quinta-feira, 4 de julho de 2019







PARÓQUIAS DE NISA






Sexta, 05 julho de 2019












Sexta da XIII semana do tempo comum



Ofício da memória ou da féria




SEXTA-FEIRA da semana XIII

S. António Maria Zacarias, presbítero – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).

L 1 Gen 23, 1-4. 19 – 24, 1-8. 62-67; Sal 105 (106), 1-2. 3-4a. 4b-5
Ev Mt 9, 9-13

* Na Arquidiocese de Braga (Basílica do Bom Jesus) – Aniversário da Basílica do Bom Jesus – SOLENIDADE
* Na Congregação das Irmãs Concepcionistas ao Serviço dos Pobres – Aniversário da aprovação da Congregação (1955).
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – Ofício e Missa votivos da Paixão.
* Nas Dioceses de Cabo Verde – Dia de oração e acção de graças.


MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Salmo 46, 2
Louvai o Senhor, povos de toda a terra,
aclamai a Deus com brados de alegria.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que pela vossa graça nos tornastes filhos da luz,
não permitais que sejamos envolvidos pelas trevas do erro,
mas permaneçamos sempre no esplendor da verdade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos ímpares) Gen 23, 1-4.19; 24, 1-8.62-67
«Isaac amou Rebeca, consolando-se assim da morte de sua mãe»


Leitura do Livro do Génesis

Sara viveu até aos cento e vinte e sete anos e morreu em Quiriat-Arbá, hoje Hebron, na terra de Canaã. Abraão foi lá celebrar os funerais e chorar sua mulher. Depois deixou a defunta e falou assim aos filhos de Het: «Eu sou um imigrante entre vós. Cedei-me em terreno vosso a posse dum sepulcro, para eu enterrar a minha defunta. E assim Abraão sepultou Sara, sua esposa, na gruta do campo de Macpela, em frente de Mambré, hoje Hebron, na terra de Canaã. Abraão era já velho, de idade avançada, e o Senhor tinha-o abençoado em tudo. Disse Abraão ao servo mais antigo da sua casa, que superentendia sobre todos os seus bens: «Põe a tua mão debaixo da minha coxa e jura pelo Senhor, Deus do céu e da terra, que não escolherás para o meu filho uma esposa entre as filhas dos cananeus, no meio dos quais habito. Mas irás à minha terra e à minha família escolher uma esposa para o meu filho Isaac». O servo perguntou-lhe: «Se essa mulher não quiser vir comigo para esta terra, deverei levar o teu filho para a terra donde vieste?». Abraão respondeu-lhe: «De modo nenhum levarás para lá o meu filho. O Senhor, Deus do Céu, que me tirou da casa paterna e da terra onde nasci, falou-me e fez-me o seguinte juramento: ‘Darei esta terra aos teus descendentes’. Ele enviará à tua frente o seu Anjo, para que escolhas na minha terra uma esposa para o meu filho. Se essa mulher não quiser vir contigo, ficarás desligado deste juramento que me fazes. Mas em caso algum levarás para lá o meu filho». Isaac tinha voltado do poço de Laai-Roí e habitava na região do Negueb. Uma vez em que ele saíra a passear pelo campo à tardinha, ergueu os olhos e viu uns camelos que acabavam de chegar. Rebeca, sua prima, ergueu também os olhos e viu Isaac. Ela desceu do camelo e perguntou ao servo: «Quem é aquele homem que vem a correr pelo campo ao nosso encontro?». O servo respondeu: «É o meu senhor». Rebeca tomou o véu e cobriu-se. O servo contou a Isaac tudo o que tinha feito. Isaac introduziu Rebeca na tenda de Sara, sua mãe. Depois casou com ela e amou-a, consolando-se assim da morte de sua mãe.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 105 (106), 1-2.3-4a.4b-5 (R. 1a)
Refrão: Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom. Repete-se

Ou: Aleluia. Repete-se

Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom,
porque é eterna a sua misericórdia.
Quem poderá contar as obras do Senhor
e apregoar todos os seus prodígios? Refrão

Felizes os que observam os seus preceitos
e praticam sempre o que é justo.
Lembrai-Vos de nós, Senhor,
por amor do vosso povo. Refrão

Visitai-nos com a vossa salvação,
para que vejamos a felicidade dos vossos eleitos,
rejubilemos com a alegria do vosso povo
e exultemos com a vossa herança. Refrão


ALELUIA Mt 11, 28
Refrão: Aleluia Repete-se


Vinde a Mim,
vós todos que andais cansados e oprimidos,
e Eu vos aliviarei, diz o Senhor. Refrão


EVANGELHO Mt 9, 9-13
«Não são os que têm saúde que precisam do médico.
Prefiro a misericórdia ao sacrifício»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, Jesus ia a passar, quando viu um homem chamado Mateus, sentado no posto de cobrança dos impostos, e disse-lhe: «Segue-Me». Ele levantou-se e seguiu Jesus. Um dia em que Jesus estava à mesa em casa de Mateus, muitos publicanos e pecadores vieram sentar-se com Ele e os seus discípulos. Vendo isto, os fariseus diziam aos discípulos: «Por que motivo é que o vosso Mestre come com os publicanos e os pecadores?». Jesus ouviu-os e respondeu: «Não são os que têm saúde que precisam do médico, mas sim os doentes. Ide aprender o que significa: ‘Prefiro a misericórdia ao sacrifício’. Porque Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores».

