PARÓQUIAS DE NISA
Segunda, 12 de fevereiro de 2018
Segunda da VI semana do tempo comum
SEGUNDA-FEIRA
da semana VI
Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).
L 1 Tg 1, 1-11; Sal 118 (119), 67-68. 71-72. 75-76
Ev Mc 8, 11-13
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).
L 1 Tg 1, 1-11; Sal 118 (119), 67-68. 71-72. 75-76
Ev Mc 8, 11-13
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo
30, 3-4
Sede a rocha do meu refúgio, Senhor,
e a fortaleza da minha salvação.
Para glória do vosso nome, guiai-me e conduzi-me.
ORAÇÃO
Senhor, que prometestes estar presente
nos corações retos e sinceros,
ajudai-nos com a vossa graça
a viver de tal modo que mereçamos ser vossa morada.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos pares) Tg 1, 1-11
«A vossa fé, assim provada, produz a constância,
para serdes perfeitos e irrepreensíveis»
Início da Epístola de São Tiago
Sede a rocha do meu refúgio, Senhor,
e a fortaleza da minha salvação.
Para glória do vosso nome, guiai-me e conduzi-me.
ORAÇÃO
Senhor, que prometestes estar presente
nos corações retos e sinceros,
ajudai-nos com a vossa graça
a viver de tal modo que mereçamos ser vossa morada.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos pares) Tg 1, 1-11
«A vossa fé, assim provada, produz a constância,
para serdes perfeitos e irrepreensíveis»
Início da Epístola de São Tiago
Tiago, servo de Deus e do Senhor
Jesus Cristo, saúda as doze tribos que vivem na dispersão. Meus irmãos,
considerai como motivo de grande alegria as diversas provações por que tendes
passado. Vós sabeis que a vossa fé, assim provada, produz a constância. A
constância, por sua vez, deve ser exercida plenamente, para serdes perfeitos e
irrepreensíveis, sem nenhuma deficiência. Se algum de vós tem falta de
sabedoria, deve pedi-la a Deus, que a dá a todos sem reserva nem recriminações,
e ela lhe será concedida. Mas deve pedi-la com fé, sem qualquer hesitação, pois
aquele que hesita é semelhante às ondas do mar, agitadas pelo vento e lançadas
de um para outro lado. Quem é assim não pense que receberá do Senhor coisa
alguma, porque é homem de espírito indeciso, inconstante em tudo o que faz. O
irmão de condição humilde deve ter muita honra em se ver elevado por Deus e o
rico em tomar uma posição modesta, porque passará como a flor do campo. Nasce o
sol com os seus ardores e seca a erva; cai a flor e desaparece a sua formosura.
Assim murchará o rico nos seus empreendimentos.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 118 (119), 67-68.71-72.75-76 (R. 77a)
Refrão: Desça sobre mim a vossa misericórdia, Senhor,
e viverei. Repete-se
Errei antes de ser atribulado,
mas agora cumpro a vossa palavra.
Vós sois bom e generoso:
ensinai-me os vossos decretos. Refrão
Foi bom para mim ter sido atribulado,
para aprender os vossos preceitos.
Para mim vale mais a lei da vossa boca
do que milhões em ouro e prata. Refrão
Senhor, eu sei que os vossos juízos são justos
e que a vossa fidelidade me põe à prova.
Console-me a vossa bondade,
segundo a promessa que fizestes ao vosso servo. Refrão
ALELUIA Jo 14, 6
Refrão: Aleluia Repete-se
Eu sou o caminho, a verdade e a vida, diz o Senhor.
Ninguém vai ao Pai senão por Mim. Refrão
EVANGELHO Mc 8, 11-13
«Porque pede esta geração um sinal?»
Evangelho de Nosso Senhor
Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, apareceram alguns fariseus e começaram a discutir com Jesus. Para O porem à prova, pediam-Lhe um sinal do céu. Jesus suspirou do fundo da alma e respondeu-lhes: «Porque pede esta geração um sinal? Em verdade vos digo: não se dará nenhum sinal a esta geração». Depois deixou-os, voltou a subir para o barco e foi para a outra margem do lago.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei, Senhor,
que estes dons sagrados
nos purifiquem e renovem,
para que, obedecendo sempre à vossa vontade,
alcancemos a recompensa eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 77, 24.29
O Senhor deu-lhes o pão do Céu:
comeram e ficaram saciados.
Ou Jo 3, 16
Deus amou tanto o mundo que lhe deu
o seu Filho Unigénito.
Quem acredita n’Ele tem a vida eterna.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentastes com o pão do Céu,
concedei-nos a graça de buscarmos sempre
aquelas realidades que nos dão a verdadeira vida.
