PARÓQUIAS
DE NISA
Domingo, 20
de junho de 2021
XII domingo
do tempo comum
LITURGIA
DOMINGO XII DO TEMPO COMUM
Verde –
Ofício do domingo (Semana IV do Saltério). Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.
L 1 Job 38, 1. 8-11; Sal 106 (107), 23-24. 25-26. 28-29. 30-31
L2 2 Cor 5, 14-17
Ev Mc 4, 35-41
* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.
* No Instituto Missionário da Consolata – Nossa Senhora da Consolata, Titular e
Padroeira do Instituto – SOLENIDADE
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.
Em Portugal – Lembrar aos fiéis que, no próximo domingo, o ofertório é para a
Santa Sé ou Cadeira de S. Pedro.
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo
27, 8-9
O Senhor é a força do seu povo,
o baluarte salvador do seu Ungido.
Salvai o vosso povo, Senhor, abençoai a vossa herança,
sede o seu pastor e guia através dos tempos.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor, fazei-nos viver a cada instante
no temor e no amor do vosso Santo nome,
porque nunca a vossa providência abandona
aqueles que formais solidamente no vosso amor.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Job 38, 1.8-11
«Aqui se quebrará a altivez das tuas vagas»
Leitura do Livro de Job
O Senhor respondeu a Job do meio da tempestade, dizendo: «Quem encerrou o mar
entre dois batentes, quando ele irrompeu do seio do abismo, quando Eu o revesti
de neblina e o envolvi com uma nuvem sombria, quando lhe fixei limites e lhe
tranquei portas e ferrolhos? E disse-lhe: ‘Chegarás até aqui e não irás mais
além, aqui se quebrará a altivez das tuas vagas’».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 106
(107), 23-24.25-26.28-29.30-31 (R. 1b)
Refrão: Dai graças ao Senhor,
porque é eterna a sua misericórdia. Repete-se
Ou: Cantai ao Senhor,
porque é eterno o seu amor. Repete-se
Os que se fizeram ao mar em seus navios,
a fim de labutar na imensidão das águas,
esses viram os prodígios do Senhor
e as suas maravilhas no alto mar. Refrão
À sua palavra, soprou um vento de tempestade,
que fez encapelar as ondas:
subiam até aos céus, desciam até ao abismo,
lutavam entre a vida e a morte. Refrão
Na sua angústia invocaram o Senhor
e Ele salvou-os da aflição.
Transformou o temporal em brisa suave
e as ondas do mar amainaram. Refrão
Alegraram-se ao vê-las acalmadas,
e Ele conduziu-os ao porto desejado.
Graças ao Senhor pela sua misericórdia,
pelos seus prodígios em favor dos homens. Refrão
LEITURA II 2 Cor 5, 14-17
«Tudo foi renovado»
O mistério pascal de Cristo, a sua morte que O levou à glória da ressurreição,
constitui o início de uma criação nova. É a fé neste mistério que exerce
pressão sobre os cristãos e os há-de impelir a viverem dele e a proclamá-lo ao
mundo inteiro, como já impeliu S. Paulo depois da sua conversão. A vida cristã
é uma vida pascal, cada dia renovada.
Leitura da
Segunda Epístola do apóstolo S. Paulo aos Coríntios
Irmãos: O amor de Cristo nos impele, ao pensarmos que um só morreu por todos e
que todos, portanto, morreram. Cristo morreu por todos, para que os vivos
deixem de viver para si próprios, mas vivam para Aquele que morreu e
ressuscitou por eles. Assim, daqui em diante, já não conhecemos ninguém segundo
a carne. Ainda que tenhamos conhecido a Cristo segundo a carne, agora já não O
conhecemos assim. Se alguém está em Cristo, é uma nova criatura. As coisas
antigas passaram: tudo foi renovado.
Palavra do Senhor.
ALELUIA Lc 7, 16
Refrão: Aleluia. Repete-se
Apareceu entre nós um grande profeta:
Deus visitou o seu povo. Refrão
EVANGELHO Mc 4, 35-41
«Quem é este homem, que até o vento e o mar Lhe obedecem?»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse aos seus discípulos: «Passemos à
outra margem do lago». Eles deixaram a multidão e levaram Jesus consigo na
barca em que estava sentado. Iam com Ele outras embarcações. Levantou-se então
uma grande tormenta e as ondas eram tão altas que enchiam a barca de água. Jesus,
à popa, dormia com a cabeça numa almofada. Eles acordaram-n’O e disseram:
«Mestre, não Te importas que pereçamos?». Jesus levantou-Se, falou ao vento
imperiosamente e disse ao mar: «Cala-te e está quieto». O vento cessou e fez-se
grande bonança. Depois disse aos discípulos: «Porque estais tão assustados?
Ainda não tendes fé?». Eles ficaram cheios de temor e diziam uns para os
outros: «Quem é este homem, que até o vento e o mar Lhe obedecem?».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Por este sacrifício de reconciliação e de louvor,
purificai, Senhor, os nossos corações,
para que se tornem uma oblação agradável a vossos olhos.
