sábado, 19 de junho de 2021

 

 

PARÓQUIAS DE NISA 

 

Domingo, 20 de junho de 2021

 

XII domingo do tempo comum

 

 

LITURGIA

 

DOMINGO XII DO TEMPO COMUM

Verde – Ofício do domingo (Semana IV do Saltério). Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.

L 1 Job 38, 1. 8-11; Sal 106 (107), 23-24. 25-26. 28-29. 30-31
L2 2 Cor 5, 14-17
Ev Mc 4, 35-41

* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.
* No Instituto Missionário da Consolata – Nossa Senhora da Consolata, Titular e Padroeira do Instituto – SOLENIDADE
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.

Em Portugal – Lembrar aos fiéis que, no próximo domingo, o ofertório é para a Santa Sé ou Cadeira de S. Pedro.

 

MISSA

 

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 27, 8-9
O Senhor é a força do seu povo,
o baluarte salvador do seu Ungido.
Salvai o vosso povo, Senhor, abençoai a vossa herança,
sede o seu pastor e guia através dos tempos.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor, fazei-nos viver a cada instante
no temor e no amor do vosso Santo nome,
porque nunca a vossa providência abandona
aqueles que formais solidamente no vosso amor.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Job 38, 1.8-11
«Aqui se quebrará a altivez das tuas vagas»

Leitura do Livro de Job


O Senhor respondeu a Job do meio da tempestade, dizendo: «Quem encerrou o mar entre dois batentes, quando ele irrompeu do seio do abismo, quando Eu o revesti de neblina e o envolvi com uma nuvem sombria, quando lhe fixei limites e lhe tranquei portas e ferrolhos? E disse-lhe: ‘Chegarás até aqui e não irás mais além, aqui se quebrará a altivez das tuas vagas’».


Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 106 (107), 23-24.25-26.28-29.30-31 (R. 1b)
Refrão: Dai graças ao Senhor,
porque é eterna a sua misericórdia.
Repete-se
Ou: Cantai ao Senhor,
porque é eterno o seu amor. Repete-se

Os que se fizeram ao mar em seus navios,
a fim de labutar na imensidão das águas,
esses viram os prodígios do Senhor
e as suas maravilhas no alto mar. Refrão

À sua palavra, soprou um vento de tempestade,
que fez encapelar as ondas:
subiam até aos céus, desciam até ao abismo,
lutavam entre a vida e a morte. Refrão

Na sua angústia invocaram o Senhor
e Ele salvou-os da aflição.
Transformou o temporal em brisa suave
e as ondas do mar amainaram. Refrão

Alegraram-se ao vê-las acalmadas,
e Ele conduziu-os ao porto desejado.
Graças ao Senhor pela sua misericórdia,
pelos seus prodígios em favor dos homens. Refrão


LEITURA II 2 Cor 5, 14-17
«Tudo foi renovado»


O mistério pascal de Cristo, a sua morte que O levou à glória da ressurreição, constitui o início de uma criação nova. É a fé neste mistério que exerce pressão sobre os cristãos e os há-de impelir a viverem dele e a proclamá-lo ao mundo inteiro, como já impeliu S. Paulo depois da sua conversão. A vida cristã é uma vida pascal, cada dia renovada.

Leitura da Segunda Epístola do apóstolo S. Paulo aos Coríntios


Irmãos: O amor de Cristo nos impele, ao pensarmos que um só morreu por todos e que todos, portanto, morreram. Cristo morreu por todos, para que os vivos deixem de viver para si próprios, mas vivam para Aquele que morreu e ressuscitou por eles. Assim, daqui em diante, já não conhecemos ninguém segundo a carne. Ainda que tenhamos conhecido a Cristo segundo a carne, agora já não O conhecemos assim. Se alguém está em Cristo, é uma nova criatura. As coisas antigas passaram: tudo foi renovado.


Palavra do Senhor.


ALELUIA Lc 7, 16
Refrão: Aleluia. Repete-se
Apareceu entre nós um grande profeta:
Deus visitou o seu povo. Refrão


EVANGELHO Mc 4, 35-41
«Quem é este homem, que até o vento e o mar Lhe obedecem?»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos


Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse aos seus discípulos: «Passemos à outra margem do lago». Eles deixaram a multidão e levaram Jesus consigo na barca em que estava sentado. Iam com Ele outras embarcações. Levantou-se então uma grande tormenta e as ondas eram tão altas que enchiam a barca de água. Jesus, à popa, dormia com a cabeça numa almofada. Eles acordaram-n’O e disseram: «Mestre, não Te importas que pereçamos?». Jesus levantou-Se, falou ao vento imperiosamente e disse ao mar: «Cala-te e está quieto». O vento cessou e fez-se grande bonança. Depois disse aos discípulos: «Porque estais tão assustados? Ainda não tendes fé?». Eles ficaram cheios de temor e diziam uns para os outros: «Quem é este homem, que até o vento e o mar Lhe obedecem?».


Palavra da salvação.



ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Por este sacrifício de reconciliação e de louvor,
purificai, Senhor, os nossos corações,
para que se tornem uma oblação agradável a vossos olhos.
Por Nosso Senhor.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 144, 15
Os olhos de todos esperam em Vós, Senhor,
e a seu tempo lhes dais o alimento.

Ou Jo 10, 11.15
Eu sou o Bom Pastor
e dou a vida pelas minhas ovelhas, diz o Senhor.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos renovastes
pela comunhão do Corpo e do Sangue de Cristo,
fazei que a participação nestes mistérios
nos alcance a plenitude da redenção.
Por Nosso Senhor.

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 2020.11.28

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

 

LEITURAS: Job 38, 1.8-11: As forças da natureza deslumbram, por vezes, o homem, e frequentemente o dominam e até o aterrorizam. Mas, se ele as contemplar com serenidade e humildade, pode reconhecer nelas o poder de Deus e a sua grandeza. Deus a isso nos convida, como um dia o fez a Job, convidando-o a reconhecer o Criador ao olhar para as suas criaturas, o mar em particular, que hoje no Evangelho vai deixar também maravilhados os discípulos de Jesus.

2 Cor 5, 14-17: O mistério pascal de Cristo, a sua morte que O levou à glória da ressurreição, constitui o início de uma criação nova. É a fé neste mistério que exerce pressão sobre os cristãos e os há de impelir a viverem dele e a proclamá-lo ao mundo inteiro, como já impeliu S. Paulo depois da sua conversão. A vida cristã é uma vida pascal, cada dia renovada.

Mc 4, 35-41: Se a contemplação da obra da criação nos pode levar a reconhecer a presença de Deus junto dos homens, quanto mais a contemplação das obras realizadas por Jesus Cristo, o próprio Filho de Deus feito homem? E mais ainda do que acalmar a tempestade no lago da Galileia, o Senhor sempre presente na barca da Igreja, continua a trazer a paz e a bonança ao seu povo batido pelas vagas na travessia do mar desta vida a caminho do porto seguro da glória celeste.

 

AGENDA DO DIA:

 

08.450 horas: Funeral em Nisa

09.30 horas: Missa em Amieira

10.00 horas: Missa em Arez

10.45 horas: Missa em Tolosa

 

 

11.00 horas: Missa em Nisa

12.00 horas: Missa em Gáfete

15.30 horas: Missa no Arneiro

15.30 horas: Missa Montalvão

18.00 horas: Missa em Alpalhão.

 

 

 

A VOZ DO PASTOR:

 

 

UMA FAMÍLIA DE SE LHE TIRAR O CHAPÉU!...

 

Todos apreciamos as pessoas que se dedicam de alma e coração a causas nobres, sobretudo em voluntariado alegre e feliz. Uns, sempre disponíveis, conseguem fazê-lo em acumulação com as suas ocupações diárias. Outros, com pena sua, só o poderão fazer após a aposentação. A sua profissão, o tempo, as distâncias, o vai e vem da vida nunca lho permitem. Mesmo assim, sempre que podem, lá estão eles a dar uma mãozinha. De facto, ninguém se deveria ocupar a fazer versos à lua, quais poetas de água doce. Tampouco a burilar a maledicência para zurzir em quem participa e colabora. As formas de cooperar são muitas e variadas, é verdade. A fé não nos tira do mundo, compromete-nos ainda mais com ele, há deveres sociais e outros a cumprir. Mas hoje, de entre todos eles, refiro-me apenas àquele que brota da própria fé. No conjunto do trabalho eclesial e do apostolado dos leigos, o testemunho de participação, se é de louvar em cada batizado, não o é menos quando é dado por um casal, por uma família que se torna sujeito de ação pastoral através do anúncio do Evangelho e de outras formas de testemunho, quer no compromisso social quer como cireneu de terceiros nas dificuldades da vida.

A nova evangelização precisa de famílias cuja alegria do Evangelho lhes encha o coração e a vida. Só assim poderão levar Cristo a outras famílias e ser verdadeiros suportes do crescimento das comunidades. De pouco adiantarão belos discursos e inteligentes esquemas pastorais se as famílias não deitarem as mãos ao arado. Tantas famílias com saúde, disponibilidade, talento e saber, que, se não vivessem fechadas em si próprias, poderiam revolucionar as suas comunidades tão carentes de quem as faça viver com alegria e esperança, fazendo delas uma família de famílias. Há paredes a derrubar para que as famílias se deem as mãos, reflitam juntas, rezem juntas, cresçam na fé juntas, debatam temas juntas, programem juntas e juntas metam mãos à obra, deixando-se conduzir pelo Espírito, pela Palavra e pela Alegria de servir, em comunhão. Tenho para mim que, se, numa comunidade, um casal mais sensível à evangelização se decidisse a constituir um grupo de seis/sete casais abertos a fazer caminhada, como isso seria uma bola de neve a, no futuro, fazer ramificar novas equipas, novas dinâmicas de ação e entusiasmo contagiante. Ai se as famílias quisessem!... Como tudo seria diferente!...

