PARÓQUIAS
DE NISA
Quarta,
31 de julho de 2019
Quarta da XVII semana do tempo comum
Ofício da memória
QUARTA-FEIRA
da semana XVII
S. Inácio de Loiola, presbítero –
MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.
L 1 Ex 34, 29-35; Sal 98 (99), 5. 6. 7. 8
Ev Mt 13, 44-46
* Aniversário da Ordenação episcopal de D. João Miranda Teixeira, Bispo Emérito de Castello Jabar (1983).
* Na Companhia de Jesus – S. Inácio de Loiola, presbítero, Fundador da Companhia de Jesus – SOLENIDADE
* Na Congregação do Santíssimo Redentor – I Vésp. de S. Afonso Maria de Ligório.
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.
L 1 Ex 34, 29-35; Sal 98 (99), 5. 6. 7. 8
Ev Mt 13, 44-46
* Aniversário da Ordenação episcopal de D. João Miranda Teixeira, Bispo Emérito de Castello Jabar (1983).
* Na Companhia de Jesus – S. Inácio de Loiola, presbítero, Fundador da Companhia de Jesus – SOLENIDADE
* Na Congregação do Santíssimo Redentor – I Vésp. de S. Afonso Maria de Ligório.
S. INÁCIO DE LOIOLA, presbítero
Nota
Histórica
Nasceu no ano 1491 em
Loiola, na Cantábria (Espanha); seguiu primeiramente a vida da corte e a vida
militar. Depois, consagrando-se totalmente ao Senhor, estudou teologia em Paris
e aí reuniu os primeiros companheiros, com quem mais tarde fundou em Roma a
Companhia de Jesus. Exerceu intensa atividade apostólica e, particularmente com
os seus escritos e com a formação de discípulos, contribuiu grandemente para a
reforma da vida cristã e para a renovação da ação missionária. Morreu em Roma
no ano 1556.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Filip 2,
10-11
Ao nome de Jesus todos se ajoelhem no céu,
na terra e nos abismos
e toda a língua proclame que Jesus Cristo é o Senhor
para glória de Deus Pai.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, que suscitastes na vossa Igreja Santo Inácio de Loiola para propagar a maior glória do vosso nome, concedei que, à sua imitação e com o seu auxílio, combatendo o bom combate na terra, participemos da sua vitória no Céu. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Ao nome de Jesus todos se ajoelhem no céu,
na terra e nos abismos
e toda a língua proclame que Jesus Cristo é o Senhor
para glória de Deus Pai.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, que suscitastes na vossa Igreja Santo Inácio de Loiola para propagar a maior glória do vosso nome, concedei que, à sua imitação e com o seu auxílio, combatendo o bom combate na terra, participemos da sua vitória no Céu. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
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Leitura
apropriada
LEITURA I 1 Cor 10, 31 - 11, 1
«Fazei tudo para glória de Deus»
Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios
LEITURA I 1 Cor 10, 31 - 11, 1
«Fazei tudo para glória de Deus»
Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios
Irmãos: Quer comais, quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus. Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à Igreja de Deus. Fazei como eu, que em tudo procuro agradar a toda a gente, não buscando o próprio interesse, mas o de todos, para que possam salvar-se. Sede meus imitadores, como eu o sou de Cristo.
Palavra
do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 33 (34), 2-3.4-5.6-7.8-9.10-11 (R. 9a)
Refrão: Saboreai e vede como o Senhor é bom.
A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor:
escutem e alegrem-se os humildes.
Enaltecei comigo o Senhor
e exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me de toda a ansiedade.
Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias.
O Anjo do Senhor protege os que O temem
e defende-os dos perigos.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia.
Temei o Senhor, vós os seus fiéis,
porque nada falta aos que O temem.
Os poderosos empobrecem e passam fome,
aos que procuram o Senhor não faltará riqueza alguma.
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SALMO RESPONSORIAL Salmo 33 (34), 2-3.4-5.6-7.8-9.10-11 (R. 9a)
Refrão: Saboreai e vede como o Senhor é bom.
A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor:
escutem e alegrem-se os humildes.
Enaltecei comigo o Senhor
e exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me de toda a ansiedade.
Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias.
O Anjo do Senhor protege os que O temem
e defende-os dos perigos.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia.
Temei o Senhor, vós os seus fiéis,
porque nada falta aos que O temem.
Os poderosos empobrecem e passam fome,
aos que procuram o Senhor não faltará riqueza alguma.
