sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018




PARÓQUIAS DE NISA




Sábado, 10 de fevereiro de 2018








Sábado da V semana do tempo comum






SÁBADO da semana V

S. Escolástica, virgem – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.
L 1 1 Reis 12, 26-32: 13, 33-34; Sal 105 (106), 6-7a. 19-20. 21-22
Ev Mc 8, 1-10




S. ESCOLÁSTICA, virgem


Nota Histórica
Escolástica, irmã de S. Bento, nasceu em Núrsia (Úmbria) cerca do ano 480. Consagrou-se a Deus, como seu irmão, e seguiu-o para Cassino, onde morreu aproximadamente em 547.

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MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA
Esta é a virgem sábia e prudente,
que, de lâmpada acesa, foi ao encontro de Cristo.

ORAÇÃO
Ao celebrarmos a memória de Santa Escolástica, nós Vos pedimos,
Senhor, que, a seu exemplo, Vos sirvamos de coração sincero e alcancemos a verdadeira felicidade no vosso amor. Por Nosso Senhor.


LEITURA I 1 Reis 12, 26-32; 13, 33-34
«Jeroboão mandou fazer dois bezerros de ouro»

Leitura do Primeiro Livro dos Reis

Quando Jeroboão se tornou rei das dez tribos de Israel, pensou consigo: «A realeza pode voltar para a casa de David. Se o povo continuar a subir a Jerusalém, para oferecer sacrifícios no templo do Senhor, o seu coração voltará para o seu soberano, Roboão, rei de Judá, e acabarão por matar-me». Depois de ter tomado conselho, Jeroboão mandou fazer dois bezerros de ouro e disse ao povo: «Não subireis mais a Jerusalém. Israel, aqui estão os teus deuses, que te fizeram sair da terra do Egipto». Colocou um bezerro em Betel e outro em Dan, o que constituiu uma ocasião de pecado para Israel, porque o povo ia a Dan, para adorar o bezerro. Jeroboão construiu santuários nos lugares altos e estabeleceu como sacerdotes homens do povo que não eram descendentes de Levi. Instituiu também uma festa no dia quinze do oitavo mês, semelhante à festa celebrada em Judá, e ele próprio subiu ao altar que fizera em Betel, para oferecer sacrifícios aos bezerros feitos por ele. E estabeleceu em Betel sacerdotes para os lugares altos que tinha construído. Jeroboão nunca se converteu do seu mau caminho e continuou a nomear como sacerdotes homens do povo. Dava a investidura a quem o quisesse, para se tornar sacerdote nos lugares altos. Semelhante procedimento fez pecar a casa de Jeroboão, causou a sua ruína e o seu extermínio da face da terra.
 
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 105 (106), 6-7a.19-20.21-22 (R. 4a)
Refrão: Lembrai-Vos de nós, Senhor,
por amor do vosso povo. Repete-se


Pecámos como os nossos pais,
fizemos o mal e praticámos a impiedade.
No Egipto não entenderam os vossos prodígios,
não compreenderam a imensidade dos vossos favores. Refrão

Fizeram um bezerro no Horeb
e adoraram um ídolo de metal fundido.
Trocaram a sua glória
pela figura de um boi que come feno. Refrão

Esqueceram a Deus que os salvara,
que realizara prodígios no Egipto,
maravilhas na terra de Cam,
feitos gloriosos no Mar Vermelho. Refrão


ALELUIA Mt 4, 4b
Refrão: Aleluia Repete-se
Nem só de pão vive o homem,
mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. Refrão


EVANGELHO Mc 8, 1-10
«Comeram e ficaram saciados»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
 
Naqueles dias, juntou-se novamente uma grande multidão e, como não tinham que comer, Jesus chamou os discípulos e disse-lhes: «Tenho pena desta multidão; há já três dias que estão comigo e não têm que comer. Se os despedir sem alimento para suas casas, desfalecerão no caminho, porque alguns vieram de longe». Responderam-Lhe os discípulos: «Como se poderia saciá-los de pão, aqui num deserto?». Mas Jesus perguntou: «Quantos pães tendes?». Eles responderam: «Temos sete». Então Jesus ordenou à multidão que se sentasse no chão. Depois tomou os sete pães e, dando graças, partiu-os e deu-os aos discípulos, para que os distribuíssem, e eles distribuíram-nos à multidão. Tinham também alguns pequenos peixes. Jesus pronunciou sobre eles a bênção e disse que os distribuíssem também. Comeram e ficaram saciados. Dos bocados que sobraram encheram sete cestos. Eram cerca de quatro mil pessoas. Então Jesus despediu-os e, subindo para o barco com os discípulos, dirigiu-se para a região de Dalmanutá.

