Terça, 07 de junho de 2022
Terça-feira
da X semana do tempo comum
LITURGIA
Terça-feira
da semana X
Verde –
Ofício da féria.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).
L1: 1 Reis 17, 7-16; Sal 4, 2-3. 4-5. 7-8
Ev: Mt 5, 13-16
* Na Ordem Beneditina (Singeverga e Casas dependentes) – Sufrágios pelos
Fundadores do Mosteiro, família Gouveia Azevedo (Laudes e Missa de defuntos).
* Na Ordem dos Carmelitas Descalços – B. Ana de S. Bartolomeu – MF
Missa
Antífona
de entrada Cf. Sl 26, 1-2
O Senhor é minha luz e salvação: a quem temerei?
O Senhor é protetor da minha vida:
de quem hei de ter medo?
Oração
coleta
Senhor nosso Deus, fonte de todo o bem,
ensinai-nos com a vossa inspiração a pensar o que é reto
e ajudai-nos com a vossa providência a pô-lo em prática.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.
LEITURA I (anos pares) 1 Reis 17, 7-16
«Não se esgotou a panela da farinha,
como o Senhor prometera pela boca de Elias»
Leitura do
Primeiro Livro dos Reis
Naqueles dias, secou a torrente,
junto da qual se tinha refugiado o profeta Elias, porque não tinha chovido na
região. Então o Senhor dirigiu a palavra a Elias, dizendo: «Levanta-te, vai a
Sarepta de Sidónia e fica lá, porque Eu ordenei a uma viúva que te dê
alimento». Elias pôs-se a caminho e foi para Sarepta. Ao chegar às portas da
cidade, encontrou uma viúva a apanhar lenha. Chamou-a e disse-lhe: «Por favor,
traz-me uma bilha de água para eu beber». Quando ela ia a buscar a água, Elias
chamou-a e disse: «Por favor, traz-me também um pedaço de pão». Mas ela
respondeu: «Tão certo como estar vivo o Senhor, teu Deus, eu não tenho pão
cozido, mas somente um punhado de farinha na panela e um pouco de azeite na
almotolia. Vim apanhar dois cavacos de lenha, a fim de preparar esse resto para
mim e meu filho. Depois comeremos e esperaremos a morte». Elias disse-lhe: «Não
temas; volta e faz como disseste. Mas primeiro coze um pãozinho e traz-mo aqui.
Depois farás pão para ti e teu filho. Porque assim fala o Senhor, Deus de
Israel: ‘Não se esgotará a panela da farinha, nem se esvaziará a almotolia do
azeite, até ao dia em que o Senhor mandar chuva sobre a face da terra’». A
mulher foi e fez como Elias lhe mandara; e comeram ele, ela e seu filho. Desde
aquele dia, nem a panela da farinha se esgotou, nem se esvaziou a almotolia do
azeite, como o Senhor prometera pela boca de Elias.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 4, 2-3.4-5.7-8 (R. 7a)
Refrão: Fazei brilhar sobre nós, Senhor,
a luz do vosso rosto. Repete-se
Quando Vos invocar, ouvi-me, ó Deus de justiça.
Vós que na tribulação me tendes protegido,
compadecei-Vos de mim e ouvi a minha súplica.
Até quando, ó homens, sereis duros de coração?
Porque amais a vaidade e procurais a mentira? Refrão
Sabei que o Senhor faz maravilhas pelos seus amigos,
o Senhor me atende quando O invoco.
Tremei e não pequeis,
no silêncio dos vossos leitos falai ao vosso coração. Refrão
Muitos dizem: «Quem nos fará felizes?».
Fazei brilhar sobre nós, Senhor, a luz da vossa face.
Dais ao meu coração uma alegria maior
do que a deles na abundância de trigo e vinho. Refrão
ALELUIA Mt 5, 16
Refrão: Aleluia Repete-se
Brilhe a vossa luz diante dos homens,
para que vejam as vossas boas obras
e glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus. Refrão
EVANGELHO Mt 5, 13-16
«Vós sois a luz do mundo»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus
discípulos: «Vós sois o sal da terra. Mas se ele perder a força, com que há de
salgar-se? Não serve para nada, senão para ser lançado fora e pisado pelos
homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre
um monte; nem se acende uma lâmpada para a colocar debaixo do alqueire, mas
sobre o candelabro, onde brilha para todos os que estão em casa. Assim deve
brilhar a vossa luz diante dos homens, para que, vendo as vossas boas obras,
glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus».
