quinta-feira, 6 de agosto de 2020






PARÓQUIAS DE NISA





Sexta, 07 de agosto de 2020







Sexta da XIX semana do tempo comum






SEXTA-FEIRA da semana XVIII
SS. Sisto II, papa, e Companheiros, mártires – MF
S. Caetano, presbítero – MF

Verde, verm. ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).

L 1 Naum 2, 1. 3; 3, 1-3. 6-7; Sal Deut 32, 35cd-36ab. 39abcd. 41
Ev Mt 16, 24-28


* Na Ordem Carmelita e na Ordem dos Carmelitas Descalços – S. Alberto de Trápani, presbítero – FESTA e MO
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – Bb. Agatângelo e Cassiano, presbíteros e mártires, da I Ordem – MF
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – Ofício e Missa votivos da Paixão.
* Na Ordem de São Domingos – I Vésp. de S. Domingos.


MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 69, 2.6
Deus, vinde em meu auxílio,
Senhor, socorrei-me e salvai-me.
Sois o meu libertador e o meu refúgio: não tardeis, Senhor.


ORAÇÃO COLECTA

Mostrai, Senhor, a vossa imensa bondade
aos filhos que Vos imploram
e dignai-Vos renovar e conservar os dons da vossa graça
naqueles que se gloriam
de Vos ter por seu criador e sua providência.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos pares) Naum 2, 1.3; 3, 1-3.6-7
«Ai da cidade sanguinária!»


Leitura da Profecia de Naum

Vede sobre os montes os passos do mensageiro que anuncia a paz. Celebra as tuas festas, Judá, cumpre os teus votos, porque o malfeitor não voltará a passar por ti, ele foi totalmente destruído. O Senhor restaurou o esplendor de Jacob e o esplendor de Israel, porque os salteadores a tinham saqueado, devastando os seus sarmentos. Ai da cidade sanguinária, cheia de perfídia, repleta de despojos, onde não cessa a pilhagem! Ouve-se o estalar do chicote, o estrépito das rodas, o galope dos cavalos, o baloiçar dos carros. Arremetem os cavalos, brilham as espadas, cintilam as lanças. Depois, multidão de feridos, mortos sem conta, cadáveres sem fim, nos quais se tropeça! «Vou cobrir-te de imundície, lançar-te na ignomínia e expôr-te à vergonha pública – diz o Senhor –. Quem te vir fugirá de ti, dizendo: ‘Nínive está devastada! Quem terá compaixão dela?’ Onde encontrarei quem te console’».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Deut 32, 35cd-36ab.39abcd.41 (R. 39c)
Refrão: Eu sou o Senhor da morte e da vida. Repete-se

Está próximo o dia da ruína,
iminente o seu destino,
porque o Senhor defenderá o seu povo,
terá piedade dos seus servos. Refrão

Reconhecei agora que Eu sou Deus
e não há outro além de Mim.
Sou o Senhor da morte e da vida:
nada escapa ao meu poder. Refrão

Quando desembainhar a minha espada fulgurante,
quando tomar em minhas mãos a sentença,
tirarei desforra dos meus inimigos,
retribuirei aos meus adversários. Refrão


ALELUIA Mt 5, 10
Refrão: Aleluia Repete-se

Bem-aventurados os que sofrem perseguição
por amor da justiça,
porque deles é o reino dos Céus. Refrão


EVANGELHO Mt 16, 24-28
«Que poderá dar o homem em troca da sua vida?»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se alguém quiser seguir-Me, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me. Pois quem quiser salvar a sua vida há de perdê-la; mas quem perder a sua vida por minha causa, há de encontrá-la. Na verdade, que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua vida? Que poderá dar o homem em troca da sua vida? O Filho do homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus Anjos, e então dará a cada um segundo as suas obras. Em verdade vos digo: Alguns dos que estão aqui presentes não morrerão, antes de verem chegar o Filho do homem na glória do seu reino».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Santificai, Senhor, estes dons
que Vos oferecemos como sacrifício espiritual,
e fazei de nós mesmos
uma oblação eterna para vossa glória.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Sab 16, 20
Saciastes o vosso povo com o pão dos Anjos,
destes-nos, Senhor, o pão do Céu.

