Sábado, 04 de junho de 2022
Sábado
da VII semana tempo pascal
LITURGIA
Sábado
da semana VII
MISSA DA MANHÃ
Branco – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. pascal ou da Ascensão.
L1: At 28, 16-20. 30-31; Sal 10 (11), 4. 5 e 7
Ev: Jo 21, 20-25
* Na Ordem Agostiniana – B. Tiago de Viterbo, bispo – MO
* Na Congregação das Beneditinas da Rainha dos Apóstolos – Nossa Senhora,
Rainha dos Apóstolos, Padroeira da Congregação – SOLENIDADE
* Na Ordem de São Domingos – S. Pedro de Verona, presbítero e mártir – MO
* Nas Congregações e Institutos da Família Paulista – Nossa Senhora, Rainha dos
Apóstolos – SOLENIDADE
* Na Sociedade do Apostolado Católico (Padres Pallotinos) – Virgem Santa Maria,
Rainha dos Apóstolos, Padroeira da Sociedade – FESTA
SÁBADO À TARDE
Vermelho.
Missa própria da vigília, Glória, Credo, pf. próprio.
Leituras para a Missa da vigília breve:
L1: Gen 11, 1-9
ou Ex 19, 3-8a. 16-20b ou Ez 37, 1-14 ou Joel 3, 1.5 (2, 28-32);
Sal 103 (104), 1-2a. 24 e 35c. 27-28. 29bc-30
L2: Rom 8, 22-27
Ev: Jo 7, 37-39
Leituras para a Missa da vigília
prolongada:
L1: Gen 11, 1-9; Sal 32 (33), 10-11. 12-13. 14-15 (R. 12b)
L2: Ex 19, 3-8a. 16-20b; Cant. Dan 3, 52. 53. 54. 55. 56 (R. 52b)
ou Sal 18 (19), 8. 9. 10. 11 (R. Jo 6, 68c)
L 3: Ez 37, 1-14; Sal 106 (107), 2-3. 4-5. 6-7. 8-9 (R. 1) ou Aleluia.
L 4: Joel 3, 1-5; Sal 103 (104), 1-2a. 24 e 35c. 27-28. 29bc-30 (R. 30)
ou Aleluia.
L 5: Rom 8, 22-27
Ev: Jo 7, 37-39
* I Vésp. do Pentecostes – Compl. dep. I
Vésp. dom.
MISSA
Missa
matutina
Antífona
de entrada At 1, 14
Os Apóstolos perseveravam unidos na oração com Maria,
Mãe de Jesus. Aleluia.
Oração
coleta
Deus todo-poderoso,
que nos concedestes a graça
de chegar ao termo destas festas pascais,
fazei que toda a nossa vida seja um testemunho fiel
do Senhor ressuscitado.
Ele que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.
LEITURA
I Atos 28, 16-20.30-31
«Ficou em Roma, anunciando o reino de Deus»
Leitura dos Atos
dos Apóstolos
Quando chegámos a Roma, Paulo foi autorizado a ficar em domicílio pessoal, com
um soldado que o guardava. Três dias depois, ele convocou os principais dos
judeus e, quando estavam todos reunidos, disse-lhes: «Irmãos, embora nada tenha
feito contra o povo ou contra os costumes dos nossos pais, fui preso em
Jerusalém e entregue às mãos dos romanos. Instruído o processo, estes queriam
soltar-me, por não encontrarem em mim nenhum crime de morte. Mas como os judeus
se opunham, fui obrigado a apelar para César, sem pretender de modo algum
acusar a minha nação. Foi por isto que manifestei o desejo de vos ver e de vos
falar, pois é por causa da esperança de Israel que estou preso com estas
cadeias». Paulo ficou dois anos inteiros no alojamento que tinha alugado, onde
recebia todos aqueles que o procuravam. Anunciava o reino de Deus e ensinava o
que se refere ao Senhor Jesus Cristo, com firmeza e sem nenhum impedimento.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 10 (11), 4.5.7 (R. cf. 7b)
Refrão: Os homens rectos verão o Senhor. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
O Senhor habita no seu templo santo,
o Senhor tem nos céus o seu trono.
