PARÓQUIAS
DE NISA
Sábado,
15 de agosto de 2020
Sábado da XIX semana do tempo comum
Assunção de Nossa Senhora
SÁBADO
da semana XIX - ASSUNÇÃO DA VIRGEM SANTA MARIA
SOLENIDADE
Branco – Ofício da solenidade. Te Deum.
Missa do dia, própria, Glória, Credo, pf. próprio.
L 1 Ap 11, 19a; 12, 1-6a. 10ab; Sal 44 (45), 10. 11. 12. 16
L 2 1 Cor 15, 20-27
Ev Lc 1, 39-56
* Proibidas todas as Missas de defuntos, mesmo a exequial.
* Nas Dioceses do Algarve, Aveiro, Braga (sob o título de Santa Maria de Braga), Évora, Guarda, Lamego, Leiria-Fátima, Lisboa (sob o título de Santa Maria Maior), Portalegre-Castelo Branco e Viseu – Festa titular das respectivas Igrejas Catedrais ou Concatedrais.
* Na Diocese do Porto – Assunção da Virgem Santa Maria, Padroeira principal da Diocese e titular da Igreja Catedral – SOLENIDADE
* Na Diocese de Viana do Castelo – Assunção da Virgem Santa Maria, Padroeira principal da Diocese e titular da Igreja Catedral sob a designação de Santa Maria Maior – SOLENIDADE; aniversário da entrada solene de D. Anacleto Cordeiro Gonçalves de Oliveira.
* Na Congregação dos Irmãos Maristas – Assunção da Virgem Santa Maria, Titular e Padroeira principal da Congregação – SOLENIDADE
* Nas Dioceses de Cabo Verde – Assunção da Virgem Santa Maria – SOLENIDADE
* II Vésperas da solenidade – Compl. dep. II Vésp. dom.
Branco – Ofício da solenidade. Te Deum.
Missa do dia, própria, Glória, Credo, pf. próprio.
L 1 Ap 11, 19a; 12, 1-6a. 10ab; Sal 44 (45), 10. 11. 12. 16
L 2 1 Cor 15, 20-27
Ev Lc 1, 39-56
* Proibidas todas as Missas de defuntos, mesmo a exequial.
* Nas Dioceses do Algarve, Aveiro, Braga (sob o título de Santa Maria de Braga), Évora, Guarda, Lamego, Leiria-Fátima, Lisboa (sob o título de Santa Maria Maior), Portalegre-Castelo Branco e Viseu – Festa titular das respectivas Igrejas Catedrais ou Concatedrais.
* Na Diocese do Porto – Assunção da Virgem Santa Maria, Padroeira principal da Diocese e titular da Igreja Catedral – SOLENIDADE
* Na Diocese de Viana do Castelo – Assunção da Virgem Santa Maria, Padroeira principal da Diocese e titular da Igreja Catedral sob a designação de Santa Maria Maior – SOLENIDADE; aniversário da entrada solene de D. Anacleto Cordeiro Gonçalves de Oliveira.
* Na Congregação dos Irmãos Maristas – Assunção da Virgem Santa Maria, Titular e Padroeira principal da Congregação – SOLENIDADE
* Nas Dioceses de Cabo Verde – Assunção da Virgem Santa Maria – SOLENIDADE
* II Vésperas da solenidade – Compl. dep. II Vésp. dom.
ASSUNÇÃO DA VIRGEM SANTA MARIA
Nota
Histórica:
Ao
terminar a Sua missão na terra, Maria, a Imaculada Mãe de Deus, «foi elevada em
corpo e alma à glória do céu» (Pio XII), sendo assim a primeira criatura humana
a alcançar a plenitude da salvação.
Esta glorificação de Maria é uma consequência natural da Sua Maternidade divina: Deus «não quis que conhecesse a corrupção do túmulo Aquela que gerou o Senhor da vida».
É também o fruto da íntima e profunda união existente entre Maria e a Sua missão e Cristo e a Sua obra salvadora. Plenamente unida a Cristo, como Sua Mãe e Sua serva humilde, associada, estreitamente a Ele, na humilhação e no sofrimento, não podia deixar de vir a participar do mistério de Cristo ressuscitado e glorificado, numa conformação levada até às últimas consequências. Por isso, Maria é «elevada ao Céu em corpo e alma e exaltada por Deus como Rainha, para assim Se conformar mais plenamente com Seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte» (LG. 59).
