Quarta, 01 de junho de 2022
Terça-feira
da VI semana tempo pascal
LITURGIA
Quarta-feira
da semana VII
S. Justino, mártir – MO
Vermelho – Ofício da memória.
Missa da memória, pf. pascal ou da Ascensão.
L1: At 20, 28-38; Sal 67 (68), 29-30. 33-35a. 35b-36c
Ev: Jo 17, 11b-19
* Na Diocese de Santarém – Aniversário da Ordenação episcopal de D. José
Augusto Traquina Maria (2014).
* Na Congregação dos Rogacionistas do Coração de Jesus – S. Aníbal Maria de
França, presbítero e Fundador da Congregação – SOLENIDADE
* Nas Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor – Aniversário da fundação da
Congregação.
* Na Diocese de Santiago (Cabo Verde) – Inicia-se em Junho um novo ano
agrícola. Recomenda-se a celebração das “Rogações” num domingo à escolha,
segundo as conveniências pastorais.
São Justino, mártir
Nota
Histórica:
Justino nasceu
no início do século II, em Siquém – hoje, Nablus –, na Samaria, de família
pagã. Leigo, apaixonado investigador da verdade, encontrou na fé de Cristo a
verdadeira sabedoria. Escreveu diversas obras em defesa da fé cristã, mas
apenas se conservam as duas Apologias e o Diálogo com Trifão. Na primeira
Apologia lê-se a mais antiga descrição da celebração eucarística. Sofreu o
martírio em Roma, juntamente com seus companheiros, no tempo do imperador Marco
Aurélio Antonino, por volta do ano 165.
Missa
Antífona de
entrada Cf. Sl 118, 85.46
Proclamaram palavras mentirosas, ignorando a vossa lei.
Mas diante dos reis anunciei a vossa palavra
e não me envergonharei, Senhor (T. P. Aleluia).
Oração
coleta
Senhor nosso Deus,
que destes a são Justino, vosso mártir,
a graça de encontrar, na loucura da cruz,
a sabedoria incomparável de Jesus Cristo,
concedei-nos, por sua intercessão,
que, rejeitando os erros que nos rodeiam,
mantenhamos sempre a firmeza da fé.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.
LEITURA I 1 Cor 1, 18-25
«Aprouve a Deus salvar os crentes
pela loucura da mensagem que pregamos»
Leitura da
primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios
Irmãos: A linguagem da cruz é loucura
para aqueles que estão no caminho da perdição, mas é poder de Deus para aqueles
que seguem o caminho da salvação, isto é, para nós. Na verdade, assim está
escrito: «Hei-de arruinar a sabedoria dos sábios e frustrar a inteligência dos
inteligentes». Onde está o sábio? Onde está o homem culto? Onde está o que
discute sobre as coisas deste mundo? Porventura Deus não tornou louca a
sabedoria do mundo? Uma vez que o mundo, por meio da sua sabedoria, não
reconheceu a Deus na sabedoria divina, aprouve a Deus salvar os crentes pela
loucura da mensagem que pregamos. Os judeus pedem milagres e os gregos procuram
a sabedoria. Quanto a nós, pregamos Cristo crucificado, escândalo para os
judeus e loucura para os gentios. Mas para aqueles que são chamados, tanto
judeus como gregos, Cristo é poder de Deus e sabedoria de Deus. A loucura de
Deus é mais sábia do que o homem e a fraqueza de Deus é mais forte do que o
homem.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 33 (34), 2-3.4-5.6-7.8-9 (R. 5b)
Refrão: O Senhor libertou-me de toda a
ansiedade.
A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor:
escutem e alegrem-se os humildes.
Enaltecei comigo ao Senhor
e exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me de toda a ansiedade.
Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias.
O Anjo do Senhor protege os que O temem
e defende-os dos perigos.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia.