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Ao proclamarmos as maravilhas que realizastes em Santa Escolástica,
humildemente Vos pedimos, Senhor, que aceiteis a oferta do nosso
ministério, como aceitastes os méritos da sua vida. Por Nosso Senhor.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO (MT 25,6)
Chegou o Esposo. Ide ao encontro de Cristo Senhor.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor nosso Deus, que nos fortaleceis com estes divinos mistérios,
fazei que, a exemplo de Santa Escolástica, levando sempre em nosso
corpo os sofrimentos de Cristo, vivamos somente para Vós. Por Nosso
Senhor.



« Como as flores se abrem ao calor do sol e se fecham ao chegar a noite, assim o coração humano se abre ao nosso sorriso e se fecha frente a um rosto mal-humorado»

S. José Freinademetz





MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

3.Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.


LEITURAS: Reis 12, 26-32; 13, 33-34 :Dividido o reino em dois e ficando o templo, que era único, em Jerusalém, no reino de Judá no sul, Jeroboão, rei de Israel, no norte, para evitar que o povo viesse em peregrinação a Jerusalém, o que o poderia levar a voltar-se para o rei de Judá, criou um culto cismático no reino de Israel, fabricando dois bezerros de ouro, à imitação do que tinha sido já feito outrora na travessia do deserto. Este ato de infidelidade mereceu-lhe a ruína do seu reinado. Deus não pode ter rivais; Ele é o único Senhor.

 Mc 8, 1-10: A situação do homem sobre a terra, labutando pelo pão de cada dia, mergulhado na dor desde o nascimento, muitas vezes errante e perdido no deserto sem atinar com os caminhos, sobretudo os do espírito, o homem pecador, filho de Adão e Eva, os expulsos do paraíso em consequência do pecado, atraiu sempre o olhar compassivo de Deus. Mas foi em Jesus Cristo, seu Filho, que esta compaixão se revelou sem limites, como o testemunha esta leitura.

ORAÇÃO: Senhor, concede-nos que amemos sempre a verdade.




