PARÓQUIAS
DE NISA
Sábado,
26 de junho de 2021
Sábado
da XII semana do tempo comum
LITURGIA
Sábado da semana XII
Santa Maria no Sábado – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).
L 1 Gen 18, 1-15; Sal Lc 1, 46-48. 49-50. 53-54
Ev Mt 8, 5-17
* Na Arquidiocese de Braga – S. Paio, mártir – MF
* No Santuário de Fátima e na Paróquia de Fátima – S. Josemaria Escrivá,
presbítero, Fundador do Opus Dei – MF
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – B. André Jacinto Longhin, bispo, da I
Ordem – MF; B. Tiago de Ghazir, presbítero, da I Ordem – MF
* Na Congregação da Missão e na Companhia das Filhas da Caridade – B. Maria
Madalena Fontaine e companheiras, virgens e mártires– MO
* Na Prelatura da Santa Cruz e Opus Dei – S. Josemaria Escrivá, presbítero,
Fundador do Opus Dei – SOLENIDADE
* Na Congregação do Santíssimo Redentor – I Vésp. de Nossa Senhora do Perpétuo
Socorro.
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo
27, 8-9
O Senhor é a força do seu povo,
o baluarte salvador do seu Ungido.
Salvai o vosso povo, Senhor, abençoai a vossa herança,
sede o seu pastor e guia através dos tempos.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor, fazei-nos viver a cada instante
no temor e no amor do vosso Santo nome,
porque nunca a vossa providência abandona
aqueles que formais solidamente no vosso amor.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Gen 18, 1-15
«Há porventura alguma coisa impossível ao Senhor?
Neste mesmo tempo, no próximo ano,
Eu virei ter contigo e Sara terá um filho»
Leitura do Livro
do Génesis
Naqueles dias, o Senhor apareceu a Abraão junto do carvalho de Mambré. Abraão
estava sentado à entrada da sua tenda, no maior calor do dia. Ergueu os olhos e
viu três homens de pé diante dele. Logo que os viu, deixou a entrada da tenda e
correu ao seu encontro; prostrou-se por terra e disse: «Meu Senhor, se agradei
aos vossos olhos, não passeis adiante sem parar em casa do vosso servo.
Mandarei vir água, para que possais lavar os pés e descansar debaixo desta
árvore. Vou buscar um bocado de pão, para restaurardes as forças antes de
continuardes o vosso caminho, pois não foi em vão que passastes diante da casa
do vosso servo». Eles responderam: «Faz como disseste». Abraão apressou-se a ir
à tenda onde estava Sara e disse-lhe: «Toma depressa três medidas de flor da
farinha, amassa-a e coze uns pães no borralho». Abraão correu ao rebanho e
escolheu um vitelo tenro e bom e entregou-o a um servo que se apressou a
prepará-lo. Trouxe manteiga e leite e o vitelo já pronto e colocou-o diante
deles; e, enquanto comiam, ficou de pé junto deles debaixo da árvore. Depois
eles disseram-lhe: «Onde está Sara, tua esposa?». Abraão respondeu: «Está ali
na tenda». E um deles disse: «Passarei novamente pela tua casa daqui a um ano e
então Sara tua esposa terá um filho». Sara escutava por detrás dele, à entrada
da tenda. Abraão e Sara eram velhos, de idade muito avançada, e Sara já tinha
passado a idade de ser mãe. Sara riu-se, pensando consigo: «Agora que estou
envelhecida é que terei a alegria de ser mãe, com um marido tão velho?». Mas o
Senhor disse a Abraão: «Porque se riu Sara, pensando consigo: ‘Irei eu
realmente dar à luz, agora que estou velha?’. Mas há porventura alguma coisa
impossível ao Senhor? Neste mesmo tempo, no próximo ano, Eu virei ter contigo e
Sara terá um filho». Sara, entretanto, porque tinha medo, pretendeu negar: «Eu
não me ri». Mas o Senhor respondeu-lhe: «Riste, sim».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Lc 1, 46-48.49-50.53-54 (R. cf. 54b)
Refrão: O Senhor lembrou-Se da sua
misericórdia. Repete-se
A minha alma glorifica o Senhor
e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador,
porque pôs os olhos na humildade da sua serva:
de hoje em diante me chamarão bem-aventurada
todas as gerações. Refrão
O Todo-poderoso fez em mim maravilhas:
Santo é o seu nome.
