO
Senhor nosso Deus, fortaleza de todos os Santos, que chamastes São Paulo Miki e seus companheiros à vida eterna através do martírio da cruz, concedei-nos, por sua intercessão, a graça de conservar até à morte a fé que professamos. Por Nosso Senhor.

LEITURA 1lRs 8,22-23.27-30)

Leitura do Primeiro Livro dos Reis

Naqueles dias, o rei Salomão, de pé, diante do altar do Senhor, na presença de toda a assembleia de Israel, estendeu as mãos para o Céu e disse: «Senhor, Deus de Israel! Não há nenhum Deus como Vós, nem lá no alto dos céus, nem cá em baixo sobre a terra. Vós sois fiel à aliança e conservais a benevolência para com os vossos servos, quando eles andam na vossa presença de todo o coração. Mas será possível que Deus habite com os homens na terra? Se os céus e os mais altos céus não podem abranger-Vos, muito menos esta casa que eu edifiquei! Estai atento, Senhor, meu Deus, à prece e à oração do vosso servo, escutai o apelo e a súplica
que hoje Vos dirige. Os vossos olhos estejam abertos, dia e noite, sobre esta casa, sobre este lugar do qual dissestes: "Aí estará o meu nome." Escutai a oração que neste lugar Vos dirigir o vosso servo, atendei a súplica do vosso servo e de Israel, vosso povo, quando eles rezarem neste lugar. Escutai da vossa morada no Céu; escutai e concedei o perdão.»

Palavra do Senhor. - Graças a Deus.

SALMO RESPONSORIAL (SL 83[84],3-5.10-11)
Refrão: Como é admirável a vossa morada,
Senhor do Universo! Repete-se.

A minha alma suspira ansiosamente
pelos átrios do Senhor.
O meu ser e a minha carne
rxultarn no Deus vivo. Refrão

Até as aves do céu encontram abrigo
e as andorinhas um ninho para os seus filhos,
junto dos vossos altares, Senhor dos Exércitos,
meu Rei e meu Deus. Refrão

Felizes os que moram em vossa casa:
podem louvar-Vos continuamente.
Contemplai, ó Deus, nosso protetor,
ponde os olhos no rosto do vosso Ungido. Refrão

Um dia em vossos átrios
vale por mais de mil longe de Vós.
Antes quero ficar no vestíbulo da casa do meu Deus,
cio que habitar nas tendas dos pecadores. Refrão

ALE LUIA (SL 118[119],36a.29b)
Refrão Aleluia. Repete-se.
Inclinai o meu coração para as vossas ordens
e dai-me a graça de cumprir a vossa lei. Refrão

EVANGELHO (Mc 7,1-13)

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo, reuniu-se à volta de Jesus um grupo de fariseus e alguns escribas que tinham vindo de Jerusalém. Viram que alguns dos discípulos de Jesus comiam com as mãos impuras, isto é, sem as lavar. - Na verdade, os fariseus e os judeus em geral só comem depois de lavar cuidadosamente as mãos, conforme a tradição dos antigos. Ao voltarem da praça pública, não comem sem antes se terem lavado. E seguem muitos outros costumes a que se prenderam por tradição, como lavar os copos, os jarros e as vasilhas de cobre -. Os fariseus e os escribas perguntaram a Jesus: «Porque não seguem os teus discípulos a tradição dos antigos, e comem
sem lavar as mãos?» Jesus respondeu-lhes: «Bem profetizou Isaías a respeito de vós, hipócritas, como está escrito: "Este povo honra-Me com os lábios, mas o seu coração está longe de Mim. É vão o culto que Me prestam, e as doutrinas que ensinam não passam de preceitos humanos." Vós deixais de lado o mandamento de Deus, para vos prenderdes à tradição dos homens.» Jesus acrescentou: «Sabeis muito bem desprezar o mandamento de Deus, para observar a vossa tradição. Porque Moisés disse: "Honra teu pai e tua mãe"; e ainda: "Quem amaldiçoar o seu pai ou a sua mãe deve morrer." Mas vós dizeis que se alguém tiver bens para ajudar os seus pais necessitados, mas declarar esses bens como oferta sagrada, nesse caso fica dispensado de ajudar o pai ou a mãe. Deste modo anulais a palavra de Deus com a tradição que transmitis. E fazeis muitas coisas deste género.»