AGENDA

16.00 horas: Missa no Pardo
18.00 horas: Missa em Nisa

*Todo o dia: Encontro de acólitos na Sertã
*Toda a semana: Missão País em Nisa



PALAVRA DO PASTOR
Dom Antonino Dias


E DIREI A SÃO PEDRO: FECHA A PORTA PORQUE FICO

Todos somos convidados e temos por obrigação tender à santidade e à perfeição do próprio estado. É uma obrigação exigente à qual não podemos renunciar. Os santos e santas foram sempre fonte e origem de renovação nas circunstâncias mais difíceis em toda a história da Igreja. Hoje temos muitíssima falta de santos, que devemos pedir com assiduidade, afirmava São João Paulo II (cf. ChFL16). Vamos recordar e celebrar Santa Josefina Bakhita – a Santa Irmã Moreninha -, uma antiga e sofrida escrava negra que se abriu admiravelmente à graça e a quem humildemente pedimos a sua proteção.
Nasceu em 1869, no Sudão, um dos países mais pobres da África. Ainda menina, foi raptada e feita escrava. O susto, a violência, o trauma, a angústia de ter sido raptada e feita escrava foram tão profundos que lhe provocaram lapsos de memória e até esqueceu o seu próprio nome. O nome "Bakhita" que significa em idioma africano, "afortunada", não é o nome recebido de seus pais, foi-lhe atribuído pelos raptores. Na situação de escrava, comprada e vendida várias vezes nos mercados de El Obeid e de Cartum, experimentou a humilhação e todo o tipo de sofrimento tanto físico como moral e psicológico.
Na capital do Sudão, Bakhita foi finalmente comprada aos negociantes de escravos negros por um Cônsul italiano, Calixto Legnani. Pela primeira vez, desde o dia em que fora raptada, percebeu, com agradável surpresa, que agora a tratavam com maneiras afáveis e cordiais. Na casa do Cônsul, Bakhita encontrou serenidade, carinho e momentos de alegria, ainda que sempre escurecidos pela saudade de sua própria família.
Situações políticas obrigaram o Cônsul a partir para Itália. Bakhita pediu-lhe que a levasse consigo e com eles partiu também um amigo do Cônsul, Augusto Michieli.
Chegados a Gênova, o Sr. Legnani, pressionado pelos pedidos da esposa do Sr. Michieli que simpatizara muito com Bakhita e a tratava com muito carinho, concordou que ela fosse morar com eles. Assim, ela partiu para a nova família que residia em Zeniago, Veneza. Algum tempo depois, nasceu uma filha deste casal e Bakhita passou a cuidar da menina e tornaram-se grandes amigas. Esta família com a qual Bakhita vivia tinha negócios em África. A um dado momento, esses negócios exigiram que o casal voltasse à África. Eles até pensaram em levar também as duas meninas, mas foram aconselhados a deixa-las em Itália, por mais algum tempo. Ficaram sob os cuidados das irmãs da Congregação das Filhas da Caridade de Santa Madalena de Canossa, em Veneza. Alí, Bakhita recebeu a mensagem do Evangelho, conheceu Jesus e foi batizada aos vinte e um anos, em 9 de janeiro de 1890, com o nome de Josefina em homenagem a São josé, não sabendo como exprimir a sua alegria. Desse dia em diante, era fácil vê-la beijar a pia batismal e dizer: «Aqui me tornei filha de Deus!». Sentindo que Deus a segurava pela mão, tornava-se cada vez mais consciente de como aquele Deus, que agora conhecia e amava, a havia conduzido a Si por caminhos tão difíceis e misteriosos.
Algum tempo mais tarde, o casal retornou de África para buscar a sua filha e Bakhita. Para surpresa de todos, Bakhita pediu para ficar, pois queria tornar-se religiosa canossiana. Depois de “tantas provas de amor recebidas”, dizia ela, queria servir a Deus nessa vocação. Seus “pais” concordaram e ela ficou. Começava ali uma nova jornada na sua vida. Tendo ainda passado por um tempo de discernimento vocacional, em 8 de dezembro de 1896 fez os seus votos, consagrando-se ao Senhor perante o qual se interrogava e a quem chamava carinhosamente de “meu Patrão”: «Vendo o sol, a lua e as estrelas, dizia comigo mesma: Quem é o Patrão dessas coisas tão bonitas? E sentia uma vontade imensa de vê-Lo, conhecê-Lo e prestar-lhe homenagem».
E assim viveu, na vida religiosa, por mais de meio século. Durante esse tempo, cheia de humildade e amor, dedicou-se a todos os tipos de atividade da Congregação. Cuidou das roupas, foi cozinheira, sacristã, porteira e bordadeira, sempre com um sorriso contagiante a conquistar o coração de toda a gente. As irmãs e os fiéis tratavam-na carinhosamente por “irmã morena”, admiravam-na pela sua bondade e dedicação generosa e pelo seu grande desejo de fazer com que Jesus fosse cada vez mais conhecido e amado. Ela sempre aconselhava: "Sede boas, amai a Deus, rezai por aqueles que não O conhecem. Se soubésseis que grande graça é conhecer a Deus!".
Com o passar dos anos ficou doente e sofreu longa e dolorosamente. No entanto, a quem a visitava e lhe perguntava como se sentia, respondia sorridente: «Como o Patrão quer». E continuava firme no seu sorriso, dando um precioso testemunho de fé. Falando no sério, tinha uma grande capacidade de rir de si mesma e de brincar. Dizendo-se carregada em viagem, gracejava confiante: "Vou devagar, passo a passo, porque levo duas grandes malas: numa vão os meus pecados, e na outra, muito mais pesada, os méritos infinitos de Jesus. Quando chegar ao céu abrirei as malas e direi a Deus: Pai eterno, agora podes julgar. E a São Pedro: fecha a porta, porque fico". Ao final de sua vida, Santa Josefina Bakhita reviveu os horrores da escravidão, que ainda estavam gravados no seu inconsciente e várias vezes suplicava à enfermeira que a assistia: «Solta-me as correntes ... pesam muito!». As suas últimas palavras antes de fechar definitivamente os olhos, aos 78 anos de idade, em 8 de fevereiro de 1947, em casa da Congregação, em Schio, Itália, foram para dizer: «Nossa Senhora! Nossa Senhora!», percebendo-se o seu último sorriso a testemunhar o encontro com a Mãe de Jesus a quem tinha profunda devoção. Foi sepultada na capela de uma família de Schio, os Gasparella, tendo passado mais tarde para o Templo da Sagrada Família, onde está sob o altar da Igreja do mesmo convento.
Em 1992, a “Santa Irmã Morena ou Moreninha” foi beatificada por João Paulo II e, em outubro de 2000, foi canonizada pelo mesmo Papa, tendo como dia litúrgico o dia da sua morte, 8 de fevereiro.

Antonino Dias
Portalegre, 02-02-2018




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