PARÓQUIAS
DE NISA
Sexta-feira,
25 de junho de 2021
Sexta
da XII semana do tempo comum
LITURGIA
Sexta-feira
da semana XII
Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).
L 1 Gen 17, 1. 9-10. 15-22; Sal 127 (128), 1-2. 3. 4-5
Ev Mt 8, 1-4
* Na Diocese de Leiria-Fátima – Aniversário da entrada solene e tomada de posse
de D. António Augusto dos Santos Marto, Cardeal.
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – Ofício e Missa votivos da Paixão.
* Na Prelatura da Santa Cruz e Opus Dei – I Vésp. de S. Josemaria Escrivá.
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo
27, 8-9
O Senhor é a força do seu povo,
o baluarte salvador do seu Ungido.
Salvai o vosso povo, Senhor, abençoai a vossa herança,
sede o seu pastor e guia através dos tempos.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor, fazei-nos viver a cada instante
no temor e no amor do vosso Santo nome,
porque nunca a vossa providência abandona
aqueles que formais solidamente no vosso amor.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Gen 17, 1.9-10.15-22
«Todo o homem será circuncidado, como sinal da aliança.
Sara dará à luz um filho»
Leitura do Livro
do Génesis
Quando Abraão tinha noventa e nove anos de idade, o Senhor apareceu-lhe e
disse-lhe: «Eu sou o Deus todo-poderoso. Anda na minha presença e sê perfeito».
Deus disse ainda a Abraão: «Guardarás a minha aliança, tu e a tua descendência,
de geração em geração. Esta é a aliança que estabeleço contigo e com os teus
descendentes e que deveis observar: todos os homens serão circuncidados». Deus
disse a Abraão: «A Sarai, tua esposa, nunca mais lhe chamarás Sarai; o seu nome
é Sara. Eu a abençoarei e por ela te darei um filho. Eu a abençoarei e ela dará
origem a nações; dela sairão reis de povos». Abraão prostrou-se com o rosto em
terra e começou a rir, dizendo: «Como pode nascer um filho a um homem de cem
anos? Como pode Sara aos noventa anos ser mãe?». Abraão disse a Deus: «Ao menos
viva Ismael na vossa presença». Mas Deus respondeu-lhe: «Não é isso. Sara, tua
esposa, dar-te-á um filho e tu lhe porás o nome de Isaac. Estabelecerei com ele
a minha aliança, como aliança perpétua com a sua descendência. Quanto a Ismael,
também te ouvi: Eu o abençoarei e tornarei fecundo e o farei multiplicar-se sem
medida. Será pai de doze chefes e farei dele um grande povo. Mas estabelecerei
a minha aliança com Isaac, que Sara dará à luz, por este mesmo tempo, no
próximo ano». Quando acabou de falar, Deus retirou-se de junto de Abraão.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 127 (128), 1-2.3.4-5 (R. 4)
Refrão: Será abençoado o homem que teme o
Senhor. Repete-se
Feliz de ti, que temes o Senhor
e andas nos seus caminhos.
Comerás do trabalho das tuas mãos,
serás feliz e tudo te correrá bem. Refrão
Tua esposa será como videira fecunda
no íntimo do teu lar;
teus filhos serão como ramos de oliveira
ao redor da tua mesa. Refrão
Assim será abençoado o homem que teme o Senhor.
De Sião te abençoe o Senhor:
vejas a prosperidade de Jerusalém
todos os dias da tua vida. Refrão
ALELUIA Mt 8, 17
Refrão: Aleluia Repete-se
Cristo suportou as nossas enfermidades
e tomou sobre Si as nossas dores. Refrão
EVANGELHO Mt 8, 1-4
«Se quiseres, podes curar-me»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Ao descer Jesus do monte, seguia-O uma grande multidão. Veio então prostrar-se
diante d’Ele um leproso, que Lhe disse: «Senhor, se quiseres, podes curar-me».
Jesus estendeu a mão e tocou-o, dizendo: «Eu quero: fica curado». E
imediatamente ficou curado da lepra. Disse-lhe Jesus: «Não digas nada a
ninguém; mas vai mostrar-te ao sacerdote e apresenta a oferta que Moisés
ordenou, para que lhes sirva de testemunho».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Por este sacrifício de reconciliação e de louvor,
purificai, Senhor, os nossos corações,
para que se tornem uma oblação agradável a vossos olhos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 144, 15
Os olhos de todos esperam em Vós, Senhor,
e a seu tempo lhes dais o alimento.