Este privilégio, concedido à Virgem Imaculada, preservada e imune de toda a mancha da culpa original, é «Sinal» de esperança e de alegria para todo o Povo de Deus, que peregrina pela terra em luta com o pecado e a morte, no meio dos perigos e dificuldades da vida. Com efeito, a Mãe de Jesus, «glorificada já em corpo e alma, é imagem e início da Igreja que se há-de consumar no século futuro» (LG. 68).
O triunfo de Maria, mãe e filha da Igreja, será o triunfo da Igreja, quando, juntamente com a Humanidade, atingir a glória plena, de que Maria goza já.
A Assunção de Maria ao Céu, em corpo e alma, é a garantia de que o homem se salvará todo: também o nosso corpo ressuscitará! A Assunção de Maria é o penhor seguro de que o homem triunfará da morte!
Esta glorificação de Maria é uma consequência natural da Sua Maternidade divina: Deus «não quis que conhecesse a corrupção do túmulo Aquela que gerou o Senhor da vida».
É também o fruto da íntima e profunda união existente entre Maria e a Sua missão e Cristo e a Sua obra salvadora. Plenamente unida a Cristo, como Sua Mãe e Sua serva humilde, associada, estreitamente a Ele, na humilhação e no sofrimento, não podia deixar de vir a participar do mistério de Cristo ressuscitado e glorificado, numa conformação levada até às últimas consequências. Por isso, Maria é «elevada ao Céu em corpo e alma e exaltada por Deus como Rainha, para assim Se conformar mais plenamente com Seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte» (LG. 59).
Este privilégio, concedido à Virgem Imaculada, preservada e imune de toda a mancha da culpa original, é «Sinal» de esperança e de alegria para todo o Povo de Deus, que peregrina pela terra em luta com o pecado e a morte, no meio dos perigos e dificuldades da vida. Com efeito, a Mãe de Jesus, «glorificada já em corpo e alma, é imagem e início da Igreja que se há-de consumar no século futuro» (LG. 68).
O triunfo de Maria, mãe e filha da Igreja, será o triunfo da Igreja, quando, juntamente com a Humanidade, atingir a glória plena, de que Maria goza já.
A Assunção de Maria ao Céu, em corpo e alma, é a garantia de que o homem se salvará todo: também o nosso corpo ressuscitará! A Assunção de Maria é o penhor seguro de que o homem triunfará da morte!
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Ap 12, 1
Um sinal grandioso apareceu no céu:
uma mulher revestida de sol, com a lua debaixo dos pés
e uma coroa de estrelas na cabeça.
Ou
Exultemos de alegria no Senhor,
ao celebrar este dia de festa em honra da Virgem Maria.
Na sua Assunção alegram-se os Anjos e cantam louvores ao Filho de Deus.
Diz-se o Glória.
ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente,
que elevastes à glória do Céu em corpo e alma
a Imaculada Virgem Maria, Mãe do vosso Filho,
concedei-nos a graça de aspirarmos sempre às coisas do alto,
para merecermos participar da sua glória.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Ap 11, 19a; 12, 1-6a.10ab
«Uma mulher revestida de sol e com a lua debaixo dos pés»
Leitura do Apocalipse de São João
Um sinal grandioso apareceu no céu:
uma mulher revestida de sol, com a lua debaixo dos pés
e uma coroa de estrelas na cabeça.
Ou
Exultemos de alegria no Senhor,
ao celebrar este dia de festa em honra da Virgem Maria.
Na sua Assunção alegram-se os Anjos e cantam louvores ao Filho de Deus.
Diz-se o Glória.
ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente,
que elevastes à glória do Céu em corpo e alma
a Imaculada Virgem Maria, Mãe do vosso Filho,
concedei-nos a graça de aspirarmos sempre às coisas do alto,
para merecermos participar da sua glória.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Ap 11, 19a; 12, 1-6a.10ab
«Uma mulher revestida de sol e com a lua debaixo dos pés»
Leitura do Apocalipse de São João
O templo de Deus abriu-se no Céu
e a arca da aliança foi vista no seu templo.
Apareceu no Céu um sinal grandioso:
uma mulher revestida de sol,
com a lua debaixo dos pés
e uma coroa de doze estrelas na cabeça.
Estava para ser mãe
e gritava com as dores e ânsias da maternidade.