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LEITURA
I
(anos ímpares) Ex 34, 29-35
«Viram que o rosto de Moisés irradiava luz
e temeram aproximar-se dele»
Leitura do Livro do Êxodo
«Viram que o rosto de Moisés irradiava luz
e temeram aproximar-se dele»
Leitura do Livro do Êxodo
Quando
Moisés descia do monte Sinai, trazendo nas mãos as duas tábuas da Lei, não
sabia que o seu rosto irradiava luz, depois de se encontrar com o Senhor. Aarão
e todos os filhos de Israel, ao olharem para Moisés, viram que o seu rosto
irradiava luz e temeram aproximar-se dele. Então Moisés chamou-os. Aarão e
todos os chefes da comunidade aproximaram-se e Moisés falou com eles. Depois
todos os filhos de Israel se aproximaram e ele transmitiu-lhes todas as ordens
que tinha recebido do Senhor no monte Sinai. Quando Moisés acabou de lhes
falar, cobriu o rosto com um véu. Sempre que Moisés comparecia na presença do
Senhor para falar com Ele, tirava o véu até sair de lá. Então comunicava aos
filhos de Israel as ordens que recebera. Mas como os filhos de Israel viam que
o rosto de Moisés irradiava luz, ele voltava a cobrir o rosto com o véu, até
voltar a entrar de novo na Tenda para falar com o Senhor.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 98 (99), 5.6.7.9 (R. cf. 9c)
Refrão: Vós sois santo, Senhor, nosso Deus. Repete-se
Aclamai o Senhor, nosso Deus,
prostrai-vos a seus pés:
Ele é santo. Refrão
Moisés e Aarão estão entre os seus sacerdotes
e Samuel entre os que invocam o seu nome;
invocavam o Senhor e Ele os atendia. Refrão
Falava-lhes da coluna de nuvem;
eles observavam os seus mandamentos
e os preceitos que lhes dera. Refrão
Aclamai o Senhor, nosso Deus
e prostrai-vos diante da sua montanha santa:
é santo o Senhor, nosso Deus. Refrão
ALELUIA Jo 15, 15b
Refrão: Aleluia Repete-se
Eu chamo-vos amigos, diz o Senhor,
porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai. Refrão
EVANGELHO Mt 13, 44-46
«Vendeu tudo quanto possuía para comprar aquele campo»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele
tempo, disse Jesus à multidão: «O reino dos Céus é semelhante a um tesouro
escondido num campo. O homem que o encontrou tornou a escondê-lo e ficou tão
contente que foi vender tudo quanto possuía e comprou aquele campo. O reino dos
Céus é semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas. Ao encontrar
uma de grande valor, foi vender tudo quanto possuía e comprou essa pérola».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai benignamente, Senhor, a oblação que Vos apresentamos na festa de Santo Inácio de Loiola e concedei que os santos mistérios que instituístes como fonte de toda a santidade nos santifiquem na verdade. Por Nosso Senhor.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Lc 12, 49
Eu vim trazer o fogo à terra, diz o Senhor;
e que quero Eu senão que ele se acenda?
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Nós Vos pedimos, Senhor nosso Deus, que este sacrifício de louvor, oferecido em acção de graças, na festa de Santo Inácio de Loiola, nos conduza à bem-aventurança eterna para louvarmos sem fim a vossa imensa glória. Por Nosso Senhor.
«O ódio jamais foi
uma força criativa. Somente o amor é força criativa».
Maximiliano
Kolb
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS: Ex 34, 29-35: A
aproximação de Deus transfigura sempre o homem. Assim aconteceu com Moisés,
assim acontece com os discípulos de Cristo, que ‘refletem, como num espelho, a
glória do Senhor, e são transformados nesta mesma imagem’, como diz S. Paulo,
comentando esta passagem (11 Cor 3, 18).
Mt 13, 44-46: Jesus compara o reino de Deus a um tesouro escondido no campo e a uma pérola preciosa. O reino é o “único necessário”; só ele responde ao desejo mais profundo de realização do homem: imagem de Deus, o homem só n’Ele encontra o sentido da sua vida e a sua felicidade. Por isso, a novidade da descoberta do reino torna tudo o mais de interesse relativo. O reino merece todas as renúncias.
ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.
AGENDA DO DIA
17h00: Missa em Gáfete
18h00: Missa em Tolosa
18h00: Missa em Nisa
A VOZ DO PASTOR
DIOCESE DE PORTALEGRE-CASTELO BRANCO
APELO À AJUDA FRATERNA E SOLIDÁRIA
Todos os anos os fogos florestais
atingem de forma dolorosa muitas localidades da nossa Diocese de
Portalegre-Castelo Branco. Este ano atingiu de novo os martirizados concelhos
de Vila de Rei, Sertã e Mação deixando um enorme rasto de destruição, incluindo,
pelo menos, cinco casas de primeira habitação. Não é difícil imaginar quanto
desespero e dor isto provoca nas populações, quanto sofrimento, quanta pobreza
a curto e a longo prazo. Embora nos sintamos pequeninos e impotentes perante
tais calamidades, manifestamos a nossa proximidade junto dos Senhores
Presidentes das Câmaras Municipais e das Juntas de freguesia e, de forma muito
particular, junto das queridas populações tão sofridas.
