PARÓQUIAS
DE NISA
Terça,
11 de agosto de 2020
Terça da XIX semana do tempo comum
TERÇA-FEIRA
da semana XIX
S. Clara, virgem – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.
L 1 Ez 2, 8 – 3, 4; Sal 118 (119), 14 e 24. 72 e 103. 111 e 131
Ev Mt 18, 1-5. 10. 12-14
* Na Ordem Franciscana – S. Clara de Assis, virgem, da II Ordem – FESTA; na II Ordem – SOLENIDADE
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Clara de Assis, virgem, da II Ordem – FESTA
* Na Ordem da Visitação de Santa Maria – I Vésp. de S. Joana Francisca de Chantal
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.
L 1 Ez 2, 8 – 3, 4; Sal 118 (119), 14 e 24. 72 e 103. 111 e 131
Ev Mt 18, 1-5. 10. 12-14
* Na Ordem Franciscana – S. Clara de Assis, virgem, da II Ordem – FESTA; na II Ordem – SOLENIDADE
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Clara de Assis, virgem, da II Ordem – FESTA
* Na Ordem da Visitação de Santa Maria – I Vésp. de S. Joana Francisca de Chantal
S. CLARA, virgem
Nota
Histórica:
Nasceu em Assis no ano
1193. Imitando o exemplo do seu concidadão Francisco, seguiu o caminho da
pobreza e fundou a Ordem monástica (Clarissas). A sua vida foi de grande
austeridade, mas rica em obras de caridade e de piedade. Morreu em 1253.
MISSA
ORAÇÃO
Senhor, que na vossa infinita misericórdia inspirastes a Santa Clara um profundo amor à pobreza evangélica, concedei, por sua intercessão, que seguindo a Cristo na pobreza espiritual, mereçamos um dia contemplar Vos no reino dos Céus. Por Nosso Senhor.
Senhor, que na vossa infinita misericórdia inspirastes a Santa Clara um profundo amor à pobreza evangélica, concedei, por sua intercessão, que seguindo a Cristo na pobreza espiritual, mereçamos um dia contemplar Vos no reino dos Céus. Por Nosso Senhor.
LEITURA
I
(anos pares) Ez 2, 8 – 3, 4
«Deu-me o rolo a comer
e tornou-se-me na boca tão doce como o mel»
Leitura da Profecia de Ezequiel
«Deu-me o rolo a comer
e tornou-se-me na boca tão doce como o mel»
Leitura da Profecia de Ezequiel
Eis o que diz o Senhor: «Tu, filho do homem, escuta o que te digo; não sejas rebelde, como este povo de rebeldes. Abre a boca e come o que te vou dar». Eu olhei e vi um braço estender-se para mim, tendo na mão um livro em forma de rolo. Desenrolou-o diante de mim e vi que estava escrito pelos dois lados e continha prantos, gemidos e lamentações. Disse-me ainda: «Filho do homem: Come o que aqui tens diante de ti; come este rolo e vai falar à casa de Israel». Abri a boca e ele deu-me o rolo a comer, dizendo: «Filho do homem, alimenta-te e sacia-te com o rolo que eu te dou». Eu comi-o e tornou-se-me na boca tão doce como o mel. Depois disse-me: «Filho do homem, vai ter com a casa de Israel e comunica-lhe as minhas palavras».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 118 (119), 14 e 24.72 e 103.111 e 131 (R. cf. 103)
Refrão: As vossas palavras, Senhor,
são mais doces que o mel. Repete-se
Não há maior riqueza para mim, Senhor,
do que seguir a vossa vontade.
As vossas ordens são as minhas delícias
e os vossos decretos meus conselheiros. Refrão
Para mim vale mais a lei da vossa boca
do que milhões em ouro e prata.
Como são doces ao meu paladar as vossas palavras,
mais que o mel para a minha boca. Refrão
As vossas ordens são a minha herança eterna,
são a alegria do meu coração.
Eu abro a minha boca e aspiro,
porque estou ávido dos vossos andamentos. Refrão
ALELUIA Mt 11, 29ab
Refrão: Aleluia Repete-se
Tomai o meu jugo sobre vós, diz o Senhor,
e aprendei de Mim,
que sou manso e humilde de coração. Refrão
EVANGELHO Mt 18, 1-5.10.12-14
«Vede bem: não desprezeis um só destes pequeninos»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquela hora, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-Lhe: «Quem é o maior no reino dos Céus?». Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles e disse-lhes: «Em verdade vos digo: Se não vos converterdes e não vos tornardes como as crianças, não entrareis no reino dos Céus. Quem for humilde como esta criança, esse será o maior no reino dos Céus. E quem acolher em meu nome uma criança como esta, acolhe-Me a Mim. Vede bem. Não desprezeis um só destes pequeninos. Eu vos digo que os seus Anjos vêem constantemente o rosto de meu Pai que está nos Céus. Jesus disse ainda: «Que vos parece? Se um homem tiver cem ovelhas e uma delas se tresmalhar, não deixará as noventa e nove nos montes para ir procurar a que anda tresmalhada? E se chegar a encontrá-la, em verdade vos digo que se alegra mais por causa dela do que pelas noventa e nove que não se tresmalharam. Assim também, não é da vontade de meu Pai que está nos Céus que se perca um só destes pequeninos».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Ao proclamarmos as maravilhas que realizastes
em Santa Clara, humildemente Vos pedimos, Senhor, que aceiteis a oferta do
nosso ministério, como aceitastes os méritos da sua vida. Por Nosso Senhor Jesus
Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA
DA COMUNHÃO (MT
25,6)
Chegou o Esposo. Ide ao encontro de Cristo Senhor.
