PARÓQUIAS
DE NISA
Sábado,19
de junho de 2021
Sábado
da XI semana do tempo comum
LITURGIA
Sábado da semana XI
Santa Maria no Sábado – MF
S. Romualdo, abade – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).
L 1 2 Cor 12, 1-10; Sal 33 (34), 8-9. 10-11. 12-13
Ev Mt 6, 24-34
* Aniversário da Ordenação episcopal de D. Manuel Madureira Dias, Bispo Emérito
do Algarve (1988).
* Aniversário da Ordenação episcopal de D. Carlos Filipe Ximenes Belo, Bispo
Emérito de Timor Leste (1988).
* Na Ordem Beneditina – S. Romualdo – MO
* Na Ordem de Cister – S. Romualdo, abade – MF
* No Instituto Missionário da Consolata – I Vésp. de Nossa Senhora da
Consolata.
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo
26, 7.9
Ouvi, Senhor, a voz da minha súplica. Vós sois o meu refúgio:
não me abandoneis, meu Deus, meu Salvador.
ORAÇÃO COLECTA
Deus misericordioso, fortaleza dos que esperam em Vós,
atendei propício as nossas súplicas;
e, como sem Vós nada pode a fraqueza humana,
concedei-nos sempre o auxílio da vossa graça,
para que as nossas vontades e acções Vos sejam agradáveis
no cumprimento fiel dos vossos mandamentos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 2 Cor
12, 1-10
«De boa vontade me gloriarei das minhas fraquezas»
Leitura da Seg.
Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios
Irmãos: É preciso gloriar-me? Na verdade, não convém. No entanto, falarei agora
das visões e revelações do Senhor. Conheço um homem em Cristo, que há catorze
anos - com o corpo ou sem o corpo, não sei; Deus o sabe - foi arrebatado até ao
terceiro Céu. E sei que esse homem - com o corpo ou sem o corpo, não sei; Deus
o sabe - foi arrebatado até ao Paraíso e ouviu palavras inefáveis, que um homem
não pode repetir. Desse homem posso gloriar-me. Mas quanto a mim, não me
gloriarei senão das minhas fraquezas. Se quisesse gloriar-me, não seria
insensato, pois só diria a verdade. Mas quero evitá-lo, para que ninguém faça
de mim uma ideia superior ao que vê em mim ou ouve dizer de mim. Para que a grandeza
das revelações não me ensoberbeça, foi-me deixado um espinho na carne, - um
anjo de Satanás que me esbofeteia - para que não me orgulhe. Por três vezes
roguei ao Senhor que o afastasse de mim. Mas Ele disse-me: «Basta-te a minha
graça, porque é na fraqueza que se manifesta todo o meu poder». Por isso, de
boa vontade me gloriarei das minhas fraquezas, para que habite em mim o poder
de Cristo. Alegro-me nas minhas fraquezas, nas afrontas, nas adversidades, nas
perseguições e nas angústias sofridas por amor de Cristo, porque, quando sou
fraco, então é que sou forte.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 33 (34), 8-9.10-11.12-13 (R. 9a)
Refrão: Saboreai e vede como o Senhor é bom. Repete-se
O Anjo do Senhor protege os que O temem
e defende-os dos perigos.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia. Refrão
Temei o Senhor, vós os seus fiéis,
porque nada falta aos que O temem.
Os poderosos empobrecem e passam fome,
aos que procuram o Senhor não faltará riqueza alguma. Refrão
Vinde, filhos, escutai-me,
vou ensinar-vos o temor do Senhor.
Qual é o homem que ama a vida,
que deseja longos dias de felicidade? Refrão
ALELUIA 2 Cor 8, 9
Refrão: Aleluia Repete-se
Jesus Cristo, sendo rico, fez-Se pobre,
para nos enriquecer na sua pobreza. Refrão
EVANGELHO Mt 6, 24-34
«Não vos inquieteis com o dia de amanhã»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Ninguém pode servir a dois
senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e
desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro. Por isso vos
digo: «Não vos preocupeis, quanto à vossa vida, com o que haveis de comer, nem,
quanto ao vosso corpo, com o que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o
alimento e o corpo mais do que o vestuário? Olhai para as aves do céu: não
semeiam nem ceifam nem recolhem em celeiros; o vosso Pai celeste as sustenta.
Não valeis vós muito mais do que elas? Quem de entre vós, por mais que se
preocupe, pode acrescentar um só côvado à sua estatura? E porque vos inquietais
com o vestuário? Olhai como crescem os lírios do campo: não trabalham nem fiam;
mas Eu vos digo: nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como um deles. Se
Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada ao forno,
não fará muito mais por vós, homens de pouca fé? Não vos inquieteis, dizendo:
‘Que havemos de comer? Que havemos de beber? Que havemos de vestir?’ Os pagãos
é que se preocupam com todas estas coisas. Bem sabe o vosso Pai celeste que
precisais de tudo isso. Procurai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e
tudo o mais vos será dado por acréscimo. Portanto, não vos inquieteis com o dia
de amanhã, porque o dia de amanhã tratará das suas inquietações. A cada dia
basta o seu cuidado».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus,
que pelo pão e o vinho apresentados ao vosso altar
dais ao homem o alimento que o sustenta
e o sacramento que o renova,
fazei que nunca falte este auxílio ao nosso corpo e à nossa alma.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 26, 4
Uma só coisa peço ao Senhor, por ela anseio:
habitar na casa do Senhor todos os dias da minha vida.
