PARÓQUIAS
DE NISA
Quarta,
19 de agosto de 2020
Quarta da XX semana do tempo comum
QUARTA-FEIRA da semana XX
S. João Eudes, presbítero – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha
L 1 Ez 34, 1-11; Sal 22 (23), 1-3a. 3b-4. 5. 6
Ev Mt 20, 1-16a
* Na Ordem Agostiniana – S. Ezequiel Moreno, bispo – FESTA
* Na Ordem Beneditina – B. Bernardo Ptolomeu, abade – MF; S. João Eudes – MF
* Na Ordem de Cister e na Ordem Cisterciense da Estrita Observância – B. Guerrico, abade – MO
* Na Ordem Franciscana – S. Luís de Tolosa, bispo, da I Ordem – MF
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Luís de Tolosa, bispo, da I Ordem – MF
* Na Congregação de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor – S. João Eudes, presbítero – SOLENIDADE
* Na Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus – S. João Eudes, presbítero – MO
* Na Ordem de Cister – I Vésperas de S. Bernardo.
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha
L 1 Ez 34, 1-11; Sal 22 (23), 1-3a. 3b-4. 5. 6
Ev Mt 20, 1-16a
* Na Ordem Agostiniana – S. Ezequiel Moreno, bispo – FESTA
* Na Ordem Beneditina – B. Bernardo Ptolomeu, abade – MF; S. João Eudes – MF
* Na Ordem de Cister e na Ordem Cisterciense da Estrita Observância – B. Guerrico, abade – MO
* Na Ordem Franciscana – S. Luís de Tolosa, bispo, da I Ordem – MF
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Luís de Tolosa, bispo, da I Ordem – MF
* Na Congregação de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor – S. João Eudes, presbítero – SOLENIDADE
* Na Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus – S. João Eudes, presbítero – MO
* Na Ordem de Cister – I Vésperas de S. Bernardo.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 83,
10-11
Senhor Deus, nosso protector,
ponde os olhos no rosto do vosso Ungido.
Um dia em vossos átrios vale mais de mil longe de Vós.
ORAÇÃO COLECTA
Deus de bondade infinita,
que preparastes bens invisíveis para aqueles que Vos amam,
infundi em nós o vosso amor,
para que, amando-Vos em tudo e acima de tudo,
alcancemos as vossas promessas, que excedem todo o desejo.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos pares) Ez 34, 1-11
«Salvarei as minhas ovelhas da sua boca
e elas deixarão de ser uma presa para eles»
Leitura da Profecia de Ezequiel
Senhor Deus, nosso protector,
ponde os olhos no rosto do vosso Ungido.
Um dia em vossos átrios vale mais de mil longe de Vós.
ORAÇÃO COLECTA
Deus de bondade infinita,
que preparastes bens invisíveis para aqueles que Vos amam,
infundi em nós o vosso amor,
para que, amando-Vos em tudo e acima de tudo,
alcancemos as vossas promessas, que excedem todo o desejo.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos pares) Ez 34, 1-11
«Salvarei as minhas ovelhas da sua boca
e elas deixarão de ser uma presa para eles»
Leitura da Profecia de Ezequiel
O Senhor dirigiu-me a palavra, dizendo: «Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel, profetiza e diz a esses pastores: Assim fala o Senhor Deus: Ai dos pastores de
Israel, que se apascentam a si mesmos! Não deviam os pastores apascentar o rebanho? Vós, porém, bebeis o leite, vestis-vos com a lã, matais as ovelhas mais gordas, mas não apascentais o rebanho. Não fortalecestes as ovelhas débeis, não tratastes as que andavam doentes, nem curastes as que estavam feridas. Não reconduzistes a ovelha tresmalhada, nem procurastes a que andava perdida, mas a todas dominastes com crueldade e violência. Elas dispersaram-se por falta de pastor e na debandada tornaram-se presa de todos os animais selvagens. As minhas ovelhas andam errantes por toda a parte, sobre as montanhas e sobre as colinas, dispersaram-se por toda a superfície da terra. Ninguém se interessa por elas, ninguém as procura. Por isso, pastores, escutai a palavra do Senhor: Pela minha vida – diz o Senhor Deus – Eu vos asseguro: Porque as minhas ovelhas, por falta de pastor, foram entregues à pilhagem e se tornaram presa de todos os animais selvagens; porque os meus pastores não se preocupam com o meu rebanho, mas apascentam-se a si mesmos, em vez de apascentar as minhas ovelhas; por isso, pastores, escutai a palavra do Senhor: Assim fala o Senhor Deus: Eu vou pedir contas aos pastores, vou exigir-lhes que entreguem as minhas ovelhas; hei de impedi-los de apascentar o meu rebanho e os pastores não mais se apascentarão a si mesmos. Salvarei as minhas ovelhas da sua boca e elas deixarão de ser uma presa para eles. Assim fala o Senhor Deus: Eu próprio irei em busca das minhas ovelhas, Eu próprio cuidarei do meu rebanho».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 22 (23), 1-3a.3b-4.5.6 (R. 1)
Refrão: O Senhor é meu pastor: nada me faltará. Repete-se
O Senhor é meu pastor: nada me falta.