Os seus olhos estão atentos ao pobre,
as suas pupilas observam os homens. Refrão
O Senhor observa o justo e o ímpio,
mas odeia o que ama a iniquidade.
O Senhor é justo e ama a justiça,
os homens rectos contemplarão a sua face. Refrão
ALELUIA cf. Jo 16, 7.13
Refrão: Aleluia Repete-se
Eu vos enviarei o Espírito da verdade, diz o Senhor;
Ele vos ensinará toda a verdade. Refrão
EVANGELHO Jo 21, 20-25
«Este é o discípulo que escreveu estes factos
e o seu testemunho é verdadeiro»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, Pedro, ao voltar-se, viu que o seguia o discípulo predileto de
Jesus, aquele que, na Ceia, se tinha reclinado sobre o seu peito e Lhe tinha
perguntado: «Senhor, quem é que Te vai entregar?» Ao vê-lo, Pedro disse a
Jesus: «Senhor, que será deste?». Jesus respondeu-lhe: «Se Eu quiser que ele
fique até que Eu venha, que te importa? Tu, segue-Me». Divulgou-se então entre
os irmãos o boato de que aquele discípulo não morreria. Jesus, porém, não disse
a Pedro que ele não morreria, mas sim: «Se Eu quiser que ele fique até que Eu
venha, que te importa?» É este o discípulo que dá testemunho destes factos e
foi quem os escreveu; e nós sabemos que o seu testemunho é verdadeiro. Jesus
realizou muitas outras coisas. Se elas fossem escritas uma a uma, penso que nem
caberiam no mundo inteiro os livros que era preciso escrever.
Palavra da salvação.
Oração
sobre as oblatas
Nós Vos pedimos, Senhor,
que a vinda do Espírito Santo
nos torne dignos de participar nestes divinos sacramentos,
porque Ele é a remissão de todos os pecados.
Por Cristo nosso Senhor.
Prefácio
pascal I-V; ou I-II da Ascensão do Senhor.
Antífona
da comunhão Cf. Jo 16, 14
O Espírito Santo vos manifestará a minha glória, diz o Senhor,
e vos anunciará tudo quanto vos ensinei. Aleluia.
Oração
depois da comunhão
Atendei benignamente, Senhor, as nossas preces
e, assim como nos fizestes passar do culto antigo
para os sacramentos da nova aliança,
fazei que, livres da antiga condição do pecado,
nos renovemos na santidade do coração.
Por Cristo nosso Senhor.
Missa vespertina na vigília
Forma breve
Esta Missa diz-se na tarde do sábado,
antes ou depois das Vésperas I de Pentecostes.
Antífona
de entrada Cf. Rm 5, 5; 8, 11
O amor de Deus foi derramado em nossos corações
pelo Espírito Santo que habita em nós. Aleluia.
Diz-se o Glória.
Oração
coleta
Deus todo-poderoso e eterno, que, na festa de Pentecostes,
completais os cinquenta dias do mistério pascal,
fazei que, pela ação do vosso Espírito,
os povos dispersos se reúnam de novo
e todas as línguas proclamem numa só fé a glória do vosso nome.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.
Ou:
Brilhe sobre nós, Deus todo-poderoso,
o esplendor da vossa glória
e a luz da vossa luz confirme, com os dons do Espírito Santo,
o coração daqueles que, por vossa graça, renasceram.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.
Diz-se o Credo.
Oração sobre as oblatas
Derramai, Senhor, a bênção do Espírito Santo
sobre os dons que apresentamos ao vosso altar,
a fim de que a Igreja, pela participação neste sacramento,
se inflame de tal modo no vosso amor
que manifeste a todo o mundo o mistério da salvação.
Por Cristo nosso Senhor.
Prefácio de Pentecostes, como na Missa
do Dia.
No Cânone romano diz-se o Em
comunhão com toda a Igreja e o Aceitai benignamente, Senhor próprios. Nas
Orações eucarísticas II e III fazem-se também as comemorações próprias.
Antífona
da comunhão Jo 7, 37
No último dia da festa, Jesus exclamava em alta voz:
Se alguém tem sede, venha a Mim e beba. Aleluia.
Oração
depois da comunhão
Este sacramento que recebemos, Senhor,
nos comunique o fervor do Espírito Santo,
que admiravelmente derramastes sobre os apóstolos.
