Quinta, 09 de junho de 2022
Quinta-feira da X semana do tempo comum
LITURGIA
Quinta-feira
da semana X
S. Efrém, diácono e doutor da Igreja
– MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).
L1: 1 Reis 18, 41-46; Sal 64 (65), 10abcd. 10e-11. 12-13
Ev: Mt 5, 20-26
* Na Companhia de Jesus – S. José de Anchieta, presbítero – MF
MISSA
Antífona de
entrada Cf. Sl 26, 1-2
O Senhor é minha luz e salvação: a quem temerei?
O Senhor é protetor da minha vida:
de quem hei de ter medo?
Oração
coleta
Senhor nosso Deus, fonte de todo o bem,
ensinai-nos com a vossa inspiração a pensar o que é reto
e ajudai-nos com a vossa providência a pô-lo em prática.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.
LEITURA I (anos pares) 1 Reis 18, 41-46
«Elias orou e o céu fez cair a chuva» (Tg 5, 18)
Leitura do
Primeiro Livro dos Reis
Naqueles dias, o profeta Elias disse ao rei
Acab: «Sobe, come e bebe, porque já ouço o ruído da chuva». Enquanto Acab subiu
para comer e beber, Elias foi ao cimo do monte Carmelo, prostrou-se em terra e
pôs a cabeça entre os joelhos. Depois disse ao seu servo: «Sobe e olha em
direcção ao mar». O servo subiu, olhou e disse: «Não há nada». Elias ordenou-lhe:
«Volta sete vezes». À sétima vez, o servo exclamou: «Do lado do mar vem subindo
uma nuvenzinha, tão pequena como a palma da mão». Elias ordenou-lhe: «Vai dizer
a Acab: ‘Manda atrelar os cavalos e desce, para que a chuva te não detenha’».
Num instante o céu se cobriu de nuvens, soprou o vento e caiu uma forte
chuvada. Acab subiu para o carro e seguiu para Jezrael. A mão do Senhor veio
sobre Elias; ele prendeu as vestes à cintura e correu diante de Acab, até à entrada
de Jezrael.
Palavra
do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo
64 (65), 10abcd.10e-11.12-13 (R. cf. 2a)
Refrão: A Vós, Senhor Deus, se ergam
louvores em Sião. Repete-se
Visitastes a terra e a regastes,
enchendo-a de fertilidade.
As fontes do céu transbordam em água
e fazeis brotar o trigo. Refrão
Assim preparais a terra;
regais os seus sulcos e aplanais as leivas,
Vós a inundais de chuva
e abençoais as sementes. Refrão
Coroastes o ano com os vossos benefícios,
por onde passastes brotou a abundância.
Vicejam as pastagens do deserto
e os outeiros vestem-se de festa. Refrão
ALELUIA Jo 13, 34
Refrão: Aleluia Repete-se
Dou-vos um mandamento novo, diz o Senhor;
amai-vos uns aos outros como Eu vos amei. Refrão
EVANGELHO Mt 5, 20-26
«Todo aquele que se irar contra o seu irmão será submetido a julgamento»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se a vossa justiça não superar
a dos escribas e fariseus, não entrareis no reino dos Céus. Ouvistes que foi
dito aos antigos: ‘Não matarás; quem matar será submetido a julgamento’. Eu,
porém, digo-vos: Todo aquele que se irar contra o seu irmão será submetido a
julgamento. Quem chamar imbecil a seu irmão será submetido ao Sinédrio, e quem
lhe chamar louco será submetido à geena de fogo. Portanto, se fores apresentar
a tua oferta sobre o altar e ali te recordares que o teu irmão tem alguma coisa
contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar, vai primeiro reconciliar-te
com o teu irmão e vem depois apresentar a tua oferta. Reconcilia-te com o teu
adversário, enquanto vais com ele a caminho, não seja caso que te entregue ao
juiz, o juiz ao guarda, e sejas metido na prisão. Em verdade te digo: Não
sairás de lá, enquanto não pagares o último centavo».
Palavra da salvação.
Oração
sobre as oblatas
Olhai com bondade, Senhor,
para os dons que apresentamos ao vosso altar,
fazei que esta oblação Vos seja agradável
e aumente em nós a caridade.
Por Cristo nosso Senhor.