Ou Jo 6, 35
Eu sou o pão da vida, diz o Senhor.
Quem vem a Mim nunca mais terá fome,
quem crê em Mim nunca mais terá sede.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos renovais com o pão do Céu,
protegei-nos sempre com o vosso auxílio,
fortalecei-nos todos os dias da nossa vida
e tornai-nos dignos da redenção eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. 




«Quando rezas a Divina Palavra Na presença de Deus, numa leitura tranquila do texto, é bom perguntar-se, por exemplo: «Senhor, a mim que me diz este texto? Com esta mensagem, que quereis mudar na minha vida?: De que gosto? Em que me estimula esta Palavra? Que me atrai?»


 Papa Francisco

Cf. A Alegria do Evangelho,153










ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra




LEITURAS: Naum 2, 1.3; 3, 1-3.6-7: Esta leitura é a justaposição de versículos não seguidos, mas que formam um todo. O profeta é um mensageiro que anuncia boas novas: a cidade opressora, Nínive, tem os seus dias contados, vai cair em ruínas, o povo de Deus voltará aos seus belos dias de paz e de alegria. Mas, libertação total e definitiva, só o Filho de Deus a virá anunciar.

Mt 16, 24-28: Depois de lhes anunciar a sua Paixão, Jesus ensina aos seus que é preciso segui-l’O também no sofrimento e na morte. Mas Ele virá e também os fará depois participantes na sua glória de Ressuscitado. E este é o maior desejo do homem: viver, superar a morte. Para salvar a vida, o homem dará tudo o mais, porque nada ganhará quem vier a perder a vida.




AGENDA DO DIA


18.00 horas: Missa em Nisa
18.00 horas: Missa em Alpalhão.







A VOZ DO PASTOR



AS FESTAS E A PRESTAÇÃO DE CONTAS


Todos temos a obrigação de prestar contas nas instâncias próprias. As festas também envolvem verbas. As comissões de festas têm o dever de apresentar contas. E, regra geral, fazem-no, com a consciência de terem prestado um serviço à comunidade que as mandatou para tal e lhes agradece a dedicação. No entanto, aqui e além, vamos ouvindo histórias do arco da velha. De facto, a corrupção tem muitos rostos, jeitos e artimanhas sob a aparência de honradez. Sempre há quem se sinta no direito de tudo cozinhar em nome da sua honestidade e sabores. A sociedade, aliás, é pródiga em tais exemplos. Basta estar atento à comunicação social para logo se ficar enfartado e enjoado de tais iguarias e seus cozinheiros!... Nem uma boa bagaceira ou medronheira conseguem ajudar a tão difícil digestão!... Mas não vamos comentar estes indigestos vitamínicos. Para filósofos, como o amigo leitor se presa de o ser, meia palava basta. Respeitamos as pessoas, condenamos os erros e se lamentamos quem é acusado injustamente, também lamentamos que gente desta ocidental praia lusitana, sem medo de adamastores e por mares ardilosamente contornados, passem além de inimagináveis trapalhadas! E se o Estado as tem, a Igreja não tem polícia nem cadeia. Aposta mais na formação das consciências e no grave dever da restituição. Mais vale fazer as contas de bem com os homens do que de mal com Deus, diz o povo. E que carrasco mais torturador que a própria consciência de quem navega por esses mares enviesados em busca de tais paraísos? No entanto, também sabemos que a consciência de muita gente nunca amadureceu. Permanece muito, mesmo muito, muitíssimo verde, e, por isso, qualquer herbívoro lhe pode chamar um figo, comendo-a!... E se a consciência deixa de existir, tudo se lhes torna permitido!