Por Cristo nosso Senhor.
Pode utilizar-se a fórmula de bênção
solene
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da
passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de
Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através
da Sua Palavra.
LEITURAS: Atos
28, 16-20.30-31: Aqui terminam os Atos
dos Apóstolos, com a presença de Paulo em Roma, prisioneiro, mas a anunciar
sempre o reino de Deus. Aqui terminam também os dias feriais do Tempo da Páscoa
que amanhã terá a sua clausura. Eles nos fizeram percorrer os primeiros tempos
da Igreja nascente e nos deixam, como a Paulo, ainda prisioneiros dos perigos e
lutas que sempre cercam o reino de Deus neste mundo, mas livres para anunciar o
grande testemunho de Deus aos homens, que Ele ama: Jesus Cristo, que morreu,
ressuscitou e está vivo para sempre.
Jo
21, 20-25: Termina também aqui a
leitura do Evangelho de S. João, e termina com a perspectiva do termo da vida
do evangelista: “Ficar até que Ele venha”. De facto, o testemunho que ele nos
deixou irá acompanhar a Igreja até que o Senhor venha no fim dos tempos. No
entanto, esta passagem é difícil de entender, e houve quem a compreendesse mal,
a começar pelos discípulos. Daqui terá nascido também a lenda do Prestes João,
o “presbítero João”, que continua vivo! Lenda, fruto da imaginação, mas, mesmo
inconscientemente, testemunho da fé e da esperança que nascem da ressurreição
do Senhor.
AGENDA DO DIA:
1030
horas: Funeral em Nisa
15,00
horas: Missa em Salavessa
16.00
horas: Missa em Pé da Serra
16.00
horas: Missa no Pardo
18.00
horas: Missa em Nisa
18.00
horas: Missa em Alpalhão.
Cruzeiros na Zona pastoral de nisa
ALPALHÃO - Cruzeiro na Senhora da Redonda
A VOZ DO PASTOR
NÃO VÁS EM JEITO DE ‘MARIA VAI COM AS
OUTRAS’...
Dentro da mobilidade humana, as peregrinações
são um fenómeno social que tem sido objeto de estudo em diversos campos do
saber. Sobretudo a partir do ano dois mil, ganharam novo impulso, estão na
moda. Embora nem sempre segundo os parâmetros convencionais, elas têm enorme
interesse e valor. Aqui apenas nos referimos às tradicionais, às peregrinações
de fé. Pessoas de todas as latitudes, crenças, raças e culturas dirigem-se como
peregrinos em direção a lugares tidos como sagrados. É uma experiência
religiosa universal. Pela 39ª vez, também nós vamos em peregrinação diocesana
ao Santuário de Fátima, uma peregrinação presidida pelo Sr. Dom Augusto César,
nosso Bispo Emérito em Jubileu Episcopal e que as começou em 1983: “Que alegria
quando me disseram: Vamos para a casa do Senhor”.
Somos peregrinos, essa é a nossa identidade.
Estamos no mundo mas não somos do mundo. Caminhamos em direção aos novos céus e
à nova terra. E se peregrinar significa pôr-se a caminho, também significa
calcorrear os caminhos do interior de nós mesmos, os caminhos da mente e do coração.
Estes são quase sempre os mais difíceis de percorrer, os mais longos e mais
longínquos. Têm muitos obstáculos a vencer, desde o egoísmo, o pecado e a
autossuficiência, ao orgulho, a indiferença e o deixa correr. Há quem nem tente
arriscar, há quem se canse, há quem desista, há quem se engane. Mas também há
quem seja resiliente, quem resista, insista e persista nesses caminhos
exteriores que fazem contemplar a beleza da criação mas também fazem avançar
por aqueles outros caminhos que dão liberdade interior e sentindo à vida...
Foi sempre assim ao longo da história.
Pessoas e povos, ora se enganavam e desviavam, ora sentiam a necessidade de se
reencontrarem no certo e essencial com forte apelo à comunhão na gratuidade e
na misericórdia. Salpicando todo o território deste planeta terra, os
santuários descrevem a geografia da fé, são oásis no meio dos desertos da vida
a matar a sede de Deus e a reencontrar a alegria e a paz. Ir até eles em
peregrinação tem uma dinâmica própria que resumo em cinco etapas.
