terça-feira, 16 de julho de 2019






PARÓQUIAS DE NISA



Quarta, 17 de julho de 2019









 Quarta da XV semana do tempo comum



Ofício da memória




QUARTA-FEIRA da semana XV

Bb. Inácio de Azevedo, presbítero,
e Companheiros, mártires – MO

Vermelho – Ofício da memória.
Missa da memória.

L 1 Ex 3, 1-6. 9-12; Sal 102 (103), 1-2. 3-4. 6-7
Ev Mt 11, 25-27

* Na Diocese de Bragança-Miranda – Bb. Nicolau Dinis (de Bragança) e Bento de Castro (de Chacim), mártires do Brasil (1570) – MO
* Na Diocese do Porto – Bb. Inácio de Azevedo, presbítero e Companheiros, mártires – MO
* Na Diocese de Viana do Castelo – Bb. Inácio de Azevedo, presbítero, e Companheiros, mártires – MF
* Na Ordem Agostiniana – B. Madalena Albrici de Como, virgem – MF
* Na Ordem Carmelita e na Ordem dos Carmelitas Descalços – Bb. Teresa de S. Agostinho e Companheiras, virgens e mártires – MF e MO
* Na Ordem de São Domingos – B. Ceslau da Polónia, presbítero – MF
* Na Companhia de Jesus – Bb. Inácio de Azevedo, presbítero, e Companheiros, mártires – MO
*Em NISA  Festa



BB. INÁCIO DE AZEVEDO, presbítero e
COMPANHEIROS, mártires

Nota Histórica
Inácio de Azevedo nasceu no Porto, de família ilustre, em 1526 ou 1527; entrou na Companhia de Jesus em 1548 e foi ordenado sacerdote em 1553. Mais tarde partiu para o Brasil, a fim de se consagrar ao apostolado missionário. Tendo voltado à pátria, conseguiu recrutar numerosos colaboradores para a sua obra evangelizadora e empreendeu a viagem de regresso; mas, intercetados ao largo das ilhas Canárias pelos corsários anticatólicos, ali sofreu o martírio no dia 15 de Julho de 1570; os trinta e nove companheiros que iam na mesma nau foram também martirizados no mesmo dia.

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA
Os mártires derramaram o seu sangue por Cristo,
por isso alcançaram a recompensa eterna.


ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e todo-poderoso, que dotastes de invencível constância na fé os bem-aventurados mártires Inácio de Azevedo e seus companheiros, concedei-nos que, fortalecidos por tão numerosos exemplos, imitemos o fogo da sua caridade e participemos da sua glória na pátria celeste. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos ímpares) Ex 3, 1-6.9-12
«Apareceu-lhe o Anjo do Senhor numa chama ardente,
do meio de uma sarça»


Leitura do Livro do Êxodo

Naqueles dias, Moisés apascentava o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote de Madiã. Ao levar o rebanho para além do deserto, chegou ao monte de Deus, Horeb. Apareceu-lhe então o Anjo do Senhor numa chama ardente, do meio de uma sarça. Moisés olhou para a sarça, que estava a arder, e viu que a sarça não se consumia. Então disse Moisés: «Vou aproximar-me, para ver tão assombroso espetáculo: por que motivo não se consome a sarça?» O Senhor viu que ele se aproximava para ver. Então Deus chamou-o do meio da sarça: «Moisés, Moisés!» Ele respondeu: «Aqui estou!» Continuou o Senhor: «Não te aproximes. Tira as sandálias dos pés, porque o lugar que pisas é terra sagrada». E acrescentou: «Eu sou o Deus de teu pai, Deus de Abraão, Deus de Isaac e Deus de Jacob». Então Moisés cobriu o rosto, com receio de olhar para Deus. Disse-lhe o Senhor: «O clamor dos filhos de Israel chegou até Mim; vi também a violência com que os egípcios os oprimem. Agora põe-te a caminho, que Eu vou enviar-te ao faraó, para que tires do Egipto o meu povo, os filhos de Israel». Moisés disse a Deus: «Quem sou eu, para ir à presença do faraó e tirar do Egipto os filhos de Israel?». Deus respondeu-lhe: «Eu estarei contigo e este é o sinal de que fui Eu que te enviei: Quando tirares o povo do Egipto, adorareis a Deus neste monte».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 102 (103), 1-2.3-4.6-7 (R. 8a)