Considerando o bom trabalho
desenvolvido, em anos anteriores, pela Cáritas Diocesana conjuntamente com as
Paróquias e Autarquias afetadas e, não existindo uma campanha nacional de
angariação de fundos, torna-se necessário envolver as comunidades cristãs e a
comunidade mais alargada da nossa Diocese, na ajuda fraterna e solidária às
famílias vitimadas.
Para o efeito mandatei a Cáritas
Diocesana da incumbência de organizar a ajuda, a partir do levantamento das
necessidades que se irá iniciar após a fase de rescaldo. Nesta organização está
incluída a recolha de donativos através da
conta
bancária - IBAN: PT50.0036.0057.99100143379.08
para a qual deverão ser canalizados
todos os donativos angariados pelas paróquias ou que pessoas individualmente o
desejem fazer.
Também o acompanhamento das pessoas
em especial situação de vulnerabilidade e o respetivo apoio a prestar a nível
afetivo, espiritual e religioso, deve ser promovido pelas comunidades
paroquiais afetadas.
Numa situação de emergência ou
catástrofe está implícita a resolução das necessidades básicas de sobrevivência.
Esta missão confiada à Cáritas Diocesana, implica uma gestão concertada, não
apenas com as estruturas civis existentes, mas também com a rede Cáritas, seja
a nível diocesano, seja a nível local através dos párocos e grupos paroquiais
de ação social.
A Cáritas Diocesana manterá a
Diocese informada sobre as diligências efetuadas e sobre os resultados obtidos.
Que
a oração a Deus Pai, que, em Jesus Cristo, Se revelou um Deus próximo de cada
experiência humana, sobretudo da experiência da dor e do sofrimento, nos faça
encontrar na oração a serenidade e a força interior para darmos as mãos e, na
caridade cristã, nos sentirmos verdadeiramente irmãos e solidários.
Portalegre, 27 de julho de 2019.
Antonino Dias, Bispo da Diocese de
Portalegre-Castelo Branco.
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DE MÃOS DADAS SEM
APERTAR NEM MAGOAR
O Direito Canónico tem um fundo
teológico e, cada norma, tem atrás de si uma longa história de experiências e práticas
vividas, boas e menos boas, que o senso comum foi regulando. Não sendo Palavra
de Deus, ele nasce a partir da doutrina da Igreja e esta provém do Evangelho,
da Palavra e dos gestos de Jesus. Fiel à sua doutrina, a Igreja procura
transmitir essa Boa Nova em linguagem mais pastoral que jurídica, mais à
maneira de Jesus, pois há sempre situações de vida que saltam fora dos cânones.
O Direito Canónico, porém, tem uma função de serviço, de apoio à pastoral, tem
função educativa e organizativa. O seu objetivo é guiar os cristãos quanto aos
direitos e deveres de uns para com os outros, para com a comunidade cristã e as
instituições católicas. Ajuda a promover uma cultura ajustada aos ensinamentos
e à missão espiritual da Igreja. Embora o principal papel pertença à Palavra e
aos Sacramentos, a norma jurídica desempenha um papel importante na
evangelização, não para usar apenas quando interessa ou em jeito de pedrada ou
de força para matar e vencer, mas para usar como serviço à caridade e em
destreza pedagógica. Direito e Pastoral andam de mãos dadas, sem se apertarem
nem magoarem, amorosamente. Como afirma Bento XVI, “Uma sociedade sem Direito
seria uma sociedade desprovida de direitos. O Direito é condição do amor”
(18/10/2010).
Dentro deste entendimento e sem
decretos, como alguns gostariam, volto a falar dos Padrinhos do Batismo. Não
raro, a sua escolha continua a provocar momentos desconfortáveis, dando até a
impressão, em reuniões faiscantes, que esse assunto é o único importante ou que
a atividade e a preocupação pastoral se resumem a isso. Mas que causa mossa, lá
isso causa, é verdade. Há sempre gente que se julga superior e digna de
exceção. E há sempre gente que entende que o acolhimento, a bondade e o bom
trabalho pastoral é viver à margem da comunhão eclesial e dizer sim a tudo!...
