PARÓQUIAS DE NISA
Sábado, 10 de fevereiro de 2018
Sábado da V semana do tempo comum
SÁBADO
da semana V
S. Escolástica, virgem – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.
L 1 1 Reis 12, 26-32: 13, 33-34; Sal 105
(106), 6-7a. 19-20. 21-22
Ev Mc 8, 1-10
Ev Mc 8, 1-10
S. ESCOLÁSTICA, virgem
Nota Histórica
Escolástica, irmã de S. Bento, nasceu em
Núrsia (Úmbria) cerca do ano 480. Consagrou-se a Deus, como seu irmão, e
seguiu-o para Cassino, onde morreu aproximadamente em 547.
.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA
Esta é a virgem sábia e prudente,
Esta é a virgem sábia e prudente,
que, de lâmpada acesa, foi ao
encontro de Cristo.
ORAÇÃO
Ao celebrarmos a memória de Santa
Escolástica, nós Vos pedimos,
Senhor, que, a seu exemplo, Vos sirvamos de coração sincero e alcancemos a verdadeira felicidade no vosso amor. Por Nosso Senhor.
Senhor, que, a seu exemplo, Vos sirvamos de coração sincero e alcancemos a verdadeira felicidade no vosso amor. Por Nosso Senhor.
LEITURA I 1 Reis 12, 26-32; 13, 33-34
«Jeroboão mandou fazer dois bezerros de ouro»
Leitura do Primeiro Livro dos Reis
Quando Jeroboão se tornou rei das dez tribos de Israel, pensou consigo: «A realeza pode voltar para a casa de David. Se o povo continuar a subir a Jerusalém, para oferecer sacrifícios no templo do Senhor, o seu coração voltará para o seu soberano, Roboão, rei de Judá, e acabarão por matar-me». Depois de ter tomado conselho, Jeroboão mandou fazer dois bezerros de ouro e disse ao povo: «Não subireis mais a Jerusalém. Israel, aqui estão os teus deuses, que te fizeram sair da terra do Egipto». Colocou um bezerro em Betel e outro em Dan, o que constituiu uma ocasião de pecado para Israel, porque o povo ia a Dan, para adorar o bezerro. Jeroboão construiu santuários nos lugares altos e estabeleceu como sacerdotes homens do povo que não eram descendentes de Levi. Instituiu também uma festa no dia quinze do oitavo mês, semelhante à festa celebrada em Judá, e ele próprio subiu ao altar que fizera em Betel, para oferecer sacrifícios aos bezerros feitos por ele. E estabeleceu em Betel sacerdotes para os lugares altos que tinha construído. Jeroboão nunca se converteu do seu mau caminho e continuou a nomear como sacerdotes homens do povo. Dava a investidura a quem o quisesse, para se tornar sacerdote nos lugares altos. Semelhante procedimento fez pecar a casa de Jeroboão, causou a sua ruína e o seu extermínio da face da terra.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 105 (106), 6-7a.19-20.21-22 (R. 4a)
Refrão: Lembrai-Vos de nós, Senhor,
por amor do vosso povo. Repete-se
Pecámos como os nossos pais,
fizemos o mal e praticámos a impiedade.
No Egipto não entenderam os vossos prodígios,
não compreenderam a imensidade dos vossos favores. Refrão
Fizeram um bezerro no Horeb
e adoraram um ídolo de metal fundido.
Trocaram a sua glória
pela figura de um boi que come feno. Refrão
Esqueceram a Deus que os salvara,
que realizara prodígios no Egipto,
maravilhas na terra de Cam,
feitos gloriosos no Mar Vermelho. Refrão
ALELUIA Mt 4, 4b
Refrão: Aleluia Repete-se
Nem só de pão vive o homem,
mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. Refrão
EVANGELHO Mc 8, 1-10
«Comeram e ficaram saciados»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naqueles dias, juntou-se novamente uma grande multidão e, como não tinham que comer, Jesus chamou os discípulos e disse-lhes: «Tenho pena desta multidão; há já três dias que estão comigo e não têm que comer. Se os despedir sem alimento para suas casas, desfalecerão no caminho, porque alguns vieram de longe». Responderam-Lhe os discípulos: «Como se poderia saciá-los de pão, aqui num deserto?». Mas Jesus perguntou: «Quantos pães tendes?». Eles responderam: «Temos sete». Então Jesus ordenou à multidão que se sentasse no chão. Depois tomou os sete pães e, dando graças, partiu-os e deu-os aos discípulos, para que os distribuíssem, e eles distribuíram-nos à multidão. Tinham também alguns pequenos peixes. Jesus pronunciou sobre eles a bênção e disse que os distribuíssem também. Comeram e ficaram saciados. Dos bocados que sobraram encheram sete cestos. Eram cerca de quatro mil pessoas. Então Jesus despediu-os e, subindo para o barco com os discípulos, dirigiu-se para a região de Dalmanutá.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Ao proclamarmos as maravilhas que
realizastes em Santa Escolástica,
humildemente Vos pedimos, Senhor, que aceiteis a oferta do nosso
ministério, como aceitastes os méritos da sua vida. Por Nosso Senhor.
humildemente Vos pedimos, Senhor, que aceiteis a oferta do nosso
ministério, como aceitastes os méritos da sua vida. Por Nosso Senhor.