Refrão: O Senhor é clemente e cheio de compaixão. Repete-se
Ou: Senhor, sois um Deus clemente e compassivo. Repete-se

Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e todo o meu ser bendiga o seu nome santo.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e não esqueças nenhum dos seus benefícios. Refrão

Ele perdoa todos os teus pecados
e cura as tuas enfermidades.
Salva da morte a tua vida
e coroa-te de graça e misericórdia. Refrão

O Senhor faz justiça
e defende o direito de todos os oprimidos.
Revelou a Moisés os seus caminhos
e aos filhos de Israel os seus p rodígios. Refrão


ALELUIA
cf. Mt 11, 25
Refrão: Aleluia Repete-se


Bendito, sejais, ó Pai, Senhor do céu e da terra,
porque revelastes aos pequeninos os mistérios do reino. Refrão


EVANGELHO Mt 11, 25-27
«Escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes
e as revelaste aos pequeninos»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, Jesus exclamou: «Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, Eu Te bendigo, porque assim foi do teu agrado. Tudo Me foi dado por meu Pai. Ninguém conhece o Filho senão o Pai e ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, a oblação do vosso povo, ao celebrarmos a paixão dos Santos Mártires, e fazei que este divino sacramento que ao bem aventurado Inácio de Azevedo e seus companheiros deu tão admirável fortaleza na perseguição, nos dê também a nós invencível firmeza na adversidade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Rom 8, 38-39
Nem a morte nem a vida nem criatura alguma
poderá separar-nos do amor de Cristo.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentastes com o pão do Céu, fazei que, a exemplo dos bem-aventurados mártires Inácio de Azevedo e seus companheiros, levemos sempre gravados em nossos corações os sinais e o amor da paixão do vosso Filho e goze¬mos eternamente da verdadeira paz. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito
Santo.





«Quem tem Deus nada lhe falta. Só Deus basta».


Santa Teresa de Ávila





ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia


1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS: Ex 3, 1-6.9-12: Moisés, que havia de ser o instrumento de Deus para libertação do povo, recebe, nesta visão, a consciência da grandeza e do poder de Deus, ao mesmo tempo que do seu amor e solicitude pelo povo que Ele queria salvar. A transcendência de Deus não é obstáculo à sua solicitude de amor para com os homens, como Moisés o sentiu. Ao mesmo tempo, o encontro com Deus é sempre encontro que transforma a vida e leva à missão, como o foi para Moisés.
 
Mt 11, 25-27: Os “pequeninos” são os discípulos de Jesus, as coisas que só a eles são reveladas são os mistérios do reino de Deus. De facto, o conhecimento destas verdades é fruto da revelação que Deus faz a quem escuta a sua palavra com o coração puro o sincero. O encontro com Deus só é possível se nos colocarmos diante d’Ele em atitude de verdade: verdade que é consciência da nossa profunda pobreza; verdade que é despojarmo-nos de nós mesmos, do nosso orgulho; verdade que é lançarmo-nos nos caminhos da fraternidade e da humanidade, como quem é capaz de se agarrar ao essencial, de viver “como se visse o invisível”.


ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.





AGENDA DO DIA


09.00 horas; Funeral no Mártir e Santo
17.00 horas: Missa em Gáfete
18.00 horas: Missa em Tolosa
18.00 horas: Missa em Nisa





A VOZ DO PASTOR



UM BELO SERVIÇO À COMUNIDADE HUMANA

O Diácono André Beato, de Nisa, Alto Alentejo, vai ser Ordenado Presbítero para esta Diocese de Portalegre-Castelo Branco. É amanhã, na Catedral de Portalegre. Este amanhã é um HOJE feliz para toda a Igreja, para ele, para a sua família, para toda a comunidade diocesana, para o Seminário do Patriarcado de Lisboa, onde ele se formou e a quem estamos imensamente gratos. É um grande Dia de Ação de Graças!...