1 – A PREPARAÇÃO. A decisão de partir e a
preparação para a saída têm os seus quês. Tudo deve ser pensado, rezado e
programado na escuta do Espírito que atua em cada um. Tudo deve fundamentar e
justificar a decisão de partir. Não se deve partir ao jeito de ‘Maria vai com
as outras’. Deve haver um objetivo concreto para além da aventura, do turismo e
da convivência possível. Por isso, cada um deve interrogar-se: que pretendo eu
com esta peregrinação? Quero mudar de vida e regressar a casa como o filho
pródigo ou apenas manifestar a minha devoção? Quais são verdadeiramente as
minhas motivações? O que vou lá fazer? Quais são os objetivos espirituais que
pretendo? O que tenho a fazer antes de partir para atingir o ideal que desejo,
penso e programo?
2 – A CAMINHADA A FAZER. Vais iniciar uma
peregrinação quer seja de fé e devoção, quer seja uma peregrinação votiva a
cumprir uma promessa, quer seja uma peregrinação no intuito de progresso
espiritual, quer seja uma peregrinação de conversão e de penitência como expiação
de faltas graves, quer seja de ação de graças ou de mera companhia e apoio a
quem parte com as suas motivações.
Vais sozinho? Não, nem penses que isso seja
possível. Mesmo que tu vás sozinho, quem crê nunca anda sozinho! Jesus faz-se
companheiro de viagem e quer muito conversar contigo. A oração não é monólogo,
é diálogo. Ele fala-te como amigo e deves escutá-lo até ao fim e falar com
verdade para Ele. É da discussão que nasce a luz.
Vais caminhar com outros? Então, não
esqueças, o caminho conduz à solidariedade com os irmãos. Ajuda-os nessa
caminhada para o encontro com o Senhor. Não sejas motivo de dispersão nem de
banalização do sacrifício que o percurso implica. Respeita, ajuda, reza,
agradece, suplica, aprecia e contempla a natureza como dom da ternura de Deus
também para contigo.
3 - A CHEGADA AO SANTUÁRIO. É a meta, o lugar
da alegria e do perdão, da escuta. O santuário é “memória da nossa origem”.
Recorda “a iniciativa de Deus e faz com que o peregrino a acolha com o sentido
da admiração, da gratidão e do empenho”. É “lugar da presença divina”, ele
“testemunha a fidelidade de Deus e a sua ação incessante no meio do seu povo,
mediante a Palavra e os Sacramentos”. É profecia, “recorda que nem tudo foi
realizado”, “que estamos a caminho”. Mostra “a relatividade de tudo aquilo que
é penúltimo em relação à última Pátria”. Faz descobrir Cristo “como templo novo
da humanidade reconciliada com Deus”. Jesus é o verdadeiro Santuário, e, ali,
reunidos à volta da mesa da Palavra e da Eucaristia experimenta-se a alegria da
comunhão com Cristo e com os irmãos na fé.
4 – A FESTA DO ENCONTRO. Festa já vivida de
algum modo pelo caminho mas agora também manifestada pela alegria de ter
chegado. Foge-se à monotonia do quotidiano, há algo de diferente, de festivo.
Celebra-se a alegria do perdão, exprime-se a fraternidade cristã dando espaço a
momentos de convivência sadia, de amizade e de paz. É a alegria perfeita de
quem, como Zaqueu, se deixou acolher por Jesus e acolheu Jesus em sua casa, uma
alegria que ninguém jamais lha poderá tirar, a alegria de um coração fiel que
se tornou, ele mesmo, templo vivo do Eterno, santuário da adoração d'Ele em
espírito e verdade.
5 – O REGRESSO A CASA por outro caminho, o
caminho da alegria e da paz, o caminho duma maior consciência da identidade
cristã, de discípulo do Senhor. O caminho da missão no mundo com o testemunho
da palavra e da vida, tanto na família, na profissão, na vizinhança, na
convivência social e lúdica como na ajuda a dar à comunidade cristã que
necessita da participação de todos para ser casa e escola de comunhão.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 27-05-2022.
Sem comentários:
Enviar um comentário