O Livro dos Atos dos Apóstolos apresenta-nos um casal que se tornou fermento evangelizador na sociedade do seu tempo e cujos frutos ainda perduram. Ao recordá-lo, tenho dois objetivos. Em primeiro lugar, aplaudir as famílias que se organizam a si próprias, dando as mãos, e se dedicam à causa do Evangelho e ao serviço das comunidades, de forma discreta e eficaz, gerando empatia e admiração do povo. Em segundo lugar, alertar muitas outras famílias para o tanto bem que poderiam fazer, em fidelidade ao seu batismo e ao sacramento do matrimónio. Sim, a família não é só um campo de autoevangelização e de graça salvadora. Não é só destinatária ou recetora da evangelização. É uma escola donde irradia o anúncio do Evangelho, qual igreja em saída a tornar-se fonte de alegria para tantas famílias ao levar-lhes a certeza de que Deus as ama, as toma pela mão, as conduz a bom porto e conta com elas para se fazer encontrado junto de quem o procura de coração sincero.

São Lucas apresenta-nos esse casal ao dizer que “Paulo deixou Atenas e foi para Corinto. Encontrou ali um judeu chamado Áquila, natural do Ponto, que acabara de chegar da Itália com a esposa Priscila, pois o imperador Cláudio tinha decretado que todos os judeus saíssem de Roma. Paulo entrou em contacto com eles. E como eram da mesma profissão – fabricantes de tendas -, Paulo passou a morar com eles e trabalhavam juntos (At 18, 1-3).

Depois de algum tempo em Corinto, Paulo, juntamente com Áquila e Priscila, partiram para a província da Síria, tendo chegado a Éfeso. Com o seu zelo e entusiasmo apostólico, Paulo falava desassombradamente aos judeus na sinagoga local. Priscila e Áquila também o ouviam pregar e iam-se instruindo cada vez mais nos caminhos do Senhor. A alegria do Evangelho acabou por lhes encher o coração e a vida toda, ficando sempre muito amigos de Paulo, ao ponto de, em certa ocasião, terem arriscado a sua própria vida para salvar a de Paulo (cf. Rom 16,4). Também na 1ª Carta aos Coríntios e na 2ª a Timóteo Paulo manda saudações para Áquila e Priscila (1Cor 16,19; 2Tim 4, 19).

Mas retomando a conversa, depois de algum tempo em Éfeso, Paulo, sempre imparável – ai de mim se não evangelizar! -, prosseguiu a sua viagem missionária. Áquila e Priscila, porém, ficaram em Éfeso como alicerce daquela crescente comunidade cristã. Era em sua casa que se reunia a Igreja em crescimento. A sua hospitalidade, o seu bem fazer e dedicação aos outros fez deles pessoas muito estimadas pela comunidade envolvente. Entretanto, chegou aqui, a Éfeso, um judeu chamado Apolo, natural da Alexandria. Era um homem muito culto, orador de largos recursos humanos e muito instruído nas Escrituras. Falava com convicção na sinagoga e ensinava com precisão o que se referia a Jesus. A sua base cristã, porém, não era famosa, só conhecia o batismo de João. Áquila e Priscila, cristãos atentos e a sentir responsabilidades pelo crescimento da comunidade, ao escutá-lo, logo viram nele alguém que muito podia dar ao serviço da evangelização. Levaram-no consigo e ajudaram-no a crescer no conhecimento de Cristo. De tal forma o souberam fazer que Apolo passou a rebater “vigorosamente os judeus em público, demonstrando pelas Escrituras que Jesus é o Messias” (At 18, 24-28). Isto mostra-nos como Áquila e Priscila, para além do seu trabalho evangelizador, estavam atentos aos possíveis líderes da comunidade. Perceberam que Apolo seria um bom trunfo para o serviço da evangelização e logo o desafiaram. Hoje, como sempre, também é preciso estar atento aos líderes. Os servidores das comunidades fariam um trabalho valiosíssimo em prol do futuro das mesmas comunidades se se dedicassem, com prioridade, à formação de líderes, partilhando tarefas, responsabilizando, aceitando êxitos e fracassos, sempre em proximidade amiga e estimulante. Sei que, no terreno, nem sempre é fácil, mas esse é um grande e prioritário desafio da pastoral! Quando em família se vive e ensina a perceber as razões e a beleza da fé, a família torna-se verdadeiramente evangelizadora, missionária. Os filhos, regra geral, não ficam atrás nesse processo do compromisso missionário. Mesmo que, porventura, em certos momentos da vida pareça que se afastaram, eles sabem que Deus os ama, que Jesus se entregou também por eles, que Jesus está vivo, se faz companheiro de viagem de cada um e de cada um quis precisar para que fosse dado a conhecer a muitos outros, com alegria e esperança.

Ai se, pelo menos, algumas famílias o quisessem!... Como tudo seria diferente!...

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 18-06-2021.

 

 

Sem comentários:

Enviar um comentário