PARÓQUIAS DE NISA
Quinta, 08 de fevereiro de 2018
Quinta da V semana do tempo comum
QUINTA-FEIRA da
semana V
S.
Jerónimo Emiliano – MF
S. Josefina Bakhita, virgem – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
L 1 1 Reis 11, 4-13; Sal 105 (106), 3-4. 35-36. 37 e 40
Ev Mc 7, 24-30
S. Josefina Bakhita, virgem – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
L 1 1 Reis 11, 4-13; Sal 105 (106), 3-4. 35-36. 37 e 40
Ev Mc 7, 24-30
Missa
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 94, 6-7
Vinde, prostremo-nos em terra,
adoremos o Senhor que nos criou.
O Senhor é o nosso Deus.
ORAÇÃO
Guardai, Senhor, com paternal bondade a vossa família;
e, porque só em Vós põe a sua confiança,
defendei-a sempre com a vossa proteção.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Reis 11, 4-13
«Porque não respeitaste a minha aliança, vou tirar-te o reino,
mas darei uma tribo a teu filho, em atenção a David»
Leitura do Primeiro Livro dos Reis
Vinde, prostremo-nos em terra,
adoremos o Senhor que nos criou.
O Senhor é o nosso Deus.
ORAÇÃO
Guardai, Senhor, com paternal bondade a vossa família;
e, porque só em Vós põe a sua confiança,
defendei-a sempre com a vossa proteção.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Reis 11, 4-13
«Porque não respeitaste a minha aliança, vou tirar-te o reino,
mas darei uma tribo a teu filho, em atenção a David»
Leitura do Primeiro Livro dos Reis
Quando Salomão envelheceu, as suas mulheres desviaram-lhe o coração para outros deuses e o seu coração já não pertencia inteiramente ao Senhor, seu Deus, como pertencera o de seu pai, David. Salomão prestou culto a Astarté, divindade dos sidónios, e a Milcom, ídolo dos amonitas. Praticou o que era desagradável ao Senhor e não Lhe obedeceu inteiramente, como seu pai, David. Nesse tempo, Salomão chegou a construir, no monte que fica a leste de Jerusalém, um santuário a Camos, ídolo de Moab, e a Moloc, ídolo dos amonitas. E fez o mesmo para todas as suas mulheres estrangeiras, que ofereciam incenso e sacrifícios aos seus deuses. O Senhor indignou-Se contra Salomão, porque o seu coração se desviara do Senhor, Deus de Israel, que lhe tinha aparecido duas vezes e lhe ordenara expressamente que não seguisse outros deuses. Mas o rei não cumpriu as ordens do Senhor. Então o Senhor disse a Salomão: «Porque procedeste assim para comigo e não respeitaste a minha aliança nem as ordens que te dei, vou tirar-te o reino e dá-lo a um dos teus servos. Não o farei, porém, durante a tua vida, em atenção a teu pai, David; mas vou arrebatá-lo das mãos do teu filho. Não lhe tirarei todo o reino, mas deixarei uma tribo a teu filho, em atenção ao meu servo David e a Jerusalém, a cidade que Eu escolhi».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 105 (106), 3-4.35-36.37 e 40 (R. 4a)
Refrão: Lembrai-Vos de nós, Senhor,
por amor do vosso povo. Repete-se
Felizes os que observam o direito
e praticam sempre o que é justo.
Lembrai-Vos de nós, Senhor, por amor do vosso povo,
visitai-nos com a vossa salvação. Refrão
Andaram com os pagãos
e imitaram os seus costumes.
Prestaram culto aos seus ídolos,
que foram para eles uma armadilha. Refrão
Imolaram aos demónios
seus filhos e suas filhas.
Por isso se inflamou a ira do Senhor contra o seu povo
e Ele abominou a sua herança. Refrão
ALELUIA Tg 1, 21bc
Refrão: Aleluia Repete-se
Acolhei docilmente a palavra em vós plantada,
que pode salvar as vossas almas. Refrão
EVANGELHO Mc 7, 24-30
«Os cachorrinhos comem debaixo da mesa as migalhas das crianças»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, Jesus dirigiu-Se para a região de Tiro e Sidónia. Entrou numa casa e não queria que ninguém o soubesse. Mas não pôde passar despercebido, pois logo uma mulher, cuja filha tinha um espírito impuro, ao ouvir falar d’Ele, veio prostrar-se a seus pés. A mulher era pagã, siro fenícia de nascimento, e pediu-Lhe que expulsasse o demónio de sua filha. Mas Jesus respondeu-lhe: «Deixa primeiro que os filhos estejam saciados, pois não está certo tirar o pão dos filhos para o lançar aos cachorrinhos». Ela, porém, disse: «Senhor, também é verdade que os cachorrinhos comem debaixo da mesa as migalhas das crianças». Então Jesus respondeu-lhe: «Dizes muito bem. Podes voltar para casa, porque o demónio já saiu da tua filha». Ela voltou para casa e encontrou a criança deitada na cama. O demónio tinha saído.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus,
que criastes o pão e o vinho para auxílio da nossa fraqueza
concedei que eles se tornem para nós
sacramento de vida eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 106, 8-9
Dêmos graças ao Senhor pela sua misericórdia,
pelos seus prodígios em favor dos homens,
porque Ele deu de beber aos que tinham sede
e saciou os que tinham fome.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus de bondade,
que nos fizestes participantes do mesmo pão
e do mesmo cálice,
concedei que, unidos na alegria e no amor de Cristo,
dêmos fruto abundante para a salvação do mundo.
