segunda-feira, 1 de julho de 2019







PARÓQUIAS DE NISA






Terça, 02 de julho de 2019












Terça da XIII semana do tempo comum



Ofício da féria




TERÇA-FEIRA da semana XIII

Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha

L 1 Gen 19, 15-29; Sal 25 (26), 2-3. 9-10. 11-12
Ev Mt 8, 23-27


* Na Companhia de Jesus – SS. Bernardino Realino, João Francisco de Régis e Francisco de Jerónimo; Bb. Julião Maunoir e António Baldinucci, presbíteros – MO



MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Salmo 46, 2
Louvai o Senhor, povos de toda a terra,
aclamai a Deus com brados de alegria.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que pela vossa graça nos tornastes filhos da luz,
não permitais que sejamos envolvidos pelas trevas do erro,
mas permaneçamos sempre no esplendor da verdade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos ímpares) Gen 19, 15-29
«O Senhor fez chover sobre Sodoma e Gomorra enxofre e fogo»


Leitura do Livro do Génesis

Naqueles dias, os Anjos que se tinham hospedado em casa de Lot insistiram com ele, dizendo: «Levanta-te, toma a tua esposa e as duas filhas que aqui estão, para que não pereças no castigo de Sodoma». E, como ele hesitasse, os homens tomaram-no pela mão, assim como à esposa e às duas filhas, porque o Senhor queria poupá-los. Quando os levavam para fora da cidade, um deles disse: «Foge, se queres salvar a vida. Não olhes para trás, nem te demores em nenhum lugar da planície. Foge para os montes, para não pereceres». Lot respondeu: «Isso não, meu Senhor, eu te peço. O teu servo encontrou graça a teus olhos e mostraste-me uma grande misericórdia, salvando-me a vida. Mas não posso fugir para os montes, sem que a desgraça caia sobre mim e eu morra. Olha, perto daqui há uma pequena cidade, onde posso refugiar-me e escapar do perigo. Como a cidade é pequena, ali salvarei a vida». Ele respondeu: «Está bem. Concedo-te ainda esta graça: não destruirei a cidade de que falas. Foge depressa para lá, porque nada posso fazer, enquanto não tiveres lá chegado». – É por isso que se deu àquela cidade o nome de Soar –. Começava o sol a aparecer sobre a terra, quando Lot entrou em Soar. Então o Senhor fez chover sobre Sodoma e Gomorra enxofre e fogo que vinham do alto dos céus. Destruiu aquelas cidades e toda a planície, bem como todos os seus habitantes e a vegetação da terra. Entretanto, a mulher de Lot olhou para trás e transformou-se numa estátua de sal. Abraão levantou-se muito cedo e foi ao local onde estivera na presença do Senhor. Olhou para Sodoma e Gomorra e para toda a planície e viu o fumo que subia da terra, como fumo de uma fornalha. Foi assim que, ao destruir as cidades da planície, Deus se recordou de Abraão e fez que Lot escapasse à catástrofe, quando destruiu as cidades em que ele habitara.

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 25 (26), 2-3.9-10.11-12 (R. 3a)
Refrão: Tenho sempre diante de mim a vossa bondade. Repete-se


Observai-me, Senhor, e ponde-me à prova,
purificai-me os rins e o coração.
Tenho sempre diante de mim a vossa bondade
e deixo-me guiar pela vossa verdade. Refrão

Não permitais que a minha alma
se junte aos pecadores,
nem a minha vida aos homens sanguinários.
Suas mãos estão cheias de crimes
e a sua dextra foi subornada. Refrão

Eu, porém, procedo com rectidão:
salvai-me e tende piedade de mim.
Os meus pés seguem por caminho recto:
nas assembleias bendirei o Senhor. Refrão


ALELUIA Salmo 129 (130), 5
Refrão: Aleluia Repete-se

Eu confio no Senhor,
a minha alma espera na sua palavra. Refrão


EVANGELHO Mt 8, 23-27
«Levantou-Se, falou imperiosamente ao vento e ao mar
e fez-se grande bonança»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo seg. São Mateus

Naquele tempo, Jesus subiu para o barco e os discípulos acompanharam-n’O. Entretanto, levantou-se no mar tão grande tormenta que as ondas cobriam o barco. Jesus dormia. Aproximaram-se os discípulos e acordaram-n’O, dizendo: «Salva-nos, Senhor, que estamos perdidos». Disse-lhes Jesus: «Porque temeis, homens de pouca fé?». Então levantou-Se, falou imperiosamente ao vento e ao mar e fez-se grande bonança. Os homens ficaram admirados e disseram: «Quem é este homem, que até o vento e o mar Lhe obedecem?».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus,
que assegurais a eficácia dos vossos sacramentos,
fazei que este serviço divino
seja digno dos mistérios que celebramos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 102, 1
A minha alma louva o Senhor,
todo o meu ser bendiz o seu nome santo.