Palavra da salvação.



ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus,
que assegurais a eficácia dos vossos sacramentos,
fazei que este serviço divino
seja digno dos mistérios que celebramos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 102, 1
A minha alma louva o Senhor,
todo o meu ser bendiz o seu nome santo.

Ou cf. Jo 17, 20-21
Pai santo, Eu rogo por aqueles que hão-de acreditar em Mim,
para que sejam em Nós confirmados na unidade
e o mundo acredite que Tu Me enviaste.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Concedei-nos, Senhor,
que o Corpo e o Sangue do vosso Filho,
oferecidos em sacrifício e recebidos em comunhão,
nos dêem a verdadeira vida,
para que, unidos convosco em amor eterno,
dêmos frutos que permaneçam para sempre.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.




«Ensinar a amar amando é permanecer no Senhor».






ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia


1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS: 

LEITURA I. Gen 23, 1-4.19; 24, 1-8.62-67: A história dos patriarcas da Antiga Aliança é a história da fidelidade de Deus para com o seu povo, ao mesmo tempo que mostra como esses patriarcas testemunham a sua fé em Deus, ao serem fiéis a essa Aliança. É assim que Abraão manda procurar uma esposa para o seu filho à terra da sua origem; mas que seja ela a vir para a Terra Prometida, pois que é essa a Terra onde Deus prometeu realizar as suas promessas. É preciso ir ao encontro de Deus, para que o Deus fiel seja acolhido pela fidelidade do homem.


EVANGELHO  Mt 9, 9-13: A misericórdia de Deus é a grande revelação que Jesus nos veio fazer. Mas é certamente esta a revelação que temos maior dificuldade em compreender. Por isso, o ser misericordiosos é também a atitude que temos mais dificuldade em manifestar para com os nossos irmãos. Somos mais facilmente justiceiros do que misericordiosos. Por isso, somos tão pouco cristãos!

ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.





AGENDA DO DIA


10.00 horas: Funeral em Nisa – Misericórdia
17.00 horas: Adoração ao Santíssimo em Alpalhão
18.00 horas: Missa em Alpalhão
18.00 horas: Missa em Nisa – Espírito Santo






A VOZ DO PASTOR



A SERVIR SEM LUVAS NEM ALARDE

Cada um pelo seu caminho e nas suas circunstâncias existenciais está convidado à santidade. Os santos não são apenas os que estão nos altares.  Há os santos de ao pé da porta, a classe média da santidade, como refere Francisco. Com certeza que muitos desses santos são nossos familiares, amigos e outros com quem menos nos relacionámos, mas com os quais nos cruzámos, sentámos à mesa, trabalhámos e convivemos, outrora com os que já partiram e hoje com os que vivem ao jeito de Jesus. A santidade não está “reservada apenas àqueles que têm possibilidade de se afastar das ocupações comuns, para dedicar muito tempo à oração. Não é assim. Todos somos chamados a ser santos, vivendo com amor e oferecendo o próprio testemunho nas ocupações de cada dia, onde cada um se encontra. És uma consagrada ou um consagrado? Sê santo, vivendo com alegria a tua doação. Estás casado? Sê santo, amando e cuidando do teu marido ou da tua esposa, como Cristo fez com a Igreja. És um trabalhador? Sê santo, cumprindo com honestidade e competência o teu trabalho ao serviço dos irmãos. És progenitor, avó ou avô? Sê santo, ensinando com paciência as crianças a seguirem Jesus. Estás investido em autoridade? Sê santo, lutando pelo bem comum e renunciando aos teus interesses pessoais (Gaudete et exultate,14).

E se é saudável que os filhos percebam que a mãe reza pela santificação do pai, que o pai reza pela santificação da mãe, que ambos rezam pela sua própria santificação e pela santificação dos filhos, e ensinam os filhos a rezar pelos pais, nestes dias, porém, em que celebramos a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, todos somos convidados, a nível mundial, e já por iniciativa de São João Paulo II, a rezar pela santificação dos sacerdotes. É uma oportunidade para que os próprios sacerdotes façam memória do dom recebido e o procurem redescobrir de maneira sempre nova. É também oportunidade para que todo o Povo de Deus se associe em ação de graças pelo grande dom do Ministério Sacerdotal à Igreja e pedindo especialmente a santificação dos seus sacerdotes. É sabido que a Igreja “não precisa de muitos burocratas e funcionários, mas de missionários apaixonados, devorados pelo entusiasmo de comunicar a verdadeira vida. Os santos surpreendem, desinstalam, porque a sua vida nos chama a sair da mediocridade tranquila e anestesiadora” (id.138).

