PARÓQUIAS
DE NISA
Domingo,
09 de agosto de 2020
XIX domingo do tempo comum
DOMINGO
XIX DO TEMPO COMUM
Verde – Ofício do domingo (Semana III do
Saltério). Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.
L 1 1 Reis 19, 9a. 11-13a; Sal 84 (85), 9ab-10. 11-12. 13-14
L 2 Rom 9, 1-5
Ev Mt 14, 22-33
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.
L 1 1 Reis 19, 9a. 11-13a; Sal 84 (85), 9ab-10. 11-12. 13-14
L 2 Rom 9, 1-5
Ev Mt 14, 22-33
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Em todas as Dioceses de Portugal – Começa a Semana Nacional da Mobilidade Humana.
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.
Em Portugal – Lembrar aos fiéis que, no próximo domingo, o ofertório é para a Pastoral da Mobilidade Humana.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 73,
20.19.22.23
Lembrai-Vos, Senhor, da vossa aliança,
não esqueçais para sempre a vida dos vossos fiéis.
Levantai-Vos, Senhor, defendei a vossa causa,
escutai a voz daqueles que Vos procuram.
ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente,
a quem podemos chamar nosso Pai,
fazei crescer o espírito filial em nossos corações
para merecermos entrar um dia na posse da herança prometida.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA 1 Reis 19, 9a.11-13a
«Sai e permanece no monte à espera do Senhor» I
Leitura do Primeiro Livro dos Reis
Lembrai-Vos, Senhor, da vossa aliança,
não esqueçais para sempre a vida dos vossos fiéis.
Levantai-Vos, Senhor, defendei a vossa causa,
escutai a voz daqueles que Vos procuram.
ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente,
a quem podemos chamar nosso Pai,
fazei crescer o espírito filial em nossos corações
para merecermos entrar um dia na posse da herança prometida.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA 1 Reis 19, 9a.11-13a
«Sai e permanece no monte à espera do Senhor» I
Leitura do Primeiro Livro dos Reis
Naqueles dias, o profeta Elias chegou ao monte de Deus, o Horeb, e passou a noite numa gruta. O Senhor dirigiu-lhe a palavra, dizendo: «Sai e permanece no monte à espera do Senhor». Então, o Senhor passou. Diante d’Ele, uma forte rajada de vento fendia as montanhas e quebrava os rochedos; mas o Senhor não estava no vento. Depois do vento, sentiu-se um terramoto; mas o Senhor não estava no terramoto. Depois do terramoto, acendeu-se um fogo; mas o Senhor não estava no fogo. Depois do fogo, ouviu-se uma ligeira brisa. Quando a ouviu, Elias cobriu o rosto com o manto, saiu e ficou à entrada da gruta.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 84 (85), 9ab-10.11-12.13-14 (R. 8)
Refrão: Mostrai-nos, Senhor, o vosso amor
e dai-nos a vossa salvação. Repete-se
Deus fala de paz ao seu povo e aos seus fiéis
e a quantos de coração a Ele se convertem.
A sua salvação está perto dos que O temem
e a sua glória habitará na nossa terra. Refrão
Encontraram-se a misericórdia e a fidelidade,
abraçaram-se a paz e a justiça.
A fidelidade vai germinar da terra
e a justiça descerá do Céu. Refrão
O Senhor dará ainda o que é bom
e a nossa terra produzirá os seus frutos.
A justiça caminhará à sua frente
e a paz seguirá os seus passos. Refrão
LEITURA II Rom 9, 1-5
«Quisera eu próprio ser separado de Cristo
por amor dos meus irmãos»
Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos
Irmãos: Em Cristo digo a verdade, não minto, e disso me dá testemunho a consciência no Espírito Santo: Sinto uma grande tristeza e uma dor contínua no meu coração. Quisera eu próprio ser anátema, separado de Cristo para bem dos meus irmãos, que são do mesmo sangue que eu, que são israelitas, a quem pertencem a adopção filial, a glória, as alianças, a legislação, o culto e as promessas, a quem pertencem os Patriarcas e de quem procede Cristo segundo a carne, Ele que está acima de todas as coisas, Deus bendito por todos os séculos. Amen.
Palavra do Senhor.