A sua misericórdia se estende de geração em geração
sobre aqueles que O temem. Refrão
Aos famintos encheu de bens
e aos ricos despediu de mãos vazias.
Acolheu a Israel, seu servo,
lembrado da sua misericórdia. Refrão
ALELUIA Mt 8, 17
Refrão: Aleluia Repete-se
Cristo suportou as nossas enfermidades
e tomou sobre Si as nossas dores. Refrão
EVANGELHO Mt 8, 5-17
«Do Oriente e do Ocidente virão muitos para o reino dos Céus»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, ao entrar Jesus em Cafarnaum, aproximou-se d’Ele um centurião,
que Lhe suplicou, dizendo: «Senhor, o meu servo jaz em casa paralítico e sofre
horrivelmente».
Disse-lhe Jesus: «Eu irei curá-lo». Mas o centurião respondeu-Lhe: «Senhor, eu
não sou digno de que entres em minha casa; mas diz uma só palavra e o meu servo
ficará curado. Porque eu, que não passo dum subalterno, tenho soldados sob as
minhas ordens: digo a um ‘Vai!’ e ele vai; a outro ‘Vem!’ e ele vem; e ao meu
servo ‘Faz isto!’ e ele faz». Ao ouvi-lo, Jesus ficou admirado e disse àqueles
que O seguiam: «Em verdade vos digo: Não encontrei ninguém em Israel com tão
grande fé. Por isso vos digo: Do Oriente e do Ocidente virão muitos sentar-se à
mesa, com Abraão, Isaac e Jacob, no reino dos Céus, ao passo que os filhos do
reino serão lançados nas trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de
dentes». Depois Jesus disse ao centurião: «Vai para casa. Seja feito conforme
acreditaste». E naquela hora, o servo ficou curado. Quando Jesus entrou na casa
de Pedro, viu que a sogra dele estava de cama com febre. Tocou-lhe na mão e a
febre deixou-a; ela então levantou-se e começou a servi-los. Ao cair da tarde,
trouxeram-Lhe muitos possessos. Jesus expulsou os espíritos com uma palavra e
curou todos os doentes. Assim se cumpria o que o profeta Isaías anunciara,
dizendo: «Tomou sobre si as nossas enfermidades e suportou as nossas doenças».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Por este sacrifício de reconciliação e de louvor,
purificai, Senhor, os nossos corações,
para que se tornem uma oblação agradável a vossos olhos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 144, 15
Os olhos de todos esperam em Vós, Senhor,
e a seu tempo lhes dais o alimento.
Ou Jo 10, 11.15
Eu sou o Bom Pastor
e dou a vida pelas minhas ovelhas, diz o Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos renovastes
pela comunhão do Corpo e do Sangue de Cristo,
fazei que a participação nestes mistérios
nos alcance a plenitude da redenção.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o
que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga,
atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua
vida” 2020.11.28
3. Oração: - Louva o Senhor,
suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS: Gen 18, 1-15: Continuando
a história da salvação, que durante a semana temos lido neste primeiro livro da
Sagrada Escritura, lemos hoje a promessa feita por Deus a Abraão de que lhe
nasceria um filho, apesar de as circunstâncias não parecerem tornar isso
possível. Mas não há obstáculos para o amor de Deus nem impossibilidades para o
seu poder. E será por esse filho que se transmitirão as promessas de Deus até
que sejam realizadas plenamente em Cristo. Nossa Senhora, que, em seu coração,
foi quem melhor entendeu o coração de Deus, há-de recordar a fidelidade de Deus
a Abraão no seu cântico “Magnificat”.