ANTÍFONA
DA COMUNHÃO (MT 25,6)
Chegou o Esposo. Ide ao encontro de Cristo Senhor.
Chegou o Esposo. Ide ao encontro de Cristo Senhor.
ORAÇÃO
DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor nosso Deus, que nos
fortaleceis com estes divinos mistérios,
fazei que, a exemplo de Santa Escolástica, levando sempre em nosso
corpo os sofrimentos de Cristo, vivamos somente para Vós. Por Nosso
Senhor.
fazei que, a exemplo de Santa Escolástica, levando sempre em nosso
corpo os sofrimentos de Cristo, vivamos somente para Vós. Por Nosso
Senhor.
« Como as flores se abrem ao calor do sol e se fecham ao chegar a noite, assim o coração humano se abre ao nosso sorriso e se fecha frente a um rosto mal-humorado»
S. José Freinademetz
MÉTODO DE ORAÇÃO
BÍBLICA
3.Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2.
Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS: Reis 12, 26-32; 13, 33-34
:Dividido o reino em dois e ficando o
templo, que era único, em Jerusalém, no reino de Judá no sul, Jeroboão, rei de
Israel, no norte, para evitar que o povo viesse em peregrinação a Jerusalém, o
que o poderia levar a voltar-se para o rei de Judá, criou um culto cismático no
reino de Israel, fabricando dois bezerros de ouro, à imitação do que tinha sido
já feito outrora na travessia do deserto. Este ato de infidelidade mereceu-lhe
a ruína do seu reinado. Deus não pode ter rivais; Ele é o único Senhor.
Mc 8, 1-10: A situação do homem sobre a
terra, labutando pelo pão de cada dia, mergulhado na dor desde o nascimento,
muitas vezes errante e perdido no deserto sem atinar com os caminhos, sobretudo
os do espírito, o homem pecador, filho de Adão e Eva, os expulsos do paraíso em
consequência do pecado, atraiu sempre o olhar compassivo de Deus. Mas foi em
Jesus Cristo, seu Filho, que esta compaixão se revelou sem limites, como o
testemunha esta leitura.
ORAÇÃO: Senhor, concede-nos que amemos
sempre a verdade.
AGENDA
16.00 horas: Missa no Pardo
18.00 horas: Missa em Nisa
*Todo o dia: Encontro de acólitos na Sertã
*Toda a semana: Missão País em Nisa
PALAVRA DO
PASTOR
Dom Antonino Dias
E DIREI A SÃO PEDRO:
FECHA A PORTA PORQUE FICO
Todos somos convidados e temos por obrigação tender à santidade e
à perfeição do próprio estado. É uma obrigação exigente à qual não podemos
renunciar. Os santos e santas foram sempre fonte e origem de renovação nas
circunstâncias mais difíceis em toda a história da Igreja. Hoje temos
muitíssima falta de santos, que devemos pedir com assiduidade, afirmava São
João Paulo II (cf. ChFL16). Vamos recordar e celebrar Santa Josefina Bakhita –
a Santa Irmã Moreninha -, uma antiga e sofrida escrava negra que se abriu
admiravelmente à graça e a quem humildemente pedimos a sua proteção.
Nasceu em 1869, no Sudão, um dos países mais pobres da África.
Ainda menina, foi raptada e feita escrava. O susto, a violência, o trauma, a
angústia de ter sido raptada e feita escrava foram tão profundos que lhe
provocaram lapsos de memória e até esqueceu o seu próprio nome. O nome
"Bakhita" que significa em idioma africano, "afortunada",
não é o nome recebido de seus pais, foi-lhe atribuído pelos raptores. Na
situação de escrava, comprada e vendida várias vezes nos mercados de El Obeid e
de Cartum, experimentou a humilhação e todo o tipo de sofrimento tanto físico
como moral e psicológico.
Na capital do Sudão, Bakhita foi finalmente comprada aos
negociantes de escravos negros por um Cônsul italiano, Calixto Legnani. Pela
primeira vez, desde o dia em que fora raptada, percebeu, com agradável
surpresa, que agora a tratavam com maneiras afáveis e cordiais. Na casa do
Cônsul, Bakhita encontrou serenidade, carinho e momentos de alegria, ainda que
sempre escurecidos pela saudade de sua própria família.
Situações políticas obrigaram o Cônsul a partir para Itália.
Bakhita pediu-lhe que a levasse consigo e com eles partiu também um amigo do
Cônsul, Augusto Michieli.