Ou Jo 10, 11.15
Eu sou o Bom Pastor
e dou a vida pelas minhas ovelhas, diz o Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos renovastes
pela comunhão do Corpo e do Sangue de Cristo,
fazei que a participação nestes mistérios
nos alcance a plenitude da redenção.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o
que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga,
atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua
vida” 2020.11.28
3. Oração: - Louva o Senhor,
suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS: Gen 17, 1.9-10.15-22: Deus estabelece
com Abraão uma aliança. É este um dos momentos maiores da história da salvação.
A circuncisão foi o sinal da aliança com Abraão. Esta aliança já vem de trás, e
há de atingir o seu ponto culminante e definitivo na Páscoa de Jesus. S. Paulo
dirá que, para os cristãos, o Batismo é a sua circuncisão, que realiza a
libertação do homem velho, o homem do pecado, para fazer dele o homem novo, à
imagem de Cristo, o Ressuscitado de entre os mortos.
Mt 8, 1-4: Ao
curar o leproso, Jesus manifesta-Se como Senhor da vida e da morte, cheio de
compaixão para com os que sofrem, e ainda como Aquele que reconduz os homens à
comunhão na unidade do povo de Deus. Tudo o que por fora acontecer é sinal do
que acontece por dentro. A simplicidade que envolve este milagre de Jesus
manifesta, por um lado, o poder da palavra do Senhor e, por outro, a força da
fé do homem que O invocava.
AGENDA DO DIA:
10.00 horas: Funeral em
Nisa
18.00 horas: Missa em
Nisa
18.00 horas: Missa em Alpalhão.
A VOZ DO
PASTOR:
UMA FAMÍLIA DE SE LHE TIRAR O CHAPÉU!...
Todos apreciamos as
pessoas que se dedicam de alma e coração a causas nobres, sobretudo em
voluntariado alegre e feliz. Uns, sempre disponíveis, conseguem fazê-lo em
acumulação com as suas ocupações diárias. Outros, com pena sua, só o poderão
fazer após a aposentação. A sua profissão, o tempo, as distâncias, o vai e vem
da vida nunca lho permitem. Mesmo assim, sempre que podem, lá estão eles a dar
uma mãozinha. De facto, ninguém se deveria ocupar a fazer versos à lua, quais
poetas de água doce. Tampouco a burilar a maledicência para zurzir em quem
participa e colabora. As formas de cooperar são muitas e variadas, é verdade. A
fé não nos tira do mundo, compromete-nos ainda mais com ele, há deveres sociais
e outros a cumprir. Mas hoje, de entre todos eles, refiro-me apenas àquele que
brota da própria fé. No conjunto do trabalho eclesial e do apostolado dos
leigos, o testemunho de participação, se é de louvar em cada batizado, não o é
menos quando é dado por um casal, por uma família que se torna sujeito de ação pastoral através do anúncio do
Evangelho e de outras formas de testemunho, quer no compromisso social quer
como cireneu de terceiros nas dificuldades da vida.
A nova
evangelização precisa de famílias cuja
alegria do Evangelho lhes encha o coração e a vida. Só assim poderão levar Cristo a outras famílias e ser verdadeiros
suportes do crescimento das comunidades. De pouco adiantarão belos discursos e
inteligentes esquemas pastorais se as famílias não deitarem as mãos ao arado.
Tantas famílias com saúde, disponibilidade, talento e saber, que, se não
vivessem fechadas em si próprias, poderiam revolucionar as suas comunidades tão
carentes de quem as faça viver com alegria e esperança, fazendo delas uma
família de famílias. Há paredes a derrubar para que as famílias se deem as
mãos, reflitam juntas, rezem juntas, cresçam na fé juntas, debatam temas
juntas, programem juntas e juntas metam mãos à obra, deixando-se conduzir pelo
Espírito, pela Palavra e pela Alegria de servir, em comunhão. Tenho para mim
que, se, numa comunidade, um casal mais sensível à evangelização se decidisse a
constituir um grupo de seis/sete casais abertos a fazer caminhada, como isso
seria uma bola de neve a, no futuro, fazer ramificar novas equipas, novas
dinâmicas de ação e entusiasmo contagiante. Ai se as famílias quisessem!...
Como tudo seria diferente!...
O Livro dos Atos
dos Apóstolos apresenta-nos um casal que se tornou fermento evangelizador na
sociedade do seu tempo e cujos frutos ainda perduram. Ao recordá-lo, tenho dois
objetivos. Em primeiro lugar, aplaudir as famílias que se organizam a si
próprias, dando as mãos, e se dedicam à causa do Evangelho e ao serviço das
comunidades, de forma discreta e eficaz, gerando empatia e admiração do povo.
