sábado, 8 de agosto de 2020






PARÓQUIAS DE NISA





Domingo, 09  de agosto de 2020







XIX domingo do tempo comum








DOMINGO XIX DO TEMPO COMUM

Verde – Ofício do domingo (Semana III do Saltério). Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.

L 1 1 Reis 19, 9a. 11-13a; Sal 84 (85), 9ab-10. 11-12. 13-14
L 2 Rom 9, 1-5
Ev Mt 14, 22-33

* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Em todas as Dioceses de Portugal – Começa a Semana Nacional da Mobilidade Humana.
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.

Em Portugal – Lembrar aos fiéis que, no próximo domingo, o ofertório é para a Pastoral da Mobilidade Humana.




MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 73, 20.19.22.23
Lembrai-Vos, Senhor, da vossa aliança,
não esqueçais para sempre a vida dos vossos fiéis.
Levantai-Vos, Senhor, defendei a vossa causa,
escutai a voz daqueles que Vos procuram.


ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente,
a quem podemos chamar nosso Pai,
fazei crescer o espírito filial em nossos corações
para merecermos entrar um dia na posse da herança prometida.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA 1 Reis 19, 9a.11-13a
«Sai e permanece no monte à espera do Senhor»
I


Leitura do Primeiro Livro dos Reis

Naqueles dias, o profeta Elias chegou ao monte de Deus, o Horeb, e passou a noite numa gruta. O Senhor dirigiu-lhe a palavra, dizendo: «Sai e permanece no monte à espera do Senhor». Então, o Senhor passou. Diante d’Ele, uma forte rajada de vento fendia as montanhas e quebrava os rochedos; mas o Senhor não estava no vento. Depois do vento, sentiu-se um terramoto; mas o Senhor não estava no terramoto. Depois do terramoto, acendeu-se um fogo; mas o Senhor não estava no fogo. Depois do fogo, ouviu-se uma ligeira brisa. Quando a ouviu, Elias cobriu o rosto com o manto, saiu e ficou à entrada da gruta.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 84 (85), 9ab-10.11-12.13-14 (R. 8)
Refrão: Mostrai-nos, Senhor, o vosso amor
e dai-nos a vossa salvação.
Repete-se

Deus fala de paz ao seu povo e aos seus fiéis
e a quantos de coração a Ele se convertem.
A sua salvação está perto dos que O temem
e a sua glória habitará na nossa terra. Refrão

Encontraram-se a misericórdia e a fidelidade,
abraçaram-se a paz e a justiça.
A fidelidade vai germinar da terra
e a justiça descerá do Céu. Refrão

O Senhor dará ainda o que é bom
e a nossa terra produzirá os seus frutos.
A justiça caminhará à sua frente
e a paz seguirá os seus passos. Refrão


LEITURA II Rom 9, 1-5
«Quisera eu próprio ser separado de Cristo
por amor dos meus irmãos»



Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos

Irmãos: Em Cristo digo a verdade, não minto, e disso me dá testemunho a consciência no Espírito Santo: Sinto uma grande tristeza e uma dor contínua no meu coração. Quisera eu próprio ser anátema, separado de Cristo para bem dos meus irmãos, que são do mesmo sangue que eu, que são israelitas, a quem pertencem a adopção filial, a glória, as alianças, a legislação, o culto e as promessas, a quem pertencem os Patriarcas e de quem procede Cristo segundo a carne, Ele que está acima de todas as coisas, Deus bendito por todos os séculos. Amen.

Palavra do Senhor.


ALELUIA Salmo 129 (130), 5
Refrão: Aleluia. Repete-se
Eu confio no Senhor,
a minha alma espera na sua palavra.
Refrão


EVANGELHO Mt 14, 22-33
«Manda-me ir ter contigo sobre as águas»



Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. Mateus

Depois de ter saciado a fome à multidão, Jesus obrigou os discípulos a subir para o barco e a esperá-l’O na outra margem, enquanto Ele despedia a multidão. Logo que a despediu, subiu a um monte, para orar a sós. Ao cair da tarde, estava ali sozinho. O barco ia já no meio do mar, açoitado pelas ondas, pois o vento era contrário. Na quarta vigília da noite, Jesus foi ter com eles, caminhando sobre o mar. Os discípulos, vendo-O a caminhar sobre o mar, assustaram-se, pensando que fosse um fantasma. E gritaram cheios de medo. Mas logo Jesus lhes dirigiu a palavra, dizendo: «Tende confiança. Sou Eu. Não temais». Respondeu-Lhe Pedro: «Se és Tu, Senhor, manda-me ir ter contigo sobre as águas». «Vem!» – disse Jesus. Então, Pedro desceu do barco e caminhou sobre as águas, para ir ter com Jesus. Mas, sentindo a violência do vento e começando a afundar-se, gritou: «Salva-me, Senhor!». Jesus estendeu-lhe logo a mão e segurou-o. Depois disse-lhe: «Homem de pouca fé, porque duvidaste?». Logo que subiram para o barco, o vento amainou. Então, os que estavam no barco prostraram-se diante de Jesus, e disseram-Lhe: «Tu és verdadeiramente o Filho de Deus».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai benignamente, Senhor,
os dons que Vós mesmo concedestes à vossa Igreja
e transformai-os, com o vosso poder,
em sacramento da nossa salvação.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 147,12.14
Louva, Jerusalém, o Senhor,
que te saciou com a flor da farinha.

