sexta-feira, 7 de agosto de 2020






PARÓQUIAS DE NISA





Sábado, 08 de agosto de 2020







Sábado da XIX semana do tempo comum






SÁBADO da semana XVIII
S. Domingos, presbítero – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.

L 1 Hab 1, 12 – 2, 4; Sal 9 (10), 8-9. 10-11. 12-13
Ev Mt 17, 14-20

* Na Ordem Franciscana – S. Domingos de Gusmão, presbítero, Fundador da Ordem dos Pregadores – FESTA
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Domingos de Gusmão, presbítero – FESTA
* Na Ordem de São Domingos – S. Domingos, presbítero, Fundador da Ordem dos Pregadores – SOLENIDADE
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.


S. DOMINGOS, presbítero

Nota Histórica:
Nasceu em Caleruega (Espanha) cerca do ano 1170. Estudou Teologia em Palência e foi nomeado cónego da Igreja de Osma. Por meio da sua pregação e do exemplo da sua vida combateu com grande êxito a heresia dos Albigenses. Com os companheiros que aderiram a esta empresa fundou a Ordem dos Pregadores. Morreu em Bolonha no dia 6 de Agosto de 1221.

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Salmo 23, 5-6
Estes são os Santos que receberam a bênção do Senhor
e a misericórdia de Deus, seu Salvador.
Esta é a geração dos que procuram o Senhor.


ORAÇÃO COLECTA
Venha, Senhor, em auxílio da vossa Igreja São Domingos, ilustre pregador da verdade, para que sejamos sempre iluminados pela sua doutrina e protegidos pela sua intercessão. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos pares) Hab 1, 12 – 2, 4
«O justo viverá pela sua fé»


Leitura da Profecia de Habacuc

Não sois Vós, Senhor, desde os tempos antigos, o meu Deus, o meu Santo, o Imortal? Estabelecestes os caldeus, Senhor, para exercerem a justiça e os consolidastes como um rochedo para castigarem. Os vossos olhos são demasiado puros para verem o mal e não podeis contemplar a opressão. Porque olhais então para os malvados, porque ficais em silêncio, quando o ímpio devora o justo? Tratareis os homens como os peixes do mar, ou como os répteis que não têm dono? O inimigo pesca-os a todos no anzol, apanha-os com a rede, recolhe-os com a tarrafa e assim fica alegre e satisfeito. Por isso oferece sacrifícios à sua rede e queima incenso à sua tarrafa, pois fez com elas uma pesca abundante e alcançou alimento com fartura. Continuará ele a utilizar a sua rede, matando os povos impiedosamente? Ficarei no meu posto de sentinela, conservar-me-ei de pé sobre a muralha, estarei alerta para ver o que o Senhor me dirá, como irá responder à minha queixa. Então o Senhor respondeu-me: «Põe por escrito esta visão e grava-a em tábuas com toda a clareza, de modo que a possam ler facilmente. Embora esta visão só se realize na devida altura, ela há de cumprir-se com certeza e não falhará. Se parece demorar, deves esperá-la, porque ela há de vir e não tardará. Vede como sucumbe aquele que não tem alma reta; mas o justo viverá pela sua fidelidade».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 9, 8-9.10-11.12-13 (R. 11b)
Refrão: Não abandonais, Senhor,
aqueles que Vos procuram. Repete-se

O Senhor é Rei para sempre,
firmou o seu trono para julgar.
Ele julga a terra com justiça,
governa os povos com rectidão. Refrão

O Senhor é o refúgio dos oprimidos,
o seu refúgio nas horas de tribulação.
Em Vós confiam os que conhecem o vosso nome,
porque não abandonais, Senhor,
os que Vos procuram. Refrão

Cantai ao Senhor, que tem em Sião a sua morada,
anunciai entre os povos os seus feitos gloriosos.
O Senhor lembra-Se do sangue derramado
e não esquece o clamor dos infelizes. Refrão


ALELUIA cf. 2 Tim 1, 10
Refrão: Aleluia Repete-se
Jesus Cristo, nosso Salvador, destruiu a morte
e fez brilhar a vida por meio do Evangelho. Refrão