ALELUIA cf. Jo 17, 17b.a
Refrão: Aleluia Repete-se
A vossa palavra, Senhor, é a
verdade:
santificai-nos na verdade. Refrão
EVANGELHO Jo
17, 11b-19
«Para que sejam um como Nós»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos
ao Céu e orou deste modo: «Pai santo, guarda-os em teu nome, o nome que Me
deste, para que sejam um, como Nós. Quando Eu estava com eles, guardava-os em
teu nome, o nome que Me deste. Guardei-os e nenhum deles se perdeu, a não ser o
filho da perdição; e assim se cumpriu a Escritura. Mas agora vou para Ti; e
digo isto no mundo, para que eles tenham em si mesmos a plenitude da minha
alegria. Dei-lhes a tua palavra e o mundo odiou-os, por não serem do mundo,
como Eu não sou do mundo. Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do
mal. Eles não são do mundo, como Eu não sou do mundo. Consagra-os na verdade. A
tua palavra é a verdade. Assim como Tu Me enviaste ao mundo, também Eu os
enviei ao mundo. Eu consagro-Me por eles, para que também eles sejam
consagrados na verdade».
Palavra da salvação.
Oração
sobre as oblatas
Concedei-nos, Senhor,
a graça de participar dignamente nestes santos mistérios,
que são Justino defendeu tão corajosamente.
Por Cristo nosso Senhor.
Antífona da comunhão Cf. 1Cor 2, 2
Diante de vós nada mais quis saber
senão Jesus Cristo crucificado (T. P. Aleluia).
Oração
depois da comunhão
Senhor, que nos alimentastes com o pão do céu,
fazei que, seguindo os ensinamentos do mártir são Justino,
permaneçamos sempre em ação de graças,
pelos dons que de Vós recebemos.
Por Cristo nosso Senhor.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da
passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de
Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através
da Sua Palavra.
LEITURAS: Jo 17, 11b-19: Jesus pede a
graça da unidade para os seus discípulos. Ele é Um com o pai, e veio ao mundo
para revelar aos homens o Pai, para que os homens comunguem na própria vida do
Pai, junto de quem Ele é Medianeiro. A unidade é, por isso, a comunhão de vida
que existe entre o Pai e o Filho, e que, pelo Filho, vem até aos homens. Os que
chegarem ao conhecimento do Pai pela palavra do Filho entrarão na unidade com
Deus, se se deixarem consagrar por essa palavra de verdade que o Filho lhes
revela.
AGENDA DO DIA:
17.00
horas; Misa no em Gáfete
18.00
horas: Missa em Tolosa
18.00
horas: Missa em Nisa-
MAIO, MÊS DE MARIA
A VOZ DO PASTOR
NÃO VÁS EM JEITO DE ‘MARIA VAI COM AS
OUTRAS’...
Dentro da mobilidade humana, as peregrinações
são um fenómeno social que tem sido objeto de estudo em diversos campos do
saber. Sobretudo a partir do ano dois mil, ganharam novo impulso, estão na
moda. Embora nem sempre segundo os parâmetros convencionais, elas têm enorme
interesse e valor. Aqui apenas nos referimos às tradicionais, às peregrinações
de fé. Pessoas de todas as latitudes, crenças, raças e culturas dirigem-se como
peregrinos em direção a lugares tidos como sagrados. É uma experiência religiosa
universal. Pela 39ª vez, também nós vamos em peregrinação diocesana ao
Santuário de Fátima, uma peregrinação presidida pelo Sr. Dom Augusto César,
nosso Bispo Emérito em Jubileu Episcopal e que as começou em 1983: “Que alegria
quando me disseram: Vamos para a casa do Senhor”.
Somos peregrinos, essa é a nossa identidade.
Estamos no mundo mas não somos do mundo. Caminhamos em direção aos novos céus e
à nova terra. E se peregrinar significa pôr-se a caminho, também significa
calcorrear os caminhos do interior de nós mesmos, os caminhos da mente e do
coração. Estes são quase sempre os mais difíceis de percorrer, os mais longos e
mais longínquos. Têm muitos obstáculos a vencer, desde o egoísmo, o pecado e a
autossuficiência, ao orgulho, a indiferença e o deixa correr. Há quem nem tente
arriscar, há quem se canse, há quem desista, há quem se engane. Mas também há
quem seja resiliente, quem resista, insista e persista nesses caminhos
exteriores que fazem contemplar a beleza da criação mas também fazem avançar por
aqueles outros caminhos que dão liberdade interior e sentindo à vida...
Foi sempre assim ao longo da história.