E nestes tempos sofridos pelos escândalos que correm por esse mundo fora, também nos associamos ao agradecimento que o Papa Francisco faz a todos aqueles sacerdotes “que servem o Senhor com total fidelidade e se sentem desonrados e desacreditados pelos vergonhosos comportamentos dalguns dos seus confrades. Todos – Igreja, consagrados, Povo de Deus e até o próprio Deus – carregamos as consequências das suas infidelidades. Agradeço, em nome da Igreja inteira, à grande maioria dos sacerdotes que não só permanecem fiéis ao seu celibato, mas se gastam no ministério que hoje se tornou ainda mais difícil pelos escândalos de poucos (mas sempre demasiados) dos seus irmãos. E obrigado também aos fiéis que conhecem bem os seus pastores e continuam a rezar por eles e a apoiá-los” (Francisco, 24/02/2019).

Na sua homilia no Jubileu dos Sacerdotes no Ano Extraordinário da Misericórdia, em 3 de junho de 2016, o Papa convidava os sacerdotes do mundo inteiro a fixar “o olhar em dois corações: o Coração do Bom Pastor e o nosso coração de pastores”. É com os olhos fixos no Coração do Bom Pastor que renovaremos a memória de quando o Senhor nos tocou e nos chamou para O seguir. “Nele vemos a sua doação incessante, sem limites; nele encontramos a fonte do amor fiel e manso, que nos deixa livres e torna livres; nele descobrimos sempre de novo que Jesus nos ama «até ao fim» (Jo 13,1)”. Para ajudar o coração dos Sacerdotes a inflamar-se na caridade de Jesus Bom Pastor, Francisco aponta três exercícios muito importantes a ter em conta nesse treino que passo a sintetizar:

1 - “O pastor segundo Jesus tem o coração livre para deixar as suas coisas, não vive fazendo a contabilidade do que tem e das horas de serviço: não é um contabilista do espírito, mas um bom Samaritano à procura dos necessitados. É um pastor, não um inspetor do rebanho; e dedica-se à missão, não a cinquenta ou sessenta por cento, mas com todo o seu ser. Indo à procura encontra, e encontra porque arrisca. Se o pastor não arrisca, não encontra. Não se detém com as deceções nem se arrende às fadigas; na realidade, é obstinado no bem, ungido pela obstinação divina de que ninguém se extravie. Por isso não só mantém as portas abertas, mas sai à procura de quem já não quer entrar pela porta. Como todo o bom cristão, e como exemplo para cada cristão, está sempre em saída de si mesmo. O epicentro do seu coração está fora dele: é um descentrado de si mesmo, porque centrado apenas em Jesus. Não é atraído pelo seu eu, mas pelo Tu de Deus e pelo “nós” dos homens”.

2 – O pastor segundo o coração de Jesus “é ungido para o povo, não para escolher os seus próprios projetos, mas para estar perto do povo concreto que Deus, através da Igreja, lhe confiou. Ninguém fica excluído do seu coração, da sua oração e do seu sorriso. Com olhar amoroso e coração de pai acolhe, inclui e, quando tem que corrigir, é sempre para aproximar; não despreza ninguém, estando pronto a sujar as mãos por todos. O Bom Pastor não usa luvas... Ministro da comunhão que celebra e vive, não espera cumprimentos e elogios dos outros, mas é o primeiro a dar uma mão, rejeitando as murmurações, os juízos e os venenos. Com paciência, escuta os problemas e acompanha os passos das pessoas, concedendo o perdão divino com generosa compaixão. Não ralha a quem deixa ou perde a estrada, mas está sempre pronto a reintegrar e a compor as contendas. É um homem que sabe incluir”.

3 – “A alegria de Jesus Bom Pastor não é uma alegria por Si, mas uma alegria pelos outros e com os outros, a alegria verdadeira do amor. Esta é também a alegria do sacerdote. É transformado pela misericórdia que dá gratuitamente. Na oração, descobre a consolação de Deus e experimenta que nada é mais forte do que o seu amor. Por isso permanece sereno interiormente, sentindo-se feliz por ser um canal de misericórdia, por aproximar o homem do Coração de Deus. Nele a tristeza não é normal, mas apenas passageira; a dureza é-lhe estranha, porque é pastor segundo o Coração manso de Deus”.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 28-06-2019.




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