Mt 8, 5-17: As
promessas de Deus a Abraão não eram apenas para ele, mas para toda a sua
descendência; e a descendência de Abraão são todos os que, pela fé, se virão a
tornar membros do povo de Deus. Assim o declarou Jesus, quando, no centurião,
encontrou alguém que, não sendo descendente de Abraão segundo a carne, pois que
era pagão, se tornou tal pela fé, enquanto que os que eram da descendência
carnal de Abraão seriam lançados fora por não aceitarem na fé a palavra que Jesus
lhes anunciava.
AGENDA DO DIA:
15.00 horas: Missa na
Falagueira
16.00 horas: Missa mo
Monte Claro
16.00 horas: Missa no
Pardo
18.00 horas: Missa em
Nisa
18.00 horas: Missa em
Alpalhão.
A VOZ DO
PASTOR:
UMA FAMÍLIA DE SE LHE TIRAR O CHAPÉU!...
Todos apreciamos as
pessoas que se dedicam de alma e coração a causas nobres, sobretudo em voluntariado
alegre e feliz. Uns, sempre disponíveis, conseguem fazê-lo em acumulação com as
suas ocupações diárias. Outros, com pena sua, só o poderão fazer após a
aposentação. A sua profissão, o tempo, as distâncias, o vai e vem da vida nunca
lho permitem. Mesmo assim, sempre que podem, lá estão eles a dar uma mãozinha.
De facto, ninguém se deveria ocupar a fazer versos à lua, quais poetas de água
doce. Tampouco a burilar a maledicência para zurzir em quem participa e
colabora. As formas de cooperar são muitas e variadas, é verdade. A fé não nos
tira do mundo, compromete-nos ainda mais com ele, há deveres sociais e outros a
cumprir. Mas hoje, de entre todos eles, refiro-me apenas àquele que brota da
própria fé. No conjunto do trabalho eclesial e do apostolado dos leigos, o
testemunho de participação, se é de louvar em cada batizado, não o é menos
quando é dado por um casal, por uma família que se torna sujeito de ação pastoral através do anúncio do
Evangelho e de outras formas de testemunho, quer no compromisso social quer
como cireneu de terceiros nas dificuldades da vida.
A nova
evangelização precisa de famílias cuja
alegria do Evangelho lhes encha o coração e a vida. Só assim poderão levar Cristo a outras famílias e ser verdadeiros
suportes do crescimento das comunidades. De pouco adiantarão belos discursos e
inteligentes esquemas pastorais se as famílias não deitarem as mãos ao arado.
Tantas famílias com saúde, disponibilidade, talento e saber, que, se não
vivessem fechadas em si próprias, poderiam revolucionar as suas comunidades tão
carentes de quem as faça viver com alegria e esperança, fazendo delas uma
família de famílias. Há paredes a derrubar para que as famílias se deem as
mãos, reflitam juntas, rezem juntas, cresçam na fé juntas, debatam temas juntas,
programem juntas e juntas metam mãos à obra, deixando-se conduzir pelo
Espírito, pela Palavra e pela Alegria de servir, em comunhão. Tenho para mim
que, se, numa comunidade, um casal mais sensível à evangelização se decidisse a
constituir um grupo de seis/sete casais abertos a fazer caminhada, como isso
seria uma bola de neve a, no futuro, fazer ramificar novas equipas, novas
dinâmicas de ação e entusiasmo contagiante. Ai se as famílias quisessem!...
Como tudo seria diferente!...
O Livro dos Atos
dos Apóstolos apresenta-nos um casal que se tornou fermento evangelizador na
sociedade do seu tempo e cujos frutos ainda perduram. Ao recordá-lo, tenho dois
objetivos. Em primeiro lugar, aplaudir as famílias que se organizam a si
próprias, dando as mãos, e se dedicam à causa do Evangelho e ao serviço das
comunidades, de forma discreta e eficaz, gerando empatia e admiração do povo.
Em segundo lugar, alertar muitas outras famílias para o tanto bem que poderiam
fazer, em fidelidade ao seu batismo e ao sacramento do matrimónio. Sim, a
família não é só um campo de autoevangelização e de graça salvadora. Não é só
destinatária ou recetora da evangelização. É uma escola donde irradia o anúncio
do Evangelho, qual igreja em saída a tornar-se fonte de alegria para tantas famílias
ao levar-lhes a certeza de que Deus as ama, as toma pela mão, as conduz a
bom porto e conta com elas para se fazer encontrado junto de quem o procura de
coração sincero.