Antífona
da comunhão Sl 17, 3
Sois o meu protetor e o meu refúgio, Senhor;
sois o meu libertador; meu Deus, em Vós confio.
Ou: 1Jo 4, 16
Deus é amor.
Quem permanece no amor permanece em Deus
e Deus permanece nele.
Oração
depois da comunhão
Nós Vos pedimos, Senhor,
que a ação santificadora deste sacramento
nos liberte das más inclinações
e nos conduza a uma vida santa.
Por Cristo nosso Senhor.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da
passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de
Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através
da Sua Palavra.
LEITURAS: 1 Reis 18, 41-46: À
dureza de coração e ao orgulho do rei dominado pelo espírito de uma rainha
pagã, adoradora de falsos deuses, responde a fé e a confiança de Elias no
Senhor, o Deus único. Depois dos longos anos de seca, à oração do profeta volta
a chuva tão desejada. No Novo Testamento, S. Tiago toma a oração insistente de
Elias como modelo da oração dos cristãos.
Mt 5, 20-26: A lei nova do Evangelho é superior à antiga Lei, como ponto de chegada
que é do caminho anteriormente percorrido. A lei antiga denunciava a
transgressão e levava ao castigo; a lei do Evangelho tem por base o amor, como
foi o amor que levou o Filho de Deus a fazer-Se homem e a revelar aos homens
que o próprio Deus é amor. Por isso, o discípulo de Cristo há-de aprender a
amar como Cristo amou, que é afinal como Deus nos ama.
AGENDA DO DIA:
17.20
horas: Adoração ao Santíssimo
18.00
horas: Missa em Nisa.
Zona Pastoral de Nisa - Cruzeiros
A VOZ DO PASTOR
OS AMBICIOSOS PERSISTEM EM TORRES DE BABEL
Babel é o símbolo da
presunção e da arrogância humana. Confiando nas suas próprias forças e julgando
dominar todas as técnicas do êxito, os homens queriam desafiar o divino com a
construção de uma torre que tocasse o céu. A confusão foi total! Cada um não conseguia
entender o outro, gerou-se o caos, a linguagem entre eles tornou-se
indecifrável, e do que mais por lá teria acontecido não sei se alguém sabe, eu
não sei... Infelizmente, ainda hoje é assim, a torpe ambição gera guerra e
sofrimento, divide, escraviza, desumaniza, não deixa que as pessoas se
entendam, torna o homem lobo do homem, como diria o filósofo inglês Thomas
Hobbes
A solenidade do
Pentecostes, porém, chama-nos a atenção para uma linguagem que todos entendem
mesmo que se fale em muitas línguas, é uma linguagem que unifica, liberta,
constrói e destina-se a todos os povos e nações: é a linguagem do amor que
Cristo nos veio trazer e testemunhar e nos enviou o Espírito Santo para que tal
linguagem pontificasse no mundo. Recordemos:
“Quando chegou o dia de
Pentecostes, todos eles estavam reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do
céu um barulho como o sopro de um forte vendaval, e encheu a casa onde eles se
encontravam. Apareceram então uma espécie de línguas de fogo, que se espalharam
e foram poisar sobre cada um deles. Todos ficaram repletos do Espírito Santo e
começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que
falassem.
Acontece que em
Jerusalém moravam judeus devotos de todas as nações do mundo. Quando ouviram o
barulho, todos se reuniram e ficaram confusos, pois cada um ouvia os discípulos
a falar na sua própria língua. Espantados e surpreendidos, diziam: “Esses
homens que estão a falar não são todos galileus? Como é que cada um de nós os
ouve na nossa língua materna? Entre nós há Partos, Medos e Elamitas; gente da
Mesopotâmia, da Judeia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia, da Frígia e da
Panfília, do Egito e da região da Líbia vizinha de Cirene; alguns de nós viemos
de Roma, outros são judeus ou pagãos convertidos; também há Cretenses e Árabes.
E cada um de nós na sua própria língua os ouve anunciar as maravilhas de
Deus!”. Todos estavam admirados e perplexos, e cada um perguntava ao outro: “O
que quer dizer isto?”. Outros escarneciam e diziam: “Eles estão embriagados com
vinho doce”.
