segunda-feira, 24 de agosto de 2020







PARÓQUIAS DE NISA






Terça, 25 de agosto de 2020

















Terça-feira da XXI semana do tempo comum












TERÇA-FEIRA da semana XXI

S. Luís de França – MF
S. José de Calasanz, presbítero – MF

Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).

L 1 2 Tes 2, 1-3a. 14-17; Sal 95 (96), 10. 11-12. 13
Ev Mt 23, 23-26


* Na Arquidiocese de Braga – B. Miguel de Carvalho, presbítero e mártir– MF
* Na Ordem Carmelita e na Ordem dos Carmelitas Descalços – S. Maria de Jesus Crucificado, virgem – MF
* Na Ordem Franciscana (III Ordem) – S. Luís IX, rei, da III Ordem – MO
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Luís, rei, da III Ordem – MO
* Na Companhia de Jesus – B. Miguel de Carvalho, presbítero e mártir – MF
* Na Congregação Salesiana – B. Maria Troncatti, virgem – MF
* Na Congregação do Santíssimo Redentor – B. Domingos Metódio Treka, presbítero e mártir – MO
* Nas Irmãzinhas dos Anciãos Desamparados – I Vésp. de S. Teresa de Jesus Jornet e Ibars.





MISSA


ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 85, 1-3
Inclinai o vosso ouvido e atendei-me, Senhor,
salvai o vosso servo, que em vós confia.
Tende compaixão de mim, Senhor,
que a Vós clamo o dia inteiro.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor Deus,
que unis os corações dos fiéis num único desejo,
fazei que o vosso povo ame o que mandais
e espere o que prometeis,
para que, no meio da instabilidade deste mundo,
fixemos os nossos corações
onde se encontram as verdadeiras alegrias.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos pares) 2 Tes 2, 1-3a.14-17
«Guardai firmemente as tradições que vos ensinámos»


Leitura da Segunda Epístola do apóstolo São Paulo aos Tessalonicenses

Nós vos pedimos, irmãos, a propósito da vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo e do nosso encontro com Ele: Não vos deixeis abalar facilmente, nem alarmar por qualquer manifestação profética, por palavras ou por cartas que se digam vir de nós, pretendendo que o dia do Senhor está iminente. Ninguém vos engane de qualquer modo que seja. Deus chamou-vos, por meio do Evangelho, para possuirdes a glória de Nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, irmãos, permanecei firmes e guardai firmemente as tradições que vos ensinámos, oralmente ou por carta. Nosso Senhor Jesus Cristo e Deus, nosso Pai, que nos amou e nos deu, pela sua graça, a eterna consolação e a feliz esperança, confortem os vossos corações e os tornem firmes em toda a espécie de boas obras e palavras.
 
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 95 (96), l0.11-12.13 (R. 13b)
Refrão: O Senhor vem julgar a terra. Repete-se

Dizei entre as nações:
«O Senhor é Rei».
Sustenta o mundo e ele não vacila,
governa os povos com equidade. Refrão

Alegrem-se os céus, exulte a terra,
ressoe o mar e tudo o que ele contém,
exultem os campos e quanto neles existe,
alegrem-se as árvores das florestas. Refrão

Diante do Senhor que vem,
que vem para julgar a terra.
Julgará o mundo com justiça
e os povos com equidade. Refrão


ALELUIA Hebr 4, 12
Refrão: Aleluia. Repete-se
A palavra de Deus é viva e eficaz,
conhece os pensamentos e intenções do coração.
Refrão


EVANGELHO Mt 23, 23-26
«Deveis praticar estas coisas sem omitir as outras»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus: «Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque pagais o dízimo da hortelã, do funcho e do cominho, mas omitis as coisas mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Devíeis praticar estas coisas, sem omitir as outras. Guias cegos! Coais o mosquito e engolis o camelo. Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque limpais o exterior do copo e do prato, que por dentro estão cheios de rapina e intemperança. Fariseu cego! Limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que também o exterior fique limpo».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor, que pelo único sacrifício da cruz,
formastes para Vós um povo de adopção filial,
concedei à vossa Igreja o dom da unidade e da paz.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 103, 13-15
Encheis a terra, Senhor, com o fruto das vossas obras.
Da terra fazeis brotar o pão
e o vinho que alegra o coração do homem.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Realizai em nós plenamente, Senhor,
a acção redentora da vossa misericórdia
e fazei-nos tão generosos e fortes
que possamos agradar-Vos em toda a nossa vida.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.






«
Evangelizadores com espírito quer dizer evangelizadores que rezam e trabalham. Do ponto de vista da evangelização, não servem as propostas místicas desprovidas de um vigoroso compromisso social e missionário, nem os discursos e ações sociais e pastorais sem uma espiritualidade que transforme o coração».