São Lucas
apresenta-nos esse casal ao dizer que “Paulo deixou Atenas e foi para Corinto.
Encontrou ali um judeu chamado Áquila, natural do Ponto, que acabara de chegar
da Itália com a esposa Priscila, pois o imperador Cláudio tinha decretado que
todos os judeus saíssem de Roma. Paulo entrou em contacto com eles. E como eram
da mesma profissão – fabricantes de tendas -, Paulo passou a morar com eles e
trabalhavam juntos (At 18, 1-3).
Depois de algum
tempo em Corinto, Paulo, juntamente com Áquila e Priscila, partiram para a
província da Síria, tendo chegado a Éfeso. Com o seu zelo e entusiasmo
apostólico, Paulo falava desassombradamente aos judeus na sinagoga local.
Priscila e Áquila também o ouviam pregar e iam-se instruindo cada vez mais nos
caminhos do Senhor. A alegria do Evangelho acabou por lhes encher o coração e a
vida toda, ficando sempre muito amigos de Paulo, ao ponto de, em certa ocasião,
terem arriscado a sua própria vida para salvar a de Paulo (cf. Rom 16,4).
Também na 1ª Carta aos Coríntios e na 2ª a Timóteo Paulo manda saudações para
Áquila e Priscila (1Cor 16,19; 2Tim 4, 19).
Mas retomando a
conversa, depois de algum tempo em Éfeso, Paulo, sempre imparável – ai de mim
se não evangelizar! -, prosseguiu a sua viagem missionária. Áquila e Priscila,
porém, ficaram em Éfeso como alicerce daquela crescente comunidade cristã. Era
em sua casa que se reunia a Igreja em crescimento. A sua hospitalidade, o seu
bem fazer e dedicação aos outros fez deles pessoas muito estimadas pela
comunidade envolvente. Entretanto, chegou aqui, a Éfeso, um judeu chamado
Apolo, natural da Alexandria. Era um homem muito culto, orador de largos
recursos humanos e muito instruído nas Escrituras. Falava com convicção na
sinagoga e ensinava com precisão o que se referia a Jesus. A sua base cristã,
porém, não era famosa, só conhecia o batismo de João. Áquila e Priscila,
cristãos atentos e a sentir responsabilidades pelo crescimento da comunidade,
ao escutá-lo, logo viram nele alguém que muito podia dar ao serviço da
evangelização. Levaram-no consigo e ajudaram-no a crescer no conhecimento de
Cristo. De tal forma o souberam fazer que Apolo passou a rebater “vigorosamente
os judeus em público, demonstrando pelas Escrituras que Jesus é o Messias” (At
18, 24-28). Isto mostra-nos como Áquila e Priscila, para além do seu trabalho
evangelizador, estavam atentos aos possíveis líderes da comunidade. Perceberam
que Apolo seria um bom trunfo para o serviço da evangelização e logo o
desafiaram. Hoje, como sempre, também é preciso estar atento aos líderes. Os
servidores das comunidades fariam um trabalho valiosíssimo em prol do futuro
das mesmas comunidades se se dedicassem, com prioridade, à formação de líderes,
partilhando tarefas, responsabilizando, aceitando êxitos e fracassos, sempre em
proximidade amiga e estimulante. Sei que, no terreno, nem sempre é fácil, mas
esse é um grande e prioritário desafio da pastoral! Quando em família se vive e
ensina a perceber as razões e a beleza da fé, a família torna-se
verdadeiramente evangelizadora, missionária. Os filhos, regra geral, não ficam
atrás nesse processo do compromisso missionário. Mesmo que, porventura, em
certos momentos da vida pareça que se afastaram, eles sabem que Deus os ama,
que Jesus se entregou também por eles, que Jesus está vivo, se faz companheiro
de viagem de cada um e de cada um quis precisar para que fosse dado a conhecer
a muitos outros, com alegria e esperança.
Ai se, pelo menos,
algumas famílias o quisessem!... Como tudo seria diferente!...
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 18-06-2021.
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