PARÓQUIAS
DE NISA
Terça,
30 de julho de 2019
Terça da XVII semana do tempo comum
Ofício da féria ou da memória
TERÇA-FEIRA
da semana XVII
S.
Pedro Crisólogo, bispo e doutor da Igreja – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha .
L 1 Ex 33, 7-11 – 34, 5b-9. 28; Sal 102 (103), 6-7. 8-9. 10-11.
Ev Mt 13, 36-43
* Na Ordem Hospitaleira de S. João de Deus – Bb. Bráulio Maria Corres, Frederico Rúbio e 69 Companheiros, mártires – MF
* Na Congregação da Missão e na Companhia das Filhas da Caridade – S. Justino de Jacobis, bispo – MO
* Na Companhia de Jesus – I Vésp. de S. Inácio de Loiola.
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha .
L 1 Ex 33, 7-11 – 34, 5b-9. 28; Sal 102 (103), 6-7. 8-9. 10-11.
Ev Mt 13, 36-43
* Na Ordem Hospitaleira de S. João de Deus – Bb. Bráulio Maria Corres, Frederico Rúbio e 69 Companheiros, mártires – MF
* Na Congregação da Missão e na Companhia das Filhas da Caridade – S. Justino de Jacobis, bispo – MO
* Na Companhia de Jesus – I Vésp. de S. Inácio de Loiola.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 67,
6-7.36
Deus vive na sua morada santa,
Ele prepara uma casa para o pobre.
É a força e o vigor do seu povo.
ORAÇÃO COLECTA
Deus, protector dos que em Vós esperam:
sem Vós nada tem valor, nada é santo.
Multiplicai sobre nós a vossa misericórdia,
para que, conduzidos por Vós,
usemos de tal modo os bens temporais
que possamos aderir desde já aos bens eternos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Ex 33, 7-11; 34, 5b-9.28
«O Senhor falava com Moisés face a face»
Durante a travessia do deserto, Deus está no meio do seu povo e manifesta-Se como seu educador, e Moisés como o Intermediário, atento e fiel. Deus revela-Se como Deus clemente e compassivo, amigo do seu povo, que não só lhe revela os seus desígnios pela voz de Moisés, mas até lhe escreve a sua Lei em tábuas de pedra, para que esta se não venha a perder e o povo a possa recordar para sempre. E a presença de Deus na tenda da reunião prefigura a sua presença futura em Jesus Cristo, Deus feito homem no meio dos homens.
Leitura do Livro do Êxodo
Deus vive na sua morada santa,
Ele prepara uma casa para o pobre.
É a força e o vigor do seu povo.
ORAÇÃO COLECTA
Deus, protector dos que em Vós esperam:
sem Vós nada tem valor, nada é santo.
Multiplicai sobre nós a vossa misericórdia,
para que, conduzidos por Vós,
usemos de tal modo os bens temporais
que possamos aderir desde já aos bens eternos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Ex 33, 7-11; 34, 5b-9.28
«O Senhor falava com Moisés face a face»
Durante a travessia do deserto, Deus está no meio do seu povo e manifesta-Se como seu educador, e Moisés como o Intermediário, atento e fiel. Deus revela-Se como Deus clemente e compassivo, amigo do seu povo, que não só lhe revela os seus desígnios pela voz de Moisés, mas até lhe escreve a sua Lei em tábuas de pedra, para que esta se não venha a perder e o povo a possa recordar para sempre. E a presença de Deus na tenda da reunião prefigura a sua presença futura em Jesus Cristo, Deus feito homem no meio dos homens.