ALELUIA Salmo 129 (130), 5
Refrão: Aleluia. Repete-se
Eu confio no Senhor,
a minha alma espera na sua palavra. Refrão
EVANGELHO Mt 14, 22-33
«Manda-me ir ter contigo sobre as águas»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. Mateus
Depois de ter saciado a fome à multidão, Jesus obrigou os discípulos a subir para o barco e a esperá-l’O na outra margem, enquanto Ele despedia a multidão. Logo que a despediu, subiu a um monte, para orar a sós. Ao cair da tarde, estava ali sozinho. O barco ia já no meio do mar, açoitado pelas ondas, pois o vento era contrário. Na quarta vigília da noite, Jesus foi ter com eles, caminhando sobre o mar. Os discípulos, vendo-O a caminhar sobre o mar, assustaram-se, pensando que fosse um fantasma. E gritaram cheios de medo. Mas logo Jesus lhes dirigiu a palavra, dizendo: «Tende confiança. Sou Eu. Não temais». Respondeu-Lhe Pedro: «Se és Tu, Senhor, manda-me ir ter contigo sobre as águas». «Vem!» – disse Jesus. Então, Pedro desceu do barco e caminhou sobre as águas, para ir ter com Jesus. Mas, sentindo a violência do vento e começando a afundar-se, gritou: «Salva-me, Senhor!». Jesus estendeu-lhe logo a mão e segurou-o. Depois disse-lhe: «Homem de pouca fé, porque duvidaste?». Logo que subiram para o barco, o vento amainou. Então, os que estavam no barco prostraram-se diante de Jesus, e disseram-Lhe: «Tu és verdadeiramente o Filho de Deus».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai benignamente, Senhor,
os dons que Vós mesmo concedestes à vossa Igreja
e transformai-os, com o vosso poder,
em sacramento da nossa salvação.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 147,12.14
Louva, Jerusalém, o Senhor,
que te saciou com a flor da farinha.
Ou Jo 6, 52
O pão que Eu vos darei, diz o Senhor,
é a minha carne pela vida do mundo.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Nós Vos pedimos, Senhor,
que a comunhão do vosso sacramento nos salve
e nos confirme na luz da vossa verdade.
Por Nosso Senhor.
«O querigma possui um conteúdo
inevitavelmente social: no próprio coração do Evangelho, aparece a vida
comunitária e o compromisso com os outros. O conteúdo do primeiro anúncio tem
uma repercussão moral imediata, cujo centro é a caridade».
Papa Francisco
A Alegria do
Evangelho, 177
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS:
Reis 19, 9a.11-13a: A
descoberta de Deus deixa sempre o homem penetrado de um santo temor. Quer Deus
Se revele no rugido do vento, no tremor de terra e no trovão, como no Sinai,
quer na brisa suave, como hoje a Elias, a sua presença há de provocar sempre no
homem o sentimento profundo que Pedro experimentou quando o Senhor lhe estendeu
a mão no mar e o salvou.
Rom 9, 1-5; A
situação e o destino do povo judeu, do meio do qual veio Jesus, povo a quem
Deus fez as suas promessas, é para S. Paulo motivo de grande mágoa e um
mistério que não sabe explicar. Mas espera que, um dia, também eles venham a
fazer parte do povo de Deus.
Mt 14, 22-33: A
descoberta que os Apóstolos fizeram de que Jesus era o Todo-Poderoso encheu-os,
a princípio, de assombro e até de medo. Mas, num segundo momento, Pedro teve o
desejo de fazer a mesma experiência do Mestre: andar sobre as águas. Todavia a
fé não lhe foi bastante. É assim, pouco a pouco, experiência a experiência, que
a fé vai lançando raízes profundas no coração.
AGENDA DO DIA
09.30 horas: Missa em Amieira do
Tejo
10.00 horas: Missa em Arez
10.45 horas: Missa em Tolosa
11.00 horas: Missa em Nisa
12.00 horas: Missa em Gáfete
12.00 horas: Missa em Alpalhão
17.00 horas: Missa em Montalvão
15.30 horas: Missa no Cacheiro
16.30 horas: Missa no Arneiro.
A VOZ DO PASTOR
UM JOVEM CATEQUISTA DE ANTES
QUEBRAR QUE TORCER
Lá para as bandas da Cochinchina, no
sudoeste asiático, lá onde o vento faz a curva e Judas perdeu as botas, foi
ali, no que é hoje o Vietnam, e mais propriamente no delta do rio Mecong, foi
ali que Luís de Camões, em jeito de Michael Phelps, terá heroicamente bracejado
em prol da vida e dos épicos manuscritos. O navio naufragou, segredos muitos se
foram por água abaixo, Dinamene também... talvez!... Coisas da vida, de vidas
geniais e ousadas, mal-amadas no seu tempo mas sempre admiradas e a picar a
curiosidade!