Em segundo lugar, alertar muitas outras famílias para o tanto bem que poderiam
fazer, em fidelidade ao seu batismo e ao sacramento do matrimónio. Sim, a
família não é só um campo de autoevangelização e de graça salvadora. Não é só
destinatária ou recetora da evangelização. É uma escola donde irradia o anúncio
do Evangelho, qual igreja em saída a tornar-se fonte de alegria para tantas
famílias ao levar-lhes a certeza de que Deus as ama, as toma
pela mão, as conduz a bom porto e conta com elas para se fazer encontrado junto
de quem o procura de coração sincero.
São Lucas
apresenta-nos esse casal ao dizer que “Paulo deixou Atenas e foi para Corinto.
Encontrou ali um judeu chamado Áquila, natural do Ponto, que acabara de chegar
da Itália com a esposa Priscila, pois o imperador Cláudio tinha decretado que
todos os judeus saíssem de Roma. Paulo entrou em contacto com eles. E como eram
da mesma profissão – fabricantes de tendas -, Paulo passou a morar com eles e
trabalhavam juntos (At 18, 1-3).
Depois de algum
tempo em Corinto, Paulo, juntamente com Áquila e Priscila, partiram para a
província da Síria, tendo chegado a Éfeso. Com o seu zelo e entusiasmo
apostólico, Paulo falava desassombradamente aos judeus na sinagoga local.
Priscila e Áquila também o ouviam pregar e iam-se instruindo cada vez mais nos
caminhos do Senhor. A alegria do Evangelho acabou por lhes encher o coração e a
vida toda, ficando sempre muito amigos de Paulo, ao ponto de, em certa ocasião,
terem arriscado a sua própria vida para salvar a de Paulo (cf. Rom 16,4).
Também na 1ª Carta aos Coríntios e na 2ª a Timóteo Paulo manda saudações para
Áquila e Priscila (1Cor 16,19; 2Tim 4, 19).
Mas retomando a
conversa, depois de algum tempo em Éfeso, Paulo, sempre imparável – ai de mim
se não evangelizar! -, prosseguiu a sua viagem missionária. Áquila e Priscila,
porém, ficaram em Éfeso como alicerce daquela crescente comunidade cristã. Era
em sua casa que se reunia a Igreja em crescimento. A sua hospitalidade, o seu
bem fazer e dedicação aos outros fez deles pessoas muito estimadas pela
comunidade envolvente. Entretanto, chegou aqui, a Éfeso, um judeu chamado
Apolo, natural da Alexandria. Era um homem muito culto, orador de largos
recursos humanos e muito instruído nas Escrituras. Falava com convicção na
sinagoga e ensinava com precisão o que se referia a Jesus. A sua base cristã,
porém, não era famosa, só conhecia o batismo de João. Áquila e Priscila,
cristãos atentos e a sentir responsabilidades pelo crescimento da comunidade,
ao escutá-lo, logo viram nele alguém que muito podia dar ao serviço da
evangelização. Levaram-no consigo e ajudaram-no a crescer no conhecimento de
Cristo. De tal forma o souberam fazer que Apolo passou a rebater “vigorosamente
os judeus em público, demonstrando pelas Escrituras que Jesus é o Messias” (At
18, 24-28). Isto mostra-nos como Áquila e Priscila, para além do seu trabalho
evangelizador, estavam atentos aos possíveis líderes da comunidade. Perceberam
que Apolo seria um bom trunfo para o serviço da evangelização e logo o
desafiaram. Hoje, como sempre, também é preciso estar atento aos líderes. Os
servidores das comunidades fariam um trabalho valiosíssimo em prol do futuro
das mesmas comunidades se se dedicassem, com prioridade, à formação de líderes,
partilhando tarefas, responsabilizando, aceitando êxitos e fracassos, sempre em
proximidade amiga e estimulante. Sei que, no terreno, nem sempre é fácil, mas
esse é um grande e prioritário desafio da pastoral! Quando em família se vive e
ensina a perceber as razões e a beleza da fé, a família torna-se verdadeiramente
evangelizadora, missionária. Os filhos, regra geral, não ficam atrás nesse
processo do compromisso missionário. Mesmo que, porventura, em certos momentos
da vida pareça que se afastaram, eles sabem que Deus os ama, que Jesus se
entregou também por eles, que Jesus está vivo, se faz companheiro de viagem de
cada um e de cada um quis precisar para que fosse dado a conhecer a muitos
outros, com alegria e esperança.
Ai se, pelo menos,
algumas famílias o quisessem!... Como tudo seria diferente!...
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 18-06-2021.
Sem comentários:
Enviar um comentário