PARÓQUIAS
DE NISA
Quinta-feira,
24 de junho de 2021
Quinta
da XII semana do tempo comum
LITURGIA
Quinta-feira
da semana XII
NASCIMENTO DE S. JOÃO BatiSTA –
SOLENIDADE
Branco – Ofício da solenidade. Te
Deum.
Missa própria do dia, Glória, Credo, pf. próprio.
L 1 Is 49, 1-6; Sal 138, 1-3. 13-14ab. 14c-15
L2 At 13, 22-26
Ev Lc 1, 57-66. 80
* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.
* Dia Nacional do Cigano.
* Na Congregação das Irmãs de S. João Batista e de Maria Rainha e Missionários
de S. João Batista – Nascimento de S. João Batista, Padroeiro – SOLENIDADE
* II Vésp. da solenidade – Compl. dep. II Vésp. dom.
MISSA DO DIA
ANTÍFONA DE ENTRADA Jo 1, 6-7; Lc 1, 17
Apareceu um homem enviado por Deus,
que tinha o nome de João.
Ele veio para dar testemunho da luz
e preparar o povo para a vinda do Senhor.
Diz-se o Glória.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que enviastes São João Baptista
a preparar o vosso povo para a vinda do Messias,
concedei à vossa família o dom da alegria espiritual
e guiai o coração dos fiéis no caminho da salvação e da paz.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Is 49, 1-6
«Farei de ti a luz das nações»
Leitura do Livro
de Isaías
Terras de Além-Mar, escutai-me;
povos de longe, prestai atenção.
O Senhor chamou-me desde o ventre materno,
disse o meu nome desde o seio de minha mãe.
Fez da minha boca uma espada afiada,
abrigou-me à sombra da sua mão.
Tornou-me semelhante a uma seta aguda,
guardou-me na sua aljava.
E disse-me: «Tu és o meu servo, Israel,
por quem manifestarei a minha glória».
E eu dizia: «Cansei-me inutilmente,
em vão e por nada gastei as minhas forças».
Mas o meu direito está no Senhor
e a minha recompensa está no meu Deus.
E agora o Senhor falou-me,
Ele que me formou desde o seio materno,
para fazer de mim o seu servo,
a fim de Lhe restaurar as tribos de Jacob
e reconduzir os sobreviventes de Israel.
Eu tenho merecimento aos olhos do Senhor
e Deus é a minha força.
Ele disse-me então:
«Não basta que sejas meu servo,
para restaurares as tribos de Jacob
e reconduzires os sobreviventes de Israel.
Farei de ti a luz das nações,
para que a minha salvação chegue até aos confins da terra».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 138 (139), 1-3.13-14ab.14c-15 (R. 14a)
Refrão: Eu Vos dou graças, Senhor,
porque maravilhosamente me criastes.
Senhor, Vós conheceis o íntimo do meu ser:
sabeis quando me sento e quando me levanto.
De longe penetrais o meu pensamento:
Vós me vedes quando caminho e quando descanso,
Vós observais todos os meus passos.
Vós formastes as entranhas do meu corpo
e me criastes no seio de minha mãe.
Eu Vos dou graças
por me terdes feito tão maravilhosamente:
admiráveis são as vossas obras.
Vós conhecíeis já a minha alma
e nada do meu ser Vos era oculto,
quando secretamente era formado,
modelado nas profundidades da terra.
LEITURA II Atos 13, 22-26
«João tinha proclamado, antes da vinda de Cristo...»
Leitura dos Atos
dos Apóstolos
Naqueles dias, Paulo falou deste modo:
«Deus concedeu aos filhos de Israel David como rei,
de quem deu este testemunho:
‘Encontrei David, filho de Jessé,
homem segundo o meu coração,
que fará sempre a minha vontade’.
Da sua descendência, como prometera,
Deus fez nascer Jesus, o Salvador de Israel.
João tinha proclamado, antes da sua vinda,
um baptismo de penitência a todo o povo de Israel.
Prestes a terminar a sua carreira, João dizia:
‘Eu não sou quem julgais;
mas depois de mim, vai chegar Alguém,
a quem eu não sou digno de desatar as sandálias dos seus pés’.
Irmãos, descendentes de Abraão
e todos vós que temeis a Deus:
a nós é que foi dirigida esta palavra de salvação».
Palavra do Senhor.
ALELUIA cf. Lc 1, 76
Refrão: Aleluia. Repete-se
Tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo,
irás à frente do Senhor a preparar os seus caminhos.
Refrão
EVANGELHO Lc 1, 57-66.80
«O seu nome é João»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo,
chegou a altura de Isabel ser mãe e deu à luz um filho.
Os seus vizinhos e parentes souberam
que o Senhor lhe tinha feito tão grande benefício
e congratularam-se com ela.
Oito dias depois, vieram circuncidar o menino
e queriam dar-lhe o nome do pai, Zacarias.
Mas a mãe interveio e disse:
«Não, Ele vai chamar-se João».
Disseram-lhe:
«Não há ninguém da tua família que tenha esse nome».
Perguntaram então ao pai, por meio de sinais,
como queria que o menino se chamasse.