E apareceu no Céu outro sinal:
um enorme dragão cor de fogo,
com sete cabeças e dez chifres
e nas cabeças sete diademas.
A cauda arrastava um terço das estrelas do céu
e lançou-as sobre a terra.
O dragão colocou-se diante da mulher que estava para ser mãe,
para lhe devorar o filho, logo que nascesse.
Ela teve um filho varão,
que há-de reger todas as nações com ceptro de ferro.
O filho foi levado para junto de Deus e do seu trono
e a mulher fugiu para o deserto,
onde Deus lhe tinha preparado um lugar.
E ouvi uma voz poderosa que clamava no Céu:
«Agora chegou a salvação, o poder e a realeza do nosso Deus
e o domínio do seu Ungido».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 44 (45), 10.11.12.16 (R. cf. 10b)
Refrão: À vossa direita, Senhor, a Rainha do Céu,
ornada do ouro mais fino.
Ou: À vossa direita, Senhor, está a Rainha do Céu.
Ao vosso encontro vêm filhas de reis,
à vossa direita está a rainha, ornada com ouro de Ofir.
Ouve, minha filha, vê e presta atenção,
esquece o teu povo e a casa de teu pai.
Da tua beleza se enamora o Rei;
Ele é o teu Senhor, presta-Lhe homenagem.
Cheias de entusiasmo e alegria,
entram no palácio do Rei.
LEITURA II 1 Cor 15, 20-27
«Primeiro, Cristo, como primícias; depois os que pertencem a Cristo»
Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios
Irmãos:
Cristo ressuscitou dos mortos,
como primícias dos que morreram.
Uma vez que a morte veio por um homem,
também por um homem veio a ressurreição dos mortos;
porque, do mesmo modo que em Adão todos morreram,
assim também em Cristo serão todos restituídos à vida.
Cada qual, porém, na sua ordem:
primeiro, Cristo, como primícias;
a seguir, os que pertencem a Cristo, por ocasião da sua vinda.
Depois será o fim,
quando Cristo entregar o reino a Deus seu Pai
depois de ter aniquilado toda a soberania, autoridade e poder.
É necessário que Ele reine,
até que tenha posto todos os inimigos debaixo dos seus pés.
E o último inimigo a ser aniquilado é a morte,
porque Deus tudo colocou debaixo dos seus pés.
Mas quando se diz que tudo Lhe está submetido
é claro que se excetua Aquele que Lhe submeteu todas as coisas.
Palavra do Senhor.
ALELUIA
Refrão: Aleluia. Repete-se
Maria foi elevada ao Céu:
alegra-se a multidão dos Anjos. Refrão
EVANGELHO Lc 1, 39-56
«O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas:
exaltou os humildes»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naqueles dias,
Maria pôs-se a caminho
e dirigiu-se apressadamente para a montanha,
em direcção a uma cidade de Judá.
Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel.
Quando Isabel ouviu a saudação de Maria,
o menino exultou-lhe no seio.
Isabel ficou cheia do Espírito Santo
e exclamou em alta voz:
«Bendita és tu entre as mulheres
e bendito é o fruto do teu ventre.
Donde me é dado
que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?
Na verdade, logo que chegou aos meus ouvidos
a voz da tua saudação,
o menino exultou de alegria no meu seio.
Bem-aventurada aquela que acreditou
no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito
da parte do Senhor».
Maria disse então:
«A minha alma glorifica o Senhor
e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador,
porque pôs os olhos na humildade da sua serva:
de hoje em diante me chamarão bem-aventurada
todas as gerações.
O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas:
Santo é o seu nome.
A sua misericórdia se estende de geração em geração
sobre aqueles que O temem.
Manifestou o poder do seu braço
e dispersou os soberbos.
Derrubou os poderosos de seus tronos
e exaltou os humildes.
Aos famintos encheu de bens
e aos ricos despediu de mãos vazias.
Acolheu a Israel, seu servo,
lembrado da sua misericórdia,
como tinha prometido a nossos pais,
a Abraão e à sua descendência para sempre».
Maria ficou junto de Isabel cerca de três meses
e depois regressou a sua casa.
Palavra da salvação.
Diz-se o Credo.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Suba até Vós, Senhor, a nossa humilde oferta
e, pela intercessão da Santíssima Virgem Maria, elevada ao Céu,
fazei que os nossos corações, inflamados na caridade,
se dirijam continuamente para Vós.
