Segunda, 06 de junho de 2022
Segunda-feira
da X semana do tempo comum
LITURGIA
Segunda-feira
da semana X
Santa Maria, Mãe da Igreja – MO
Branco – Ofício da memória (Semana II do Saltério).
Missa da memória.
L1: Gen 3, 9-15.20 ou At 1, 12-14; Sal 86 (87), 1-2. 3 e 5. 6-7
Ev: Jo 19, 25-34
* Na Ordem Cisterciense da Estrita Observância – Nossa Senhora, Mãe da Igreja,
Padroeira da Ordem – SOLENIDADE
* Na Congregação das Filhas de Maria, Mãe da Igreja – Maria, Mãe da Igreja,
Padroeira da Congregação – SOLENIDADE
* Na Congregação dos Irmãos Maristas – S. Marcelino Champagnat, presbítero e
Fundador – SOLENIDADE
Santa Maria, Mãe da Igreja
Nota
Histórica
Segunda-feira depois de Pentecostes
Memória [Em Moçambique, Festa]
À Virgem santa Maria foi atribuído o título de «Mãe da Igreja», porque deu à
luz a Cabeça da Igreja e se tornou a Mãe dos redimidos, quando seu Filho ia
morrer na cruz. O papa são Paulo VI confirmou solenemente a mesma designação,
na alocução aos Padres do Concílio Vaticano II, no dia 21 de novembro de 1964,
e decidiu que todo o povo cristão honrasse, agora ainda mais, com este
santíssimo nome, a Mãe de Deus. No dia 11 de fevereiro de 2018 o papa Francisco
inscreveu esta memória no Calendário Romano geral na segunda-feira depois de
Pentecostes.
MISSA
Antífona de
entrada Cf. At 1, 14
Os discípulos perseveravam unidos na oração com Maria, Mãe de Jesus.
Oração
coleta
Deus, Pai das misericórdias,
cujo Filho unigénito, pregado na cruz,
nos deu a sua própria Mãe,
a Virgem santa Maria, como nossa Mãe,
fazei que a Igreja, assistida pelo seu amor materno,
exulte com o número e a santidade dos seus filhos
e reúna, numa só família, todos os povos da terra.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.
Em vez desta leitura, pode utilizar-se a que se lhe segue.
LEITURA I Gn 3, 9-15.20
«A mãe de todos os viventes»
Leitura do Livro do Génesis
Depois
de Adão ter comido da árvore,
o Senhor Deus chamou-o e disse-lhe: «Onde estás?».
Ele respondeu:
«Ouvi o rumor dos vossos passos no jardim
e, como estava nu, tive medo e escondi-me».
Disse Deus:
«Quem te deu a conhecer que estavas nu?
Terias tu comido dessa árvore, da qual te proibira comer?».
Adão respondeu:
«A mulher que me destes por companheira
deu-me do fruto da árvore e eu comi».
O Senhor Deus perguntou à mulher:
«Que fizeste?»
E a mulher respondeu:
«A serpente enganou-me e eu comi».
Disse então o Senhor Deus à serpente:
«Por teres feito semelhante coisa,
maldita sejas entre todos os animais domésticos
e todos os animais selvagens.
Hás de rastejar e comer do pó da terra
todos os dias da tua vida.
Estabelecerei inimizade entre ti e a mulher,
entre a tua descendência e a descendência dela.
Esta há de atingir-te na cabeça
e tu a atingirás no calcanhar».
O homem deu à sua mulher o nome de ‘Eva’,
porque ela foi a mãe de todos os viventes.
Palavra do Senhor.
Em vez da leitura precedente, pode utilizar-se a seguinte:
LEITURA I Atos 1, 12-14
«Perseveravam unidos na oração, com
Maria, Mãe de Jesus»
Leitura dos Atos dos
Apóstolos
Depois
de Jesus ter subido ao Céu,
os Apóstolos voltaram para Jerusalém,
descendo o monte chamado das Oliveiras,
que fica perto de Jerusalém,
à distância de uma caminhada de sábado.
Quando chegaram à cidade, subiram para a sala de cima,
onde se encontravam habitualmente.
Estavam lá Pedro e João, Tiago e André, Filipe e Tomé,
Bartolomeu e Mateus, Tiago, filho de Alfeu,
Simão, o Zeloso, e Judas, irmão de Tiago.
Todos estes perseveravam unidos em oração,
em companhia de algumas mulheres,
entre as quais Maria, Mãe de Jesus.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 86 (87), 1-2. 3 e 5.6-7 (R. 3)
Refrão: Grandes coisas se dizem de ti, ó cidade de Deus.
O Senhor ama a cidade,
por Ele fundada sobre os montes santos;
ama as portas de Sião
mais que todas as moradas de Jacob.
Grandes coisas se dizem de ti, ó cidade de Deus.
E dir-se-á em Sião: «Todos lá nasceram,
o próprio Altíssimo a consolidou».
O Senhor escreverá no registo dos povos:
«Este nasceu em Sião».
E irão dançando e cantando:
«Todas as minhas fontes estão em ti».
