PARÓQUIAS
DE NISA
Quinta,
25 de julho de 2019
Quinta da XVI semana do tempo comum
Ofício da festa
QUINTA-FEIRA
da semana XVI
S. Tiago, Apóstolo – FESTA
Vermelho – Ofício da festa. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. dos Apóstolos.
L 1 2 Cor 4, 7-15; Sal 125 (126), 1-2ab. 2cd-3. 4-5. 6
Ev Mt 20, 20-28
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
Vermelho – Ofício da festa. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. dos Apóstolos.
L 1 2 Cor 4, 7-15; Sal 125 (126), 1-2ab. 2cd-3. 4-5. 6
Ev Mt 20, 20-28
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
S. TIAGO, Apóstolo
Nota
Histórica
Nasceu
em Betsaida; era filho de Zebedeu e irmão do apóstolo João. Esteve presente nos
principais milagres do Senhor. Foi morto por Herodes cerca do ano 42. É
venerado com culto especial em Compostela (Espanha), onde se ergue a célebre
basílica a ele dedicada, que atrai desde o século IX inumeráveis peregrinos de
toda a cristandade.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA cf. Mt 4,
18.21
Caminhando Jesus junto ao mar da Galileia,
viu dois irmãos, Tiago e João, a consertar as redes e chamou-os.
Eles, deixando tudo, seguiram Jesus.
Caminhando Jesus junto ao mar da Galileia,
viu dois irmãos, Tiago e João, a consertar as redes e chamou-os.
Eles, deixando tudo, seguiram Jesus.
Diz-se o Glória.
ORAÇÃO COLECTA
Vós quisestes, Deus omnipotente,
que São Tiago fosse o primeiro dos Apóstolos
a dar a vida pelo Evangelho:
concedei à vossa Igreja
a graça de encontrar força no seu testemunho
e auxílio na sua proteção.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 2 Cor 4, 7-15
«Levamos sempre no nosso corpo
os sofrimentos da morte de Jesus»
Leitura da Segunda Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios
Irmãos:
Nós trazemos em vasos de barro o tesouro do nosso ministério,
para que se reconheça que um poder tão sublime
vem de Deus e não de nós.
Em tudo somos oprimidos, mas não esmagados;
andamos perplexos, mas não desesperados;
perseguidos, mas não abandonados;
abatidos, mas não aniquilados.
Levamos sempre e em toda a parte no nosso corpo
os sofrimentos da morte de Jesus,
a fim de que se manifeste também no nosso corpo
a vida de Jesus.
Porque, estando ainda vivos,
somos constantemente entregues à morte por causa de Jesus,
para que se manifeste também na nossa carne mortal
a vida de Jesus.
E assim, a morte atua em nós e a vida em vós.
Diz a Escritura: «Acreditei; por isso falei».
Com este mesmo espírito de fé,
também nós acreditamos, e por isso falamos,
sabendo que Aquele que ressuscitou o Senhor Jesus
também nos há de ressuscitar com Jesus
e nos levará convosco para junto d’Ele.
Tudo isto é por vossa causa,
para que uma graça mais abundante
multiplique as ações de graças de um maior número de cristãos
para glória de Deus.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 125 (126), 1-2ab.2cd-3.4-5.6 (R.5)
Refrão: Os que semeiam com lágrimas recolhem com alegria.
Quando o Senhor fez regressar os cativos de Sião,
parecia-nos viver um sonho.
Da nossa boca brotavam expressões de alegria
e de nossos lábios cânticos de júbilo.
Diziam então os pagãos:
«O Senhor fez por eles grandes coisas».
Sim, grandes coisas fez por nós o Senhor,
estamos exultantes de alegria.
Fazei regressar, Senhor, os nossos cativos,
como as torrentes do deserto.
Os que semeiam em lágrimas
recolhem com alegria.
À ida, vão a chorar,
levando as sementes;
à volta, vêm a cantar,
trazendo os molhos de espigas.
ALELUIA cf. Jo 15, 16
Refrão: Aleluia Repete-se
Eu vos escolhi do mundo, para que vades e deis fruto
e o vosso fruto permaneça. Refrão
EVANGELHO Mt 20, 20-28
«Bebereis do meu cálice»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo,
a mãe dos filhos de Zebedeu
aproximou-se de Jesus com os filhos
e prostrou-se para Lhe fazer um pedido.
Jesus perguntou-lhe: «Que queres?».
Ela disse-Lhe:
«Ordena que estes meus dois filhos
se sentem no teu reino
um à tua direita e outro à tua esquerda».
Jesus respondeu:
«Não sabeis o que estais a pedir.
Podeis beber o cálice que Eu hei-de beber?».