Pois também foi por lá, em Phú Yên, no Vietnam, que nasceu o André, em
1624. É um dos jovens citados pelo Papa Francisco no documento conclusivo do
Sínodo sobre os Jovens. Ainda bebé, André ficou órfão de pai. Sua mãe educou-o
com zelo de mãe. Era o seu filho mais novo e cedo manifestou apreciadas qualidades
humanas. A pedido de sua mãe, foi aluno do Padre Alexandre de Rhodes, missionário
Jesuíta. Este jesuíta francês foi quem se associou à ideia e trabalho de Francisco
de Pina, missionário jesuíta da cidade da Guarda, na romanização da escrita da
língua vietnamita. Até então, essa língua era apresentada em ideogramas de inspiração
chinesa. Terá chegado à Cochinchina por volta de 1618 e por aí viveu até à
morte, na cidade de Da Nang. Mas voltemos ao jovem André, que, mais tarde, se
tornou catequista. Ele fez parte de um pequeno grupo de convertidos donde saiu
o primeiro clero do Vietnam. O futuro, porém, ir-lhe-ia ser bravo e sofrido. O
rei de Annam, enviou um mandarim à província onde André vivia. Para quê? O Padre Rhodes,
dado o bom ambiente que existia, e sem saber o que é que o mandarim trazia na
cartola, foi-lhe fazer uma visita de cortesia. Os salamaleques foram curtos. O mandarim
não demorou a desembrulhar uma notícia que trazia debaixo do braço. Pelos
vistos, o rei estava com o avental do avesso, estava de mau humor e muito irritado
com o grande número de chineses que se
convertiam ao cristianismo. O mandarim vinha, pois, proibir a ação dos
missionários. Ordenou que o Padre Rhodes jamais evangelizasse os chineses,
deixasse o Vietnam, regressasse a Macau. E se os cristãos locais teimassem em
perseverar na fé cristã iriam passar as passinhas do Algarve. O Padre, ouviu o
que ouviu, saboreou e engoliu como pôde, deixou o palácio, foi ter com a
comunidade e os catequistas, seus colaboradores. E logo foi também à prisão
visitar um deles, de 73 anos, que tinha sido preso dias antes. Entretanto, os
guardas do mandarim, armados em fortes e confiantes na captura, foram à sede da
Missão procurar Inácio. Inácio era o que presidia ao grupo dos catequistas. Inácio,
porém, não estava na Missão, estava fora da cidade. Então, como mais vale um
pássaro na mão do que dois a voar, amarraram, espancaram e levaram o jovem
André, de dezoito anos de idade. Este jovem catequista era de fibra e de garra,
de antes quebrar que torcer. Tendo sido levado ao palácio do Governador para
que renunciasse ao cristianismo e negasse a sua fé, resistiu forte e firme. O
mandarim foi aos arames. A firmeza de André fez-lhe subir os azeites e agravar
a azia. Mandou então que lhe ripassem a cruz do pescoço e o levassem para a
prisão, onde já se encontrava o idoso catequista de 73 anos de idade.
A seu tempo, os dois foram levados da
prisão, como criminosos e vexatoriamente, a uma audiência pública. A coisa foi séria e
seletiva. Atendendo ao apelo dos mercadores portugueses e dada a sua idade, o
catequista mais idoso foi libertado. Mas o jovem André acabou por ser condenado
à morte e regressou ao calabouço. Sem grande esforço, poderemos imaginar o
estado de espírito daquele jovenzinho em tão dura situação. No dia determinado,
foi levado ao local da execução. O Padre Rhodes e vários cristãos portugueses e
vietnamitas, e até alguns pagãos, acompanharam-no no percurso e testemunharam a
tragédia. Diz a história que André ia sereno, exortava os cristãos a
permanecerem firmes na fé, a não se entristecerem com a sua morte e a que
rezassem para que ele permanecesse fiel até o fim. Enquanto era martirizado
a golpes de lança e punhal, ia repetindo o nome de Jesus. E assim, com apenas
19 anos, aceitou o sacrifício da sua vida pela fé e amor a Cristo. Foi o
primeiro mártir do Vietnam. O seu corpo foi transferido para Macau, donde
partiam os missionários para os países da Cochinchina, Cochim-China, como os
portugueses batizaram esta zona para a distinguir de Cochim da Índia, onde
tiveram a sua sede. Algumas relíquias corporais de André foram mais tarde
enviadas para a sede dos jesuítas, em Roma. O Padre Rhodes também acabou por
ser condenado à morte por um rei vietnamita. A pena, porém, foi-lhe comutada.
Regressou a Roma, passou à Pérsia.
Na Eucaristia da beatificação de André,
São João Paulo II, afirmava: "Todo aquele que der testemunho de mim diante
dos homens, também Eu darei testemunho dele diante o meu Pai que está no
céu" (Mt 10, 32). André de Phú Yên, no Vietnam, fez suas estas
palavras do Senhor com uma intensidade heroica. Desde o dia em que recebeu o
Batismo, quando tinha 16 anos, dedicou-se ao desenvolvimento de uma profunda
vida espiritual (...) viveu como fiel testemunha de Cristo ressuscitado (...)
dedicou todas as forças ao serviço da Igreja (...) até à dádiva do próprio
sangue, para permanecer fiel ao amor d'Aquele a que se tinha consagrado
totalmente".
Os católicos do Vietnam jamais esqueceram
o André. Recordam-no como um jovem ativo ao serviço do evangelho, um jovem de
fé serena e de sólida espiritualidade, de amor a Cristo e à sua Igreja. E São
João Paulo II, na celebração citada, fazia votos para que o seu zelo e
testemunho provocasse em “todos os catequistas a audácia de serem autênticas
testemunhas da fé, através duma vida inteiramente dedicada a Cristo e aos
irmãos!”.
Com enorme gratidão pela sua dedicação à
causa do Evangelho, saudamos todos os e as catequistas, na esperança de que não
desistam de o ser, não só pela palavra, mas também pelo testemunho de vida e de
alegria, gerando empatia e adesão a Cristo no seio das comunidades. Bem
hajam!...
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 07-08-2020.
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