Por Nosso Senhor.
PREFÁCIO A glória da Assunção de Maria
V. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação.
Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente,
é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação
dar-Vos graças, sempre e em toda a parte,
e louvar-Vos, bendizer-Vos e glorificar-Vos
na Assunção da Virgem Santa Maria.
Hoje a Virgem Mãe de Deus foi elevada à glória do Céu.
Ela é a aurora e a imagem da Igreja triunfante,
ela é sinal de consolação e esperança
para o vosso povo peregrino.
Vós não quisestes que sofresse a corrupção do túmulo
Aquela que gerou e deu à luz o Autor da vida,
vosso Filho feito homem.
Por isso, com os Anjos e os Santos,
proclamamos a vossa glória,
cantando com alegria:
Santo, Santo, Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Lc 1, 48-49
Todas as gerações me proclamarão bem-aventurada,
porque o Senhor fez em mim maravilhas.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentastes com o pão da vida eterna,
concedei-nos, por intercessão da Virgem Santa Maria, elevada ao Céu,
a graça de chegarmos à glória da ressurreição.
«Ao celebrar a sua Assunção ao Céu em
corpo e alma, oramos a Maria para que ajude os homens e as mulheres do nosso
tempo a viverem com fé e esperança neste mundo, procurando
o Reino de Deus em todas as coisas».
S. João Paulo II
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS:
AGENDA DO DIA
09.30 horas: Missa em Amieira do
Tejo
10.00 horas: Missa em Arez
10.45 horas: Missa em Tolosa
11.00 horas: Missa em Nisa
12.00 horas: Missa em Nisa
12.00 horas: Missa em Alpalhão
17.00 horas: Missa em Salavessa - Festa
A VOZ DO PASTOR
UM JOVEM CATEQUISTA DE ANTES
QUEBRAR QUE TORCER
Lá para as bandas da Cochinchina, no sudoeste
asiático, lá onde o vento faz a curva e Judas perdeu as botas, foi ali, no que
é hoje o Vietnam, e mais propriamente no delta do rio Mecong, foi ali que Luís
de Camões, em jeito de Michael Phelps, terá heroicamente bracejado em prol da
vida e dos épicos manuscritos. O navio naufragou, segredos muitos se foram por
água abaixo, Dinamene também... talvez!... Coisas da vida, de vidas geniais e
ousadas, mal-amadas no seu tempo mas sempre admiradas e a picar a curiosidade!
Pois também foi por lá, em Phú Yên, no Vietnam, que nasceu o André, em
1624. É um dos jovens citados pelo Papa Francisco no documento conclusivo do
Sínodo sobre os Jovens. Ainda bebé, André ficou órfão de pai. Sua mãe educou-o
com zelo de mãe. Era o seu filho mais novo e cedo manifestou apreciadas
qualidades humanas. A pedido de sua mãe, foi aluno do Padre Alexandre de
Rhodes, missionário Jesuíta. Este jesuíta francês foi quem se associou à ideia
e trabalho de Francisco de Pina, missionário jesuíta da cidade da Guarda, na
romanização da escrita da língua vietnamita. Até então, essa língua era
apresentada em ideogramas de inspiração chinesa. Terá chegado à Cochinchina por
volta de 1618 e por aí viveu até à morte, na cidade de Da Nang. Mas voltemos ao
jovem André, que, mais tarde, se tornou catequista. Ele fez parte de um pequeno
grupo de convertidos donde saiu o primeiro clero do Vietnam. O futuro, porém,
ir-lhe-ia ser bravo e sofrido. O rei de Annam, enviou um mandarim à província
onde André vivia. Para quê? O Padre Rhodes, dado o bom ambiente que
existia, e sem saber o que é que o mandarim trazia na cartola, foi-lhe fazer
uma visita de cortesia. Os salamaleques foram curtos. O mandarim não demorou a
desembrulhar uma notícia que trazia debaixo do braço. Pelos vistos, o rei
estava com o avental do avesso, estava de mau humor e muito irritado com o grande número de chineses que se convertiam
ao cristianismo. O mandarim vinha, pois, proibir a ação dos missionários.