Por Nosso Senhor.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 144, 15
Os olhos de todos esperam em Vós, Senhor,
e a seu tempo lhes dais o alimento.
Ou Jo 10, 11.15
Eu sou o Bom Pastor
e dou a vida pelas minhas ovelhas, diz o Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos renovastes
pela comunhão do Corpo e do Sangue de Cristo,
fazei que a participação nestes mistérios
nos alcance a plenitude da redenção.
Por Nosso Senhor.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o
que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga,
atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua
vida” 2020.11.28
3. Oração: - Louva o Senhor,
suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS: Job 38, 1.8-11: As forças da natureza deslumbram, por
vezes, o homem, e frequentemente o dominam e até o aterrorizam. Mas, se ele as
contemplar com serenidade e humildade, pode reconhecer nelas o poder de Deus e
a sua grandeza. Deus a isso nos convida, como um dia o fez a Job, convidando-o
a reconhecer o Criador ao olhar para as suas criaturas, o mar em particular,
que hoje no Evangelho vai deixar também maravilhados os discípulos de Jesus.
2 Cor 5, 14-17: O
mistério pascal de Cristo, a sua morte que O levou à glória da ressurreição,
constitui o início de uma criação nova. É a fé neste mistério que exerce
pressão sobre os cristãos e os há de impelir a viverem dele e a proclamá-lo ao
mundo inteiro, como já impeliu S. Paulo depois da sua conversão. A vida cristã
é uma vida pascal, cada dia renovada.
Mc 4, 35-41: Se
a contemplação da obra da criação nos pode levar a reconhecer a presença de
Deus junto dos homens, quanto mais a contemplação das obras realizadas por
Jesus Cristo, o próprio Filho de Deus feito homem? E mais ainda do que acalmar
a tempestade no lago da Galileia, o Senhor sempre presente na barca da Igreja,
continua a trazer a paz e a bonança ao seu povo batido pelas vagas na travessia
do mar desta vida a caminho do porto seguro da glória celeste.
AGENDA DO DIA:
08.450 horas: Funeral
em Nisa
09.30 horas: Missa em
Amieira
10.00 horas: Missa em
Arez
10.45 horas: Missa em
Tolosa
11.00 horas: Missa em
Nisa
12.00 horas: Missa em
Gáfete
15.30 horas: Missa no
Arneiro
15.30 horas: Missa
Montalvão
18.00 horas: Missa em
Alpalhão.
A VOZ DO
PASTOR:
UMA FAMÍLIA DE SE LHE TIRAR O CHAPÉU!...
Todos apreciamos as
pessoas que se dedicam de alma e coração a causas nobres, sobretudo em
voluntariado alegre e feliz. Uns, sempre disponíveis, conseguem fazê-lo em
acumulação com as suas ocupações diárias. Outros, com pena sua, só o poderão
fazer após a aposentação. A sua profissão, o tempo, as distâncias, o vai e vem
da vida nunca lho permitem. Mesmo assim, sempre que podem, lá estão eles a dar
uma mãozinha. De facto, ninguém se deveria ocupar a fazer versos à lua, quais
poetas de água doce. Tampouco a burilar a maledicência para zurzir em quem
participa e colabora. As formas de cooperar são muitas e variadas, é verdade. A
fé não nos tira do mundo, compromete-nos ainda mais com ele, há deveres sociais
e outros a cumprir. Mas hoje, de entre todos eles, refiro-me apenas àquele que
brota da própria fé. No conjunto do trabalho eclesial e do apostolado dos
leigos, o testemunho de participação, se é de louvar em cada batizado, não o é
menos quando é dado por um casal, por uma família que se torna sujeito de ação pastoral através do anúncio do
Evangelho e de outras formas de testemunho, quer no compromisso social quer
como cireneu de terceiros nas dificuldades da vida.
A nova
evangelização precisa de famílias cuja
alegria do Evangelho lhes encha o coração e a vida. Só assim poderão levar Cristo a outras famílias e ser verdadeiros
suportes do crescimento das comunidades. De pouco adiantarão belos discursos e
inteligentes esquemas pastorais se as famílias não deitarem as mãos ao arado.
Tantas famílias com saúde, disponibilidade, talento e saber, que, se não
vivessem fechadas em si próprias, poderiam revolucionar as suas comunidades tão
carentes de quem as faça viver com alegria e esperança, fazendo delas uma
família de famílias. Há paredes a derrubar para que as famílias se deem as mãos,
reflitam juntas, rezem juntas, cresçam na fé juntas, debatam temas juntas,
programem juntas e juntas metam mãos à obra, deixando-se conduzir pelo
Espírito, pela Palavra e pela Alegria de servir, em comunhão. Tenho para mim
que, se, numa comunidade, um casal mais sensível à evangelização se decidisse a
constituir um grupo de seis/sete casais abertos a fazer caminhada, como isso
seria uma bola de neve a, no futuro, fazer ramificar novas equipas, novas
dinâmicas de ação e entusiasmo contagiante. Ai se as famílias quisessem!...
