quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018




PARÓQUIAS DE NISA




Quinta, 08 de fevereiro de 2018









Quinta da V semana do tempo comum







QUINTA-FEIRA da semana V

S. Jerónimo Emiliano – MF
S. Josefina Bakhita, virgem – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.

L 1 1 Reis 11, 4-13; Sal 105 (106), 3-4. 35-36. 37 e 40
Ev Mc 7, 24-30



Missa

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 94, 6-7
Vinde, prostremo-nos em terra,
adoremos o Senhor que nos criou.
O Senhor é o nosso Deus.


ORAÇÃO
Guardai, Senhor, com paternal bondade a vossa família;
e, porque só em Vós põe a sua confiança,
defendei-a sempre com a vossa proteção.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I 1 Reis 11, 4-13
«Porque não respeitaste a minha aliança, vou tirar-te o reino,
mas darei uma tribo a teu filho, em atenção a David»


Leitura do Primeiro Livro dos Reis

Quando Salomão envelheceu, as suas mulheres desviaram-lhe o coração para outros deuses e o seu coração já não pertencia inteiramente ao Senhor, seu Deus, como pertencera o de seu pai, David. Salomão prestou culto a Astarté, divindade dos sidónios, e a Milcom, ídolo dos amonitas. Praticou o que era desagradável ao Senhor e não Lhe obedeceu inteiramente, como seu pai, David. Nesse tempo, Salomão chegou a construir, no monte que fica a leste de Jerusalém, um santuário a Camos, ídolo de Moab, e a Moloc, ídolo dos amonitas. E fez o mesmo para todas as suas mulheres estrangeiras, que ofereciam incenso e sacrifícios aos seus deuses. O Senhor indignou-Se contra Salomão, porque o seu coração se desviara do Senhor, Deus de Israel, que lhe tinha aparecido duas vezes e lhe ordenara expressamente que não seguisse outros deuses. Mas o rei não cumpriu as ordens do Senhor. Então o Senhor disse a Salomão: «Porque procedeste assim para comigo e não respeitaste a minha aliança nem as ordens que te dei, vou tirar-te o reino e dá-lo a um dos teus servos. Não o farei, porém, durante a tua vida, em atenção a teu pai, David; mas vou arrebatá-lo das mãos do teu filho. Não lhe tirarei todo o reino, mas deixarei uma tribo a teu filho, em atenção ao meu servo David e a Jerusalém, a cidade que Eu escolhi».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 105 (106), 3-4.35-36.37 e 40 (R. 4a)
Refrão: Lembrai-Vos de nós, Senhor,
por amor do vosso povo. Repete-se

Felizes os que observam o direito
e praticam sempre o que é justo.
Lembrai-Vos de nós, Senhor, por amor do vosso povo,
visitai-nos com a vossa salvação. Refrão

Andaram com os pagãos
e imitaram os seus costumes.
Prestaram culto aos seus ídolos,
que foram para eles uma armadilha. Refrão

Imolaram aos demónios
seus filhos e suas filhas.
Por isso se inflamou a ira do Senhor contra o seu povo
e Ele abominou a sua herança. Refrão


ALELUIA Tg 1, 21bc
Refrão: Aleluia Repete-se
Acolhei docilmente a palavra em vós plantada,
que pode salvar as vossas almas. Refrão



EVANGELHO Mc 7, 24-30
«Os cachorrinhos comem debaixo da mesa as migalhas das crianças»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo, Jesus dirigiu-Se para a região de Tiro e Sidónia. Entrou numa casa e não queria que ninguém o soubesse. Mas não pôde passar despercebido, pois logo uma mulher, cuja filha tinha um espírito impuro, ao ouvir falar d’Ele, veio prostrar-se a seus pés. A mulher era pagã, siro fenícia de nascimento, e pediu-Lhe que expulsasse o demónio de sua filha. Mas Jesus respondeu-lhe: «Deixa primeiro que os filhos estejam saciados, pois não está certo tirar o pão dos filhos para o lançar aos cachorrinhos». Ela, porém, disse: «Senhor, também é verdade que os cachorrinhos comem debaixo da mesa as migalhas das crianças». Então Jesus respondeu-lhe: «Dizes muito bem. Podes voltar para casa, porque o demónio já saiu da tua filha». Ela voltou para casa e encontrou a criança deitada na cama. O demónio tinha saído.