Eles disseram: «Podemos».
Então Jesus declarou-lhes:
«Bebereis do meu cálice.
Mas sentar-se à minha direita e à minha esquerda
não pertence a Mim concedê-lo;
é para aqueles a quem meu Pai o designou».
Os outros dez, que tinham escutado,
indignaram-se com os dois irmãos.
Mas Jesus chamou-os e disse-lhes:
«Sabeis que os chefes das nações exercem domínio sobre elas
e os grandes fazem sentir sobre elas o seu poder.
Não deve ser assim entre vós.
Quem entre vós quiser tornar-se grande
seja vosso servo
e quem entre vós quiser ser o primeiro
seja vosso escravo.
Será como o filho do homem,
que não veio para ser servido, mas para servir
e dar a vida pela redenção dos homens».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Purificai-nos, Senhor,
com o batismo da paixão redentora do vosso Filho,
para que, celebrando a festa de São Tiago,
o primeiro apóstolo a participar do cálice de Cristo,
possamos oferecer-Vos um sacrifício agradável a vossos olhos. Por Nosso Senhor.
Prefácio dos Apóstolos
ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Mt 20, 22-23
Beberam o cálice do Senhor e tornaram-se amigos de Deus.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Protegei sempre a vossa família, Senhor,
por intercessão do apóstolo São Tiago,
em cuja festa recebemos com alegria os vossos dons sagrados.
Por Nosso Senhor.
« Quanto menos
possuímos, mais podemos dar. Parece impossível, mas é mesmo assim. É a lógica
do amor».
Santa
Teresa de Calcutá
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS:
ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente.
Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes
de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.
AGENDA DO DIA
10.00 horas: Funeral
em Salavessa
16.00 horas: Missa na
Santa Casa de Nisa
18.00 horas: Missa em
Nisa – Espírito Santo.
A VOZ DO PASTOR
DE MÃOS DADAS SEM
APERTAR NEM MAGOAR
O Direito Canónico tem um fundo
teológico e, cada norma, tem atrás de si uma longa história de experiências e
práticas vividas, boas e menos boas, que o senso comum foi regulando. Não sendo
Palavra de Deus, ele nasce a partir da doutrina da Igreja e esta provém do
Evangelho, da Palavra e dos gestos de Jesus. Fiel à sua doutrina, a Igreja
procura transmitir essa Boa Nova em linguagem mais pastoral que jurídica, mais
à maneira de Jesus, pois há sempre situações de vida que saltam fora dos
cânones. O Direito Canónico, porém, tem uma função de serviço, de apoio à pastoral,
tem função educativa e organizativa. O seu objetivo é guiar os cristãos quanto
aos direitos e deveres de uns para com os outros, para com a comunidade cristã
e as instituições católicas. Ajuda a promover uma cultura ajustada aos
ensinamentos e à missão espiritual da Igreja. Embora o principal papel pertença
à Palavra e aos Sacramentos, a norma jurídica desempenha um papel importante na
evangelização, não para usar apenas quando interessa ou em jeito de pedrada ou
de força para matar e vencer, mas para usar como serviço à caridade e em
destreza pedagógica. Direito e Pastoral andam de mãos dadas, sem se apertarem
nem magoarem, amorosamente. Como afirma Bento XVI, “Uma sociedade sem Direito
seria uma sociedade desprovida de direitos. O Direito é condição do amor”
(18/10/2010).
Dentro deste entendimento e sem
decretos, como alguns gostariam, volto a falar dos Padrinhos do Batismo. Não
raro, a sua escolha continua a provocar momentos desconfortáveis, dando até a
impressão, em reuniões faiscantes, que esse assunto é o único importante ou que
a atividade e a preocupação pastoral se resumem a isso. Mas que causa mossa, lá
isso causa, é verdade. Há sempre gente que se julga superior e digna de
exceção. E há sempre gente que entende que o acolhimento, a bondade e o bom
trabalho pastoral é viver à margem da comunhão eclesial e dizer sim a tudo!...
O Batismo não é uma formalidade ou um
simples acontecimento social. É um sacramento, o fundamento de toda a vida
cristã. Não é a mesma coisa ser-se batizado ou não se ser batizado. Tendo em
conta o que é e significa, atendendo aos seus efeitos e consequências, o
Batismo não deve ser negado nem adiado por razões sem razão, mas deve ser
convenientemente evangelizado e preparado. E se toda a comunidade eclesial tem
uma parte de responsabilidade no anúncio, salvaguarda e crescimento da graça
recebida no Batismo; se os pais têm o primeiro e principal dever de ajudar a
integrar na comunidade e fazer crescer a fé dos filhos; os padrinhos, atendendo
ao múnus que assumem, devem ser pessoas de fé sólida, capazes e preparados para
ajudar quem é batizado no seu caminho de vida cristã, assim o pede a Igreja.