Leitura do Livro do Êxodo
Naqueles dias, Moisés pegou na tenda e armou-a fora do acampamento, a certa distância. Chamava-lhe a ‘Tenda da Reunião’. Quem desejasse consultar o Senhor devia ir à Tenda da Reunião, que estava fora do acampamento. Sempre que Moisés se dirigia para a Tenda, todo o povo se levantava; cada um ficava à entrada da sua própria tenda e seguia Moisés com o olhar até ele entrar na Tenda da Reunião. Quando Moisés entrava na Tenda, a coluna de nuvem descia e ficava à entrada e o Senhor falava com Moisés. E quando o povo via a coluna de nuvem deter-se à entrada da Tenda, toda a gente se levantava e se prostrava à porta da sua tenda. O Senhor falava com Moisés face a face, como quem fala com um amigo. Por fim, Moisés regressava ao acampamento, mas o seu jovem ajudante, Josué, filho de Nun, não deixava o interior da Tenda. Moisés invocou o nome do Senhor. O Senhor passou diante dele e exclamou: «O Senhor, o Senhor é um Deus clemente e compassivo, lento para a ira e rico de misericórdia e fidelidade. Mantém a sua misericórdia até à milésima geração, perdoa a iniquidade, a transgressão e o pecado, mas não deixa nada impune e castiga a iniquidade dos pais nos filhos e nos netos, até à terceira e quarta geração». Moisés caiu de joelhos e prostrou-se em adoração. Depois disse: «Se encontrei, Senhor, aceitação a vossos olhos, digne-Se o Senhor caminhar no meio de nós. É um povo de cerviz dura, mas Vós perdoareis os nossos pecados e iniquidades e fareis de nós a vossa herança». Moisés ficou ali com o Senhor durante quarenta dias e quarenta noites, sem comer nem beber. E escreveu nas tábuas as palavras da aliança: os dez mandamentos.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 102 (103), 6-7.8-9.10-11 (R. 8a)
Refrão: O Senhor é clemente e cheio de compaixão. Repete-se
O Senhor faz justiça
e defende o direito de todos os oprimidos.
Revelou a Moisés os seus caminhos
e aos filhos de Israel os seus prodígios. Refrão
O Senhor é clemente e compassivo,
paciente e cheio de bondade.
Não está sempre a repreender,
nem guarda ressentimento. Refrão
Não nos tratou segundo os nossos pecados,
nem nos castigou segundo as nossas culpas.
Como a distância da terra ao céu,
assim é grande a sua misericórdia para os que O temem. Refrão
ALELUIA
Refrão: Aleluia Repete-se
A semente é a palavra de Deus e o semeador é Cristo:
quem O encontra permanece para sempre. Refrão
EVANGELHO Ex 33, 7-11; 34, 5b-9.28
«O Senhor falava com Moisés face a face»
Durante a travessia do deserto, Deus está no meio do seu povo e manifesta-Se como seu educador, e Moisés como o Intermediário, atento e fiel. Deus revela-Se como Deus clemente e compassivo, amigo do seu povo, que não só lhe revela os seus desígnios pela voz de Moisés, mas até lhe escreve a sua Lei em tábuas de pedra, para que esta se não venha a perder e o povo a possa recordar para sempre. E a presença de Deus na tenda da reunião prefigura a sua presença futura em Jesus Cristo, Deus feito homem no meio dos homens.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, Jesus deixou a multidão e foi para casa. Os discípulos aproximaram-se d’Ele e disseram-Lhe: «Explica-nos a parábola do joio no campo». Jesus respondeu: «Aquele que semeia a boa semente é o Filho do homem e o campo é o mundo. A boa semente são os filhos do reino, o joio são os filhos do Maligno e o inimigo que o semeou é o Diabo. A ceifa é o fim do mundo e os ceifeiros são os Anjos. Como o joio é apanhado e queimado no fogo, assim será no fim do mundo: o Filho do homem enviará os seus Anjos, que tirarão do seu reino todos os escandalosos e todos os que praticam a iniquidade, e hão-de lançá-los na fornalha ardente; aí haverá choro e ranger de dentes. Então, os justos brilharão como o sol no reino do seu Pai. Quem tem ouvidos, oiça».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor,
os dons que recebemos da vossa generosidade
e trazemos ao vosso altar,
e fazei que estes sagrados mistérios, por obra da vossa graça,
nos santifiquem na vida presente
e nos conduzam às alegrias eternas.