Por Nosso Senhor.
«A
cruz é o pão de cada dia do missionário: mas apesar disso, não faltam motivos
para a verdadeira alegria»
S. José Freinademetz
MÉTODO DE ORAÇÃO
BÍBLICA
3.Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2.
Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS: 1 Reis 11, 4-13: A
sabedoria de Salomão não evitou que, no fim da vida, ele se deixasse levar
pelas influências pagãs dos países vizinhos, através das mulheres estrangeiras
que o dominaram. Prestou culto aos ídolos dos pagãos e chegou a erguer-lhes
templos. Ainda hoje os israelitas continuam a chamar “Monte do Escândalo” à
colina a nascente de Jerusalém, onde Salomão adorou os ídolos dos gentios.
Mc
7, 24-30: É esta uma das narrações mais comoventes do
Evangelho: a situação de angústia da mulher, a sua própria condição social,
porque era, em relação a Jesus, uma estrangeira, a sua oração tão confiante,
tão humilde e tão insistente, a sua fé, que tanto tocou o coração de Jesus, a
ponto de Ele lhe elogiar essa sua fé e logo lhe conceder o que pedia. Assim se
anunciavam os frutos da palavra de Jesus para além das fronteiras de Israel. O
Filho de Deus veio ao mundo para todos os povos do mundo. Narrações como esta,
também elas são revelações.
ORAÇÃO: Senhor, concede-nos que amemos
sempre a verdade.
AGENDA
18.00 horas: Missa em Nisa
21.00 horas: Adoração ao Santíssimo seguido d ensaio de canto
PALAVRA DO
PASTOR
Dom Antonino Dias
E DIREI A SÃO PEDRO:
FECHA A PORTA PORQUE FICO
Todos somos convidados e temos por obrigação tender à santidade e
à perfeição do próprio estado. É uma obrigação exigente à qual não podemos
renunciar. Os santos e santas foram sempre fonte e origem de renovação nas
circunstâncias mais difíceis em toda a história da Igreja. Hoje temos
muitíssima falta de santos, que devemos pedir com assiduidade, afirmava São
João Paulo II (cf. ChFL16). Vamos recordar e celebrar Santa Josefina Bakhita –
a Santa Irmã Moreninha -, uma antiga e sofrida escrava negra que se abriu
admiravelmente à graça e a quem humildemente pedimos a sua proteção.
Nasceu em 1869, no Sudão, um dos países mais pobres da África.
Ainda menina, foi raptada e feita escrava. O susto, a violência, o trauma, a
angústia de ter sido raptada e feita escrava foram tão profundos que lhe
provocaram lapsos de memória e até esqueceu o seu próprio nome. O nome
"Bakhita" que significa em idioma africano, "afortunada",
não é o nome recebido de seus pais, foi-lhe atribuído pelos raptores. Na situação
de escrava, comprada e vendida várias vezes nos mercados de El Obeid e de
Cartum, experimentou a humilhação e todo o tipo de sofrimento tanto físico como
moral e psicológico.
Na capital do Sudão, Bakhita foi finalmente comprada aos
negociantes de escravos negros por um Cônsul italiano, Calixto Legnani. Pela
primeira vez, desde o dia em que fora raptada, percebeu, com agradável
surpresa, que agora a tratavam com maneiras afáveis e cordiais. Na casa do
Cônsul, Bakhita encontrou serenidade, carinho e momentos de alegria, ainda que
sempre escurecidos pela saudade de sua própria família.
Situações políticas obrigaram o Cônsul a partir para Itália.
Bakhita pediu-lhe que a levasse consigo e com eles partiu também um amigo do
Cônsul, Augusto Michieli.
