sábado, 18 de junho de 2022

 

Domingo, 19 de junho de 2022

 

Domingo da XII semana do tempo comum

 

 

LITURGIA

 

 

DOMINGO XII DO TEMPO COMUM

Verde – Ofício do domingo (Semana IV do Saltério). Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.

L1: Zac 12, 10-11; 13,1; Sal 62 (63), 2. 3-4. 5-6. 8-9
L2: Gal 3, 26-29
Ev: Lc 9, 18-24

* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.
* Aniversário da Ordenação episcopal de D. Manuel Madureira Dias, Bispo Emérito do Algarve (1988).
* Aniversário da Ordenação episcopal de D. Carlos Filipe Ximenes Belo, Bispo Emérito de Timor-Leste (1988).
* Nas Dioceses de Cabo Verde – Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo – SOLENIDADE
* No Instituto Missionário da Consolata – I Vésp. de Nossa Senhora da Consolata.
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.

Em Portugal – Lembrar aos fiéis que, no próximo domingo, o ofertório é para a Santa Sé ou Cadeira de S. Pedro.

 

 MISSA

Antífona de entrada Cf. Sl 27, 8-9
O Senhor é a força do seu povo, o baluarte salvador do seu Ungido.
Salvai o vosso povo, Senhor, abençoai a vossa herança,
sede o seu pastor e guia através dos tempos.

Oração coleta
Senhor, fazei-nos viver a cada instante
no temor e no amor do vosso santo nome,
porque nunca a vossa providência abandona
aqueles que formais solidamente no vosso amor.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.


LEITURA I Zac 12, 10-11; 13, 1
«Voltarão os olhos para aquele a quem trespassaram» (Jo 19, 37)



Leitura da Profecia de Zacarias


Eis o que diz o Senhor: «Sobre a casa de David e os habitantes de Jerusalém derramarei um espírito de piedade e de súplica. Ao olhar para Mim, a quem trespassaram, lamentar-se-ão como se lamenta um filho único, chorarão como se chora o primogénito. Naquele dia, haverá grande pranto em Jerusalém, como houve em Hadad-Rimon, na planície de Megido. Naquele dia, jorrará uma nascente para a casa de David e para os habitantes de Jerusalém, a fim de lavar o pecado e a impureza».


Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 62 (63), 2-6.8-9 (R. 2b)
Refrão: A minha alma tem sede de Vós, meu Deus. Repete-se

Senhor, sois o meu Deus:
desde a aurora Vos procuro.
A minha alma tem sede de Vós.
Por Vós suspiro,
como terra árida, sequiosa, sem água. Refrão

Quero contemplar-Vos no santuário,
para ver o vosso poder e a vossa glória.
A vossa graça vale mais que a vida:
por isso os meus lábios hão de cantar-Vos louvores. Refrão

Assim Vos bendirei toda a minha vida
e em vosso louvor levantarei as mãos.
Serei saciado com saborosos manjares
e com vozes de júbilo Vos louvarei. Refrão

Porque Vos tornastes o meu refúgio,
exulto à sombra das vossas asas.
Unido a Vós estou, Senhor,
a vossa mão me serve de amparo. Refrão


LEITURA II Gal 3, 26-29
«Todos vós que recebestes o batismo de Cristo,
fostes revestidos de Cristo»


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Gálatas

Irmãos: Todos vós sois filhos de Deus pela fé em Jesus Cristo, porque todos vós, que fostes batizados em Cristo, fostes revestidos de Cristo. Não há judeu nem grego, não há escravo nem livre, não há homem nem mulher; todos vós sois um só em Cristo Jesus. Mas, se pertenceis a Cristo, sois então descendência de Abraão, herdeiros segundo a promessa.


Palavra do Senhor.


ALELUIA Jo 10, 27
Refrão: Aleluia. Repete-se
As minhas ovelhas escutam a minha voz,
diz o Senhor;
Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me. Refrão


EVANGELHO Lc 9, 18-24
«És o Messias de Deus.
O Filho do homem tem de sofrer muito»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas


Um dia, Jesus orava sozinho, estando com Ele apenas os discípulos. Então perguntou-lhes: «Quem dizem as multidões que Eu sou?». Eles responderam: «Uns, dizem que és João Baptista; outros, que és Elias; e outros, que és um dos antigos profetas que ressuscitou». Disse-lhes Jesus: «E vós, quem dizeis que Eu sou?». Pedro tomou a palavra e respondeu: «És o Messias de Deus». Ele, porém, proibiu-lhes severamente de o dizerem fosse a quem fosse e acrescentou: «O Filho do homem tem de sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas; tem de ser morto e ressuscitar ao terceiro dia». Depois, dirigindo-Se a todos, disse: «Se alguém quiser vir comigo, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz todos os dias e siga-Me. Pois quem quiser salvar a sua vida, há de perdê-la; mas quem perder a sua vida por minha causa, salvá-la-á».


Palavra da salvação.


Oração sobre as oblatas
Por este sacrifício de reconciliação e de louvor,
purificai, Senhor, os nossos corações,
para que se tornem uma oblação agradável a vossos olhos.
Por Cristo nosso Senhor.