EVANGELHO Mt 17, 14-20
«Se tiverdes fé, nada vos será impossível»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, aproximou-se de Jesus um homem, que se ajoelhou diante d’Ele e Lhe disse: «Senhor, tem compaixão do meu filho, porque é epilético e sofre muito; cai frequentemente no fogo e muitas vezes na água. Apresentei-o aos teus discípulos, mas eles não puderam curá-lo». Jesus respondeu: «Oh geração incrédula e perversa! Até quando estarei convosco? Até quando terei de vos suportar? Trazei-mo aqui». Jesus ameaçou o demónio, que saiu do menino e este ficou curado a partir daquele momento. Então os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-Lhe em particular: «Por que motivo não pudemos nós expulsá-lo?». Jesus respondeu-lhes: «Por causa da vossa pouca fé. Em verdade vos digo: se tiverdes fé comparável a um grão de mostarda, direis a este monte: ‘Muda-te daqui para acolá’, e ele há-de mudar-se. E nada vos será impossível».

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Atendei, Senhor, as preces que Vos apresentamos, por intercessão de São Domingos, e, pelo poder deste sacrifício, fortalecei os defensores da fé com os auxílios da vossa graça. Por Nosso Senhor.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Lc 10, 1.9
O Senhor enviou os seus discípulos,
para anunciar aos povos da terra:
Está próximo o reino de Deus.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentastes com o pão do Céu, fazei que a Igreja, dedicada ao vosso serviço, receba a força deste sacramento e seja ajudada pela intercessão de São Domingos, que a fez florescer com a sua pregação. Por Nosso Senhor.




«Alguns crêem-se livres quando caminham à margem de Deus, sem se dar conta que ficam existencialmente órfãos, desamparados, sem um lar para onde possam sempre voltar. Deixam de ser peregrinos para se transformarem em errantes, que giram indefinidamente ao redor de si mesmos, sem chegar a lado nenhum».


 Papa Francisco

Cf. A Alegria do Evangelho, 170










ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra




LEITURAS: Hab 1, 12 – 2, 4: A opressão que os inimigos tinham infligido ao povo de Deus provoca no profeta esta oração cheia de amargura. Os seus inimigos parecem estar sempre triunfantes, como o pescador triunfa dos peixes que apanha na rede ou no anzol. Mas, apesar de tudo, o profeta tem confiança, e o Senhor responde-lhe que, a seu tempo, virá a salvação. O Senhor é fiel: assim o povo viva na fidelidade.

Mt 17, 14-20: Ter fé é apoiar-se em Deus, na sua bondade e no seu poder, entregar-se a Ele como um filho se confia ao pai. A fé estabelece uma tal comunhão com Deus, que o crente como que participa do próprio poder de Deus. A fé ultrapassa os limites humanos e leva o homem ao coração de Deus. E, por ela, tudo se lhe tornará possível. A fé manifesta-se particularmente na oração.  





AGENDA DO DIA



15.00 horas: Missa na Falagueira
16.00 horas: Missa em Monte Claro
16.00 horas: Missa em Pardo
18.00 horas: Missa em Nisa
18.00 horas: Missa em Alpalhão.







A VOZ DO PASTOR



AS FESTAS E A PRESTAÇÃO DE CONTAS


Todos temos a obrigação de prestar contas nas instâncias próprias. As festas também envolvem verbas. As comissões de festas têm o dever de apresentar contas. E, regra geral, fazem-no, com a consciência de terem prestado um serviço à comunidade que as mandatou para tal e lhes agradece a dedicação. No entanto, aqui e além, vamos ouvindo histórias do arco da velha. De facto, a corrupção tem muitos rostos, jeitos e artimanhas sob a aparência de honradez. Sempre há quem se sinta no direito de tudo cozinhar em nome da sua honestidade e sabores. A sociedade, aliás, é pródiga em tais exemplos. Basta estar atento à comunicação social para logo se ficar enfartado e enjoado de tais iguarias e seus cozinheiros!... Nem uma boa bagaceira ou medronheira conseguem ajudar a tão difícil digestão!... Mas não vamos comentar estes indigestos vitamínicos. Para filósofos, como o amigo leitor se presa de o ser, meia palava basta. Respeitamos as pessoas, condenamos os erros e se lamentamos quem é acusado injustamente, também lamentamos que gente desta ocidental praia lusitana, sem medo de adamastores e por mares ardilosamente contornados, passem além de inimagináveis trapalhadas! E se o Estado as tem, a Igreja não tem polícia nem cadeia. Aposta mais na formação das consciências e no grave dever da restituição. Mais vale fazer as contas de bem com os homens do que de mal com Deus, diz o povo. E que carrasco mais torturador que a própria consciência de quem navega por esses mares enviesados em busca de tais paraísos? No entanto, também sabemos que a consciência de muita gente nunca amadureceu. Permanece muito, mesmo muito, muitíssimo verde, e, por isso, qualquer herbívoro lhe pode chamar um figo, comendo-a!... E se a consciência deixa de existir, tudo se lhes torna permitido!