Ou Jo 6, 52
O pão que Eu vos darei, diz o Senhor,
é a minha carne pela vida do mundo.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Nós Vos pedimos, Senhor,
que a comunhão do vosso sacramento nos salve
e nos confirme na luz da vossa verdade.
Por Nosso Senhor.





«O querigma possui um conteúdo inevitavelmente social: no próprio coração do Evangelho, aparece a vida comunitária e o compromisso com os outros. O conteúdo do primeiro anúncio tem uma repercussão moral imediata, cujo centro é a caridade».


 Papa Francisco

A Alegria do Evangelho, 177










ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra




LEITURAS: Reis 19, 9a.11-13a: A descoberta de Deus deixa sempre o homem penetrado de um santo temor. Quer Deus Se revele no rugido do vento, no tremor de terra e no trovão, como no Sinai, quer na brisa suave, como hoje a Elias, a sua presença há de provocar sempre no homem o sentimento profundo que Pedro experimentou quando o Senhor lhe estendeu a mão no mar e o salvou.

Rom 9, 1-5; A situação e o destino do povo judeu, do meio do qual veio Jesus, povo a quem Deus fez as suas promessas, é para S. Paulo motivo de grande mágoa e um mistério que não sabe explicar. Mas espera que, um dia, também eles venham a fazer parte do povo de Deus.

Mt 14, 22-33: A descoberta que os Apóstolos fizeram de que Jesus era o Todo-Poderoso encheu-os, a princípio, de assombro e até de medo. Mas, num segundo momento, Pedro teve o desejo de fazer a mesma experiência do Mestre: andar sobre as águas. Todavia a fé não lhe foi bastante. É assim, pouco a pouco, experiência a experiência, que a fé vai lançando raízes profundas no coração.





AGENDA DO DIA



09.30 horas:  Missa em Amieira do Tejo
10.00 horas:  Missa em Arez
10.45 horas:  Missa em Tolosa
11.00 horas:  Missa em Nisa
12.00 horas:  Missa em Gáfete
12.00 horas:  Missa em Alpalhão
17.00 horas:  Missa em Montalvão
15.30 horas:  Missa no Cacheiro
16.30 horas:  Missa no Arneiro.







A VOZ DO PASTOR



UM JOVEM CATEQUISTA DE ANTES QUEBRAR QUE TORCER

Lá para as bandas da Cochinchina, no sudoeste asiático, lá onde o vento faz a curva e Judas perdeu as botas, foi ali, no que é hoje o Vietnam, e mais propriamente no delta do rio Mecong, foi ali que Luís de Camões, em jeito de Michael Phelps, terá heroicamente bracejado em prol da vida e dos épicos manuscritos. O navio naufragou, segredos muitos se foram por água abaixo, Dinamene também... talvez!... Coisas da vida, de vidas geniais e ousadas, mal-amadas no seu tempo mas sempre admiradas e a picar a curiosidade!