Antífona da comunhão Sl 144, 15
Os olhos de todos esperam em Vós, Senhor,
e a seu tempo lhes dais o alimento.

Ou: Cf. Jo 10, 11.15
Eu sou o Bom Pastor
e dou a vida pelas minhas ovelhas, diz o Senhor.

Oração depois da comunhão
Senhor, que nos renovastes
pela comunhão do Corpo e do Sangue de Cristo,
fazei que a participação nestes mistérios
nos alcance a plenitude da redenção.
Por Cristo nosso Senhor.

 

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

 

 LEITURAS: Zac 12, 10-11; 13, 1: O profeta anuncia a libertação e renovação de Jerusalém; mas essa salvação custará dores e lamentos. S. João, no seu Evangelho, vê no servo trespassado, de que fala o profeta, a figura de Jesus crucificado e trespassado pela lança do soldado. O seu Coração assim aberto tornou-se fonte de água viva, de salvação e de graça, para os que para Ele olharem com fé e amor. Tanto custaria a salvação da nova Jerusalém, a santa Igreja de Deus!

Gal 3, 26-29: Continuando a fazer o confronto entre o regime da Lei, no Antigo Testamento, e o do Novo Testamento, o Apóstolo afirma que, pela fé e pelo batismo, os cristãos estão “revestidos de Cristo”, formam todos, seja qual for a sua origem natural, o povo descendente de Abraão, herdeiro das promessas que Deus tinha feito àquele antigo Patriarca do Povo de Deus. Não é, portanto, a descendência carnal, mas a que vem da fé, que torna os homens “filhos de Abraão” e herdeiros das promessas a ele feitas por Deus.

Lc 9, 18-24: S. Pedro, em nome de todos, reconhece e proclama a fé fundamental da Igreja: Jesus de Nazaré, o Filho do homem, é o Messias de Deus, o profeta anunciado desde os tempos antigos, o Ungido pelo Espírito Santo, o Enviado de Deus. É Ele que vem dar a vida pela salvação dos homens. Ele é, como na profecia da primeira leitura, Aquele que os homens trespassaram, mas cujo Coração aberto na Cruz é fonte de graça. Para ser seu discípulo, não há outro caminho senão o que Ele mesmo traçou.

 

 

 

AGENDA DO DIA:

 

 

08.30 horas: Funeral em Alpalhão

09.30 horas: Missa em Amieira do Tejo

10.00 horas: Missa em Arês

10.45 horas: Missa em Tolosa

11.00 horas: Missa em Nisa

12.00 horas: Missa em Alpalhão

12.00 horas: Missa em Gáfete

 

 

MAIO, MÊS DE MARIA

 

 




 

A VOZ DO PASTOR

 

 

 

AMIGOS QUE VALE A PENA TER E COM ELES CONVIVER

Toda a gente gosta de ter amigos, muito mais os adolescentes e os jovens. No entanto, se se diz que quem tem um amigo tem um tesouro, é porque eles não andam por aí aos molhos, são raros. Há muita gente conhecida, é verdade, mas amigos amigos....

No dia 21 deste mês de junho, muita gente recorda uma dessas pessoas que muitos jovens e estudantes têm em grande apreço pela ajuda que ela lhes dá pelos caminhos da vida. É uma presença que anima, protege, conforta, estimula, tranquiliza. Quer o leitor saber de quem se trata?... A quem está a patinhar em certos debates, o moderador, impaciente, manifesta-lhe pressa em saber o que realmente interessa para passar à frente. O patinhador, continuando com o seu paleio inútil e sem esclarecer o que é perguntado, costuma afirmar: “lá chegaremos, já lá chegaremos!”... Constata-se, porém, que nunca ou raramente lá chega. Mas eu vou chegar, não estou a patinhar!

Como sabemos, a amizade ajuda à construção da identidade e à definição de valores, ideias e opiniões sobre si próprio, sobre os outros e o mundo, é capaz de rasgar autoestradas para as viagens da vida. Além disso, se em momentos mais complicados se pode contar com a lealdade, a ajuda e a confiança dos amigos, também se conta com eles para conversar, conviver, divertir e partilhar momentos felizes. Embora a traição dos amigos possa doer muito, há amigos que são extremamente leais, nunca falham. Antes de mais, porém, chamo a atenção para o Amigo por excelência. Ele é amigo de todos como se cada um fosse o único, não faz acessão de pessoas, não considera ninguém como número, a todos trata como amigos e a todos chama pelo nome, conhece muito melhor cada um deles do que cada um deles a si próprio, sempre estende a sua mão amiga e não falha, até deu a vida por cada um: é Jesus. Como amigo sincero em busca da nossa amizade, segredou-nos tudo quanto era possível acerca do seu Pai para que a sua alegria estivesse em nós e a nossa alegria fosse completa. E se Ele permanece firmemente fiel, também nos deu um critério para que possamos avaliar a nossa lealdade para com Ele. Disse-nos que seríamos seus amigos se nos amássemos uns aos outros como Ele nos amou.

