PARÓQUIAS DE NISA
Terça, 25 de agosto de 2020
Terça-feira da XXI semana do tempo comum
TERÇA-FEIRA
da semana XXI
S. Luís de França – MF
S. José de Calasanz, presbítero – MF
S. José de Calasanz, presbítero – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da
memória.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).
L 1 2 Tes 2, 1-3a. 14-17; Sal 95 (96), 10. 11-12. 13
Ev Mt 23, 23-26
* Na Arquidiocese de Braga – B. Miguel de Carvalho, presbítero e mártir– MF
* Na Ordem Carmelita e na Ordem dos Carmelitas Descalços – S. Maria de Jesus Crucificado, virgem – MF
* Na Ordem Franciscana (III Ordem) – S. Luís IX, rei, da III Ordem – MO
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Luís, rei, da III Ordem – MO
* Na Companhia de Jesus – B. Miguel de Carvalho, presbítero e mártir – MF
* Na Congregação Salesiana – B. Maria Troncatti, virgem – MF
* Na Congregação do Santíssimo Redentor – B. Domingos Metódio Treka, presbítero e mártir – MO
* Nas Irmãzinhas dos Anciãos Desamparados – I Vésp. de S. Teresa de Jesus Jornet e Ibars.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).
L 1 2 Tes 2, 1-3a. 14-17; Sal 95 (96), 10. 11-12. 13
Ev Mt 23, 23-26
* Na Arquidiocese de Braga – B. Miguel de Carvalho, presbítero e mártir– MF
* Na Ordem Carmelita e na Ordem dos Carmelitas Descalços – S. Maria de Jesus Crucificado, virgem – MF
* Na Ordem Franciscana (III Ordem) – S. Luís IX, rei, da III Ordem – MO
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Luís, rei, da III Ordem – MO
* Na Companhia de Jesus – B. Miguel de Carvalho, presbítero e mártir – MF
* Na Congregação Salesiana – B. Maria Troncatti, virgem – MF
* Na Congregação do Santíssimo Redentor – B. Domingos Metódio Treka, presbítero e mártir – MO
* Nas Irmãzinhas dos Anciãos Desamparados – I Vésp. de S. Teresa de Jesus Jornet e Ibars.
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo
85, 1-3
Inclinai o vosso ouvido e atendei-me, Senhor,
salvai o vosso servo, que em vós confia.
Tende compaixão de mim, Senhor,
que a Vós clamo o dia inteiro.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor Deus,
que unis os corações dos fiéis num único desejo,
fazei que o vosso povo ame o que mandais
e espere o que prometeis,
para que, no meio da instabilidade deste mundo,
fixemos os nossos corações
onde se encontram as verdadeiras alegrias.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos pares) 2 Tes 2, 1-3a.14-17
«Guardai firmemente as tradições que vos ensinámos»
Leitura da Segunda Epístola do apóstolo São Paulo aos Tessalonicenses
Inclinai o vosso ouvido e atendei-me, Senhor,
salvai o vosso servo, que em vós confia.
Tende compaixão de mim, Senhor,
que a Vós clamo o dia inteiro.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor Deus,
que unis os corações dos fiéis num único desejo,
fazei que o vosso povo ame o que mandais
e espere o que prometeis,
para que, no meio da instabilidade deste mundo,
fixemos os nossos corações
onde se encontram as verdadeiras alegrias.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos pares) 2 Tes 2, 1-3a.14-17
«Guardai firmemente as tradições que vos ensinámos»
Leitura da Segunda Epístola do apóstolo São Paulo aos Tessalonicenses
Nós vos pedimos, irmãos, a propósito da vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo e do nosso encontro com Ele: Não vos deixeis abalar facilmente, nem alarmar por qualquer manifestação profética, por palavras ou por cartas que se digam vir de nós, pretendendo que o dia do Senhor está iminente. Ninguém vos engane de qualquer modo que seja. Deus chamou-vos, por meio do Evangelho, para possuirdes a glória de Nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, irmãos, permanecei firmes e guardai firmemente as tradições que vos ensinámos, oralmente ou por carta. Nosso Senhor Jesus Cristo e Deus, nosso Pai, que nos amou e nos deu, pela sua graça, a eterna consolação e a feliz esperança, confortem os vossos corações e os tornem firmes em toda a espécie de boas obras e palavras.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 95 (96), l0.11-12.13 (R. 13b)
Refrão: O Senhor vem julgar a terra. Repete-se
Dizei entre as nações:
«O Senhor é Rei».