Pois também foi por lá, em  Phú Yên, no Vietnam, que nasceu o André, em 1624. É um dos jovens citados pelo Papa Francisco no documento conclusivo do Sínodo sobre os Jovens. Ainda bebé, André ficou órfão de pai. Sua mãe educou-o com zelo de mãe. Era o seu filho mais novo e cedo manifestou apreciadas qualidades humanas. A pedido de sua mãe, foi aluno do Padre Alexandre de Rhodes, missionário Jesuíta. Este jesuíta francês foi quem se associou à ideia e trabalho de Francisco de Pina, missionário jesuíta da cidade da Guarda, na romanização da escrita da língua vietnamita. Até então, essa língua era apresentada em ideogramas de inspiração chinesa. Terá chegado à Cochinchina por volta de 1618 e por aí viveu até à morte, na cidade de Da Nang. Mas voltemos ao jovem André, que, mais tarde, se tornou catequista. Ele fez parte de um pequeno grupo de convertidos donde saiu o primeiro clero do Vietnam. O futuro, porém, ir-lhe-ia ser bravo e sofrido. O rei de Annam, enviou um mandarim à província onde André vivia. Para quê? O Padre Rhodes, dado o bom ambiente que existia, e sem saber o que é que o mandarim trazia na cartola, foi-lhe fazer uma visita de cortesia. Os salamaleques foram curtos. O mandarim não demorou a desembrulhar uma notícia que trazia debaixo do braço. Pelos vistos, o rei estava com o avental do avesso, estava de mau humor e muito irritado com  o grande número de chineses que se convertiam ao cristianismo. O mandarim vinha, pois, proibir a ação dos missionários. Ordenou que o Padre Rhodes jamais evangelizasse os chineses, deixasse o Vietnam, regressasse a Macau. E se os cristãos locais teimassem em perseverar na fé cristã iriam passar as passinhas do Algarve. O Padre, ouviu o que ouviu, saboreou e engoliu como pôde, deixou o palácio, foi ter com a comunidade e os catequistas, seus colaboradores. E logo foi também à prisão visitar um deles, de 73 anos, que tinha sido preso dias antes. Entretanto, os guardas do mandarim, armados em fortes e confiantes na captura, foram à sede da Missão procurar Inácio. Inácio era o que presidia ao grupo dos catequistas. Inácio, porém, não estava na Missão, estava fora da cidade. Então, como mais vale um pássaro na mão do que dois a voar, amarraram, espancaram e levaram o jovem André, de dezoito anos de idade. Este jovem catequista era de fibra e de garra, de antes quebrar que torcer. Tendo sido levado ao palácio do Governador para que renunciasse ao cristianismo e negasse a sua fé, resistiu forte e firme. O mandarim foi aos arames. A firmeza de André fez-lhe subir os azeites e agravar a azia. Mandou então que lhe ripassem a cruz do pescoço e o levassem para a prisão, onde já se encontrava o idoso catequista de 73 anos de idade.

A seu tempo, os dois foram levados da prisão, como criminosos e vexatoriamente,  a uma audiência pública. A coisa foi séria e seletiva. Atendendo ao apelo dos mercadores portugueses e dada a sua idade, o catequista mais idoso foi libertado. Mas o jovem André acabou por ser condenado à morte e regressou ao calabouço. Sem grande esforço, poderemos imaginar o estado de espírito daquele jovenzinho em tão dura situação. No dia determinado, foi levado ao local da execução. O Padre Rhodes e vários cristãos portugueses e vietnamitas, e até alguns pagãos, acompanharam-no no percurso e testemunharam a tragédia. Diz a história que André ia sereno, exortava os cristãos a permanecerem firmes na fé, a não se entristecerem com a sua morte e a que rezassem para que ele permanecesse fiel até o fim. Enquanto era martirizado a golpes de lança e punhal, ia repetindo o nome de Jesus. E assim, com apenas 19 anos, aceitou o sacrifício da sua vida pela fé e amor a Cristo. Foi o primeiro mártir do Vietnam. O seu corpo foi transferido para Macau, donde partiam os missionários para os países da Cochinchina, Cochim-China, como os portugueses batizaram esta zona para a distinguir de Cochim da Índia, onde tiveram a sua sede. Algumas relíquias corporais de André foram mais tarde enviadas para a sede dos jesuítas, em Roma. O Padre Rhodes também acabou por ser condenado à morte por um rei vietnamita. A pena, porém, foi-lhe comutada. Regressou a Roma, passou à Pérsia.

Na Eucaristia da beatificação de André, São João Paulo II, afirmava: "Todo aquele que der testemunho de mim diante dos homens, também Eu darei testemunho dele diante o meu Pai que está no céu" (Mt 10, 32). André de Phú Yên, no Vietnam, fez suas estas palavras do Senhor com uma intensidade heroica. Desde o dia em que recebeu o Batismo, quando tinha 16 anos, dedicou-se ao desenvolvimento de uma profunda vida espiritual (...) viveu como fiel testemunha de Cristo ressuscitado (...) dedicou todas as forças ao serviço da Igreja (...) até à dádiva do próprio sangue, para permanecer fiel ao amor d'Aquele a que se tinha consagrado totalmente".

Os católicos do Vietnam jamais esqueceram o André. Recordam-no como um jovem ativo ao serviço do evangelho, um jovem de fé serena e de sólida espiritualidade, de amor a Cristo e à sua Igreja. E São João Paulo II, na celebração citada, fazia votos para que o seu zelo e testemunho provocasse em “todos os catequistas a audácia de serem autênticas testemunhas da fé, através duma vida inteiramente dedicada a Cristo e aos irmãos!”.

Com enorme gratidão pela sua dedicação à causa do Evangelho, saudamos todos os e as catequistas, na esperança de que não desistam de o ser, não só pela palavra, mas também pelo testemunho de vida e de alegria, gerando empatia e adesão a Cristo no seio das comunidades. Bem hajam!...

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 07-08-2020.






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