O Batismo não é uma formalidade ou um
simples acontecimento social. É um sacramento, o fundamento de toda a vida
cristã. Não é a mesma coisa ser-se batizado ou não se ser batizado. Tendo em conta
o que é e significa, atendendo aos seus efeitos e consequências, o Batismo não
deve ser negado nem adiado por razões sem razão, mas deve ser convenientemente
evangelizado e preparado. E se toda a comunidade eclesial tem uma parte de
responsabilidade no anúncio, salvaguarda e crescimento da graça recebida no
Batismo; se os pais têm o primeiro e principal dever de ajudar a integrar na
comunidade e fazer crescer a fé dos filhos; os padrinhos, atendendo ao múnus
que assumem, devem ser pessoas de fé sólida, capazes e preparados para ajudar
quem é batizado no seu caminho de vida cristã, assim o pede a Igreja. Eles são
padrinhos em nome da comunidade eclesial, em nome da Igreja, devem ter a
consciência de pertença à Igreja e vida em conformidade.
Resumindo, de novo, os cânones 872 a 875 do Código de Direito Canónico, lembro que: não é obrigatório haver padrinhos; o pai ou a mãe não podem ser padrinhos do próprio filho; pode haver um só padrinho ou uma só madrinha; se forem dois, seja um padrinho e uma madrinha e, em princípio, haja completado 16 anos de idade; tenha celebrado os sacramentos da iniciação cristã – Batismo, Confirmação e Eucaristia -; leve uma vida consentânea com a fé e com o múnus que vai desempenhar; possua capacidade e intenção de o fazer. Uma pessoa pertencente a uma outra igreja cristã, será admitida juntamente com um padrinho católico e assinará apenas como testemunha do Batismo. Num batizado em que não haja padrinhos, alguém assinará, não porque é ou vá assumir o múnus de padrinho, mas apenas assinará como testemunha de que o Batismo se realizou. Fora destes casos, ninguém deve assinar como testemunha: gera confusão, é ludibriar.
Quem, por exemplo, vive em união de facto, por opção consciente, livre e determinada, sabe que não recolhe as necessárias condições, bem como há outras situações assumidas conscientemente e em total liberdade que são objetivamente passíveis de não virem a ser aceites, mesmo que “estas situações devam ser abordadas de modo construtivo, tentando transformá-las em oportunidades” para que se comece a fazer caminho (cf. Francisco, A Alegria do Amor, nºs 292 e 297).
Algumas pessoas mais afastadas da
prática eclesial e menos conhecedoras dos princípios que nos orientam, muitas
vezes têm dificuldade em aceitar este diálogo pastoral. Embora reconhecendo que
a sua união ou a sua situação individual contradiz o normal da vivência cristã,
logo invocam a autoridade do Papa Francisco, como se ele tivesse dito o que
eles querem ou a gente ignorasse o que Francisco, e bem, pede aos agentes da
pastoral. Acham sempre que é um capricho do pároco, até mesmo quando querem ser
padrinhos sem terem sido batizados: já aconteceu!... Quando, com verdadeiro
acolhimento e verdadeira solicitude pastoral, se fala, atendendo às
circunstâncias, que esta ou aquela pessoa não reúne as condições normais para
vir a ser padrinho ou madrinha do Batismo, não se está a querer julgar,
condenar, discriminar ou a faltar ao respeito a quem quer que seja. Está-se
apenas a ter em conta os mais elementares princípios que têm de existir e a
Igreja nos aponta e pede.
Também sabemos que há outras situações
existenciais que podem não estar de harmonia com a doutrina da Igreja por
circunstâncias difíceis da vida e para onde as pessoas, com sofrimento e sem
outra solução plausível, foram arrastadas, até com muita dor. Mas elas sabem
reconhecer a situação em que se encontram, nunca se afastaram da Igreja,
participam naquilo a que a Igreja os aconselha e convida, estão integradas,
colaboram. É perante estas situações que os pastores e agentes da pastoral têm
a obrigação de, com todo o acolhimento e solicitude pastoral, ajudar a
discernir a melhor opção, tendo também em conta, se, sendo essa pessoa aceite
como padrinho ou madrinha, não irá criar escândalo ou mal-estar na comunidade
cristã. Cada caso é cada caso e as situações, embora aparentemente iguais,
podem não o ser, muitas vezes não são. Em situações similares, ninguém se deve
comparar com alguém para fazer valer o que pretende. De facto, as situações,
embora aparentemente iguais, podem não ser iguais.
O verdadeiro acolhimento implica, por
respeito a todos, sentir e manifestar a alegria do encontro sem fingimentos;
encetar e facilitar o diálogo pessoal e amigo como partilha do que vai na alma;
saber escutar até ao fim sem condenar nem cortar a palavra; afirmar a verdade
com humildade e amor; transmitir a beleza da Novidade cristã em linguagem
positiva na alegria da fé em Cristo Senhor; gerar empatia e gosto para que
amanhã, e depois de amanhã, se possa continuar este diálogo pastoral a
transmitir coragem, inspiração, estímulo...
Antonino Dias.
Portalegre-Castelo Branco, 19-07-2019.
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