ALELUIA
Refrão: Aleluia. Repete-se
Oh ditosa Virgem, que destes à luz o Senhor;
oh admirável Mãe da Igreja,
que reavivais em nós
o Espírito do vosso Filho, Jesus Cristo! Refrão
EVANGELHO Jo 19, 25-27
«Eis o teu filho...Eis a tua Mãe»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele
tempo,
estavam junto à cruz de Jesus
sua Mãe, a irmã de sua Mãe,
Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena.
Ao ver sua Mãe e o discípulo predilecto,
Jesus disse a sua Mãe:
«Mulher, eis o teu filho».
Depois disse ao discípulo:
«Eis a tua Mãe».
E a partir daquela hora,
o discípulo recebeu-a em sua casa.
Palavra da salvação.
Oração
sobre as oblatas
Recebei, Senhor, as nossas oferendas
e transformai-as em sacramento de salvação,
pelo qual nos confiemos mais fervorosamente
ao amor da Virgem santa Maria, Mãe da Igreja,
e colaboremos com maior diligência na obra da redenção.
Por Cristo nosso Senhor.
Prefácio Maria, imagem e mãe da Igreja
V. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação.
Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente,
é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação
dar-Vos graças, sempre e em toda a parte,
e exaltar a vossa infinita bondade,
na celebração da memória da Virgem santa Maria.
Recebendo o vosso Verbo em seu coração imaculado,
Ela mereceu concebê-l’O em seu seio virginal
e, dando à luz o Criador do universo,
preparou o nascimento da Igreja.
Junto à cruz, aceitou o testamento da caridade divina
e recebeu todos os homens como seus filhos,
pela morte de Cristo gerados para a vida eterna.
Enquanto esperava, com os apóstolos, a vinda do Espírito Santo,
associando-se às preces dos discípulos,
tornou-se modelo admirável da Igreja em oração.
Elevada à glória do céu,
assiste com amor materno a Igreja, ainda peregrina sobre a terra,
protegendo misericordiosamente os seus passos
a caminho da pátria celeste,
enquanto espera a vinda gloriosa do Senhor.
Por isso, com os anjos e os santos,
proclamamos a vossa glória, dizendo (cantando) numa só voz:
Santo, Santo, Santo.
Antífona
da comunhão Cf. Jo 2, 1.11
Celebraram-se umas bodas em Caná da Galileia e estava lá a Mãe de Jesus.
Ali o Senhor deu início aos seus milagres,
manifestou a sua glória e os discípulos acreditaram n’Ele.
Ou: Cf. Jo 19, 26-27
Suspenso na cruz, Jesus disse ao discípulo: Eis a tua Mãe.
Oração
depois da comunhão
Senhor, que neste admirável sacramento,
nos destes o penhor da redenção e da vida,
fazei que a vossa Igreja,
com o auxílio materno da Virgem santa Maria,
leve a todos os povos o anúncio do Evangelho
e renove a face da terra com os dons do vosso Espírito.
Por Cristo nosso Senhor.
Pode utilizar-se a fórmula de bênção
solene.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da
passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de
Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através
da Sua Palavra.
LEITURAS:
AGENDA DO DIA:
MAIO, MÊS DE MARIA
AMIEIRA DO TEJO - Cruz no topo da capela do Salvador do Mundo
A VOZ DO PASTOR
OS AMBICIOSOS PERSISTEM EM TORRES DE BABEL
Babel é o símbolo da presunção e da arrogância humana.
Confiando nas suas próprias forças e julgando dominar todas as técnicas do
êxito, os homens queriam desafiar o divino com a construção de uma torre que
tocasse o céu. A confusão foi total! Cada um não conseguia entender o outro,
gerou-se o caos, a linguagem entre eles tornou-se indecifrável, e do que mais
por lá teria acontecido não sei se alguém sabe, eu não sei... Infelizmente,
ainda hoje é assim, a torpe ambição gera guerra e sofrimento, divide, escraviza,
desumaniza, não deixa que as pessoas se entendam, torna o homem lobo do homem,
como diria o filósofo inglês Thomas Hobbes
A solenidade do Pentecostes, porém, chama-nos a
atenção para uma linguagem que todos entendem mesmo que se fale em muitas línguas,
é uma linguagem que unifica, liberta, constrói e destina-se a todos os povos e
nações: é a linguagem do amor que Cristo nos veio trazer e testemunhar e nos
enviou o Espírito Santo para que tal linguagem pontificasse no mundo.
Recordemos:
“Quando chegou o dia de Pentecostes, todos eles
estavam reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um barulho como o
sopro de um forte vendaval, e encheu a casa onde eles se encontravam.
Apareceram então uma espécie de línguas de fogo, que se espalharam e foram poisar
sobre cada um deles. Todos ficaram repletos do Espírito Santo e começaram a
falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem.
Acontece que em Jerusalém moravam judeus devotos de
todas as nações do mundo. Quando ouviram o barulho, todos se reuniram e ficaram
confusos, pois cada um ouvia os discípulos a falar na sua própria língua.