Chegados a Gênova, o Sr. Legnani, pressionado pelos pedidos da
esposa do Sr. Michieli que simpatizara muito com Bakhita e a tratava com muito
carinho, concordou que ela fosse morar com eles. Assim, ela partiu para a nova
família que residia em Zeniago, Veneza. Algum tempo depois, nasceu uma filha
deste casal e Bakhita passou a cuidar da menina e tornaram-se grandes amigas.
Esta família com a qual Bakhita vivia tinha negócios em África. A um dado
momento, esses negócios exigiram que o casal voltasse à África. Eles até
pensaram em levar também as duas meninas, mas foram aconselhados a deixa-las em
Itália, por mais algum tempo. Ficaram sob os cuidados das irmãs da Congregação
das Filhas da Caridade de Santa Madalena de Canossa, em Veneza. Alí, Bakhita
recebeu a mensagem do Evangelho, conheceu Jesus e foi batizada aos vinte e um
anos, em 9 de janeiro de 1890, com o nome de Josefina em homenagem a São josé,
não sabendo como exprimir a sua alegria. Desse dia em diante, era fácil vê-la
beijar a pia batismal e dizer: «Aqui me tornei filha de Deus!». Sentindo que
Deus a segurava pela mão, tornava-se cada vez mais consciente de como aquele
Deus, que agora conhecia e amava, a havia conduzido a Si por caminhos tão
difíceis e misteriosos.
Algum tempo mais tarde, o casal retornou de África para buscar a
sua filha e Bakhita. Para surpresa de todos, Bakhita pediu para ficar, pois
queria tornar-se religiosa canossiana. Depois de “tantas provas de amor
recebidas”, dizia ela, queria servir a Deus nessa vocação. Seus “pais”
concordaram e ela ficou. Começava ali uma nova jornada na sua vida. Tendo ainda
passado por um tempo de discernimento vocacional, em 8 de dezembro de 1896 fez
os seus votos, consagrando-se ao Senhor perante o qual se interrogava e a quem
chamava carinhosamente de “meu Patrão”: «Vendo o sol, a lua e as estrelas,
dizia comigo mesma: Quem é o Patrão dessas coisas tão bonitas? E sentia uma
vontade imensa de vê-Lo, conhecê-Lo e prestar-lhe homenagem».
E assim viveu, na vida religiosa, por mais de meio século. Durante
esse tempo, cheia de humildade e amor, dedicou-se a todos os tipos de atividade
da Congregação. Cuidou das roupas, foi cozinheira, sacristã, porteira e
bordadeira, sempre com um sorriso contagiante a conquistar o coração de toda a
gente. As irmãs e os fiéis tratavam-na carinhosamente por “irmã morena”,
admiravam-na pela sua bondade e dedicação generosa e pelo seu grande desejo de
fazer com que Jesus fosse cada vez mais conhecido e amado. Ela sempre
aconselhava: "Sede boas, amai a Deus, rezai por aqueles que não O
conhecem. Se soubésseis que grande graça é conhecer a Deus!".
Com o passar dos anos ficou doente e sofreu longa e dolorosamente.
No entanto, a quem a visitava e lhe perguntava como se sentia, respondia
sorridente: «Como o Patrão quer». E continuava firme no seu sorriso, dando um
precioso testemunho de fé. Falando no sério, tinha uma grande capacidade de rir
de si mesma e de brincar. Dizendo-se carregada em viagem, gracejava confiante:
"Vou devagar, passo a passo, porque levo duas grandes malas: numa vão os
meus pecados, e na outra, muito mais pesada, os méritos infinitos de Jesus.
Quando chegar ao céu abrirei as malas e direi a Deus: Pai eterno, agora podes
julgar. E a São Pedro: fecha a porta, porque fico". Ao final de sua vida,
Santa Josefina Bakhita reviveu os horrores da escravidão, que ainda estavam
gravados no seu inconsciente e várias vezes suplicava à enfermeira que a
assistia: «Solta-me as correntes ... pesam muito!». As suas últimas palavras
antes de fechar definitivamente os olhos, aos 78 anos de idade, em 8 de fevereiro
de 1947, em casa da Congregação, em Schio, Itália, foram para dizer: «Nossa
Senhora! Nossa Senhora!», percebendo-se o seu último sorriso a testemunhar o
encontro com a Mãe de Jesus a quem tinha profunda devoção. Foi sepultada na
capela de uma família de Schio, os Gasparella, tendo passado mais tarde para o
Templo da Sagrada Família, onde está sob o altar da Igreja do mesmo convento.
Em 1992, a “Santa Irmã Morena ou Moreninha” foi beatificada por
João Paulo II e, em outubro de 2000, foi canonizada pelo mesmo Papa, tendo como
dia litúrgico o dia da sua morte, 8 de fevereiro.
Antonino Dias
Portalegre, 02-02-2018
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