Chegou o Esposo. Ide ao encontro de Cristo Senhor.
ORAÇÃO
DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor nosso Deus, que nos
fortaleceis com estes divinos mistérios, fazei que, a exemplo de Santa Clara,
levando sempre em nosso corpo os sofrimentos de Cristo, vivamos somente para
Vós. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade
do Espírito Santo.
« Ao lermos as Escrituras, fica bem
claro que a proposta do Evangelho não consiste só numa relação pessoal com Deus.
A proposta é o Reino de Deus (cf. Lc 4, 43); trata-se de amar a
Deus, que reina no mundo. Na medida em que Ele conseguir reinar entre nós, a
vida social será um espaço de fraternidade, de justiça, de paz, de dignidade
para todos. Por isso, tanto o anúncio como a experiência cristã tendem a
provocar consequências sociais.
Papa Francisco
A Alegria do
Evangelho, 180
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS:
Ez 2, 8 – 3, 4: O
profeta, por meio de uma acção simbólica, recebe a missão de anunciar ao povo a
palavra de Deus. Ele tem de assimilar primeiro essa palavra para depois a poder
anunciar. Essa palavra, se bem assimilada, é cheia de doçura e suavidade, como
disse o Concílio. A protecção que Deus sempre prestou a Moisés continuará agora
a dá-la a Josué; um e outro, anunciam a futura salvação trazida ao povo de Deus
por Jesus, seu Filho.
Mt 18, 1-5.10.12-14: Com
esta leitura começamos hoje a ler, no Evangelho de S. Mateus, o discurso de
Jesus sobre a regra da vida comunitária da Igreja. Antes de mais, é preciso
fazer-se pequeno como uma criança e defender e respeitar os outros na sua
humildade, para se poder viver com verdadeiro espírito de comunidade. Os
pequeninos são modelo para os discípulos, porque são dóceis e não se levantam
contra quem os ensina e conduz.
AGENDA DO DIA
18.00 horas: Missa em Nisa
18.00 horas: Missa em Alpalhão
A VOZ DO PASTOR
UM JOVEM CATEQUISTA DE ANTES
QUEBRAR QUE TORCER
Lá para as bandas da Cochinchina, no sudoeste
asiático, lá onde o vento faz a curva e Judas perdeu as botas, foi ali, no que
é hoje o Vietnam, e mais propriamente no delta do rio Mecong, foi ali que Luís
de Camões, em jeito de Michael Phelps, terá heroicamente bracejado em prol da
vida e dos épicos manuscritos. O navio naufragou, segredos muitos se foram por
água abaixo, Dinamene também... talvez!... Coisas da vida, de vidas geniais e
ousadas, mal-amadas no seu tempo mas sempre admiradas e a picar a curiosidade!
Pois também foi por lá, em Phú Yên, no Vietnam, que nasceu o André, em
1624. É um dos jovens citados pelo Papa Francisco no documento conclusivo do
Sínodo sobre os Jovens. Ainda bebé, André ficou órfão de pai. Sua mãe educou-o
com zelo de mãe. Era o seu filho mais novo e cedo manifestou apreciadas
qualidades humanas. A pedido de sua mãe, foi aluno do Padre Alexandre de
Rhodes, missionário Jesuíta. Este jesuíta francês foi quem se associou à ideia
e trabalho de Francisco de Pina, missionário jesuíta da cidade da Guarda, na
romanização da escrita da língua vietnamita. Até então, essa língua era
apresentada em ideogramas de inspiração chinesa. Terá chegado à Cochinchina por
volta de 1618 e por aí viveu até à morte, na cidade de Da Nang. Mas voltemos ao
jovem André, que, mais tarde, se tornou catequista. Ele fez parte de um pequeno
grupo de convertidos donde saiu o primeiro clero do Vietnam. O futuro, porém,
ir-lhe-ia ser bravo e sofrido. O rei de Annam, enviou um mandarim à província
onde André vivia. Para quê? O Padre Rhodes, dado o bom ambiente que
existia, e sem saber o que é que o mandarim trazia na cartola, foi-lhe fazer
uma visita de cortesia. Os salamaleques foram curtos. O mandarim não demorou a
desembrulhar uma notícia que trazia debaixo do braço. Pelos vistos, o rei
estava com o avental do avesso, estava de mau humor e muito irritado com o grande número de chineses que se convertiam
ao cristianismo. O mandarim vinha, pois, proibir a ação dos missionários.