Papa Francisco
A Alegria do Evangelho, 262








ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra




LEITURAS :  2 Tes 2, 1-3a.14-1: A doutrina da primeira carta que S. Paulo dirigiu à comunidade cristã de Tessalónica era ainda muito simples. Mas nesta segunda carta, o Apóstolo teve já de corrigir pontos que foram mal entendidos por eles ou que outros vieram acrescentar ao que lhes tinha ensinado, concretamente a respeito da última vinda de Jesus. Por isso, S. Paulo insiste em que é preciso não se afastar da doutrina que ele lhes tinha ensinado.



Mt 23, 23-26: Cada coisa tem o seu valor, que é preciso saber ter em conta para que não se venha a cair no desprezo do que é importante, nem se venha a valorizar, por excesso e má compreensão das situações , o que não deve ser tido em conta. A sabedoria verdadeira nos levará a dar a cada coisa o valor que, à luz de Deus, ela merece.






AGENDA DO DIA



11.30 horas: Funeral no Pé a Serra
12.30 horas: Funeral em Gáfete
18.00 horas: Missa em Nisa
18.00 horas: Missa em Alpalhão.






A VOZ DO PASTOR


UM JOVEM DA JOC - O PRIMEIRO SANTO ESCUTEIRO

Marcel Callo é mais um dos jovens citados no documento conclusivo do Sínodo que o Papa Francisco dirigiu aos jovens. Marcel foi alguém que se deu generosamente para deixar o mundo um pouco melhor do que o encontrou. Nasceu em Rennes, França, a 6 de Dezembro de 1921, numa família católica de nove filhos. Foi acólito, ingressou no Escotismo. Este marcou para sempre a sua formação cristã. Por conselho do seu Assistente religioso, entrou na Juventude Operária Católica, na JOC. Aos 12 anos, tornou-se aprendiz numa gráfica, ficou a trabalhar como tipógrafo. Ajudado pelo grupo e fortalecido pela oração, pela dinâmica sacramental e por uma ação apostólica concebida segundo a metodologia daqueles Movimentos, testemunhou a sua fé no mundo do trabalho, permaneceu fiel à promessa de escoteiro, sabia orientar os azimutes do percurso existencial, a bússola dos ideais jamais o deixou perder o norte. Tinha a consciência de que é na Igreja que nos tornamos cristãos, é com a Igreja que poderemos ajudar a construir uma sociedade intelectualmente mais habitável. Amando a vida e gostando de viver, lutava contra as solicitações menos saudáveis, contra tudo quanto o pudesse tornar menos livre, tendo em Jesus o seu primeiro e grande Amigo a cuja amizade procurava corresponder. Por isso, apesar do sofrimento e das contrariedades que teve de suportar, viveu feliz, de bem com a vida, sabia em quem confiava, tudo fazia para que os outros pudessem fazer a experiência dessa amizade com Jesus. Até, na Quaresma, ia de porta em porta, com outros elementos da JOC, a convidar as pessoas para que celebrassem convenientemente a Páscoa de Jesus, a festa por excelência dos cristãos. Certo dia, a mãe perguntou-lhe se ele não teria vocação para o sacerdócio, como seu irmão mais velho. Ele respondeu: "Não me sinto chamado ao sacerdócio. Eu acho que faço mais coisas boas ao permanecer no mundo". Aos vinte anos apaixonou-se por uma jovem, fazendo do seu namoro um verdadeiro itinerário de fé. Rezavam juntos, participavam juntos na Eucaristia, respeitavam-se mutuamente, tencionavam casar-se no mesmo dia em que o seu irmão seria ordenado sacerdote.

Com o armistício de 1940, com a ocupação da França pela Alemanha nazi, Marcel foi inscrito no serviço de trabalho obrigatório. Se havia quem não estivesse de acordo e escolhesse a resistência, Marcel foi para a Alemanha: “Eu vou como missionário, para ajudar os outros a resistir”. Não esqueceu a sua cruz da promessa de escoteiro e o seu emblema da JOC. Associou-se a alguns amigos e ofereceram-se como 'missionários de estação de comboios', onde ajudaram muita gente a escapar para os territórios não ocupados. Não demorou em procurar uma comunidade cristã, onde pudesse participar na Eucaristia - a sua maior alegria!, ele mesmo se fez eucaristia!. Aí, traduzia em francês para os seus compatriotas, participava e organizava grupos de ação diversa em prol da comunidade, desde o futebol ao teatro, da liturgia aos doentes e necessitados.