Por Nosso Senhor.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 102, 2
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e não esqueças os seus benefícios.
Ou Mt 5, 7-8
Bem-aventurados os misericordiosos,
porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos destes a graça de participar neste divino sacramento, memorial perene da paixão do vosso Filho,
fazei que este dom do seu amor infinito
sirva para a nossa salvação.
Por Nosso Senhor.
«A vida é o que
fizeres dela».
Aforismo
hindu
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita, situa
o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS: Ex 33, 7-11; 34, 5b-9.28 :Durante
a travessia do deserto, Deus está no meio do seu povo e manifesta-Se como seu
educador, e Moisés como o Intermediário, atento e fiel. Deus revela-Se como
Deus clemente e compassivo, amigo do seu povo, que não só lhe revela os seus
desígnios pela voz de Moisés, mas até lhe escreve a sua Lei em tábuas de pedra,
para que esta se não venha a perder e o povo a possa recordar para sempre. E a
presença de Deus na tenda da reunião prefigura a sua presença futura em Jesus
Cristo, Deus feito homem no meio dos homens.
Ex 33, 7-11; 34, 5b-9.28: Durante a travessia do deserto, Deus está no meio do seu povo e manifesta-Se como seu educador, e Moisés como o Intermediário, atento e fiel. Deus revela-Se como Deus clemente e compassivo, amigo do seu povo, que não só lhe revela os seus desígnios pela voz de Moisés, mas até lhe escreve a sua Lei em tábuas de pedra, para que esta se não venha a perder e o povo a possa recordar para sempre. E a presença de Deus na tenda da reunião prefigura a sua presença futura em Jesus Cristo, Deus feito homem no meio dos homens.
ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente.
Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes
de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.
AGENDA
09.00 horas: Funeral em Tolosa.
18.00 horas: Funeral do Pe. Manuel Soares na Bajouca - Leiria. Sua Terra Natal.
18.00 horas: Funeral do Pe. Manuel Soares na Bajouca - Leiria. Sua Terra Natal.
FALECIMENTO
A congregação dos missionários do
Verbo Divino informa, com pesar, que faleceu hoje, dia 29 de julho de 2019,
pelas 11 horas, o Pe Manuel Pedrosa Soares, com a idade de 77 anos.
O Pe. Manuel Pedrosa
Soares era natural da Bajouca, Diocese de Leiria-Fátima.
Atualmente, era pároco in solidum em Almodôvar, Diocese de Beja.
Informamos ainda que o seu
funeral será terça, dia 30 de julho, às 18h00, na Igreja Paroquial da Bajouca (Leiria).
POR ESTE MOTIVO, NESTA TERÇA-FEIRA, DIA
30 DE JULHO, NÃO HAVERÁ MISSA TANTO EM NISA COMO EM ALPALHÃO.
A VOZ DO PASTOR
DIOCESE DE PORTALEGRE-CASTELO BRANCO
APELO À AJUDA FRATERNA E SOLIDÁRIA
Todos os anos os fogos florestais atingem
de forma dolorosa muitas localidades da nossa Diocese de Portalegre-Castelo
Branco. Este ano atingiu de novo os martirizados concelhos de Vila de Rei,
Sertã e Mação deixando um enorme rasto de destruição, incluindo, pelo menos,
cinco casas de primeira habitação. Não é difícil imaginar quanto desespero e
dor isto provoca nas populações, quanto sofrimento, quanta pobreza a curto e a
longo prazo. Embora nos sintamos pequeninos e impotentes perante tais
calamidades, manifestamos a nossa proximidade junto dos Senhores Presidentes
das Câmaras Municipais e das Juntas de freguesia e, de forma muito particular,
junto das queridas populações tão sofridas.