Nenhuma comissão ou mordomia pode considerar como pertença sua o dinheiro ou saldo das festas religiosas. Nem o pode distribuir por quem quer que seja ou fazer obras à revelia dos responsáveis pelas comunidades, mesmo que as julgue muito necessárias. As obras até poderão vir a fazer-se, mas tem de haver diálogo com os responsáveis e tem de se diligenciar as respetivas licenças para se poderem levar a cabo com a qualidade exigida e de forma legal. Também não é de bom tom que uma comissão prolongue a festa ou tome outras iniciativas macambúzias para acabar com os saldos. Muito menos que, acabando a festa, abra uma conta paralela, sua, julgando-se dona e sem o dever de prestar contas a quem quer que seja. Porque trabalharam muito, mesmo que sazonalmente, para a festa e para conseguir as verbas que conseguiram, não se podem sentir no direito de reivindicar os saldos. Não estou a dizer que não trabalharam, que não tiveram muitas preocupações, canseiras e até alguns dissabores. Tudo isso faz parte da festa e de quem a organiza. Mas este pensar e agir é, logo à partida, pouco delicado para com toda a gente que sempre trabalhou e trabalha na Igreja, anos a fio, com responsabilidades acrescidas, em trabalho que exige formação permanente, mas sem nunca exigir contrapartidas. Antes pelo contrário, para além do seu tempo, ainda dá muito do que é seu e tantas vezes no meio de incompreensões familiares e comunitárias: catequistas, grupos corais, agentes da pastoral e tantos outros. Às comissões de festas cabe-lhes o direito de administrar, e bem, as verbas angariadas, sem dar um passo maior que a perna, e só enquanto dura a sua missão. A dinâmica das comunidades é feita por um exército de voluntários. Poucos são os assalariados e os que o são, são-no a partir e na medida da generosa partilha dos fiéis.
Como princípio, e até tendo em conta as dificuldades económicas gerais, as comissões devem evitar as despesas excessivas, tantas vezes fruto de competições pouco saudáveis, contumazes em maus hábitos que nada têm a ver com o culto a Deus, à Virgem e aos Santos. Se assim não for, dar-se-á um sentido errado às festas cristãs, ofender-se-á a dignidade das pessoas, e, com certeza, a festa será mais um palco para o desfile da vaidade de alguns do que uma verdadeira festa do povo a estimular, na alegria, o crescimento em direção à santidade.

Que pensar, por exemplo, de uma paróquia que gastasse milhares de euros, todos os anos, na festa religiosa da terra, mas não tivesse uma única sala de catequese para as crianças? Uma sala onde os jovens se pudessem reunir, conviver, refletir e fomentar a cultura do grupo e da amizade de uns com os outros e de todos com Cristo? Uma sala ao serviço da formação permanente dos adultos, dos movimentos ou da diversidade dos serviços pastorais? Se apenas tivesse o templo, e, mesmo esse, em péssimo estado de conservação?...

As paróquias evangelizadas vivem preocupadas com tudo aquilo que é preciso para o seu próprio crescimento. Têm um apurado sentido da comunidade e das suas necessidades e sempre vivem preocupadas em colaborar e tirar o máximo proveito de tudo o que organizam, sempre numa linha de entreajuda e corresponsabilidade. A preocupação das suas comissões de festas, por exemplo, não é a de entrar em despique para saber quem faz a festa maior, quem deitou mais foguetes, quem trouxe mais agrupamentos musicais, etc. É tentar ser a comissão que, sem faltar com nada à festa para que a festa seja festa, tem presente as necessidades da comunidade. Procura o maior saldo possível para acudir a necessidades sociais, para investir na formação da comunidade, ou para a construção de mais alguma estrutura que julgue indispensável. Sempre com o maior respeito pelos esforços e os sacrifícios individuais e coletivos que a formação, a solidariedade social ou a criação e manutenção dos seus espaços sempre reclamam à comunidade cristã.