Ordenou que o Padre Rhodes jamais evangelizasse os chineses, deixasse o
Vietnam, regressasse a Macau. E se os cristãos locais teimassem em perseverar
na fé cristã iriam passar as passinhas do Algarve. O Padre, ouviu o que ouviu,
saboreou e engoliu como pôde, deixou o palácio, foi ter com a comunidade e os
catequistas, seus colaboradores. E logo foi também à prisão visitar um deles,
de 73 anos, que tinha sido preso dias antes. Entretanto, os guardas do
mandarim, armados em fortes e confiantes na captura, foram à sede da Missão
procurar Inácio. Inácio era o que presidia ao grupo dos catequistas. Inácio,
porém, não estava na Missão, estava fora da cidade. Então, como mais vale um
pássaro na mão do que dois a voar, amarraram, espancaram e levaram o jovem
André, de dezoito anos de idade. Este jovem catequista era de fibra e de garra,
de antes quebrar que torcer. Tendo sido levado ao palácio do Governador para
que renunciasse ao cristianismo e negasse a sua fé, resistiu forte e firme. O
mandarim foi aos arames. A firmeza de André fez-lhe subir os azeites e agravar
a azia. Mandou então que lhe ripassem a cruz do pescoço e o levassem para a
prisão, onde já se encontrava o idoso catequista de 73 anos de idade.
A seu tempo, os dois foram levados da
prisão, como criminosos e vexatoriamente,
a uma audiência pública. A coisa foi séria e seletiva. Atendendo ao
apelo dos mercadores portugueses e dada a sua idade, o catequista mais idoso
foi libertado. Mas o jovem André acabou por ser condenado à morte e regressou
ao calabouço. Sem grande esforço, poderemos imaginar o estado de espírito
daquele jovenzinho em tão dura situação. No dia determinado, foi levado ao
local da execução. O Padre Rhodes e vários cristãos portugueses e vietnamitas,
e até alguns pagãos, acompanharam-no no percurso e testemunharam a
tragédia. Diz a história que André ia sereno, exortava os cristãos a
permanecerem firmes na fé, a não se entristecerem com a sua morte e a que
rezassem para que ele permanecesse fiel até o fim. Enquanto era
martirizado a golpes de lança e punhal, ia repetindo o nome de Jesus. E assim,
com apenas 19 anos, aceitou o sacrifício da sua vida pela fé e amor a Cristo.
Foi o primeiro mártir do Vietnam. O seu corpo foi transferido para Macau, donde
partiam os missionários para os países da Cochinchina, Cochim-China, como os
portugueses batizaram esta zona para a distinguir de Cochim da Índia, onde
tiveram a sua sede. Algumas relíquias corporais de André foram mais tarde
enviadas para a sede dos jesuítas, em Roma. O Padre Rhodes também acabou por
ser condenado à morte por um rei vietnamita. A pena, porém, foi-lhe comutada.
Regressou a Roma, passou à Pérsia.
Na Eucaristia da beatificação de André,
São João Paulo II, afirmava: "Todo aquele que der testemunho de mim diante
dos homens, também Eu darei testemunho dele diante o meu Pai que está no
céu" (Mt 10, 32). André de Phú Yên, no Vietnam, fez suas estas
palavras do Senhor com uma intensidade heroica. Desde o dia em que recebeu o
Batismo, quando tinha 16 anos, dedicou-se ao desenvolvimento de uma profunda
vida espiritual (...) viveu como fiel testemunha de Cristo ressuscitado (...)
dedicou todas as forças ao serviço da Igreja (...) até à dádiva do próprio
sangue, para permanecer fiel ao amor d'Aquele a que se tinha consagrado
totalmente".
Os católicos do Vietnam jamais
esqueceram o André. Recordam-no como um jovem ativo ao serviço do evangelho, um
jovem de fé serena e de sólida espiritualidade, de amor a Cristo e à sua
Igreja. E São João Paulo II, na celebração citada, fazia votos para que o seu
zelo e testemunho provocasse em “todos os catequistas a audácia de serem
autênticas testemunhas da fé, através duma vida inteiramente dedicada a Cristo
e aos irmãos!”.
Com enorme gratidão pela sua dedicação à
causa do Evangelho, saudamos todos os e as catequistas, na esperança de que não
desistam de o ser, não só pela palavra, mas também pelo testemunho de vida e de
alegria, gerando empatia e adesão a Cristo no seio das comunidades. Bem
hajam!...
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 07-08-2020.
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