Por Nosso Senhor.
«Não recuses nada a ninguém e não exijas nada para ti mesmo»
S. José Freinademetz
MÉTODO DE ORAÇÃO
BÍBLICA
3.Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2.
Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS: Tg
1, 1-11: O tempo da
vida é tempo de provação. São Tiago recomenda aos cristãos as necessárias
atitudes fundamentais para que estes se mantenham fiéis no meio de todas as
provações da vida, a saber: a paciência ou constância, a sabedoria, a oração
feita com fé e o sentido de ação de graças e de modéstia nas horas de maior
felicidade.
Mc 8, 11-13: Os fariseus aparecem, geralmente, no
Evangelho, como seita de gente conservadora, incapaz de se abrir à novidade da
mensagem de Jesus: por isso, sempre O espiam, O julgam e O condenam. Hoje
pedem-lhe um “sinal do Céu”, um sinal espetacular; mas Jesus não pretende
causar impressão por meio de atitudes espetaculares ou pela propaganda
consumista. O que Ele quer é a fé, e esta só pode andar ligada à boa intenção e
à caridade.
ORAÇÃO: Senhor, concede-nos que amemos
sempre a verdade.
AGENDA
15.00 horas: Funeral no Cacheiro
17.00 horas: Adoração ao Santíssimo
18.00 horas; Missa na Igreja do Espírito Santo
* Todo o dia: Semana da Vida Religiosa em Fátima
*Toda a semana: Missão País, em Nisa
PALAVRA DO
PASTOR
Dom Antonino Dias
NAMORADOS QUE NÃO SE
MERECEM
Dia de São Valentim, Dia dos Namorados. A todos saudamos com os votos
de que sejam muito felizes! Hoje, porém, vou escrever sobre um tema que a todos
nos surpreende e entristece. É que, sem querer generalizar, como é evidente, há
namorados que não se merecem. Há namoros que não são namoro. Como diz “o
outro”, e o “outro” sabe tudo, são uma espécie de encontro a dois para a
humilhação de um ou de ambos. E ninguém merece isso, ninguém, muito menos um
jovem ou uma jovem. Uma das constatações de hoje, no namoro, é a violência.
Considerada crime público, as Associações que acompanham tão triste fenómeno,
dizem-nos que a violência no namoro é transversal à sociedade e a todas as
classes sociais, que é frequente, que tem aumentado, que pode passar
despercebida, que um em cada quatro jovens consideram-na legítima, etc. Sendo violência,
ela tende a magoar, a humilhar, a controlar, a assustar, a fazer sofrer, sendo
sempre difícil de resolver e ultrapassar, pois o amor lá tem os seus caprichos,
razões que a razão não entende. Regra geral, é uma situação que se vive em
silêncio, pela vergonha de o contar, pelo medo de que o namoro acabe, pelo
receio de que a denúncia traga mais violência, porque a idade passa e quer-se
casar, porque não se respeitaram e até já o bebé vem a caminho... Tudo se vai
suportando na esperança de que, na verdade, essa violência vá acabar ou já
acabou. Mas como dizem os estudiosos desses casos e é confirmado pela
contumácia dos experimentados em tais brigas, não acabou nem vai acabar.
Ir-se-á, isso sim, é agravar, mesmo que haja promessas de amor eterno, com pompa
e circunstância, à Romeu e Julieta. Os sofrimentos, as humilhações, os
homicídios e os feminicídios fruto da violência doméstica continuam mais que
muitos mercê de instintos bárbaros que se vão treinando e avolumando. Há quem
não queira ver este desaire já entre os namorados, quem negue a sua existência,
quem a considere irrelevante, quem a legitime, quem pense que isso passa, que
são questões de ciúme, do “não te quero perder”. Os namorados que se dão a
estes luxos, não são, por certo, jovens adultos, são adolescentes envelhecidos
e mal formados, que nem sequer têm a coragem de se mandarem bugiar. São cegos
que, vendo, não veem: “quanto mais me bates mais te quero”. Ilusão!