Palavra da salvação.
Oração
sobre as oblatas
Olhai com bondade, Senhor,
para os dons que apresentamos ao vosso altar,
fazei que esta oblação Vos seja agradável
e aumente em nós a caridade.
Por Cristo nosso Senhor.
Antífona
da comunhão Sl 17, 3
Sois o meu protetor e o meu refúgio, Senhor;
sois o meu libertador; meu Deus, em Vós confio.
Ou: 1Jo 4, 16
Deus é amor.
Quem permanece no amor permanece em Deus
e Deus permanece nele.
Oração
depois da comunhão
Nós Vos pedimos, Senhor,
que a ação santificadora deste sacramento
nos liberte das más inclinações
e nos conduza a uma vida santa.
Por Cristo nosso Senhor.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da
passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus
que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através
da Sua Palavra.
LEITURAS: 1
Reis 17, 7-16: Ontem ouvimos o profeta
a anunciar um longo tempo de seca, em consequência da infidelidade do rei. Hoje
vemo-lo a socorrer uma viúva, que sentia, aflita, as consequências do mesmo
flagelo. Assim, a ambos, de maneiras opostas, o homem de Deus dá testemunho do
poder e da bondade do Senhor.
Mt
5, 13-16: Depois das Bem-aventuranças,
o sermão da montanha continua, em longa exposição, as grandes perspetivas do reino de Deus. Como se entrará nele e nele
se viverá? Não só com a fé que se exprime em palavras, mas na que se vive na
existência de cada dia: sendo “sal”, que dá gosto, que evita a corrupção, que
conserva a frescura; sendo “luz”, que brilha, que ilumina, que é ponto de
referência para guiar no caminho, que revela as boas obras, para que os
outros, ao observá-las, deem
glória ao Pai do Céu.
AGENDA DO DIA:
17.30
horas: Funeral em Arez
18.00
horas: Missa em Alpalhão
18.00
horas: Missa em Nisa.
Cruzeiros na zona pastoral
Cruzeiro inserido na parede
A VOZ DO PASTOR
OS AMBICIOSOS PERSISTEM EM TORRES DE BABEL
Babel é o símbolo da presunção e da arrogância humana.
Confiando nas suas próprias forças e julgando dominar todas as técnicas do
êxito, os homens queriam desafiar o divino com a construção de uma torre que
tocasse o céu. A confusão foi total! Cada um não conseguia entender o outro,
gerou-se o caos, a linguagem entre eles tornou-se indecifrável, e do que mais
por lá teria acontecido não sei se alguém sabe, eu não sei... Infelizmente,
ainda hoje é assim, a torpe ambição gera guerra e sofrimento, divide,
escraviza, desumaniza, não deixa que as pessoas se entendam, torna o homem lobo
do homem, como diria o filósofo inglês Thomas Hobbes
A solenidade do Pentecostes, porém, chama-nos a
atenção para uma linguagem que todos entendem mesmo que se fale em muitas
línguas, é uma linguagem que unifica, liberta, constrói e destina-se a todos os
povos e nações: é a linguagem do amor que Cristo nos veio trazer e testemunhar
e nos enviou o Espírito Santo para que tal linguagem pontificasse no mundo.
Recordemos:
“Quando chegou o dia de Pentecostes, todos eles
estavam reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um barulho como o
sopro de um forte vendaval, e encheu a casa onde eles se encontravam.
Apareceram então uma espécie de línguas de fogo, que se espalharam e foram
poisar sobre cada um deles. Todos ficaram repletos do Espírito Santo e
começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que
falassem.
Acontece que em Jerusalém moravam judeus devotos de
todas as nações do mundo. Quando ouviram o barulho, todos se reuniram e ficaram
confusos, pois cada um ouvia os discípulos a falar na sua própria língua.
Espantados e surpreendidos, diziam: “Esses homens que estão a falar não são
todos galileus? Como é que cada um de nós os ouve na nossa língua materna?
Entre nós há Partos, Medos e Elamitas; gente da Mesopotâmia, da Judeia e da
Capadócia, do Ponto e da Ásia, da Frígia e da Panfília, do Egito e da região da
Líbia vizinha de Cirene; alguns de nós viemos de Roma, outros são judeus ou
pagãos convertidos; também há Cretenses e Árabes. E cada um de nós na sua
própria língua os ouve anunciar as maravilhas de Deus!”. Todos estavam
admirados e perplexos, e cada um perguntava ao outro: “O que quer dizer isto?”.