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus,
que criastes o pão e o vinho para auxílio da nossa fraqueza
concedei que eles se tornem para nós
sacramento de vida eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO
Salmo 106, 8-9
Dêmos graças ao Senhor pela sua misericórdia,
pelos seus prodígios em favor dos homens,
porque Ele deu de beber aos que tinham sede
e saciou os que tinham fome.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus de bondade,
que nos fizestes participantes do mesmo pão
e do mesmo cálice,
concedei que, unidos na alegria e no amor de Cristo,
dêmos fruto abundante para a salvação do mundo.
Por Nosso Senhor.



«A cruz é o pão de cada dia do missionário: mas apesar disso, não faltam motivos para a verdadeira alegria»

S. José Freinademetz





MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

3.Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.


LEITURAS: 1 Reis 11, 4-13: A sabedoria de Salomão não evitou que, no fim da vida, ele se deixasse levar pelas influências pagãs dos países vizinhos, através das mulheres estrangeiras que o dominaram. Prestou culto aos ídolos dos pagãos e chegou a erguer-lhes templos. Ainda hoje os israelitas continuam a chamar “Monte do Escândalo” à colina a nascente de Jerusalém, onde Salomão adorou os ídolos dos gentios.

Mc 7, 24-30: É esta uma das narrações mais comoventes do Evangelho: a situação de angústia da mulher, a sua própria condição social, porque era, em relação a Jesus, uma estrangeira, a sua oração tão confiante, tão humilde e tão insistente, a sua fé, que tanto tocou o coração de Jesus, a ponto de Ele lhe elogiar essa sua fé e logo lhe conceder o que pedia. Assim se anunciavam os frutos da palavra de Jesus para além das fronteiras de Israel. O Filho de Deus veio ao mundo para todos os povos do mundo. Narrações como esta, também elas são revelações.

ORAÇÃO: Senhor, concede-nos que amemos sempre a verdade.




AGENDA

18.00 horas: Missa em Nisa
21.00 horas: Adoração ao Santíssimo seguido d ensaio de canto