Ou cf. Jo 17, 20-21
Pai santo, Eu rogo por aqueles que hão-de acreditar em Mim,
para que sejam em Nós confirmados na unidade
e o mundo acredite que Tu Me enviaste.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Concedei-nos, Senhor,
que o Corpo e o Sangue do vosso Filho,
oferecidos em sacrifício e recebidos em comunhão,
nos dêem a verdadeira vida,
para que, unidos convosco em amor eterno,
dêmos frutos que permaneçam para sempre.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.




«Aquele que me ama cumpre as minhas palavras, amando os irmãos».

Jesus





ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia


1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS: 

LEITURA I Gen 19, 15-29: Estas duas cidades são o símbolo do pecado e da impiedade, e o castigo que sofreram manifesta que Deus não pode pactuar com o mal, mas que, mesmo no meio das maiores catástrofes, Ele sabe sempre salvar e libertar. A história dos homens, mesmo quando ela é uma história de pecado, torna-se, pela ação de Deus nela, história de salvação.


EVANGELHO Mt 8, 23-27: Os discípulos mostraram-se “homens de pouca fé”, ao pensarem que Jesus a dormir não os poderia salvar! “Homens de pouca fé”, também nós o somos, quando, no meio das calamidades da vida, não percebemos que o Senhor continua presente e não O invocamos, a Ele que está sempre pronto a salvar-nos.

ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.





AGENDA DO DIA

18.00 horas: Missa em Alpalhão
18.00 horas: Missa em Nisa – Espírito Santo
21.00 horas: Reunião dos responsáveis pelos movimentos.






A VOZ DO PASTOR



A SERVIR SEM LUVAS NEM ALARDE

Cada um pelo seu caminho e nas suas circunstâncias existenciais está convidado à santidade. Os santos não são apenas os que estão nos altares.  Há os santos de ao pé da porta, a classe média da santidade, como refere Francisco. Com certeza que muitos desses santos são nossos familiares, amigos e outros com quem menos nos relacionámos, mas com os quais nos cruzámos, sentámos à mesa, trabalhámos e convivemos, outrora com os que já partiram e hoje com os que vivem ao jeito de Jesus. A santidade não está “reservada apenas àqueles que têm possibilidade de se afastar das ocupações comuns, para dedicar muito tempo à oração. Não é assim. Todos somos chamados a ser santos, vivendo com amor e oferecendo o próprio testemunho nas ocupações de cada dia, onde cada um se encontra. És uma consagrada ou um consagrado? Sê santo, vivendo com alegria a tua doação. Estás casado? Sê santo, amando e cuidando do teu marido ou da tua esposa, como Cristo fez com a Igreja. És um trabalhador? Sê santo, cumprindo com honestidade e competência o teu trabalho ao serviço dos irmãos. És progenitor, avó ou avô? Sê santo, ensinando com paciência as crianças a seguirem Jesus. Estás investido em autoridade? Sê santo, lutando pelo bem comum e renunciando aos teus interesses pessoais (Gaudete et exultate,14).

E se é saudável que os filhos percebam que a mãe reza pela santificação do pai, que o pai reza pela santificação da mãe, que ambos rezam pela sua própria santificação e pela santificação dos filhos, e ensinam os filhos a rezar pelos pais, nestes dias, porém, em que celebramos a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, todos somos convidados, a nível mundial, e já por iniciativa de São João Paulo II, a rezar pela santificação dos sacerdotes. É uma oportunidade para que os próprios sacerdotes façam memória do dom recebido e o procurem redescobrir de maneira sempre nova. É também oportunidade para que todo o Povo de Deus se associe em ação de graças pelo grande dom do Ministério Sacerdotal à Igreja e pedindo especialmente a santificação dos seus sacerdotes. É sabido que a Igreja “não precisa de muitos burocratas e funcionários, mas de missionários apaixonados, devorados pelo entusiasmo de comunicar a verdadeira vida. Os santos surpreendem, desinstalam, porque a sua vida nos chama a sair da mediocridade tranquila e anestesiadora” (id.138).