Sustenta o mundo e ele não vacila,
governa os povos com equidade. Refrão
Alegrem-se os céus, exulte a terra,
ressoe o mar e tudo o que ele contém,
exultem os campos e quanto neles existe,
alegrem-se as árvores das florestas. Refrão
Diante do Senhor que vem,
que vem para julgar a terra.
Julgará o mundo com justiça
e os povos com equidade. Refrão
ALELUIA Hebr 4, 12
Refrão: Aleluia. Repete-se
A palavra de Deus é viva e eficaz,
conhece os pensamentos e intenções do coração.
Refrão
EVANGELHO Mt 23, 23-26
«Deveis praticar estas coisas sem omitir as outras»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus: «Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque pagais o dízimo da hortelã, do funcho e do cominho, mas omitis as coisas mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Devíeis praticar estas coisas, sem omitir as outras. Guias cegos! Coais o mosquito e engolis o camelo. Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque limpais o exterior do copo e do prato, que por dentro estão cheios de rapina e intemperança. Fariseu cego! Limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que também o exterior fique limpo».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor, que pelo único sacrifício da cruz,
formastes para Vós um povo de adopção filial,
concedei à vossa Igreja o dom da unidade e da paz.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 103, 13-15
Encheis a terra, Senhor, com o fruto das vossas obras.
Da terra fazeis brotar o pão
e o vinho que alegra o coração do homem.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Realizai em nós plenamente, Senhor,
a acção redentora da vossa misericórdia
e fazei-nos tão generosos e fortes
que possamos agradar-Vos em toda a nossa vida.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
« Evangelizadores com espírito quer dizer evangelizadores que rezam e trabalham. Do ponto de vista da evangelização, não servem as propostas místicas desprovidas de um vigoroso compromisso social e missionário, nem os discursos e ações sociais e pastorais sem uma espiritualidade que transforme o coração».
Papa Francisco
A Alegria do Evangelho, 262
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS : 2 Tes 2, 1-3a.14-1: A
doutrina da primeira carta que S. Paulo dirigiu à comunidade cristã de
Tessalónica era ainda muito simples. Mas nesta segunda carta, o Apóstolo teve
já de corrigir pontos que foram mal entendidos por eles ou que outros vieram
acrescentar ao que lhes tinha ensinado, concretamente a respeito da última
vinda de Jesus. Por isso, S. Paulo insiste em que é preciso não se afastar da
doutrina que ele lhes tinha ensinado.
Mt 23,
23-26: Cada coisa tem o seu valor, que é
preciso saber ter em conta para que não se venha a cair no desprezo do que é
importante, nem se venha a valorizar, por excesso e má compreensão das
situações , o que não deve ser tido em conta. A sabedoria verdadeira nos levará
a dar a cada coisa o valor que, à luz de Deus, ela merece.
AGENDA DO DIA
11.30 horas: Funeral
no Pé a Serra
12.30 horas: Funeral
em Gáfete
18.00 horas: Missa em
Nisa
18.00 horas: Missa em
Alpalhão.