Leva-me a descansar em verdes prados,
conduz-me às águas refrescantes
e reconforta a minha alma. Refrão
Ele me guia por sendas direitas por amor do seu nome.
Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos,
não temerei nenhum mal, porque Vós estais comigo:
o vosso cajado e o vosso báculo
me enchem de confiança. Refrão
Para mim preparais a mesa
à vista dos meus adversários;
com óleo me perfumais a cabeça
e o meu cálice transborda. Refrão
A bondade e a graça hão de acompanhar-me
todos os dias da minha vida,
e habitarei na casa do Senhor
para todo o sempre. Refrão
ALELUIA Hebr 4, 12
Refrão: Aleluia Repete-se
A palavra de Deus é viva e eficaz,
conhece os pensamentos e intenções do coração. Refrão
EVANGELHO Mt 20, 1-16a
«Serão maus os teus olhos porque eu sou bom?»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «O reino dos Céus pode comparar-se a um proprietário, que saiu muito cedo a contratar trabalhadores para a sua vinha. Ajustou com eles um denário por dia e mandou-os para a sua vinha. Saiu a meia manhã, viu outros que estavam na praça ociosos e disse-lhes: ‘Ide vós também para a minha vinha e dar-vos-ei o que for justo’. E eles foram. Voltou a sair, por volta do meio-dia e pelas três horas da tarde, e fez o mesmo. Saindo ao cair da tarde, encontrou ainda outros que estavam parados e disse-lhes: ‘Porque ficais aqui todo o dia sem trabalhar?’. Eles responderam-lhe: ‘Ninguém nos contratou’. Ele disse-lhes: ‘Ide vós também para a minha vinha’. Ao anoitecer, o dono da vinha disse ao capataz: ‘Chama os trabalhadores e paga-lhes o salário, a começar pelos últimos e a acabar nos primeiros’. Vieram os do entardecer e receberam um denário cada um. Quando vieram os primeiros, julgaram que iam receber mais, mas receberam também um denário cada um. Depois de o terem recebido, começaram a murmurar contra o proprietário, dizendo: ‘Estes últimos trabalharam só uma hora e deste-lhes a mesma paga que a nós, que suportámos o peso do dia e o calor’. Mas o proprietário respondeu a um deles: ‘Amigo, em nada te prejudico. Não foi um denário que ajustaste comigo? Leva o que é teu e segue o teu caminho. Eu quero dar a este último tanto como a ti. Não me será permitido fazer o que quero do que é meu? Ou serão maus os teus olhos porque eu sou bom?’. Assim, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, o que trazemos ao vosso altar,
nesta admirável permuta de dons,
de modo que, oferecendo-Vos o que nos destes,
mereçamos receber-Vos a Vós mesmo.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 129, 7
No Senhor está a misericórdia,
no Senhor está a plenitude da redenção.
Ou Jo 6, 51-52
Eu sou o pão vivo descido do Céu, diz o Senhor.