Outros escarneciam e diziam: “Eles estão embriagados com vinho doce”.
Então Pedro, que estava ali com os outros onze
Apóstolos, levantou-se e disse em voz alta: “Homens da Judeia e todos os que
vos encontrais em Jerusalém! Compreendei o que está a acontecer e prestai
atenção às minhas palavras: estes homens não estão embriagados como pensais,
pois são apenas nove horas da manhã. Pelo contrário, está a acontecer aquilo
que o profeta Joel anunciou: “Nos últimos dias, diz o Senhor, Eu derramarei o
Meu Espírito sobre todas as pessoas. Os vossos filhos e filhas vão profetizar,
os jovens terão visões e os anciãos terão sonhos. E, naqueles dias, derramarei
o Meu Espírito também sobre os Meus servos e servas, e eles profetizarão. Farei
prodígios no alto do céu e sinais em baixo na terra: sangue, fogo e nuvens de
fumo. O Sol transformar-se-á em trevas e a Lua em sangue, antes que chegue o
dia do Senhor, dia grande e glorioso. E todo aquele que invocar o nome do
Senhor será salvo”
Homens de Israel, escutai estas palavras: Jesus de
Nazaré foi um homem que Deus confirmou entre vós, realizando por meio d’Ele os
milagres, prodígios e sinais que bem conheceis. E Deus, com a sua vontade e
presciência, permitiu que Jesus fosse entregue, e vós, através de ímpios,
mataste-lo, pregando-O numa cruz. Deus, porém, ressuscitou Jesus, libertando-O
das cadeias da morte, porque não era possível que ela O dominasse. De facto,
David assim falou a respeito de Jesus: ‘Eu via sempre o Senhor diante de mim,
porque Ele está à minha direita, para que eu não vacile. Por isso, o meu
coração se alegra, a minha língua exulta e a minha carne repousa com esperança.
Porque não me abandonarás na região dos mortos, nem permitirás que o Teu santo
conheça a corrupção. Tu me ensinaste os caminhos da vida e me encherás de
alegria na Tua presença’.
Irmãos, quanto ao patriarca David, permiti que vos
diga com franqueza: ele morreu, foi sepultado e o seu túmulo está entre nós até
hoje. Mas era profeta e sabia que Deus lhe havia jurado solenemente fazer com
que um seu descendente lhe sucedesse no trono. Por isso, previu a ressurreição
de Cristo e disse: “Ele não foi abandonado na região dos mortos e a sua carne
não conheceu a corrupção”.
Deus ressuscitou este Jesus. E nós somos testemunhas
disso. Ele foi exaltado à direita de Deus, recebeu do Pai o Espírito prometido
e comunicou-o: é o que vedes e ouvis. De facto, David não subiu ao céu, mas
disse: “O Senhor disse ao meu Senhor: senta-te à minha direita, até que faça de
teus inimigos um lugar para apoiares os teus pés”.
Que todo o Israel fique sabendo com certeza que Deus
tornou Senhor e Cristo aquele Jesus que vós crucificastes”.
Quando ouviram isto, todos ficaram de coração aflito e
perguntaram a Pedro e aos outros discípulos: “Irmãos, que devemos fazer?” Pedro
respondeu: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus
Cristo, para o perdão dos pecados; depois recebereis do Pai o dom do Espírito
Santo. Pois a promessa é em favor de vós e de vossos filhos, e para todos
aqueles que estão longe, todos aqueles que o Senhor nosso Deus chamar”. Com
muitas outras palavras, Pedro lhes dava testemunho e exortava, dizendo:
“Livrai-vos da gente corrompida”. Os que acolheram a palavra de pedro receberam
o batismo. E nesse dia uniram-se a eles cerca de três mil pessoas. Eram
perseverantes em ouvir o ensinamento dos Apóstolos, na comunhão fraterna, no
partir do pão e nas orações. Em todos eles havia temor por causa dos numerosos
prodígios e sinais que os Apóstolos realizavam. Todos os que abraçaram a fé
eram unidos e colocavam em comum todas as coisas; vendiam as suas propriedades
e os seus bens e repartiam o dinheiro entre todos, conforme a necessidade de
cada um. Diariamente, todos juntos frequentavam o Templo e nas casas partiam o
pão, tomando alimento com alegria e simplicidade de coração. Louvavam a Deus e
eram estimados por todo o povo. E todos os dias o Senhor acrescentava à
comunidade outras pessoas que iam aceitando a salvação (At 2).
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 03-06-2022.
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