E nestes tempos sofridos pelos escândalos que correm por esse mundo fora, também nos associamos ao agradecimento que o Papa Francisco faz a todos aqueles sacerdotes “que servem o Senhor com total fidelidade e se sentem desonrados e desacreditados pelos vergonhosos comportamentos dalguns dos seus confrades. Todos – Igreja, consagrados, Povo de Deus e até o próprio Deus – carregamos as consequências das suas infidelidades. Agradeço, em nome da Igreja inteira, à grande maioria dos sacerdotes que não só permanecem fiéis ao seu celibato, mas se gastam no ministério que hoje se tornou ainda mais difícil pelos escândalos de poucos (mas sempre demasiados) dos seus irmãos. E obrigado também aos fiéis que conhecem bem os seus pastores e continuam a rezar por eles e a apoiá-los” (Francisco, 24/02/2019).

Na sua homilia no Jubileu dos Sacerdotes no Ano Extraordinário da Misericórdia, em 3 de junho de 2016, o Papa convidava os sacerdotes do mundo inteiro a fixar “o olhar em dois corações: o Coração do Bom Pastor e o nosso coração de pastores”. É com os olhos fixos no Coração do Bom Pastor que renovaremos a memória de quando o Senhor nos tocou e nos chamou para O seguir. “Nele vemos a sua doação incessante, sem limites; nele encontramos a fonte do amor fiel e manso, que nos deixa livres e torna livres; nele descobrimos sempre de novo que Jesus nos ama «até ao fim» (Jo 13,1)”. Para ajudar o coração dos Sacerdotes a inflamar-se na caridade de Jesus Bom Pastor, Francisco aponta três exercícios muito importantes a ter em conta nesse treino que passo a sintetizar:

1 - “O pastor segundo Jesus tem o coração livre para deixar as suas coisas, não vive fazendo a contabilidade do que tem e das horas de serviço: não é um contabilista do espírito, mas um bom Samaritano à procura dos necessitados. É um pastor, não um inspetor do rebanho; e dedica-se à missão, não a cinquenta ou sessenta por cento, mas com todo o seu ser. Indo à procura encontra, e encontra porque arrisca. Se o pastor não arrisca, não encontra. Não se detém com as deceções nem se arrende às fadigas; na realidade, é obstinado no bem, ungido pela obstinação divina de que ninguém se extravie. Por isso não só mantém as portas abertas, mas sai à procura de quem já não quer entrar pela porta. Como todo o bom cristão, e como exemplo para cada cristão, está sempre em saída de si mesmo. O epicentro do seu coração está fora dele: é um descentrado de si mesmo, porque centrado apenas em Jesus. Não é atraído pelo seu eu, mas pelo Tu de Deus e pelo “nós” dos homens”.

2 – O pastor segundo o coração de Jesus “é ungido para o povo, não para escolher os seus próprios projetos, mas para estar perto do povo concreto que Deus, através da Igreja, lhe confiou. Ninguém fica excluído do seu coração, da sua oração e do seu sorriso. Com olhar amoroso e coração de pai acolhe, inclui e, quando tem que corrigir, é sempre para aproximar; não despreza ninguém, estando pronto a sujar as mãos por todos. O Bom Pastor não usa luvas... Ministro da comunhão que celebra e vive, não espera cumprimentos e elogios dos outros, mas é o primeiro a dar uma mão, rejeitando as murmurações, os juízos e os venenos. Com paciência, escuta os problemas e acompanha os passos das pessoas, concedendo o perdão divino com generosa compaixão. Não ralha a quem deixa ou perde a estrada, mas está sempre pronto a reintegrar e a compor as contendas. É um homem que sabe incluir”.

3 – “A alegria de Jesus Bom Pastor não é uma alegria por Si, mas uma alegria pelos outros e com os outros, a alegria verdadeira do amor. Esta é também a alegria do sacerdote. É transformado pela misericórdia que dá gratuitamente. Na oração, descobre a consolação de Deus e experimenta que nada é mais forte do que o seu amor. Por isso permanece sereno interiormente, sentindo-se feliz por ser um canal de misericórdia, por aproximar o homem do Coração de Deus. Nele a tristeza não é normal, mas apenas passageira; a dureza é-lhe estranha, porque é pastor segundo o Coração manso de Deus”.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 28-06-2019.





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