Palavra da Salvação. - Glória a Vós, Senhor.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Recebei, Pai santo, os dons que Vos apresentamos, ao celebrar a memória dos vossos Santos Mártires, e concedei aos vossos servos a graça de permanecerem firmes na confissão do vosso nome. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do
Espirito Santo.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO (cf. Lc 22,28-30)
Vós, que permanecestes a meu lado nas minhas tribulações, comereis e bebereis à minha mesa no meu reino.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor nosso Deus, que de modo admirável revelastes nos Santos Mártires o mistério da cruz, concedei-nos que, fortalecidos por este sacrifício, vivamos fielmente unidos a Cristo e trabalhemos na Igreja pela salvação do mundo. Por Nosso Senhor.




« Ainda que o mundo venha abaixo, Deus nunca deixará de escutar a nossa oração»
S. José Freinademetz





MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

3.Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.


LEITURAS:

ORAÇÃO: Senhor, concede-nos que amemos sempre a verdade.





AGENDA

18.00 horas: Missa na Igreja do Espírito santo em Nisa
21.00 horas: Reunião do Movimento da Mensagem de Fátima

 - Todo o dia: Dia de formação em Lisboa
 - Todo o dia: Reunião do Conselho Presbiteral em Portalegre


PALAVRA DO PASTOR
Dom Antonino Dias


E DIREI A SÃO PEDRO: FECHA A PORTA PORQUE FICO

Todos somos convidados e temos por obrigação tender à santidade e à perfeição do próprio estado. É uma obrigação exigente à qual não podemos renunciar. Os santos e santas foram sempre fonte e origem de renovação nas circunstâncias mais difíceis em toda a história da Igreja. Hoje temos muitíssima falta de santos, que devemos pedir com assiduidade, afirmava São João Paulo II (cf. ChFL16). Vamos recordar e celebrar Santa Josefina Bakhita – a Santa Irmã Moreninha -, uma antiga e sofrida escrava negra que se abriu admiravelmente à graça e a quem humildemente pedimos a sua proteção.
Nasceu em 1869, no Sudão, um dos países mais pobres da África. Ainda menina, foi raptada e feita escrava. O susto, a violência, o trauma, a angústia de ter sido raptada e feita escrava foram tão profundos que lhe provocaram lapsos de memória e até esqueceu o seu próprio nome. O nome "Bakhita" que significa em idioma africano, "afortunada", não é o nome recebido de seus pais, foi-lhe atribuído pelos raptores. Na situação de escrava, comprada e vendida várias vezes nos mercados de El Obeid e de Cartum, experimentou a humilhação e todo o tipo de sofrimento tanto físico como moral e psicológico.
Na capital do Sudão, Bakhita foi finalmente comprada aos negociantes de escravos negros por um Cônsul italiano, Calixto Legnani. Pela primeira vez, desde o dia em que fora raptada, percebeu, com agradável surpresa, que agora a tratavam com maneiras afáveis e cordiais. Na casa do Cônsul, Bakhita encontrou serenidade, carinho e momentos de alegria, ainda que sempre escurecidos pela saudade de sua própria família.
Situações políticas obrigaram o Cônsul a partir para Itália. Bakhita pediu-lhe que a levasse consigo e com eles partiu também um amigo do Cônsul, Augusto Michieli.