Nenhuma comissão ou mordomia pode considerar como pertença sua o dinheiro ou saldo das festas religiosas. Nem o pode distribuir por quem quer que seja ou fazer obras à revelia dos responsáveis pelas comunidades, mesmo que as julgue muito necessárias. As obras até poderão vir a fazer-se, mas tem de haver diálogo com os responsáveis e tem de se diligenciar as respetivas licenças para se poderem levar a cabo com a qualidade exigida e de forma legal. Também não é de bom tom que uma comissão prolongue a festa ou tome outras iniciativas macambúzias para acabar com os saldos. Muito menos que, acabando a festa, abra uma conta paralela, sua, julgando-se dona e sem o dever de prestar contas a quem quer que seja. Porque trabalharam muito, mesmo que sazonalmente, para a festa e para conseguir as verbas que conseguiram, não se podem sentir no direito de reivindicar os saldos. Não estou a dizer que não trabalharam, que não tiveram muitas preocupações, canseiras e até alguns dissabores. Tudo isso faz parte da festa e de quem a organiza. Mas este pensar e agir é, logo à partida, pouco delicado para com toda a gente que sempre trabalhou e trabalha na Igreja, anos a fio, com responsabilidades acrescidas, em trabalho que exige formação permanente, mas sem nunca exigir contrapartidas. Antes pelo contrário, para além do seu tempo, ainda dá muito do que é seu e tantas vezes no meio de incompreensões familiares e comunitárias: catequistas, grupos corais, agentes da pastoral e tantos outros. Às comissões de festas cabe-lhes o direito de administrar, e bem, as verbas angariadas, sem dar um passo maior que a perna, e só enquanto dura a sua missão. A dinâmica das comunidades é feita por um exército de voluntários. Poucos são os assalariados e os que o são, são-no a partir e na medida da generosa partilha dos fiéis.
Como princípio, e até tendo em conta as dificuldades económicas gerais, as comissões devem evitar as despesas excessivas, tantas vezes fruto de competições pouco saudáveis, contumazes em maus hábitos que nada têm a ver com o culto a Deus, à Virgem e aos Santos. Se assim não for, dar-se-á um sentido errado às festas cristãs, ofender-se-á a dignidade das pessoas, e, com certeza, a festa será mais um palco para o desfile da vaidade de alguns do que uma verdadeira festa do povo a estimular, na alegria, o crescimento em direção à santidade.

Que pensar, por exemplo, de uma paróquia que gastasse milhares de euros, todos os anos, na festa religiosa da terra, mas não tivesse uma única sala de catequese para as crianças? Uma sala onde os jovens se pudessem reunir, conviver, refletir e fomentar a cultura do grupo e da amizade de uns com os outros e de todos com Cristo? Uma sala ao serviço da formação permanente dos adultos, dos movimentos ou da diversidade dos serviços pastorais? Se apenas tivesse o templo, e, mesmo esse, em péssimo estado de conservação?...

As paróquias evangelizadas vivem preocupadas com tudo aquilo que é preciso para o seu próprio crescimento. Têm um apurado sentido da comunidade e das suas necessidades e sempre vivem preocupadas em colaborar e tirar o máximo proveito de tudo o que organizam, sempre numa linha de entreajuda e corresponsabilidade. A preocupação das suas comissões de festas, por exemplo, não é a de entrar em despique para saber quem faz a festa maior, quem deitou mais foguetes, quem trouxe mais agrupamentos musicais, etc. É tentar ser a comissão que, sem faltar com nada à festa para que a festa seja festa, tem presente as necessidades da comunidade. Procura o maior saldo possível para acudir a necessidades sociais, para investir na formação da comunidade, ou para a construção de mais alguma estrutura que julgue indispensável. Sempre com o maior respeito pelos esforços e os sacrifícios individuais e coletivos que a formação, a solidariedade social ou a criação e manutenção dos seus espaços sempre reclamam à comunidade cristã.