Como tudo seria diferente!...
O Livro dos Atos
dos Apóstolos apresenta-nos um casal que se tornou fermento evangelizador na
sociedade do seu tempo e cujos frutos ainda perduram. Ao recordá-lo, tenho dois
objetivos. Em primeiro lugar, aplaudir as famílias que se organizam a si
próprias, dando as mãos, e se dedicam à causa do Evangelho e ao serviço das
comunidades, de forma discreta e eficaz, gerando empatia e admiração do povo.
Em segundo lugar, alertar muitas outras famílias para o tanto bem que poderiam
fazer, em fidelidade ao seu batismo e ao sacramento do matrimónio. Sim, a
família não é só um campo de autoevangelização e de graça salvadora. Não é só
destinatária ou recetora da evangelização. É uma escola donde irradia o anúncio
do Evangelho, qual igreja em saída a tornar-se fonte de alegria para tantas
famílias ao levar-lhes a certeza de que Deus as ama, as toma
pela mão, as conduz a bom porto e conta com elas para se fazer encontrado junto
de quem o procura de coração sincero.
São Lucas
apresenta-nos esse casal ao dizer que “Paulo deixou Atenas e foi para Corinto.
Encontrou ali um judeu chamado Áquila, natural do Ponto, que acabara de chegar
da Itália com a esposa Priscila, pois o imperador Cláudio tinha decretado que
todos os judeus saíssem de Roma. Paulo entrou em contacto com eles. E como eram
da mesma profissão – fabricantes de tendas -, Paulo passou a morar com eles e
trabalhavam juntos (At 18, 1-3).
Depois de algum
tempo em Corinto, Paulo, juntamente com Áquila e Priscila, partiram para a
província da Síria, tendo chegado a Éfeso. Com o seu zelo e entusiasmo
apostólico, Paulo falava desassombradamente aos judeus na sinagoga local.
Priscila e Áquila também o ouviam pregar e iam-se instruindo cada vez mais nos
caminhos do Senhor. A alegria do Evangelho acabou por lhes encher o coração e a
vida toda, ficando sempre muito amigos de Paulo, ao ponto de, em certa ocasião,
terem arriscado a sua própria vida para salvar a de Paulo (cf. Rom 16,4).
Também na 1ª Carta aos Coríntios e na 2ª a Timóteo Paulo manda saudações para
Áquila e Priscila (1Cor 16,19; 2Tim 4, 19).
Mas retomando a
conversa, depois de algum tempo em Éfeso, Paulo, sempre imparável – ai de mim
se não evangelizar! -, prosseguiu a sua viagem missionária. Áquila e Priscila,
porém, ficaram em Éfeso como alicerce daquela crescente comunidade cristã. Era
em sua casa que se reunia a Igreja em crescimento. A sua hospitalidade, o seu
bem fazer e dedicação aos outros fez deles pessoas muito estimadas pela
comunidade envolvente. Entretanto, chegou aqui, a Éfeso, um judeu chamado
Apolo, natural da Alexandria. Era um homem muito culto, orador de largos
recursos humanos e muito instruído nas Escrituras. Falava com convicção na
sinagoga e ensinava com precisão o que se referia a Jesus. A sua base cristã,
porém, não era famosa, só conhecia o batismo de João. Áquila e Priscila,
cristãos atentos e a sentir responsabilidades pelo crescimento da comunidade,
ao escutá-lo, logo viram nele alguém que muito podia dar ao serviço da
evangelização. Levaram-no consigo e ajudaram-no a crescer no conhecimento de
Cristo. De tal forma o souberam fazer que Apolo passou a rebater “vigorosamente
os judeus em público, demonstrando pelas Escrituras que Jesus é o Messias” (At
18, 24-28). Isto mostra-nos como Áquila e Priscila, para além do seu trabalho
evangelizador, estavam atentos aos possíveis líderes da comunidade. Perceberam
que Apolo seria um bom trunfo para o serviço da evangelização e logo o
desafiaram. Hoje, como sempre, também é preciso estar atento aos líderes. Os
servidores das comunidades fariam um trabalho valiosíssimo em prol do futuro
das mesmas comunidades se se dedicassem, com prioridade, à formação de líderes,
partilhando tarefas, responsabilizando, aceitando êxitos e fracassos, sempre em
proximidade amiga e estimulante. Sei que, no terreno, nem sempre é fácil, mas
esse é um grande e prioritário desafio da pastoral! Quando em família se vive e
ensina a perceber as razões e a beleza da fé, a família torna-se
verdadeiramente evangelizadora, missionária. Os filhos, regra geral, não ficam
atrás nesse processo do compromisso missionário. Mesmo que, porventura, em
certos momentos da vida pareça que se afastaram, eles sabem que Deus os ama,
que Jesus se entregou também por eles, que Jesus está vivo, se faz companheiro
de viagem de cada um e de cada um quis precisar para que fosse dado a conhecer
a muitos outros, com alegria e esperança.
Ai se, pelo menos,
algumas famílias o quisessem!... Como tudo seria diferente!...
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 18-06-2021.
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