O pai pediu uma tábua e escreveu:
«O seu nome é João».
Todos ficaram admirados.
Imediatamente se lhe abriu a boca e se lhe soltou a língua
e começou a falar, bendizendo a Deus.
Todos os vizinhos se encheram de temor
e por toda a região montanhosa da Judeia
se divulgaram estes factos.
Quantos os ouviam contar
guardavam-nos em seu coração e diziam:
«Quem virá a ser este menino?».
Na verdade, a mão do Senhor estava com ele.
O menino ia crescendo e o seu espírito fortalecia-se.
E foi habitar no deserto
até ao dia em que se manifestou a Israel.
Palavra da salvação.
Diz-se o Credo.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Trazemos ao altar, Senhor, os nossos dons
para celebrarmos condignamente
o nascimento de São João Baptista,
que anunciou a vinda do Salvador do mundo
e O mostrou já presente no meio dos homens.
Por Nosso Senhor.
PREFÁCIO A missão do Precursor
V. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação.
Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente,
é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação
dar-Vos graças, sempre e em toda a parte,
por Cristo nosso Senhor.
Ao celebrarmos hoje a glória do Precursor, São João Baptista, proclamado o
maior entre os filhos dos homens,
anunciamos as vossas maravilhas:
antes de nascer, ele exultou de alegria,
sentindo a presença do Salvador;
quando veio ao mundo,
muitos se alegraram pelo seu nascimento;
foi ele, entre todos os Profetas,
que mostrou o Cordeiro que tira o pecado do mundo;
nas águas do Jordão, ele baptizou o autor do Baptismo
e desde então a água viva tem poder de santificar os crentes;
por fim deu o mais belo testemunho de Cristo,
derramando por Ele o seu sangue.
Por isso, com os Anjos e os Santos no Céu,
proclamamos na terra a vossa glória, cantando numa só voz:
Santo, Santo, Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Lc 1, 78
Graças ao coração misericordioso do nosso Deus,
das alturas nos visitou o Sol nascente.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentastes à mesa do Cordeiro celeste,
concedei à vossa Igreja,
que se alegra com o nascimento de São João Baptista,
a graça de reconhecer o autor do seu renascimento espiritual
n’Aquele cuja vinda ao mundo foi anunciada pelo Precursor.
Por Nosso Senhor.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o
que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza
o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua
vida” 2020.11.28
3. Oração: - Louva o Senhor,
suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS:
AGENDA DO DIA:
09.45 horas: Funeral em
Nisa
18.00 horas: Missa em
Nisa
18.00 horas: Missa em Gáfete
com percurso com a imagem de S. João
A VOZ DO
PASTOR:
UMA FAMÍLIA DE SE LHE TIRAR O CHAPÉU!...
Todos apreciamos as
pessoas que se dedicam de alma e coração a causas nobres, sobretudo em
voluntariado alegre e feliz. Uns, sempre disponíveis, conseguem fazê-lo em
acumulação com as suas ocupações diárias. Outros, com pena sua, só o poderão
fazer após a aposentação. A sua profissão, o tempo, as distâncias, o vai e vem
da vida nunca lho permitem. Mesmo assim, sempre que podem, lá estão eles a dar
uma mãozinha. De facto, ninguém se deveria ocupar a fazer versos à lua, quais
poetas de água doce. Tampouco a burilar a maledicência para zurzir em quem
participa e colabora. As formas de cooperar são muitas e variadas, é verdade. A
fé não nos tira do mundo, compromete-nos ainda mais com ele, há deveres sociais
e outros a cumprir. Mas hoje, de entre todos eles, refiro-me apenas àquele que
brota da própria fé. No conjunto do trabalho eclesial e do apostolado dos
leigos, o testemunho de participação, se é de louvar em cada batizado, não o é
menos quando é dado por um casal, por uma família que se torna sujeito de ação pastoral através do anúncio do
Evangelho e de outras formas de testemunho, quer no compromisso social quer
como cireneu de terceiros nas dificuldades da vida.
A nova
evangelização precisa de famílias cuja
alegria do Evangelho lhes encha o coração e a vida. Só assim poderão levar Cristo a outras famílias e ser verdadeiros
suportes do crescimento das comunidades. De pouco adiantarão belos discursos e
inteligentes esquemas pastorais se as famílias não deitarem as mãos ao arado.
Tantas famílias com saúde, disponibilidade, talento e saber, que, se não
vivessem fechadas em si próprias, poderiam revolucionar as suas comunidades tão
carentes de quem as faça viver com alegria e esperança, fazendo delas uma
família de famílias. Há paredes a derrubar para que as famílias se deem as
mãos, reflitam juntas, rezem juntas, cresçam na fé juntas, debatam temas
juntas, programem juntas e juntas metam mãos à obra, deixando-se conduzir pelo
Espírito, pela Palavra e pela Alegria de servir, em comunhão. Tenho para mim
que, se, numa comunidade, um casal mais sensível à evangelização se decidisse a
constituir um grupo de seis/sete casais abertos a fazer caminhada, como isso
seria uma bola de neve a, no futuro, fazer ramificar novas equipas, novas
dinâmicas de ação e entusiasmo contagiante. Ai se as famílias quisessem!...