A VOZ DO PASTOR
UM JOVEM DA JOC - O PRIMEIRO SANTO ESCUTEIRO
Marcel Callo é mais um dos jovens citados no
documento conclusivo do Sínodo que o Papa Francisco dirigiu aos jovens. Marcel
foi alguém que se deu generosamente para deixar o mundo um pouco melhor do que
o encontrou. Nasceu em Rennes, França, a 6 de Dezembro de 1921, numa família
católica de nove filhos. Foi acólito, ingressou no Escotismo. Este marcou para
sempre a sua formação cristã. Por conselho do seu Assistente religioso, entrou
na Juventude Operária Católica, na JOC. Aos 12 anos, tornou-se aprendiz numa
gráfica, ficou a trabalhar como tipógrafo. Ajudado pelo grupo e fortalecido
pela oração, pela dinâmica sacramental e por uma ação apostólica concebida
segundo a metodologia daqueles Movimentos, testemunhou a sua fé no mundo do
trabalho, permaneceu fiel à promessa de escoteiro, sabia orientar os azimutes
do percurso existencial, a bússola dos ideais jamais o deixou perder o norte.
Tinha a consciência de que é na Igreja que nos tornamos cristãos, é com a
Igreja que poderemos ajudar a construir uma sociedade intelectualmente mais
habitável. Amando a vida e gostando de viver, lutava contra as solicitações
menos saudáveis, contra tudo quanto o pudesse tornar menos livre, tendo em
Jesus o seu primeiro e grande Amigo a cuja amizade procurava corresponder. Por
isso, apesar do sofrimento e das contrariedades que teve de suportar, viveu
feliz, de bem com a vida, sabia em quem confiava, tudo fazia para que os outros
pudessem fazer a experiência dessa amizade com Jesus. Até, na Quaresma, ia de
porta em porta, com outros elementos da JOC, a convidar as pessoas para que
celebrassem convenientemente a Páscoa de Jesus, a festa por excelência dos
cristãos. Certo dia, a mãe perguntou-lhe se ele não teria vocação para o
sacerdócio, como seu irmão mais velho. Ele respondeu: "Não me sinto chamado
ao sacerdócio. Eu acho que faço mais coisas boas ao permanecer no mundo".
Aos vinte anos apaixonou-se por uma jovem, fazendo do seu namoro um verdadeiro
itinerário de fé. Rezavam juntos, participavam juntos na Eucaristia,
respeitavam-se mutuamente, tencionavam casar-se no mesmo dia em que o seu irmão
seria ordenado sacerdote.
Com o armistício de 1940, com a ocupação da
França pela Alemanha nazi, Marcel foi inscrito no serviço de trabalho
obrigatório. Se havia quem não estivesse de acordo e escolhesse a resistência,
Marcel foi para a Alemanha: “Eu vou como missionário, para ajudar os outros a
resistir”. Não esqueceu a sua cruz da promessa de escoteiro e o seu emblema da
JOC. Associou-se a alguns amigos e ofereceram-se como 'missionários de estação de
comboios', onde ajudaram muita gente a escapar para os territórios não
ocupados. Não demorou em procurar uma comunidade cristã, onde pudesse
participar na Eucaristia - a sua maior alegria!, ele mesmo se fez eucaristia!.
Aí, traduzia em francês para os seus compatriotas, participava e organizava
grupos de ação diversa em prol da comunidade, desde o futebol ao teatro, da
liturgia aos doentes e necessitados.
Numa fábrica de armamento, na Alemanha, onde eram forçados a trabalhar onze horas por dia, com fome, frio e desconforto de toda a espécie, mesmo aí, Marcel encontrou espaço para agir. Sem se deixar abater, meteu mãos à obra, descobriu outros elementos da JOC e dos escoteiros, organizou grupos de ação. Procurou e encontrou, entre os deportados, um padre para celebrar a Eucaristia e confessar quem o desejasse. Sem receio, convida outros a participar nos atos religiosos, levando muitos à conversão, pela palavra e pelo testemunho. Em qualquer lugar que se encontrasse e fossem quais fossem as circunstâncias, Marcel mantinha sempre vivo o entusiasmo, a fé, a esperança e o amor a todos. A todos procura apaixonar por Jesus Cristo à boa maneira dos cristãos da primeira hora, sem nada que o fizesse desanimar. Todos os dias procurava novas formas de testemunhar Jesus e ajudar os outros. Assobiando a divisa dos escoteiros ou da JOC, esse era o sinal para que todos fizessem, cada um para si, uma pequena oração. Esta intensa atividade de Marcel caiu sob suspeita, até a correspondência com a sua noiva lhe era intercetada. Em 19 de Abril de 1944, com os seus amigos de luta, acabou por ser preso pela Gestapo, por ser "muito católico" e ativo. Da prisão, escreveu a seu irmão, recentemente ordenado sacerdote, dizendo-lhe: “Felizmente, há um amigo que não me deixa um momento e que sabe como me apoiar e me consolar. Com ele, os momentos mais dolorosos e perturbadores são superados. Nunca vou agradecer a Cristo o suficiente por me indicar o caminho que eu agora sigo”.