Então Pedro, que estava
ali com os outros onze Apóstolos, levantou-se e disse em voz alta: “Homens da
Judeia e todos os que vos encontrais em Jerusalém! Compreendei o que está a
acontecer e prestai atenção às minhas palavras: estes homens não estão
embriagados como pensais, pois são apenas nove horas da manhã. Pelo contrário,
está a acontecer aquilo que o profeta Joel anunciou: “Nos últimos dias, diz o
Senhor, Eu derramarei o Meu Espírito sobre todas as pessoas. Os vossos filhos e
filhas vão profetizar, os jovens terão visões e os anciãos terão sonhos. E,
naqueles dias, derramarei o Meu Espírito também sobre os Meus servos e servas,
e eles profetizarão. Farei prodígios no alto do céu e sinais em baixo na terra:
sangue, fogo e nuvens de fumo. O Sol transformar-se-á em trevas e a Lua em
sangue, antes que chegue o dia do Senhor, dia grande e glorioso. E todo aquele
que invocar o nome do Senhor será salvo”
Homens de Israel,
escutai estas palavras: Jesus de Nazaré foi um homem que Deus confirmou entre
vós, realizando por meio d’Ele os milagres, prodígios e sinais que bem
conheceis. E Deus, com a sua vontade e presciência, permitiu que Jesus fosse
entregue, e vós, através de ímpios, mataste-lo, pregando-O numa cruz. Deus,
porém, ressuscitou Jesus, libertando-O das cadeias da morte, porque não era
possível que ela O dominasse. De facto, David assim falou a respeito de Jesus:
‘Eu via sempre o Senhor diante de mim, porque Ele está à minha direita, para
que eu não vacile. Por isso, o meu coração se alegra, a minha língua exulta e a
minha carne repousa com esperança. Porque não me abandonarás na região dos
mortos, nem permitirás que o Teu santo conheça a corrupção. Tu me ensinaste os
caminhos da vida e me encherás de alegria na Tua presença’.
Irmãos, quanto ao
patriarca David, permiti que vos diga com franqueza: ele morreu, foi sepultado
e o seu túmulo está entre nós até hoje. Mas era profeta e sabia que Deus lhe
havia jurado solenemente fazer com que um seu descendente lhe sucedesse no
trono. Por isso, previu a ressurreição de Cristo e disse: “Ele não foi
abandonado na região dos mortos e a sua carne não conheceu a corrupção”.
Deus ressuscitou este
Jesus. E nós somos testemunhas disso. Ele foi exaltado à direita de Deus,
recebeu do Pai o Espírito prometido e comunicou-o: é o que vedes e ouvis. De
facto, David não subiu ao céu, mas disse: “O Senhor disse ao meu Senhor:
senta-te à minha direita, até que faça de teus inimigos um lugar para apoiares
os teus pés”.
Que todo o Israel fique
sabendo com certeza que Deus tornou Senhor e Cristo aquele Jesus que vós
crucificastes”.
Quando ouviram isto,
todos ficaram de coração aflito e perguntaram a Pedro e aos outros discípulos:
“Irmãos, que devemos fazer?” Pedro respondeu: “Arrependei-vos, e cada um de vós
seja batizado em nome de Jesus Cristo, para o perdão dos pecados; depois
recebereis do Pai o dom do Espírito Santo. Pois a promessa é em favor de vós e
de vossos filhos, e para todos aqueles que estão longe, todos aqueles que o
Senhor nosso Deus chamar”. Com muitas outras palavras, Pedro lhes dava
testemunho e exortava, dizendo: “Livrai-vos da gente corrompida”. Os que
acolheram a palavra de pedro receberam o batismo. E nesse dia uniram-se a eles
cerca de três mil pessoas. Eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos Apóstolos,
na comunhão fraterna, no partir do pão e nas orações. Em todos eles havia temor
por causa dos numerosos prodígios e sinais que os Apóstolos realizavam. Todos
os que abraçaram a fé eram unidos e colocavam em comum todas as coisas; vendiam
as suas propriedades e os seus bens e repartiam o dinheiro entre todos,
conforme a necessidade de cada um. Diariamente, todos juntos frequentavam o
Templo e nas casas partiam o pão, tomando alimento com alegria e simplicidade
de coração. Louvavam a Deus e eram estimados por todo o povo. E todos os dias o
Senhor acrescentava à comunidade outras pessoas que iam aceitando a salvação
(At 2).
Antonino Dias
Portalegre-Castelo
Branco, 03-06-2022.
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