PALAVRA DO PASTOR
Dom Antonino Dias


E DIREI A SÃO PEDRO: FECHA A PORTA PORQUE FICO

Todos somos convidados e temos por obrigação tender à santidade e à perfeição do próprio estado. É uma obrigação exigente à qual não podemos renunciar. Os santos e santas foram sempre fonte e origem de renovação nas circunstâncias mais difíceis em toda a história da Igreja. Hoje temos muitíssima falta de santos, que devemos pedir com assiduidade, afirmava São João Paulo II (cf. ChFL16). Vamos recordar e celebrar Santa Josefina Bakhita – a Santa Irmã Moreninha -, uma antiga e sofrida escrava negra que se abriu admiravelmente à graça e a quem humildemente pedimos a sua proteção.
Nasceu em 1869, no Sudão, um dos países mais pobres da África. Ainda menina, foi raptada e feita escrava. O susto, a violência, o trauma, a angústia de ter sido raptada e feita escrava foram tão profundos que lhe provocaram lapsos de memória e até esqueceu o seu próprio nome. O nome "Bakhita" que significa em idioma africano, "afortunada", não é o nome recebido de seus pais, foi-lhe atribuído pelos raptores. Na situação de escrava, comprada e vendida várias vezes nos mercados de El Obeid e de Cartum, experimentou a humilhação e todo o tipo de sofrimento tanto físico como moral e psicológico.
Na capital do Sudão, Bakhita foi finalmente comprada aos negociantes de escravos negros por um Cônsul italiano, Calixto Legnani. Pela primeira vez, desde o dia em que fora raptada, percebeu, com agradável surpresa, que agora a tratavam com maneiras afáveis e cordiais. Na casa do Cônsul, Bakhita encontrou serenidade, carinho e momentos de alegria, ainda que sempre escurecidos pela saudade de sua própria família.
Situações políticas obrigaram o Cônsul a partir para Itália. Bakhita pediu-lhe que a levasse consigo e com eles partiu também um amigo do Cônsul, Augusto Michieli.
Chegados a Gênova, o Sr. Legnani, pressionado pelos pedidos da esposa do Sr. Michieli que simpatizara muito com Bakhita e a tratava com muito carinho, concordou que ela fosse morar com eles. Assim, ela partiu para a nova família que residia em Zeniago, Veneza. Algum tempo depois, nasceu uma filha deste casal e Bakhita passou a cuidar da menina e tornaram-se grandes amigas. Esta família com a qual Bakhita vivia tinha negócios em África. A um dado momento, esses negócios exigiram que o casal voltasse à África. Eles até pensaram em levar também as duas meninas, mas foram aconselhados a deixa-las em Itália, por mais algum tempo. Ficaram sob os cuidados das irmãs da Congregação das Filhas da Caridade de Santa Madalena de Canossa, em Veneza. Alí, Bakhita recebeu a mensagem do Evangelho, conheceu Jesus e foi batizada aos vinte e um anos, em 9 de janeiro de 1890, com o nome de Josefina em homenagem a São josé, não sabendo como exprimir a sua alegria. Desse dia em diante, era fácil vê-la beijar a pia batismal e dizer: «Aqui me tornei filha de Deus!». Sentindo que Deus a segurava pela mão, tornava-se cada vez mais consciente de como aquele Deus, que agora conhecia e amava, a havia conduzido a Si por caminhos tão difíceis e misteriosos.
Algum tempo mais tarde, o casal retornou de África para buscar a sua filha e Bakhita. Para surpresa de todos, Bakhita pediu para ficar, pois queria tornar-se religiosa canossiana. Depois de “tantas provas de amor recebidas”, dizia ela, queria servir a Deus nessa vocação. Seus “pais” concordaram e ela ficou. Começava ali uma nova jornada na sua vida. Tendo ainda passado por um tempo de discernimento vocacional, em 8 de dezembro de 1896 fez os seus votos, consagrando-se ao Senhor perante o qual se interrogava e a quem chamava carinhosamente de “meu Patrão”: «Vendo o sol, a lua e as estrelas, dizia comigo mesma: Quem é o Patrão dessas coisas tão bonitas? E sentia uma vontade imensa de vê-Lo, conhecê-Lo e prestar-lhe homenagem».
E assim viveu, na vida religiosa, por mais de meio século. Durante esse tempo, cheia de humildade e amor, dedicou-se a todos os tipos de atividade da Congregação. Cuidou das roupas, foi cozinheira, sacristã, porteira e bordadeira, sempre com um sorriso contagiante a conquistar o coração de toda a gente. As irmãs e os fiéis tratavam-na carinhosamente por “irmã morena”, admiravam-na pela sua bondade e dedicação generosa e pelo seu grande desejo de fazer com que Jesus fosse cada vez mais conhecido e amado. Ela sempre aconselhava: "Sede boas, amai a Deus, rezai por aqueles que não O conhecem. Se soubésseis que grande graça é conhecer a Deus!".
Com o passar dos anos ficou doente e sofreu longa e dolorosamente. No entanto, a quem a visitava e lhe perguntava como se sentia, respondia sorridente: «Como o Patrão quer». E continuava firme no seu sorriso, dando um precioso testemunho de fé. Falando no sério, tinha uma grande capacidade de rir de si mesma e de brincar. Dizendo-se carregada em viagem, gracejava confiante: "Vou devagar, passo a passo, porque levo duas grandes malas: numa vão os meus pecados, e na outra, muito mais pesada, os méritos infinitos de Jesus. Quando chegar ao céu abrirei as malas e direi a Deus: Pai eterno, agora podes julgar. E a São Pedro: fecha a porta, porque fico". Ao final de sua vida, Santa Josefina Bakhita reviveu os horrores da escravidão, que ainda estavam gravados no seu inconsciente e várias vezes suplicava à enfermeira que a assistia: «Solta-me as correntes ... pesam muito!». As suas últimas palavras antes de fechar definitivamente os olhos, aos 78 anos de idade, em 8 de fevereiro de 1947, em casa da Congregação, em Schio, Itália, foram para dizer: «Nossa Senhora! Nossa Senhora!», percebendo-se o seu último sorriso a testemunhar o encontro com a Mãe de Jesus a quem tinha profunda devoção. Foi sepultada na capela de uma família de Schio, os Gasparella, tendo passado mais tarde para o Templo da Sagrada Família, onde está sob o altar da Igreja do mesmo convento.
Em 1992, a “Santa Irmã Morena ou Moreninha” foi beatificada por João Paulo II e, em outubro de 2000, foi canonizada pelo mesmo Papa, tendo como dia litúrgico o dia da sua morte, 8 de fevereiro.

Antonino Dias
Portalegre, 02-02-2018





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