Parabéns André! Partilhamos a tua alegria e auguramos-te, com muita esperança, um futuro feliz nesta “comunidade do tornar-se pequenino” no seguimento do Senhor que lavou os pés aos discípulos. Ele serviu com amor e dedicação total, até ao fim, na Cruz, fazendo o bem e perdoando, usando de misericórdia para com todos! E disse-nos: assim como Eu fiz, fazeis vós também...
No mês passado, falando à Ordem Trinitária, o Papa Francisco alertava para um erro no qual facilmente se pode cair. O erro de se pensar, devido à cultura do vazio, do pensamento débil e do relativismo, que as novas gerações não abrem espaço para uma proposta vocacional na fé. Pois, dizia ele, “também hoje há jovens que procuram fervorosamente o sentido pleno da própria vida; jovens que são capazes de dedicação incondicional às grandes causas; jovens que amam apaixonadamente Jesus e demonstram uma enorme compaixão pela humanidade. Há jovens que talvez não falem de significado nem de sentido da vida, mas o que é que pretendem quando procuram com ansiedade a felicidade, o amor, o sucesso, a realização pessoal? Tudo isto faz parte do mundo das aspirações dos nossos jovens, as quais têm necessidade de ser ordenadas, como fez o Criador no início dos tempos, passando do caos para a ordem do cosmo (cf. Gn 1, 1-31)”.
 Sabendo que os jovens não suportam outros métodos que não sejam o de serem protagonistas e “protagonistas em movimento”, é precisamente aqui onde se pode “intervir a fim de ajudar os jovens a harmonizar as suas aspirações, a pô-las em ordem”, referiu o Papa. É o espaço da pastoral juvenil e vocacional, nada fácil, é verdade, mas tão importante quão necessária, sem proselitismos. O mundo dos jovens é o seu mundo, um mundo bonito e cheio de esperança, mas sempre a reclamar nova linguagem e novos métodos para despertar atenção e interesse. A juventude é “um dom que podemos desbaratar inutilmente, ou então que podemos receber agradecidos e vivê-lo em plenitude” (CV134).
Francisco apontou algumas pistas a ter em conta neste trabalho pastoral, pistas que passo a sintetizar e também se encontram na Exortação Apostólica Cristo Vive, a Exortação final do Sínodo dos Jovens:

1-- A pastoral juvenil e vocacional exige acompanhamento, proximidade. Os jovens querem companheiros de caminho, para procurarem juntos os “poços de água viva” nos quais podem saciar a sede de plenitude que muitos deles sentem. É importante que eles se sintam amados pelo que são, pelo modo como são. Quem trabalha nesta pastoral tem de ser para os jovens como um irmão mais velho com o qual possam falar, no qual possam confiar, que os escute, dialogue com eles, façam discernimento juntos. Alguém que os faça sentir verdadeiramente amados para que lhes possa propor a medida alta do amor: a santidade, um caminho contra a corrente.

2—A pastoral juvenil e vocacional é uma pastoral em saída. É preciso ir ao encontro dos jovens, não só dos próximos, também dos distantes. Não se pode acolher apenas os que vêm ter connosco. Deve-se ir ao encontro dos que se afastaram, acolhê-los tal como são, nunca desprezar os seus limites, apoiá-los e ajudá-los na medida do possível. Encontrando-se com eles, é preciso ouvi-los, chamá-los, despertar o desejo de ir além dos confortos em que descansam. É preciso ter «a coragem, o afeto e a delicadeza necessários para ajudar o outro a reconhecer a verdade e os enganos ou as desculpas».

3—A pastoral juvenil não funciona com esquemas pré-fabricados. Francisco encoraja a caminhar com os jovens, saindo dos esquemas pré-fabricados. Com os jovens é necessário ser perseverante, semear e esperar com paciência que a semente cresça e um dia, quando o Senhor quiser, dê frutos. A nossa tarefa é semear, Deus fará com que cresça e talvez outros colham os frutos. A pastoral juvenil deve ser dinâmica, participativa, alegre, rica de esperança, capaz de arriscar, confiante. E sempre cheia de Deus, que é aquilo de que os jovens mais precisam para preencher os seus anseios de plenitude. Uma pastoral cheia de Jesus, que é o único Caminho que os leva ao Pai, a única Verdade que sacia a sua sede, a única Vida pela qual vale a pena deixar tudo.

4-- E tudo isto para que sejam santos. Esta é a motivação, a força de toda a nossa vida e da nossa ação com os jovens: levá-los a Deus. Diante da tentação da resignação, à pastoral juvenil e vocacional é exigida audácia evangélica para lançar as redes, mesmo que pareça não ser o tempo nem o momento mais oportuno. Face a uma vida sonolenta, adormecida e cansada, é preciso permanecer acordado para poder despertar. É preciso ser profetas de esperança e de novidade, profetas da alegria com a própria vida, sabendo que a melhor pastoral juvenil e vocacional consiste em viver a alegria da própria vocação (cf. Francisco, 15/06/2019). 

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 12-07-2019.




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