Quem comer deste pão viverá eternamente.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que neste sacramento
nos fizestes participar mais intimamente no mistério de Cristo,
transformai-nos à sua imagem na terra
para merecermos ser associados à sua glória no Céu.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
« A paz constrói-se, dia a dia, na busca duma ordem querida por
Deus, que traz consigo uma justiça mais perfeita entre os homens»
Papa Francisco
A alegria do
Evangelho, 219
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS:
Ez 34, 1-11: Os
chefes do povo de Deus tinham-se tornado maus guias para esse povo. O Senhor
anuncia agora que Ele mesmo Se vai tornar o pastor do seu povo e Ele mesmo o
salvará, já que os seus chefes se tinham tornado egoístas e desinteressados; o
próprio Deus Se apresenta como verdadeiro Pastor. Jesus um dia assim Se
apresenta: “Eu sou o Bom Pastor”, e não poderá haver melhor!
Mt 20, 1-16a: Nesta parábola, Jesus quer fazer-nos compreender que a bondade de Deus ultrapassa muito os critérios humanos. Os trabalhadores da última hora receberam tanto como os da primeira. Estes, porém, não foram tratados com injustiça: receberam o que tinha sido ajustado. Mas a parábola tem certamente alcance mais vasto: a Igreja dos pagãos, chegados no fim dos judeus, e que foram igualmente acolhidos por misericórdia!
AGENDA DO DIA
17.00 horas: Missa Gáfete
18.00 horas: Missa em Nisa
18.00 horas: Missa em Tolosa.
A VOZ DO PASTOR
UM JOVEM CATEQUISTA DE ANTES
QUEBRAR QUE TORCER
Lá para as bandas da Cochinchina, no
sudoeste asiático, lá onde o vento faz a curva e Judas perdeu as botas, foi
ali, no que é hoje o Vietnam, e mais propriamente no delta do rio Mecong, foi
ali que Luís de Camões, em jeito de Michael Phelps, terá heroicamente bracejado
em prol da vida e dos épicos manuscritos. O navio naufragou, segredos muitos se
foram por água abaixo, Dinamene também... talvez!... Coisas da vida, de vidas
geniais e ousadas, mal-amadas no seu tempo mas sempre admiradas e a picar a
curiosidade!
Pois também foi por lá, em Phú Yên, no Vietnam, que nasceu o André, em
1624. É um dos jovens citados pelo Papa Francisco no documento conclusivo do
Sínodo sobre os Jovens. Ainda bebé, André ficou órfão de pai. Sua mãe educou-o
com zelo de mãe. Era o seu filho mais novo e cedo manifestou apreciadas
qualidades humanas. A pedido de sua mãe, foi aluno do Padre Alexandre de
Rhodes, missionário Jesuíta. Este jesuíta francês foi quem se associou à ideia
e trabalho de Francisco de Pina, missionário jesuíta da cidade da Guarda, na
romanização da escrita da língua vietnamita. Até então, essa língua era
apresentada em ideogramas de inspiração chinesa. Terá chegado à Cochinchina por
volta de 1618 e por aí viveu até à morte, na cidade de Da Nang. Mas voltemos ao
jovem André, que, mais tarde, se tornou catequista. Ele fez parte de um pequeno
grupo de convertidos donde saiu o primeiro clero do Vietnam. O futuro, porém,
ir-lhe-ia ser bravo e sofrido. O rei de Annam, enviou um mandarim à província
onde André vivia. Para quê? O Padre Rhodes, dado o bom ambiente que
existia, e sem saber o que é que o mandarim trazia na cartola, foi-lhe fazer
uma visita de cortesia. Os salamaleques foram curtos. O mandarim não demorou a
desembrulhar uma notícia que trazia debaixo do braço. Pelos vistos, o rei
estava com o avental do avesso, estava de mau humor e muito irritado com o grande número de chineses que se convertiam
ao cristianismo. O mandarim vinha, pois, proibir a ação dos missionários.