A 7 de outubro, um grupo de pessoas foi
enviado para o campo de extermínio de Mauthausen, Marcel, passando pelo campo
de Flossenbuerg, também. Esteve no subcampo de Gusen II, onde se construíam
partes de aviões de combate em instalações subterrâneas. As péssimas condições
destes lugares aliadas à brutalidade, à subnutrição e aos forçados trabalhos,
trabalhos dificílimos pelo frio e a humidade, tornavam os prisioneiros presa
fácil de gangrenas, diarreias, úlceras, tuberculose... Marcel adoeceu com
tuberculose, em Janeiro de 1945. Na enfermaria, amontoavam-se aos cinco por
cama. No último dia, Marcel caiu nas latrinas, regressou à enfermaria. Quem o
levou nos braços testemunhou a expressão de felicidade do seu olhar moribundo.
Tinha a aparência de um santo, um olhar de amigo sereno, um suave sorriso que a
todos impressionava. Faleceu a 19 de março de 1945, com vinte e três anos de
idade. Assumindo heroicamente a pesada cruz de cada dia, o seu testemunho de
vida e a sua dedicação aos outros foram reconhecidas não só pelos cristãos da
Alemanha, mas também pelos Bispos da Alemanha e Áustria.
Foi beatificado por São João Paulo II a 4 de
Outubro de 1987. Foi o primeiro escoteiro no mundo a ser beatificado.
Celebra-se a 19 de Abril. No processo de beatificação de Marcel, um prisioneiro
que se converteu depois da guerra, declarou: "Se eu, não-crente, vi
milhares de prisioneiros morrerem, e era atingido pelo olhar de Marcel, é
porque havia algo extraordinário sobre ele: para mim era uma revelação: o seu
olhar expressava uma profunda convicção que levava à felicidade. Era um ato de fé
e esperança para uma vida melhor. Eu nunca vi em nenhum moribundo, e já vi
milhares deles, um olhar como o dele: pela primeira vez diante de um deportado,
vi uma marca que não era apenas o desespero".
Marcel, se nos lembra o horror dos campos de
extermínio, faz-nos ter saudades daqueles Movimentos Apostólicos que apostavam
fortemente na formação humana e cristã dos seus membros, que os preparavam para
o compromisso eclesial e social, vivendo habitados por Cristo. Preparados e
estimulados a meterem mãos à obra na transformação da sociedade, a todos
ajudavam, a todos incentivavam ao bem, sem medo, com a valentia do Espírito.
Quanto bem podem fazer os Movimentos eclesiais
se forem levados a sério!...
A determinação deste jovem leigo, se nasceu no
seio duma família cristã, fortaleceu-se naqueles Movimentos que escolheu para
se integrar e crescer, onde a formação era, de facto, uma prioridade para
depois se atuar nos ambientes sociais e laborais. O seu testemunho
interpela-nos, faz-nos pequeninos, envergonha-nos. Como refere o Papa
Francisco, “muitos santos jovens têm feito brilhar os traços de idade juvenil
em toda a sua beleza e, na sua época, foram verdadeiros profetas da mudança; o
seu exemplo mostra de que são capazes os jovens quando se abrem ao encontro com
Cristo” (CV49).
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 14-08-2020.
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