Como tudo seria diferente!...
O Livro dos Atos
dos Apóstolos apresenta-nos um casal que se tornou fermento evangelizador na
sociedade do seu tempo e cujos frutos ainda perduram. Ao recordá-lo, tenho dois
objetivos. Em primeiro lugar, aplaudir as famílias que se organizam a si
próprias, dando as mãos, e se dedicam à causa do Evangelho e ao serviço das
comunidades, de forma discreta e eficaz, gerando empatia e admiração do povo.
Em segundo lugar, alertar muitas outras famílias para o tanto bem que poderiam
fazer, em fidelidade ao seu batismo e ao sacramento do matrimónio. Sim, a
família não é só um campo de autoevangelização e de graça salvadora. Não é só
destinatária ou recetora da evangelização. É uma escola donde irradia o anúncio
do Evangelho, qual igreja em saída a tornar-se fonte de alegria para tantas
famílias ao levar-lhes a certeza de que Deus as ama, as toma
pela mão, as conduz a bom porto e conta com elas para se fazer encontrado junto
de quem o procura de coração sincero.
São Lucas
apresenta-nos esse casal ao dizer que “Paulo deixou Atenas e foi para Corinto.
Encontrou ali um judeu chamado Áquila, natural do Ponto, que acabara de chegar
da Itália com a esposa Priscila, pois o imperador Cláudio tinha decretado que
todos os judeus saíssem de Roma. Paulo entrou em contacto com eles. E como eram
da mesma profissão – fabricantes de tendas -, Paulo passou a morar com eles e
trabalhavam juntos (At 18, 1-3).
Depois de algum tempo
em Corinto, Paulo, juntamente com Áquila e Priscila, partiram para a província
da Síria, tendo chegado a Éfeso. Com o seu zelo e entusiasmo apostólico, Paulo
falava desassombradamente aos judeus na sinagoga local. Priscila e Áquila
também o ouviam pregar e iam-se instruindo cada vez mais nos caminhos do
Senhor. A alegria do Evangelho acabou por lhes encher o coração e a vida toda,
ficando sempre muito amigos de Paulo, ao ponto de, em certa ocasião, terem
arriscado a sua própria vida para salvar a de Paulo (cf. Rom 16,4). Também na
1ª Carta aos Coríntios e na 2ª a Timóteo Paulo manda saudações para Áquila e
Priscila (1Cor 16,19; 2Tim 4, 19).
Mas retomando a
conversa, depois de algum tempo em Éfeso, Paulo, sempre imparável – ai de mim
se não evangelizar! -, prosseguiu a sua viagem missionária. Áquila e Priscila,
porém, ficaram em Éfeso como alicerce daquela crescente comunidade cristã. Era
em sua casa que se reunia a Igreja em crescimento. A sua hospitalidade, o seu
bem fazer e dedicação aos outros fez deles pessoas muito estimadas pela
comunidade envolvente. Entretanto, chegou aqui, a Éfeso, um judeu chamado
Apolo, natural da Alexandria. Era um homem muito culto, orador de largos
recursos humanos e muito instruído nas Escrituras. Falava com convicção na sinagoga
e ensinava com precisão o que se referia a Jesus. A sua base cristã, porém, não
era famosa, só conhecia o batismo de João. Áquila e Priscila, cristãos atentos
e a sentir responsabilidades pelo crescimento da comunidade, ao escutá-lo, logo
viram nele alguém que muito podia dar ao serviço da evangelização. Levaram-no
consigo e ajudaram-no a crescer no conhecimento de Cristo. De tal forma o
souberam fazer que Apolo passou a rebater “vigorosamente os judeus em público,
demonstrando pelas Escrituras que Jesus é o Messias” (At 18, 24-28). Isto
mostra-nos como Áquila e Priscila, para além do seu trabalho evangelizador,
estavam atentos aos possíveis líderes da comunidade. Perceberam que Apolo seria
um bom trunfo para o serviço da evangelização e logo o desafiaram. Hoje, como
sempre, também é preciso estar atento aos líderes. Os servidores das
comunidades fariam um trabalho valiosíssimo em prol do futuro das mesmas
comunidades se se dedicassem, com prioridade, à formação de líderes,
partilhando tarefas, responsabilizando, aceitando êxitos e fracassos, sempre em
proximidade amiga e estimulante. Sei que, no terreno, nem sempre é fácil, mas
esse é um grande e prioritário desafio da pastoral! Quando em família se vive e
ensina a perceber as razões e a beleza da fé, a família torna-se
verdadeiramente evangelizadora, missionária. Os filhos, regra geral, não ficam
atrás nesse processo do compromisso missionário. Mesmo que, porventura, em
certos momentos da vida pareça que se afastaram, eles sabem que Deus os ama,
que Jesus se entregou também por eles, que Jesus está vivo, se faz companheiro
de viagem de cada um e de cada um quis precisar para que fosse dado a conhecer
a muitos outros, com alegria e esperança.
Ai se, pelo menos,
algumas famílias o quisessem!... Como tudo seria diferente!...
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 18-06-2021.
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