Eles são padrinhos em nome da comunidade eclesial, em nome da Igreja, devem ter
a consciência de pertença à Igreja e vida em conformidade.
Resumindo, de novo, os cânones 872 a 875 do Código de Direito Canónico, lembro que: não é obrigatório haver padrinhos; o pai ou a mãe não podem ser padrinhos do próprio filho; pode haver um só padrinho ou uma só madrinha; se forem dois, seja um padrinho e uma madrinha e, em princípio, haja completado 16 anos de idade; tenha celebrado os sacramentos da iniciação cristã – Batismo, Confirmação e Eucaristia -; leve uma vida consentânea com a fé e com o múnus que vai desempenhar; possua capacidade e intenção de o fazer. Uma pessoa pertencente a uma outra igreja cristã, será admitida juntamente com um padrinho católico e assinará apenas como testemunha do Batismo. Num batizado em que não haja padrinhos, alguém assinará, não porque é ou vá assumir o múnus de padrinho, mas apenas assinará como testemunha de que o Batismo se realizou. Fora destes casos, ninguém deve assinar como testemunha: gera confusão, é ludibriar.
Quem, por exemplo, vive em união de facto, por opção consciente, livre e determinada, sabe que não recolhe as necessárias condições, bem como há outras situações assumidas conscientemente e em total liberdade que são objetivamente passíveis de não virem a ser aceites, mesmo que “estas situações devam ser abordadas de modo construtivo, tentando transformá-las em oportunidades” para que se comece a fazer caminho (cf. Francisco, A Alegria do Amor, nºs 292 e 297).
Algumas pessoas mais afastadas da
prática eclesial e menos conhecedoras dos princípios que nos orientam, muitas
vezes têm dificuldade em aceitar este diálogo pastoral. Embora reconhecendo que
a sua união ou a sua situação individual contradiz o normal da vivência cristã,
logo invocam a autoridade do Papa Francisco, como se ele tivesse dito o que
eles querem ou a gente ignorasse o que Francisco, e bem, pede aos agentes da
pastoral. Acham sempre que é um capricho do pároco, até mesmo quando querem ser
padrinhos sem terem sido batizados: já aconteceu!... Quando, com verdadeiro
acolhimento e verdadeira solicitude pastoral, se fala, atendendo às
circunstâncias, que esta ou aquela pessoa não reúne as condições normais para
vir a ser padrinho ou madrinha do Batismo, não se está a querer julgar,
condenar, discriminar ou a faltar ao respeito a quem quer que seja. Está-se
apenas a ter em conta os mais elementares princípios que têm de existir e a
Igreja nos aponta e pede.
Também sabemos que há outras situações
existenciais que podem não estar de harmonia com a doutrina da Igreja por
circunstâncias difíceis da vida e para onde as pessoas, com sofrimento e sem
outra solução plausível, foram arrastadas, até com muita dor. Mas elas sabem
reconhecer a situação em que se encontram, nunca se afastaram da Igreja,
participam naquilo a que a Igreja os aconselha e convida, estão integradas,
colaboram. É perante estas situações que os pastores e agentes da pastoral têm
a obrigação de, com todo o acolhimento e solicitude pastoral, ajudar a
discernir a melhor opção, tendo também em conta, se, sendo essa pessoa aceite
como padrinho ou madrinha, não irá criar escândalo ou mal-estar na comunidade
cristã. Cada caso é cada caso e as situações, embora aparentemente iguais,
podem não o ser, muitas vezes não são. Em situações similares, ninguém se deve
comparar com alguém para fazer valer o que pretende. De facto, as situações,
embora aparentemente iguais, podem não ser iguais.
O verdadeiro acolhimento implica, por
respeito a todos, sentir e manifestar a alegria do encontro sem fingimentos;
encetar e facilitar o diálogo pessoal e amigo como partilha do que vai na alma;
saber escutar até ao fim sem condenar nem cortar a palavra; afirmar a verdade
com humildade e amor; transmitir a beleza da Novidade cristã em linguagem
positiva na alegria da fé em Cristo Senhor; gerar empatia e gosto para que
amanhã, e depois de amanhã, se possa continuar este diálogo pastoral a
transmitir coragem, inspiração, estímulo...
Antonino Dias.
Portalegre-Castelo Branco, 19-07-2019.
Como gostei de ler o texto do Sr. Bispo sobre o Batismo! Está bem claro para esclarecimento daqueles que nos provocam. Bem haja Sr. Bispo.
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