Ordenou que o Padre Rhodes jamais evangelizasse os chineses, deixasse o
Vietnam, regressasse a Macau. E se os cristãos locais teimassem em perseverar
na fé cristã iriam passar as passinhas do Algarve. O Padre, ouviu o que ouviu,
saboreou e engoliu como pôde, deixou o palácio, foi ter com a comunidade e os
catequistas, seus colaboradores. E logo foi também à prisão visitar um deles,
de 73 anos, que tinha sido preso dias antes. Entretanto, os guardas do
mandarim, armados em fortes e confiantes na captura, foram à sede da Missão
procurar Inácio. Inácio era o que presidia ao grupo dos catequistas. Inácio,
porém, não estava na Missão, estava fora da cidade. Então, como mais vale um
pássaro na mão do que dois a voar, amarraram, espancaram e levaram o jovem
André, de dezoito anos de idade. Este jovem catequista era de fibra e de garra,
de antes quebrar que torcer. Tendo sido levado ao palácio do Governador para
que renunciasse ao cristianismo e negasse a sua fé, resistiu forte e firme. O
mandarim foi aos arames. A firmeza de André fez-lhe subir os azeites e agravar
a azia. Mandou então que lhe ripassem a cruz do pescoço e o levassem para a
prisão, onde já se encontrava o idoso catequista de 73 anos de idade.
A seu tempo, os dois foram levados da
prisão, como criminosos e vexatoriamente,
a uma audiência pública. A coisa foi séria e seletiva. Atendendo ao
apelo dos mercadores portugueses e dada a sua idade, o catequista mais idoso
foi libertado. Mas o jovem André acabou por ser condenado à morte e regressou ao
calabouço. Sem grande esforço, poderemos imaginar o estado de espírito daquele
jovenzinho em tão dura situação. No dia determinado, foi levado ao local da
execução. O Padre Rhodes e vários cristãos portugueses e vietnamitas, e até
alguns pagãos, acompanharam-no no percurso e testemunharam a tragédia. Diz
a história que André ia sereno, exortava os cristãos a permanecerem firmes na
fé, a não se entristecerem com a sua morte e a que rezassem para que ele
permanecesse fiel até o fim. Enquanto era martirizado a golpes de lança e
punhal, ia repetindo o nome de Jesus. E assim, com apenas 19 anos, aceitou o
sacrifício da sua vida pela fé e amor a Cristo. Foi o primeiro mártir do
Vietnam. O seu corpo foi transferido para Macau, donde partiam os missionários
para os países da Cochinchina, Cochim-China, como os portugueses batizaram esta
zona para a distinguir de Cochim da Índia, onde tiveram a sua sede. Algumas
relíquias corporais de André foram mais tarde enviadas para a sede dos
jesuítas, em Roma. O Padre Rhodes também acabou por ser condenado à morte por
um rei vietnamita. A pena, porém, foi-lhe comutada. Regressou a Roma, passou à
Pérsia.
Na Eucaristia da beatificação de André,
São João Paulo II, afirmava: "Todo aquele que der testemunho de mim diante
dos homens, também Eu darei testemunho dele diante o meu Pai que está no
céu" (Mt 10, 32). André de Phú Yên, no Vietnam, fez suas estas
palavras do Senhor com uma intensidade heroica. Desde o dia em que recebeu o
Batismo, quando tinha 16 anos, dedicou-se ao desenvolvimento de uma profunda
vida espiritual (...) viveu como fiel testemunha de Cristo ressuscitado (...)
dedicou todas as forças ao serviço da Igreja (...) até à dádiva do próprio
sangue, para permanecer fiel ao amor d'Aquele a que se tinha consagrado totalmente".
Os católicos do Vietnam jamais
esqueceram o André. Recordam-no como um jovem ativo ao serviço do evangelho, um
jovem de fé serena e de sólida espiritualidade, de amor a Cristo e à sua
Igreja. E São João Paulo II, na celebração citada, fazia votos para que o seu
zelo e testemunho provocasse em “todos os catequistas a audácia de serem
autênticas testemunhas da fé, através duma vida inteiramente dedicada a Cristo
e aos irmãos!”.
Com enorme gratidão pela sua dedicação à
causa do Evangelho, saudamos todos os e as catequistas, na esperança de que não
desistam de o ser, não só pela palavra, mas também pelo testemunho de vida e de
alegria, gerando empatia e adesão a Cristo no seio das comunidades. Bem
hajam!...
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 07-08-2020.
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