PARÓQUIAS
DE NISA
Quarta-feira,
30 de junho de 2021
Quarta
da XIII semana do tempo comum
LITURGIA
Quarta-feira
da semana XIII
Primeiros
Santos Mártires da Igreja de Roma – MF
Verde ou verm. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).
L 1 Gen 21, 5. 8-20; Sal 33 (34), 7-8. 10-11. 12-13
Ev Mt 8, 28-34
* Aniversário da Ordenação episcopal de D. António de Sousa Braga, Bispo
Emérito de Angra (1996).
* Na Diocese de Vila Real – Aniversário da entrada solene e tomada de posse de
D. António Augusto de Oliveira Azevedo.
* Na Ordem Franciscana (III Ordem) – B. Raimundo Lullo, mártir, da III Ordem –
MF
* Na Congregação do Santíssimo Redentor – B. Januário Sarnelli, presbítero – MO
* Nas Congregações e Institutos da Família Paulista – S. Paulo, Apóstolo,
Patrono da Família Paulista, Titular da Sociedade São Paulo e das Filhas de São
Paulo – SOLENIDADE
* Na Congregação das Irmãs Missionárias do Precioso Sangue e na Congregação dos
Missionários do Preciosíssimo Sangue – I Vésp. do Preciosíssimo Sangue de Nosso
Senhor Jesus Cristo.
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Salmo 46, 2
Louvai o Senhor, povos de toda a terra,
aclamai a Deus com brados de alegria.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que pela vossa graça nos tornastes filhos da luz,
não permitais que sejamos envolvidos pelas trevas do erro,
mas permaneçamos sempre no esplendor da verdade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Gen 21, 5.8-20
«O filho da escrava não seja herdeiro com meu filho Isaac»
O confronto do filho da escrava com o filho da esposa de Abraão faz-nos
compreender, como o dá a entender S. Paulo, o amor com que Deus olha para nós,
de quem fez filhos seus, por pura misericórdia, não por mérito nosso. Assim,
Ele Se revelara já no nascimento de Isaac, e ainda, embora de outra maneira,
nas promessas feitas a Ismael.
Leitura do Livro
do Génesis
Abraão tinha cem anos quando lhe
nasceu seu filho Isaac. O menino cresceu e foi desmamado. No dia em que Isaac
foi desmamado, Abraão deu uma grande festa. Sara notou que o filho dado a
Abraão pela egípcia Agar brincava com o seu filho Isaac e disse a Abraão:
«Expulsa esta escrava e o seu filho, para que o filho da escrava não seja
herdeiro com meu filho Isaac». Isto desagradou muito a Abraão, por causa de
Ismael. Mas Deus disse: «Não te aflijas por causa do menino e da tua escrava.
Concede a Sara tudo o que ela te pedir, porque de Isaac sairá a descendência
que perpetuará o teu nome. Mas do filho da escrava também farei um grande povo,
porque é teu descendente». Abraão levantou-se muito cedo, tomou pão e um odre
de água e deu-os a Agar. Em seguida pôs-lhe o menino aos ombros e mandou-a
embora. Ela saiu e andou errante no deserto de Bersabé. Quando a água do odre
se acabou, Agar deitou o menino debaixo dum arbusto e foi sentar-se em frente
dele, à distância de um tiro de arco. Dizia consigo: «Não quero ver morrer o
menino». Sentou-se a uma certa distância e o menino começou a chorar. Deus
ouviu os gritos do menino e o Anjo de Deus chamou Agar do alto dos Céus,
dizendo: «Que tens, Agar? Não temas. Deus ouviu os gritos do menino, no lugar
onde Ele está. Ergue-te, levanta o menino e segura-o em teus braços, porque Eu
farei dele um grande povo». Deus abriu-lhe os olhos e ela viu um poço de água.
Foi encher de água o odre e deu de beber ao menino. Deus estava com o menino e
ele cresceu, habitou no deserto e tornou-se um atirador de arco.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 33 (34), 7-8.10-11.12-13 (R. 7a)
Refrão: O Senhor ouviu o clamor do pobre.
Repete-se
O pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias.
O Anjo do Senhor protege os que O temem
e defende-os dos perigos. Refrão
Temei o Senhor, vós os seus fiéis,
porque nada falta aos que O temem.
Os poderosos empobrecem e passam fome,
aos que procuram o Senhor não faltará riqueza alguma. Refrão
Vinde, filhos, escutai-me:
vou ensinar-vos o temor do Senhor.