Chegados a Gênova, o Sr. Legnani, pressionado pelos pedidos da
esposa do Sr. Michieli que simpatizara muito com Bakhita e a tratava com muito
carinho, concordou que ela fosse morar com eles. Assim, ela partiu para a nova
família que residia em Zeniago, Veneza. Algum tempo depois, nasceu uma filha
deste casal e Bakhita passou a cuidar da menina e tornaram-se grandes amigas.
Esta família com a qual Bakhita vivia tinha negócios em África. A um dado
momento, esses negócios exigiram que o casal voltasse à África. Eles até
pensaram em levar também as duas meninas, mas foram aconselhados a deixa-las em
Itália, por mais algum tempo. Ficaram sob os cuidados das irmãs da Congregação
das Filhas da Caridade de Santa Madalena de Canossa, em Veneza. Alí, Bakhita
recebeu a mensagem do Evangelho, conheceu Jesus e foi batizada aos vinte e um
anos, em 9 de janeiro de 1890, com o nome de Josefina em homenagem a São josé,
não sabendo como exprimir a sua alegria. Desse dia em diante, era fácil vê-la
beijar a pia batismal e dizer: «Aqui me tornei filha de Deus!». Sentindo que
Deus a segurava pela mão, tornava-se cada vez mais consciente de como aquele
Deus, que agora conhecia e amava, a havia conduzido a Si por caminhos tão
difíceis e misteriosos.
Algum tempo mais tarde, o casal retornou de África para buscar a
sua filha e Bakhita. Para surpresa de todos, Bakhita pediu para ficar, pois
queria tornar-se religiosa canossiana. Depois de “tantas provas de amor
recebidas”, dizia ela, queria servir a Deus nessa vocação. Seus “pais”
concordaram e ela ficou. Começava ali uma nova jornada na sua vida. Tendo ainda
passado por um tempo de discernimento vocacional, em 8 de dezembro de 1896 fez
os seus votos, consagrando-se ao Senhor perante o qual se interrogava e a quem
chamava carinhosamente de “meu Patrão”: «Vendo o sol, a lua e as estrelas,
dizia comigo mesma: Quem é o Patrão dessas coisas tão bonitas? E sentia uma
vontade imensa de vê-Lo, conhecê-Lo e prestar-lhe homenagem».
E assim viveu, na vida religiosa, por mais de meio século. Durante
esse tempo, cheia de humildade e amor, dedicou-se a todos os tipos de atividade
da Congregação. Cuidou das roupas, foi cozinheira, sacristã, porteira e
bordadeira, sempre com um sorriso contagiante a conquistar o coração de toda a
gente. As irmãs e os fiéis tratavam-na carinhosamente por “irmã morena”,
admiravam-na pela sua bondade e dedicação generosa e pelo seu grande desejo de
fazer com que Jesus fosse cada vez mais conhecido e amado. Ela sempre
aconselhava: "Sede boas, amai a Deus, rezai por aqueles que não O
conhecem. Se soubésseis que grande graça é conhecer a Deus!".
Com o passar dos anos ficou doente e sofreu longa e dolorosamente.
No entanto, a quem a visitava e lhe perguntava como se sentia, respondia sorridente:
«Como o Patrão quer». E continuava firme no seu sorriso, dando um precioso
testemunho de fé. Falando no sério, tinha uma grande capacidade de rir de si
mesma e de brincar. Dizendo-se carregada em viagem, gracejava confiante:
"Vou devagar, passo a passo, porque levo duas grandes malas: numa vão os
meus pecados, e na outra, muito mais pesada, os méritos infinitos de Jesus.
Quando chegar ao céu abrirei as malas e direi a Deus: Pai eterno, agora podes
julgar. E a São Pedro: fecha a porta, porque fico". Ao final de sua vida,
Santa Josefina Bakhita reviveu os horrores da escravidão, que ainda estavam
gravados no seu inconsciente e várias vezes suplicava à enfermeira que a
assistia: «Solta-me as correntes ... pesam muito!». As suas últimas palavras
antes de fechar definitivamente os olhos, aos 78 anos de idade, em 8 de
fevereiro de 1947, em casa da Congregação, em Schio, Itália, foram para dizer:
«Nossa Senhora! Nossa Senhora!», percebendo-se o seu último sorriso a
testemunhar o encontro com a Mãe de Jesus a quem tinha profunda devoção. Foi
sepultada na capela de uma família de Schio, os Gasparella, tendo passado mais
tarde para o Templo da Sagrada Família, onde está sob o altar da Igreja do
mesmo convento.
Em 1992, a “Santa Irmã Morena ou Moreninha” foi beatificada por
João Paulo II e, em outubro de 2000, foi canonizada pelo mesmo Papa, tendo como
dia litúrgico o dia da sua morte, 8 de fevereiro.
Antonino Dias
Portalegre, 02-02-2018
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