Ou Jo 17, 11
Pai santo, guarda no teu nome os que Me deste,
para que sejam em nós confirmados na unidade, diz o Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Fazei, Senhor, que a sagrada comunhão nos vossos mistérios,
sinal da nossa união convosco,
realize a unidade na vossa Igreja.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o
que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga,
atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua
vida” 2020.11.28
3. Oração: - Louva o Senhor,
suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS:
2 Cor 12, 1-10: Continuamos
a ouvir a longa exposição dos trabalhos que S. Paulo teve de suportar para
anunciar o Evangelho às Igrejas na continuação da que foi ontem iniciada. É uma
página gloriosa da vida da Igreja, na qual se continuam os trabalhos de Jesus
agora sofridos no seu Corpo místico. Mas, no meio de todos esses sofrimentos,
Paulo experimentava revelações extraordinárias, que eram como que o testemunho
celeste de que o seu trabalho era a obra de Cristo continuada nele. As
limitações humanas em nada enfraquecem a força da graça de Deus; pelo
contrário, manifestam-na ainda com mais vigor. S. Paulo sentiu-o bem; por isso,
se gloria nessa sua fragilidade.
Mt 6, 24-34:
É-nos difícil estabelecer a articulação, calma e serena, entre a confiança em
Deus e o trabalho humano. Somos facilmente levados a achar contradições onde
haveríamos de encontrar antes continuidade e interpenetração. Deus está no
trabalho do homem; o
trabalho do homem também é ato de confiança em Deus. Tudo está
no sentido que o coração lhe dá. Não vos inquieteis, pois; não percais a paz
com a sofreguidão; não tenhais dois senhores; vivei em tudo para o único
Senhor, “o Senhor”. Que princípio admirável para ajudar a solucionar tantos
problemas humanos!
AGENDA DO DIA:
15.00 horas: Missa em Salavessa
16.00 horas: Missa em Pé
da Serra
16.00 horas: Missa no
Pardo
17.00 horas: Batismo na
Igreja de Nossa Senhora da Graça
18.00 horas: Missa em
Nisa
18.00 horas: Missa em
Alpalhão.
A VOZ DO
PASTOR:
UMA FAMÍLIA DE SE LHE TIRAR O CHAPÉU!...
Todos apreciamos as
pessoas que se dedicam de alma e coração a causas nobres, sobretudo em
voluntariado alegre e feliz. Uns, sempre disponíveis, conseguem fazê-lo em
acumulação com as suas ocupações diárias. Outros, com pena sua, só o poderão
fazer após a aposentação. A sua profissão, o tempo, as distâncias, o vai e vem
da vida nunca lho permitem. Mesmo assim, sempre que podem, lá estão eles a dar
uma mãozinha. De facto, ninguém se deveria ocupar a fazer versos à lua, quais
poetas de água doce. Tampouco a burilar a maledicência para zurzir em quem participa
e colabora. As formas de cooperar são muitas e variadas, é verdade. A fé não
nos tira do mundo, compromete-nos ainda mais com ele, há deveres sociais e outros
a cumprir. Mas hoje, de entre todos eles, refiro-me apenas àquele que brota da
própria fé. No conjunto do trabalho eclesial e do apostolado dos leigos, o
testemunho de participação, se é de louvar em cada batizado, não o é menos
quando é dado por um casal, por uma família que se torna sujeito de ação pastoral através do anúncio do
Evangelho e de outras formas de testemunho, quer no compromisso social quer como
cireneu de terceiros nas dificuldades da vida.
A nova evangelização
precisa de famílias cuja alegria do
Evangelho lhes encha o coração e a vida. Só assim poderão levar Cristo a outras famílias e ser verdadeiros
suportes do crescimento das comunidades. De pouco adiantarão belos discursos e
inteligentes esquemas pastorais se as famílias não deitarem as mãos ao arado.
Tantas famílias com saúde, disponibilidade, talento e saber, que, se não
vivessem fechadas em si próprias, poderiam revolucionar as suas comunidades tão
carentes de quem as faça viver com alegria e esperança, fazendo delas uma família
de famílias. Há paredes a derrubar para que as famílias se deem as mãos,
reflitam juntas, rezem juntas, cresçam na fé juntas, debatam temas juntas,
programem juntas e juntas metam mãos à obra, deixando-se conduzir pelo
Espírito, pela Palavra e pela Alegria de servir, em comunhão. Tenho para mim
que, se, numa comunidade, um casal mais sensível à evangelização se decidisse a
constituir um grupo de seis/sete casais abertos a fazer caminhada, como isso
seria uma bola de neve a, no futuro, fazer ramificar novas equipas, novas
dinâmicas de ação e entusiasmo contagiante. Ai se as famílias quisessem!...