Qual é o homem que ama a vida,
que deseja longos dias de felicidade? Refrão
ALELUIA Tg 1, 18
Refrão: Aleluia Repete-se
Deus Pai nos gerou pela palavra da verdade,
para sermos as primícias das suas criaturas. Refrão
EVANGELHO Mt 8, 28-34
«Vieste aqui atormentar os demónios antes do tempo»
O importante desta passagem é o triunfo de Jesus sobre os demónios. Realizando
este exorcismo, ali, em terra pagã, e antes do tempo, antes da hora do juízo
final, Jesus antecipa a vitória do seu Mistério Pascal do fim dos tempos, que
há de pôr termo a toda a acção demoníaca sobre os homens remidos com o seu
sangue.
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, quando Jesus chegou à
região dos gadarenos, na outra margem do lago, vieram ao seu encontro, saindo
dos túmulos, dois endemoninhados. Eram tão furiosos que ninguém se atrevia a
passar por aquele caminho. E disseram aos gritos: «Que tens que ver connosco,
Filho de Deus? Vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?». Ora, perto
dali, andava a pastar uma grande vara de porcos. Os demónios suplicavam a
Jesus, dizendo: «Se nos expulsas, manda-nos para a vara de porcos». Jesus
respondeu-lhes: «Então ide». Eles saíram e foram para os porcos. Então os
porcos precipitaram-se pelo despenhadeiro abaixo e afogaram-se no lago. Os
guardadores fugiram e foram à cidade contar tudo o que acontecera, incluindo o
caso dos endemoninhados. Toda a cidade saiu ao encontro de Jesus. Quando O
viram, pediram-Lhe que Se retirasse do seu território.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus,
que assegurais a eficácia dos vossos sacramentos,
fazei que este serviço divino
seja digno dos mistérios que celebramos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 102, 1
A minha alma louva o Senhor,
todo o meu ser bendiz o seu nome santo.
Ou cf. Jo 17, 20-21
Pai santo, Eu rogo por aqueles que hão-de acreditar em Mim,
para que sejam em Nós confirmados na unidade
e o mundo acredite que Tu Me enviaste.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Concedei-nos, Senhor,
que o Corpo e o Sangue do vosso Filho,
oferecidos em sacrifício e recebidos em comunhão,
nos dêem a verdadeira vida,
para que, unidos convosco em amor eterno,
dêmos frutos que permaneçam para sempre.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o
que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga,
atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua
vida” 2020.11.28
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica,
escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS:
AGENDA DO
DIA:
18.00 horas: Missa em
Nisa
18.00 horas: Missa
em Tolosa
A VOZ DO
PASTOR:
OS RECURSOS HUMANOS E A NOVA EVANGELIZAÇÃO
Na passada semana,
abordei quanto bem poderia acontecer nas nossas paróquias se as famílias
cristãs se organizassem. Isto é, se não se fechassem em si mesmas e dessem as
mãos para levar mais vida a outras famílias e às comunidades que tanto precisam
de dinâmicas que as façam viver com alegria e esperança. Se todos reconhecemos
a importância das famílias neste processo, hoje quero referir-me - com muita
estima, aliás!-, a tanta gente que, se também desse uma mãozinha a essa causa,
tudo seria bem diferente. Embora haja quem o poderia e possa fazer, - e muitos
o fazem! -, hoje venho desafiar ou apelar a todos aqueles e aquelas que
acrescentam aos seus estudos, preparação e saber, o testemunho da sua fé e a
capacidade de intervir e gerar empatia, quer pelo seu humanismo e coerência de
vida quer pela alegria com que vivem e ajudam a viver. Refiro-me a professores,
gente do setor terciário e profissionais livres, gente com influência positiva
nas comunidades. Atentos ao meio, serão os primeiros a reconhecer que as
comunidades carecem de recursos humanos habilitados para lhes transmitir
convenientemente a mensagem cristã. Também constatarão que, se há falta de
formação cristã, também há quem gostaria de saber mais e de aceitar novos
desafios. As próprias comunidades reconhecem e apontam a necessidade urgente de
formação. No entanto, se se constata a falta de formação e as iniciativas de
formação acontecem, as pessoas não correspondem, são poucas as que aparecem, e,
se aparecem, são quase sempre as mesmas. Desta falta de formação ou de cultura
da fé, surgem algumas atitudes. Por um lado, temos aqueles que, mesmo muito bem
formados noutras áreas, adaptam a Igreja ao seu modo de pensar e estar na vida,
afastam-se do culto, dizem-se não praticantes mas católicos. A Igreja torna-se,