Chegados a Gênova, o Sr. Legnani, pressionado pelos pedidos da esposa do Sr. Michieli que simpatizara muito com Bakhita e a tratava com muito carinho, concordou que ela fosse morar com eles. Assim, ela partiu para a nova família que residia em Zeniago, Veneza. Algum tempo depois, nasceu uma filha deste casal e Bakhita passou a cuidar da menina e tornaram-se grandes amigas. Esta família com a qual Bakhita vivia tinha negócios em África. A um dado momento, esses negócios exigiram que o casal voltasse à África. Eles até pensaram em levar também as duas meninas, mas foram aconselhados a deixa-las em Itália, por mais algum tempo. Ficaram sob os cuidados das irmãs da Congregação das Filhas da Caridade de Santa Madalena de Canossa, em Veneza. Alí, Bakhita recebeu a mensagem do Evangelho, conheceu Jesus e foi batizada aos vinte e um anos, em 9 de janeiro de 1890, com o nome de Josefina em homenagem a São josé, não sabendo como exprimir a sua alegria. Desse dia em diante, era fácil vê-la beijar a pia batismal e dizer: «Aqui me tornei filha de Deus!». Sentindo que Deus a segurava pela mão, tornava-se cada vez mais consciente de como aquele Deus, que agora conhecia e amava, a havia conduzido a Si por caminhos tão difíceis e misteriosos.
Algum tempo mais tarde, o casal retornou de África para buscar a sua filha e Bakhita. Para surpresa de todos, Bakhita pediu para ficar, pois queria tornar-se religiosa canossiana. Depois de “tantas provas de amor recebidas”, dizia ela, queria servir a Deus nessa vocação. Seus “pais” concordaram e ela ficou. Começava ali uma nova jornada na sua vida. Tendo ainda passado por um tempo de discernimento vocacional, em 8 de dezembro de 1896 fez os seus votos, consagrando-se ao Senhor perante o qual se interrogava e a quem chamava carinhosamente de “meu Patrão”: «Vendo o sol, a lua e as estrelas, dizia comigo mesma: Quem é o Patrão dessas coisas tão bonitas? E sentia uma vontade imensa de vê-Lo, conhecê-Lo e prestar-lhe homenagem».
E assim viveu, na vida religiosa, por mais de meio século. Durante esse tempo, cheia de humildade e amor, dedicou-se a todos os tipos de atividade da Congregação. Cuidou das roupas, foi cozinheira, sacristã, porteira e bordadeira, sempre com um sorriso contagiante a conquistar o coração de toda a gente. As irmãs e os fiéis tratavam-na carinhosamente por “irmã morena”, admiravam-na pela sua bondade e dedicação generosa e pelo seu grande desejo de fazer com que Jesus fosse cada vez mais conhecido e amado. Ela sempre aconselhava: "Sede boas, amai a Deus, rezai por aqueles que não O conhecem. Se soubésseis que grande graça é conhecer a Deus!".
Com o passar dos anos ficou doente e sofreu longa e dolorosamente. No entanto, a quem a visitava e lhe perguntava como se sentia, respondia sorridente: «Como o Patrão quer». E continuava firme no seu sorriso, dando um precioso testemunho de fé. Falando no sério, tinha uma grande capacidade de rir de si mesma e de brincar. Dizendo-se carregada em viagem, gracejava confiante: "Vou devagar, passo a passo, porque levo duas grandes malas: numa vão os meus pecados, e na outra, muito mais pesada, os méritos infinitos de Jesus. Quando chegar ao céu abrirei as malas e direi a Deus: Pai eterno, agora podes julgar. E a São Pedro: fecha a porta, porque fico". Ao final de sua vida, Santa Josefina Bakhita reviveu os horrores da escravidão, que ainda estavam gravados no seu inconsciente e várias vezes suplicava à enfermeira que a assistia: «Solta-me as correntes ... pesam muito!». As suas últimas palavras antes de fechar definitivamente os olhos, aos 78 anos de idade, em 8 de fevereiro de 1947, em casa da Congregação, em Schio, Itália, foram para dizer: «Nossa Senhora! Nossa Senhora!», percebendo-se o seu último sorriso a testemunhar o encontro com a Mãe de Jesus a quem tinha profunda devoção. Foi sepultada na capela de uma família de Schio, os Gasparella, tendo passado mais tarde para o Templo da Sagrada Família, onde está sob o altar da Igreja do mesmo convento.
Em 1992, a “Santa Irmã Morena ou Moreninha” foi beatificada por João Paulo II e, em outubro de 2000, foi canonizada pelo mesmo Papa, tendo como dia litúrgico o dia da sua morte, 8 de fevereiro.

Antonino Dias
Portalegre, 02-02-2018


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