Numa fábrica de armamento, na Alemanha, onde eram forçados a trabalhar onze horas por dia, com fome, frio e desconforto de toda a espécie, mesmo aí, Marcel encontrou espaço para agir. Sem se deixar abater, meteu mãos à obra, descobriu outros elementos da JOC e dos escoteiros, organizou grupos de ação. Procurou e encontrou, entre os deportados, um padre para celebrar a Eucaristia e confessar quem o desejasse. Sem receio, convida outros a participar nos atos religiosos, levando muitos à conversão, pela palavra e pelo testemunho. Em qualquer lugar que se encontrasse e fossem quais fossem as circunstâncias, Marcel mantinha sempre vivo o entusiasmo, a fé, a esperança e o amor a todos. A todos procura apaixonar por Jesus Cristo à boa maneira dos cristãos da primeira hora, sem nada que o fizesse desanimar. Todos os dias procurava novas formas de testemunhar Jesus e ajudar os outros. Assobiando a divisa dos escoteiros ou da JOC, esse era o sinal para que todos fizessem, cada um para si, uma pequena oração. Esta intensa atividade de Marcel caiu sob suspeita, até a correspondência com a sua noiva lhe era intercetada. Em 19 de Abril de 1944, com os seus amigos de luta, acabou por ser preso pela Gestapo, por ser "muito católico" e ativo. Da prisão, escreveu a seu irmão, recentemente ordenado sacerdote, dizendo-lhe: “Felizmente, há um amigo que não me deixa um momento e que sabe como me apoiar e me consolar. Com ele, os momentos mais dolorosos e perturbadores são superados. Nunca vou agradecer a Cristo o suficiente por me indicar o caminho que eu agora sigo”.

A 7 de outubro, um grupo de pessoas foi enviado para o campo de extermínio de Mauthausen, Marcel, passando pelo campo de Flossenbuerg, também. Esteve no subcampo de Gusen II, onde se construíam partes de aviões de combate em instalações subterrâneas. As péssimas condições destes lugares aliadas à brutalidade, à subnutrição e aos forçados trabalhos, trabalhos dificílimos pelo frio e a humidade, tornavam os prisioneiros presa fácil de gangrenas, diarreias, úlceras, tuberculose... Marcel adoeceu com tuberculose, em Janeiro de 1945. Na enfermaria, amontoavam-se aos cinco por cama. No último dia, Marcel caiu nas latrinas, regressou à enfermaria. Quem o levou nos braços testemunhou a expressão de felicidade do seu olhar moribundo. Tinha a aparência de um santo, um olhar de amigo sereno, um suave sorriso que a todos impressionava. Faleceu a 19 de março de 1945, com vinte e três anos de idade. Assumindo heroicamente a pesada cruz de cada dia, o seu testemunho de vida e a sua dedicação aos outros foram reconhecidas não só pelos cristãos da Alemanha, mas também pelos Bispos da Alemanha e Áustria.

Foi beatificado por São João Paulo II a 4 de Outubro de 1987. Foi o primeiro escoteiro no mundo a ser beatificado. Celebra-se a 19 de Abril. No processo de beatificação de Marcel, um prisioneiro que se converteu depois da guerra, declarou: "Se eu, não-crente, vi milhares de prisioneiros morrerem, e era atingido pelo olhar de Marcel, é porque havia algo extraordinário sobre ele: para mim era uma revelação: o seu olhar expressava uma profunda convicção que levava à felicidade. Era um ato de fé e esperança para uma vida melhor. Eu nunca vi em nenhum moribundo, e já vi milhares deles, um olhar como o dele: pela primeira vez diante de um deportado, vi uma marca que não era apenas o desespero".

Marcel, se nos lembra o horror dos campos de extermínio, faz-nos ter saudades daqueles Movimentos Apostólicos que apostavam fortemente na formação humana e cristã dos seus membros, que os preparavam para o compromisso eclesial e social, vivendo habitados por Cristo. Preparados e estimulados a meterem mãos à obra na transformação da sociedade, a todos ajudavam, a todos incentivavam ao bem, sem medo, com a valentia do Espírito.

Quanto bem podem fazer os Movimentos eclesiais se forem levados a sério!...

A determinação deste jovem leigo, se nasceu no seio duma família cristã, fortaleceu-se naqueles Movimentos que escolheu para se integrar e crescer, onde a formação era, de facto, uma prioridade para depois se atuar nos ambientes sociais e laborais. O seu testemunho interpela-nos, faz-nos pequeninos, envergonha-nos. Como refere o Papa Francisco, “muitos santos jovens têm feito brilhar os traços de idade juvenil em toda a sua beleza e, na sua época, foram verdadeiros profetas da mudança; o seu exemplo mostra de que são capazes os jovens quando se abrem ao encontro com Cristo” (CV49). 

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 14-08-2020.






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