para eles, qualquer coisa que não faz parte deles, está fora deles. A ela
recorrem como se recorre a uma repartição pública em busca de serviços vários,
como festas, batizados, casamentos e funerais. Por outro lado, temos aqueles
que querem culto, muito culto, é verdade, sobretudo culto e religiosidade
popular. Sendo um valor a preservar e a purificar, se lhe falta a formação,
pode degenerar em sentimentalismo estéril. E se há muita gente que aposta na
formação pessoal, tem consciência de pertença à Igreja, vive integrado e cumpre
em caminhada de conversão constante, outros poderá haver, que, embora muito
cumpridores, se lhes falta a formação também podem meter os pés pelas mãos: de
manhã são capazes de frequentar a igreja e o culto, de tarde, se lhes der na
gana, procuram adivinhos, quiromantes, magos, bruxos, necromantes, como se tudo
fosse igual a tudo. Se se pergunta a razão disto acontecer, facilmente se distribuem
culpas, as causas, porém, são várias e complexas, afirmamo-lo sem querer julgar
ninguém. Mas entre essas causas também está a falta de quem faça essa formação
de maneira inteligente e atrativa, com método e capacidade de bem expor. Se as
pessoas a quem hoje me dirijo, aposentadas ou não, tivessem o gosto desse
voluntariado junto dos adultos das suas comunidades, como esse serviço marcaria
a diferença! Até porque, se essas iniciativas de formação não surgirem dos
leigos, torna-se difícil a sua implementação. E mesmo que, porventura, alguém
reconhecesse que não tem formação aprofundada em conteúdos e pedagogia
apropriada, tem experiência e traquejo verbal, tem capacidade de preparar os
temas, tem a arte de bem os expor e transmitir, tem facilidade de gerar empatia
e de aguçar o apetite dos participantes para mais saber. É certo que, sendo
indispensável, nem sempre basta ter a capacidade de se preparar e ser bom
comunicador. É importante perceber que, quando alguém fala ou ensina em nome de
Cristo, é Cristo que fala ou ensina, e é Cristo que é falado ou ensinado. Não é
momento para transmitir ideias pessoais, para inventar e ocupar o tempo de
qualquer forma, ou para ideologizar os presentes, mas, tal como Cristo o fez, é
tempo de os servir com humildade, amor e verdade: “Assim como o Pai Me enviou,
também Eu vos envio a vós” (Jo 20, 21).
Sabemos como tanta
gente animou e continua a animar a criação de Universidades Seniores, e bem,
são um valor a fazer com que todos permaneçam em processo de formação permanente,
com regularidade e tempos combinados. E por que não formar grupos semelhantes
para a formação cristã de adultos? Inventem-se nomes para tais grupos, clubes
ou academias que atraiam e não afastem. Muitíssima gente ficaria eternamente
grata por essas iniciativas e serviço. Quem, para além da sua azáfama familiar
e profissional, tivesse este gesto de bem fazer às suas comunidades e
promovesse tais iniciativas, até descansaria nisso, sentir-se-ia bem consigo
próprio, entraria naquele processo de igreja em saída a que o Papa Francisco
tanto apela, ajudaria à nova evangelização com o seu saber, a sua paciência e
dedicação. Há tanta coisa que os leigos podem e devem sugerir e fazer sem a
presença de quem preside às comunidades, embora sempre em comunhão com eles.
Que as comunidades cristãs, sem qualquer espécie de preconceito, estejam
atentas a quem, de dentro delas mesmas, as possa fazer crescer em sabedoria e
graça. Que essas pessoas oiçam os apelos, mesmo que silenciosos das
comunidades, reconheçam quanto bem podem fazer aos outros e, por tabela, a si
próprias, colaborando, sentindo-se mais úteis, pondo a render os seus talentos,
conhecimento e saber. Que sintam o acolhimento, o apoio e o estímulo dos
responsáveis e de toda a comunidade, distribuindo tarefas, confiando, ganhando
confiança uns nos outros. Que ninguém esqueça: “em cada pegada de amor nascerá
sempre uma flor de gratidão”. E é sempre um aliciante desafio ajudar a fazer de
cada paróquia um verdadeiro jardim do qual todos se orgulhem, dele cuidem e
usufruam, na certeza de que até um copo de água dado por amor não ficará sem
recompensa (Mt 10, 42). Por isso, “se hoje ouvirdes a voz do Senhor, não
fecheis o vosso coração” (Sl94/95). As comunidades cristãs merecem, precisam da
vossa colaboração, e “quão formosos são os pés daqueles que anunciam o
Evangelho” (Rom 10,15).
Antonino Dias
Portalegre-Castelo
Branco, 25-06-2021.
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