Ordenou que o Padre Rhodes jamais evangelizasse os chineses, deixasse o
Vietnam, regressasse a Macau. E se os cristãos locais teimassem em perseverar
na fé cristã iriam passar as passinhas do Algarve. O Padre, ouviu o que ouviu,
saboreou e engoliu como pôde, deixou o palácio, foi ter com a comunidade e os
catequistas, seus colaboradores. E logo foi também à prisão visitar um deles,
de 73 anos, que tinha sido preso dias antes. Entretanto, os guardas do
mandarim, armados em fortes e confiantes na captura, foram à sede da Missão
procurar Inácio. Inácio era o que presidia ao grupo dos catequistas. Inácio,
porém, não estava na Missão, estava fora da cidade. Então, como mais vale um
pássaro na mão do que dois a voar, amarraram, espancaram e levaram o jovem
André, de dezoito anos de idade. Este jovem catequista era de fibra e de garra,
de antes quebrar que torcer. Tendo sido levado ao palácio do Governador para
que renunciasse ao cristianismo e negasse a sua fé, resistiu forte e firme. O
mandarim foi aos arames. A firmeza de André fez-lhe subir os azeites e agravar
a azia. Mandou então que lhe ripassem a cruz do pescoço e o levassem para a
prisão, onde já se encontrava o idoso catequista de 73 anos de idade.
A seu tempo, os dois foram levados da
prisão, como criminosos e vexatoriamente,
a uma audiência pública. A coisa foi séria e seletiva. Atendendo ao
apelo dos mercadores portugueses e dada a sua idade, o catequista mais idoso
foi libertado. Mas o jovem André acabou por ser condenado à morte e regressou
ao calabouço. Sem grande esforço, poderemos imaginar o estado de espírito
daquele jovenzinho em tão dura situação. No dia determinado, foi levado ao
local da execução. O Padre Rhodes e vários cristãos portugueses e vietnamitas,
e até alguns pagãos, acompanharam-no no percurso e testemunharam a
tragédia. Diz a história que André ia sereno, exortava os cristãos a
permanecerem firmes na fé, a não se entristecerem com a sua morte e a que
rezassem para que ele permanecesse fiel até o fim. Enquanto era
martirizado a golpes de lança e punhal, ia repetindo o nome de Jesus. E assim,
com apenas 19 anos, aceitou o sacrifício da sua vida pela fé e amor a Cristo.
Foi o primeiro mártir do Vietnam. O seu corpo foi transferido para Macau, donde
partiam os missionários para os países da Cochinchina, Cochim-China, como os
portugueses batizaram esta zona para a distinguir de Cochim da Índia, onde
tiveram a sua sede. Algumas relíquias corporais de André foram mais tarde
enviadas para a sede dos jesuítas, em Roma. O Padre Rhodes também acabou por
ser condenado à morte por um rei vietnamita. A pena, porém, foi-lhe comutada.
Regressou a Roma, passou à Pérsia.
Na Eucaristia da beatificação de André,
São João Paulo II, afirmava: "Todo aquele que der testemunho de mim diante
dos homens, também Eu darei testemunho dele diante o meu Pai que está no
céu" (Mt 10, 32). André de Phú Yên, no Vietnam, fez suas estas
palavras do Senhor com uma intensidade heroica. Desde o dia em que recebeu o
Batismo, quando tinha 16 anos, dedicou-se ao desenvolvimento de uma profunda
vida espiritual (...) viveu como fiel testemunha de Cristo ressuscitado (...)
dedicou todas as forças ao serviço da Igreja (...) até à dádiva do próprio
sangue, para permanecer fiel ao amor d'Aquele a que se tinha consagrado
totalmente".
Os católicos do Vietnam jamais
esqueceram o André. Recordam-no como um jovem ativo ao serviço do evangelho, um
jovem de fé serena e de sólida espiritualidade, de amor a Cristo e à sua
Igreja. E São João Paulo II, na celebração citada, fazia votos para que o seu
zelo e testemunho provocasse em “todos os catequistas a audácia de serem
autênticas testemunhas da fé, através duma vida inteiramente dedicada a Cristo
e aos irmãos!”.
Com enorme gratidão pela sua dedicação à
causa do Evangelho, saudamos todos os e as catequistas, na esperança de que não
desistam de o ser, não só pela palavra, mas também pelo testemunho de vida e de
alegria, gerando empatia e adesão a Cristo no seio das comunidades. Bem
hajam!...
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 07-08-2020.
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