As verbas para as despesas das festas religiosas são fruto das dádivas voluntárias do povo, de possíveis subsídios de instituições particulares ou públicas, ou de iniciativas que as comissões assumem com a finalidade de angariar os fundos necessários para a festa, festa cristã. Outras verbas que nunca deveriam ser usados na festa profana, são os donativos que as pessoas deixam na igreja, por devoção ou promessa. O dinheiro das promessas é, tantas vezes, expressão de muita dor e sangue de quem as fez em horas aflitivas da vida. Salva a intenção manifestada pelos oferentes, essas importâncias destinam-se à promoção do culto com qualidade e beleza, destinam-se à evangelização, à catequese e à prática da caridade de acordo com os responsáveis eclesiais. Nem estes responsáveis o podem gastar de qualquer maneira. Vejam que, por exemplo, para alienar o ouro ofertado em cumprimento de promessas ou os ex-votos que se possam conservar, nem sequer basta a licença do Bispo diocesano, carece de autorização da Santa Sé. E porque estas coisas nem sempre correm bem, surgem desentendimentos no seio de comunidades cristãs que fazem doer: todos sofrem, ninguém fica bem, a ferida aberta fica difícil de sarar, gera-se escândalo entre os fiéis e é-se motivo de mofa para quem aprecia de longe.

É por isso que as comissões de festas religiosas devem ser constituídas por cristãos que conheçam e aceitem as orientações da Igreja. Ou, pelo menos, sejam constituídas por pessoas que, embora não estejam muito dentro, sejam capazes de dialogar e trabalhar em harmonia com as normas da Igreja e os responsáveis eclesiais. É o que vai acontecendo, por exemplo, com as festas religiosas de âmbito mais alargado, festas concelhias e com fama distrital, nacional e até internacional. Estas, sem deixarem de ser festas religiosas e terem o seu epicentro numa capela ou igreja, de paróquia ou confraria, envolvem as próprias autoridades civis locais e têm grande dimensão cultural, recreativa e social. Mesmo que a sua organização, mais complexa, venha a pedir uma comissão ou subcomissão mais voltada para o exterior e outra para a parte religiosa, não se devem dispensar de dar as mãos e de todos se sentirem no mesmo barco.

Ninguém pode autoproclamar-se comissão à revelia dos responsáveis eclesiais. Em princípio, mesmo que seja tacitamente, são eles que, em nome da comunidade, são eles quem aprova e nomeia as comissões, são eles os primeiros responsáveis. Quem se apresenta a constituir uma comissão de festas religiosas, tem de ter a consciência de quem vai representar, em nome de quem é que vai agir e quais as normas estabelecidas para isso. E que dizer daquele costume em que a comissão em exercício é que nomeia, no próprio dia da festa e pela voz do pregador, a comissão para a festa seguinte? Já vi párocos a torcerem-se todos lá na sua cátedra porque nem sequer lhe deram a lista a conhecer previamente, foi à revelia. Como afirmava Santo Inácio de Antioquia, não se pode apresentar como louvável aquilo que se faz separadamente. Só o respeito pelas instituições e por quem as representa, só o respeito pelas normas que as regem será o garante da paz e da salvaguarda da comunhão e da dinâmica eclesial e social, através da cultura do diálogo e do bom senso. Além disso, nenhuma comissão deve ser nomeada, ou aceitar ser nomeada, sem que a anterior apresente as contas, a respetiva documentação e os saldos, se os houver. Sabemos que as grandes festas religiosas que referi, com fama e de âmbito mais alargado, precisam de um fundo de maneio, pois têm de fazer contratos quase com um ano de antecedência, esperando que a chuva, nos dias da festa, não venha a estragar os planos gizados, tanto na vertente cultural, recreativa ou social. Mas tudo isso se resolve com o diálogo, a boa fé e a confiança mútua que a todos deve animar, pois todos desejam que tudo corra pelo melhor.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 31-07-2020.






Sem comentários:

Enviar um comentário