Como tudo seria diferente!...
O Livro dos Atos
dos Apóstolos apresenta-nos um casal que se tornou fermento evangelizador na
sociedade do seu tempo e cujos frutos ainda perduram. Ao recordá-lo, tenho dois
objetivos. Em primeiro lugar, aplaudir as famílias que se organizam a si
próprias, dando as mãos, e se dedicam à causa do Evangelho e ao serviço das
comunidades, de forma discreta e eficaz, gerando empatia e admiração do povo. Em
segundo lugar, alertar muitas outras famílias para o tanto bem que poderiam
fazer, em fidelidade ao seu batismo e ao sacramento do matrimónio. Sim, a
família não é só um campo de autoevangelização e de graça salvadora. Não é só
destinatária ou recetora da evangelização. É uma escola donde irradia o anúncio
do Evangelho, qual igreja em saída a tornar-se fonte de alegria para tantas
famílias ao levar-lhes a certeza de que Deus as ama, as toma
pela mão, as conduz a bom porto e conta com elas para se fazer encontrado junto
de quem o procura de coração sincero.
São Lucas
apresenta-nos esse casal ao dizer que “Paulo deixou Atenas e foi para Corinto.
Encontrou ali um judeu chamado Áquila, natural do Ponto, que acabara de chegar
da Itália com a esposa Priscila, pois o imperador Cláudio tinha decretado que
todos os judeus saíssem de Roma. Paulo entrou em contacto com eles. E como eram
da mesma profissão – fabricantes de tendas -, Paulo passou a morar com eles e
trabalhavam juntos (At 18, 1-3).
Depois de algum
tempo em Corinto, Paulo, juntamente com Áquila e Priscila, partiram para a
província da Síria, tendo chegado a Éfeso. Com o seu zelo e entusiasmo
apostólico, Paulo falava desassombradamente aos judeus na sinagoga local.
Priscila e Áquila também o ouviam pregar e iam-se instruindo cada vez mais nos
caminhos do Senhor. A alegria do Evangelho acabou por lhes encher o coração e a
vida toda, ficando sempre muito amigos de Paulo, ao ponto de, em certa ocasião,
terem arriscado a sua própria vida para salvar a de Paulo (cf. Rom 16,4).
Também na 1ª Carta aos Coríntios e na 2ª a Timóteo Paulo manda saudações para
Áquila e Priscila (1Cor 16,19; 2Tim 4, 19).
Mas retomando a
conversa, depois de algum tempo em Éfeso, Paulo, sempre imparável – ai de mim
se não evangelizar! -, prosseguiu a sua viagem missionária. Áquila e Priscila,
porém, ficaram em Éfeso como alicerce daquela crescente comunidade cristã. Era
em sua casa que se reunia a Igreja em crescimento. A sua hospitalidade, o seu
bem fazer e dedicação aos outros fez deles pessoas muito estimadas pela
comunidade envolvente. Entretanto, chegou aqui, a Éfeso, um judeu chamado
Apolo, natural da Alexandria. Era um homem muito culto, orador de largos
recursos humanos e muito instruído nas Escrituras. Falava com convicção na
sinagoga e ensinava com precisão o que se referia a Jesus. A sua base cristã,
porém, não era famosa, só conhecia o batismo de João. Áquila e Priscila,
cristãos atentos e a sentir responsabilidades pelo crescimento da comunidade,
ao escutá-lo, logo viram nele alguém que muito podia dar ao serviço da
evangelização. Levaram-no consigo e ajudaram-no a crescer no conhecimento de
Cristo. De tal forma o souberam fazer que Apolo passou a rebater “vigorosamente
os judeus em público, demonstrando pelas Escrituras que Jesus é o Messias” (At
18, 24-28). Isto mostra-nos como Áquila e Priscila, para além do seu trabalho
evangelizador, estavam atentos aos possíveis líderes da comunidade. Perceberam
que Apolo seria um bom trunfo para o serviço da evangelização e logo o
desafiaram. Hoje, como sempre, também é preciso estar atento aos líderes. Os
servidores das comunidades fariam um trabalho valiosíssimo em prol do futuro
das mesmas comunidades se se dedicassem, com prioridade, à formação de líderes,
partilhando tarefas, responsabilizando, aceitando êxitos e fracassos, sempre em
proximidade amiga e estimulante. Sei que, no terreno, nem sempre é fácil, mas
esse é um grande e prioritário desafio da pastoral! Quando em família se vive e
ensina a perceber as razões e a beleza da fé, a família torna-se verdadeiramente
evangelizadora, missionária. Os filhos, regra geral, não ficam atrás nesse processo
do compromisso missionário. Mesmo que, porventura, em certos momentos da vida
pareça que se afastaram, eles sabem que Deus os ama, que Jesus se entregou
também por eles, que Jesus está vivo, se faz companheiro de viagem de cada um e
de cada um quis precisar para que fosse dado a conhecer a muitos outros, com
alegria e esperança.
Ai se, pelo menos,
algumas famílias o quisessem!... Como tudo seria diferente!...
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 18-06-2021.
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