Frequentemente acontece que os amigos dos nossos amigos se tornam amigos comuns. Ora, os melhores amigos de Jesus são aqueles que aceitaram a sua amizade, a partilharam com Ele e os outros e hoje se encontram no gozo da felicidade eterna. A esses lhes vamos fazendo o cerco para que também sejam nossos amigos. Assim, referimo-nos aos santos como se de pessoas de família se tratasse, contamos com a sua amizade, oração e proteção junto de Deus. É certo que a primeira pessoa que reza por nós é o próprio Jesus que pediu ao Pai que todos fossemos um como Ele e o Pai são um. O que sustenta cada um de nós na vida "é a oração de Jesus por cada um de nós, diante do Pai, mostrando-lhe as feridas que são o preço da nossa salvação", afirmou o Papa Francisco. Mas também o Espírito Santo nos ajuda na nossa fraqueza, Ele próprio intercede por nós (cf. Rom 8, 26-27).

E os santos? Como se traduz a sua amizade para connosco? Os santos “não cessam de interceder em nosso favor, diante do Pai, fazendo com que a nossa fraqueza seja assim grandemente ajudada pela sua solicitude fraterna” (LG49). Esta nossa união com aqueles que adormeceram na paz de Cristo, não se interrompe, antes pelo contrário, é reforçada pela comunicação dos bens espirituais. E embora saibamos que todos os bens espirituais nos veem de Deus por meio de Cristo, todos gostamos de ter estes santos amigos a quem tantas vezes pedimos que se associem a nós, fazendo valer as nossas orações junto de Deus. E eles não regateiam isso. São Domingos, por exemplo, já moribundo, dizia aos seus confrades: “Não choreis, que eu vos serei mais útil depois da morte e vos ajudarei mais eficazmente que durante a vida”. E Santa Teresa do Menino Jesus afirmava: “Quero passar o meu céu a fazer o bem sobre a terra” (CIgC956).

Estes nossos amigos, porém, os santos, não usam a lógica que muita gente usa neste mundo. Eles não servem para meter uma ‘cunha’ a Deus para que Deus nos deixe entrar pela porta do lado, a porta dos interesses e do egoísmo. A lógica deles é outra, eles intercedem por nós e ajudam-nos quando nós queremos ser ajudados a aceitar os critérios da verdadeira amizade para com Jesus, a amizade que Ele nos tem e nos apontou. Assim, quando, por exemplo, falamos em Padroeiro ou Padroeira falamos de um Anjo, de Nossa Senhora ou de um santo ou santa, alguém que está junto de Deus e, por vários motivos e nossa devoção, é declarado ou considerado como nosso protetor e defensor junto de Deus. Ao longo da história, houve muita gente que marcou a diferença e hoje é apresentada como estímulo para todos.

Luís Gonzaga é um deles. Foi o primeiro de sete irmãos de uma família nobre e influente do norte de Itália. Seu pai traçara para ele um projeto de vida militar no qual o iniciou em tenra idade. Dada a sua condição social, Luís frequentava os ambientes ricos e aristocráticos da nobreza italiana. Nas pisadas que dava e nos serviços que ia prestando, inclusive como pajem do filho de Filipe II de Espanha, surpreendia sempre. O seu pensamento e maneira de estar e agir prendiam-se sempre com o saber se isso lhe serviria de alguma coisa para ser verdadeiramente feliz, neste mundo e no outro. Depois de algumas teimas consigo mesmo sobre qual o caminho a seguir, depois de séria reflexão, oração e ajuda de outros ao seu discernimento, foi determinado. Sendo, como filho mais velho, o príncipe herdeiro dos títulos e funções importantes de seu pai, a tudo renunciou e decidiu ingressar na Ordem dos Jesuítas. A sua determinação causou surpresa geral. O pai sentiu que todos os planos que tinha traçado para ele fracassaram, ficou de mau humor, tentou dissuadi-lo, mas foi impossível, ele queria ser padre: “É nisso que penso noite e dia”, disse ele ao pai. A doença, porém, deu vida curta a Luís Gonzaga, foi contagiado na sua constante dedicação aos doentes do tifo, vindo a falecer no dia 21 de junho de 1591. Os seus restos mortais encontram-se na Igreja de Santo Inácio, fundador da ordem Jesuíta, em Roma. Foi beatificado catorze anos após a morte. Mais tarde foi canonizado por Bento XIII e declarado padroeiro dos jovens e estudantes. No século passado, Pio XI declarou-o padroeiro de toda a juventude cristã.

Felizes os jovens que encontram na vida uns amigos de carne e osso, uns ‘santos de ao pé da porta’ que os ajudem a crescer e a discernir o caminho certo nas encruzilhadas existenciais. Mas felizes também aqueles que gostam de ter na roda dos seus amigos os santos que já viveram as turbulências deste mundo e continuamente intercedem por nós, sendo luz e incentivo nos caminhos da vida. Conhecer o currículo de cada um é um desafio sempre enriquecedor e estimulante.

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 17-06-2022.

 

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