Espantados e surpreendidos, diziam: “Esses homens que estão a falar não são
todos galileus? Como é que cada um de nós os ouve na nossa língua materna? Entre
nós há Partos, Medos e Elamitas; gente da Mesopotâmia, da Judeia e da
Capadócia, do Ponto e da Ásia, da Frígia e da Panfília, do Egito e da região da
Líbia vizinha de Cirene; alguns de nós viemos de Roma, outros são judeus ou
pagãos convertidos; também há Cretenses e Árabes. E cada um de nós na sua
própria língua os ouve anunciar as maravilhas de Deus!”. Todos estavam
admirados e perplexos, e cada um perguntava ao outro: “O que quer dizer isto?”.
Outros escarneciam e diziam: “Eles estão embriagados com vinho doce”.
Então Pedro, que estava ali com os outros onze
Apóstolos, levantou-se e disse em voz alta: “Homens da Judeia e todos os que
vos encontrais em Jerusalém! Compreendei o que está a acontecer e prestai
atenção às minhas palavras: estes homens não estão embriagados como pensais,
pois são apenas nove horas da manhã. Pelo contrário, está a acontecer aquilo
que o profeta Joel anunciou: “Nos últimos dias, diz o Senhor, Eu derramarei o
Meu Espírito sobre todas as pessoas. Os vossos filhos e filhas vão profetizar,
os jovens terão visões e os anciãos terão sonhos. E, naqueles dias, derramarei
o Meu Espírito também sobre os Meus servos e servas, e eles profetizarão. Farei
prodígios no alto do céu e sinais em baixo na terra: sangue, fogo e nuvens de
fumo. O Sol transformar-se-á em trevas e a Lua em sangue, antes que chegue o
dia do Senhor, dia grande e glorioso. E todo aquele que invocar o nome do
Senhor será salvo”
Homens de Israel, escutai estas palavras: Jesus de
Nazaré foi um homem que Deus confirmou entre vós, realizando por meio d’Ele os
milagres, prodígios e sinais que bem conheceis. E Deus, com a sua vontade e
presciência, permitiu que Jesus fosse entregue, e vós, através de ímpios,
mataste-lo, pregando-O numa cruz. Deus, porém, ressuscitou Jesus, libertando-O
das cadeias da morte, porque não era possível que ela O dominasse. De facto,
David assim falou a respeito de Jesus: ‘Eu via sempre o Senhor diante de mim,
porque Ele está à minha direita, para que eu não vacile. Por isso, o meu
coração se alegra, a minha língua exulta e a minha carne repousa com esperança.
Porque não me abandonarás na região dos mortos, nem permitirás que o Teu santo
conheça a corrupção. Tu me ensinaste os caminhos da vida e me encherás de
alegria na Tua presença’.
Irmãos, quanto ao patriarca David, permiti que vos
diga com franqueza: ele morreu, foi sepultado e o seu túmulo está entre nós até
hoje. Mas era profeta e sabia que Deus lhe havia jurado solenemente fazer com
que um seu descendente lhe sucedesse no trono. Por isso, previu a ressurreição
de Cristo e disse: “Ele não foi abandonado na região dos mortos e a sua carne
não conheceu a corrupção”.
Deus ressuscitou este Jesus. E nós somos testemunhas
disso. Ele foi exaltado à direita de Deus, recebeu do Pai o Espírito prometido
e comunicou-o: é o que vedes e ouvis. De facto, David não subiu ao céu, mas
disse: “O Senhor disse ao meu Senhor: senta-te à minha direita, até que faça de
teus inimigos um lugar para apoiares os teus pés”.
Que todo o Israel fique sabendo com certeza que Deus
tornou Senhor e Cristo aquele Jesus que vós crucificastes”.
Quando ouviram isto, todos ficaram de coração aflito e
perguntaram a Pedro e aos outros discípulos: “Irmãos, que devemos fazer?” Pedro
respondeu: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus
Cristo, para o perdão dos pecados; depois recebereis do Pai o dom do Espírito
Santo. Pois a promessa é em favor de vós e de vossos filhos, e para todos
aqueles que estão longe, todos aqueles que o Senhor nosso Deus chamar”. Com
muitas outras palavras, Pedro lhes dava testemunho e exortava, dizendo:
“Livrai-vos da gente corrompida”. Os que acolheram a palavra de pedro receberam
o batismo. E nesse dia uniram-se a eles cerca de três mil pessoas. Eram
perseverantes em ouvir o ensinamento dos Apóstolos, na comunhão fraterna, no
partir do pão e nas orações. Em todos eles havia temor por causa dos numerosos
prodígios e sinais que os Apóstolos realizavam. Todos os que abraçaram a fé
eram unidos e colocavam em comum todas as coisas; vendiam as suas propriedades
e os seus bens e repartiam o dinheiro entre todos, conforme a necessidade de
cada um. Diariamente, todos juntos frequentavam o Templo e nas casas partiam o
pão, tomando alimento com alegria e simplicidade de coração. Louvavam a Deus e
eram estimados por todo o povo. E todos os dias o Senhor acrescentava à
comunidade outras pessoas que iam aceitando a salvação (At 2).
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 03-06-2022.
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