Pessoas e povos, ora se enganavam e desviavam, ora sentiam a necessidade de se
reencontrarem no certo e essencial com forte apelo à comunhão na gratuidade e
na misericórdia. Salpicando todo o território deste planeta terra, os
santuários descrevem a geografia da fé, são oásis no meio dos desertos da vida
a matar a sede de Deus e a reencontrar a alegria e a paz. Ir até eles em
peregrinação tem uma dinâmica própria que resumo em cinco etapas.
1 – A PREPARAÇÃO. A decisão de partir e a
preparação para a saída têm os seus quês. Tudo deve ser pensado, rezado e
programado na escuta do Espírito que atua em cada um. Tudo deve fundamentar e
justificar a decisão de partir. Não se deve partir ao jeito de ‘Maria vai com
as outras’. Deve haver um objetivo concreto para além da aventura, do turismo e
da convivência possível. Por isso, cada um deve interrogar-se: que pretendo eu
com esta peregrinação? Quero mudar de vida e regressar a casa como o filho
pródigo ou apenas manifestar a minha devoção? Quais são verdadeiramente as
minhas motivações? O que vou lá fazer? Quais são os objetivos espirituais que
pretendo? O que tenho a fazer antes de partir para atingir o ideal que desejo,
penso e programo?
2 – A CAMINHADA A FAZER. Vais iniciar uma
peregrinação quer seja de fé e devoção, quer seja uma peregrinação votiva a
cumprir uma promessa, quer seja uma peregrinação no intuito de progresso
espiritual, quer seja uma peregrinação de conversão e de penitência como
expiação de faltas graves, quer seja de ação de graças ou de mera companhia e
apoio a quem parte com as suas motivações.
Vais sozinho? Não, nem penses que isso seja
possível. Mesmo que tu vás sozinho, quem crê nunca anda sozinho! Jesus faz-se
companheiro de viagem e quer muito conversar contigo. A oração não é monólogo,
é diálogo. Ele fala-te como amigo e deves escutá-lo até ao fim e falar com
verdade para Ele. É da discussão que nasce a luz.
Vais caminhar com outros? Então, não
esqueças, o caminho conduz à solidariedade com os irmãos. Ajuda-os nessa
caminhada para o encontro com o Senhor. Não sejas motivo de dispersão nem de
banalização do sacrifício que o percurso implica. Respeita, ajuda, reza,
agradece, suplica, aprecia e contempla a natureza como dom da ternura de Deus
também para contigo.
3 - A CHEGADA AO SANTUÁRIO. É a meta, o lugar
da alegria e do perdão, da escuta. O santuário é “memória da nossa origem”.
Recorda “a iniciativa de Deus e faz com que o peregrino a acolha com o sentido
da admiração, da gratidão e do empenho”. É “lugar da presença divina”, ele
“testemunha a fidelidade de Deus e a sua ação incessante no meio do seu povo,
mediante a Palavra e os Sacramentos”. É profecia, “recorda que nem tudo foi
realizado”, “que estamos a caminho”. Mostra “a relatividade de tudo aquilo que
é penúltimo em relação à última Pátria”. Faz descobrir Cristo “como templo novo
da humanidade reconciliada com Deus”. Jesus é o verdadeiro Santuário, e, ali,
reunidos à volta da mesa da Palavra e da Eucaristia experimenta-se a alegria da
comunhão com Cristo e com os irmãos na fé.
4 – A FESTA DO ENCONTRO. Festa já vivida de
algum modo pelo caminho mas agora também manifestada pela alegria de ter
chegado. Foge-se à monotonia do quotidiano, há algo de diferente, de festivo.
Celebra-se a alegria do perdão, exprime-se a fraternidade cristã dando espaço a
momentos de convivência sadia, de amizade e de paz. É a alegria perfeita de
quem, como Zaqueu, se deixou acolher por Jesus e acolheu Jesus em sua casa, uma
alegria que ninguém jamais lha poderá tirar, a alegria de um coração fiel que
se tornou, ele mesmo, templo vivo do Eterno, santuário da adoração d'Ele em
espírito e verdade.
5 – O REGRESSO A CASA por outro caminho, o
caminho da alegria e da paz, o caminho duma maior consciência da identidade
cristã, de discípulo do Senhor. O caminho da missão no mundo com o testemunho
da palavra e da vida, tanto na família, na profissão, na vizinhança, na
convivência social e lúdica como na ajuda a dar à comunidade cristã que
necessita da participação de todos para ser casa e escola de comunhão.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 27-05-2022.
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