As verbas para as despesas das festas religiosas são fruto das dádivas voluntárias do povo, de possíveis subsídios de instituições particulares ou públicas, ou de iniciativas que as comissões assumem com a finalidade de angariar os fundos necessários para a festa, festa cristã. Outras verbas que nunca deveriam ser usados na festa profana, são os donativos que as pessoas deixam na igreja, por devoção ou promessa. O dinheiro das promessas é, tantas vezes, expressão de muita dor e sangue de quem as fez em horas aflitivas da vida. Salva a intenção manifestada pelos oferentes, essas importâncias destinam-se à promoção do culto com qualidade e beleza, destinam-se à evangelização, à catequese e à prática da caridade de acordo com os responsáveis eclesiais. Nem estes responsáveis o podem gastar de qualquer maneira. Vejam que, por exemplo, para alienar o ouro ofertado em cumprimento de promessas ou os ex-votos que se possam conservar, nem sequer basta a licença do Bispo diocesano, carece de autorização da Santa Sé. E porque estas coisas nem sempre correm bem, surgem desentendimentos no seio de comunidades cristãs que fazem doer: todos sofrem, ninguém fica bem, a ferida aberta fica difícil de sarar, gera-se escândalo entre os fiéis e é-se motivo de mofa para quem aprecia de longe.

É por isso que as comissões de festas religiosas devem ser constituídas por cristãos que conheçam e aceitem as orientações da Igreja. Ou, pelo menos, sejam constituídas por pessoas que, embora não estejam muito dentro, sejam capazes de dialogar e trabalhar em harmonia com as normas da Igreja e os responsáveis eclesiais. É o que vai acontecendo, por exemplo, com as festas religiosas de âmbito mais alargado, festas concelhias e com fama distrital, nacional e até internacional. Estas, sem deixarem de ser festas religiosas e terem o seu epicentro numa capela ou igreja, de paróquia ou confraria, envolvem as próprias autoridades civis locais e têm grande dimensão cultural, recreativa e social. Mesmo que a sua organização, mais complexa, venha a pedir uma comissão ou subcomissão mais voltada para o exterior e outra para a parte religiosa, não se devem dispensar de dar as mãos e de todos se sentirem no mesmo barco.

Ninguém pode autoproclamar-se comissão à revelia dos responsáveis eclesiais. Em princípio, mesmo que seja tacitamente, são eles que, em nome da comunidade, são eles quem aprova e nomeia as comissões, são eles os primeiros responsáveis. Quem se apresenta a constituir uma comissão de festas religiosas, tem de ter a consciência de quem vai representar, em nome de quem é que vai agir e quais as normas estabelecidas para isso. E que dizer daquele costume em que a comissão em exercício é que nomeia, no próprio dia da festa e pela voz do pregador, a comissão para a festa seguinte? Já vi párocos a torcerem-se todos lá na sua cátedra porque nem sequer lhe deram a lista a conhecer previamente, foi à revelia. Como afirmava Santo Inácio de Antioquia, não se pode apresentar como louvável aquilo que se faz separadamente. Só o respeito pelas instituições e por quem as representa, só o respeito pelas normas que as regem será o garante da paz e da salvaguarda da comunhão e da dinâmica eclesial e social, através da cultura do diálogo e do bom senso. Além disso, nenhuma comissão deve ser nomeada, ou aceitar ser nomeada, sem que a anterior apresente as contas, a respetiva documentação e os saldos, se os houver. Sabemos que as grandes festas religiosas que referi, com fama e de âmbito mais alargado, precisam de um fundo de maneio, pois têm de fazer contratos quase com um ano de antecedência, esperando que a chuva, nos dias da festa, não venha a estragar os planos gizados, tanto na vertente cultural, recreativa ou social. Mas tudo isso se resolve com o diálogo, a boa fé e a confiança mútua que a todos deve animar, pois todos desejam que tudo corra pelo melhor.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 31-07-2020.





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