A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), descreve a
violência no namoro como um ato de violência, pontual ou contínua, cometida por
um dos namorados, ou ambos, com o objetivo de controlar, dominar e ter mais
poder do que a outra pessoa envolvida no namoro. Os agressores ou as vítimas
tanto podem ser os rapazes como as raparigas. Mesmo quando se tende a
banalizá-la ou a romantizá-la, a violência tem muitas caras e feitios, desde as
verbais às físicas, desde o proibir ao obrigar, desde a publicação de
fotografias íntimas ao insulto através das redes sociais, desde as relações sexuais
forçadas à imposição de certas roupas para saírem juntos, desde o acesso às
passwords de email e facebook à violência psicológica, desde o exigir ao outro
o que não se impõe a si próprio. O individualismo reinante gera uma
supersensibilidade tão doentia e tão egoísta que logo agride quem incomoda ou
contraria, ficando-se nas tintas e orgulhoso por humilhar e fazer sofrer. Tudo
isto torna urgente a sua prevenção e o seu combate. Entendo, porém, que a
solução não estará tanto em andar à cata de quem prevaricou, nem em
sensibilizar para que se faça denúncia, nem no criar linhas de apoio para que
as vítimas se possam queixar, etc. Tudo isso é importante, não duvido, embora
me pareça que são poucas ou nenhumas as consequências práticas quando as
vítimas se queixam, podendo mesmo vir a complicar a situação. A solução mais
eficaz está a montante, está na educação, qual remédio milagroso que em doses e
tempos certos se deveria receitar e tomar. Este remédio profilático, barato mas
eficaz, o da educação, é uma espécie de cultura que, de forma natural, se
começa a entranhar desde pequenino sem exigir inteligências raras ou rasgos de
génio para ser assimilada. É um somatório de experiências que informam e
formam, que dão os conteúdos do bom senso e do caráter saudável e cortês. Essa
cultura, apesar de tantos anos de instrução académica, parece que não se
consegue viver, transmitir e fazer entender. E é pena. Tanta gente que nem ler
sabe e passa a perna a colecionadores de cursos universitários nestas questões
de relacionamento e de boa educação. De facto, é um bem precioso a construir
pelo trabalho e o testemunho de quem tem o dever de educar, a começar pelos
pais, a continuar nas escolas, a ser testemunhado por quem educa, a perceber-se
na sociedade, a ser sentido como um dever de todos, sendo educado e ajudando a
educar. Posso estar errado e sei que ele tem muito em que pensar e que fazer,
mas acho que o Estado, no âmbito do bem-estar da família, deveria antecipar-se
e agir de forma mais alargada, mais atenta, clara e eficiente. Ele tem um papel
a desempenhar na formação dos cidadãos para o global exercício da cidadania. E
a formação para constituir família, implica formação nos valores e virtudes
humanas essenciais à vivência e convivência humana. Na verdade, as famílias são
as células estaminais da sociedade, aquelas células que têm um enorme potencial
terapêutico para promover e melhorar o processo regenerativo do tecido social e
das patologias inerentes. Nenhuma Nação que se preze de o ser deixará de se
sentir incomodada pelo desmoronamento das famílias, as células base de si
própria, com todas as consequências que daí resultam. Sempre entendi -
inutilmente, sei, sonho meu! -, mas sempre entendi que a preparação para o
casamento, para além do indispensável trabalho dos pais, não deveria ser apenas
uma preocupação da Igreja onde o casamento é Sacramento. Aí, a Igreja tem o
dever de ajudar os seus membros a entender o que é um Sacramento, quais as suas
exigências, os seus efeitos e consequências, onde é que está a diferença de o
casamento ser ou não ser Sacramento. Da maneira que os ventos sopram e em que
muitos crescem na reivindicação caprichosa e no facilitismo bonacheirão de uma
educação light que compra tudo feito e sem contrariedades, o próprio casamento
natural entre um homem e uma mulher deveria implicar preparação. O amor, se
existe, não perdura sem a educação mútua e tudo o que ela envolve de saberes,
do saber fazer, do saber ser e estar, independentemente de se ter ou não fé.
Desde o chocalho aos bonecos de Estremoz, há, por aí, agora, muita coisa
classificada como património da humanidade a preservar e a promover, e bem,
aplaudimos. Mas que bom seria se o mais excelente património da humanidade, a
Família, fosse muito melhor cuidada, defendida e promovida.
Muitas coisas se ensinam nas escolas com a esmerada dedicação dos
professores. Mas a educação para os valores estruturantes da vida, bem como a
importância da constituição de famílias estáveis e felizes, a própria
preparação para o casamento, deveria merecer espaço, tempo e pessoas, também
elas bem formadas, sem rugas ideológicas, com conteúdos e programação própria e
persistente. A educação capacita para dar sentido à vida e às coisas da vida,
ajuda a concretizar os sonhos de felicidade e os projetos que a ela conduzem,
projetos sempre assentes na verdade. Sim, só “na medida em que o amor estiver
fundado na verdade é que pode perdurar no tempo, superar o instante efémero e
permanecer firme para sustentar um caminho comum. Se o amor não tivesse relação
com a verdade, estaria sujeito à alteração dos sentimentos e não superaria a
prova do tempo” (cf. LF27-34).
Antonino Dias
Portalegre, 09-02-2018
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