Considerando o bom trabalho
desenvolvido, em anos anteriores, pela Cáritas Diocesana conjuntamente com as Paróquias
e Autarquias afetadas e, não existindo uma campanha nacional de angariação de
fundos, torna-se necessário envolver as comunidades cristãs e a comunidade mais
alargada da nossa Diocese, na ajuda fraterna e solidária às famílias vitimadas.
Para o efeito mandatei a Cáritas
Diocesana da incumbência de organizar a ajuda, a partir do levantamento das
necessidades que se irá iniciar após a fase de rescaldo. Nesta organização está
incluída a recolha de donativos através da
conta
bancária - IBAN: PT50.0036.0057.99100143379.08
para a qual deverão ser canalizados
todos os donativos angariados pelas paróquias ou que pessoas individualmente o
desejem fazer.
Também o acompanhamento das pessoas
em especial situação de vulnerabilidade e o respetivo apoio a prestar a nível
afetivo, espiritual e religioso, deve ser promovido pelas comunidades
paroquiais afetadas.
Numa situação de emergência ou
catástrofe está implícita a resolução das necessidades básicas de
sobrevivência. Esta missão confiada à Cáritas Diocesana, implica uma gestão
concertada, não apenas com as estruturas civis existentes, mas também com a
rede Cáritas, seja a nível diocesano, seja a nível local através dos párocos e
grupos paroquiais de ação social.
A Cáritas Diocesana manterá a
Diocese informada sobre as diligências efetuadas e sobre os resultados obtidos.
Que
a oração a Deus Pai, que, em Jesus Cristo, Se revelou um Deus próximo de cada
experiência humana, sobretudo da experiência da dor e do sofrimento, nos faça
encontrar na oração a serenidade e a força interior para darmos as mãos e, na
caridade cristã, nos sentirmos verdadeiramente irmãos e solidários.
Portalegre, 27 de julho de 2019.
Antonino Dias, Bispo da Diocese de
Portalegre-Castelo Branco.
_________________________________________________
DE MÃOS DADAS SEM
APERTAR NEM MAGOAR
O Direito Canónico tem um fundo
teológico e, cada norma, tem atrás de si uma longa história de experiências e
práticas vividas, boas e menos boas, que o senso comum foi regulando. Não sendo
Palavra de Deus, ele nasce a partir da doutrina da Igreja e esta provém do
Evangelho, da Palavra e dos gestos de Jesus. Fiel à sua doutrina, a Igreja
procura transmitir essa Boa Nova em linguagem mais pastoral que jurídica, mais
à maneira de Jesus, pois há sempre situações de vida que saltam fora dos
cânones. O Direito Canónico, porém, tem uma função de serviço, de apoio à
pastoral, tem função educativa e organizativa. O seu objetivo é guiar os
cristãos quanto aos direitos e deveres de uns para com os outros, para com a
comunidade cristã e as instituições católicas. Ajuda a promover uma cultura
ajustada aos ensinamentos e à missão espiritual da Igreja. Embora o principal
papel pertença à Palavra e aos Sacramentos, a norma jurídica desempenha um
papel importante na evangelização, não para usar apenas quando interessa ou em
jeito de pedrada ou de força para matar e vencer, mas para usar como serviço à
caridade e em destreza pedagógica. Direito e Pastoral andam de mãos dadas, sem
se apertarem nem magoarem, amorosamente. Como afirma Bento XVI, “Uma sociedade
sem Direito seria uma sociedade desprovida de direitos. O Direito é condição do
amor” (18/10/2010).
Dentro deste entendimento e sem
decretos, como alguns gostariam, volto a falar dos Padrinhos do Batismo. Não
raro, a sua escolha continua a provocar momentos desconfortáveis, dando até a
impressão, em reuniões faiscantes, que esse assunto é o único importante ou que
a atividade e a preocupação pastoral se resumem a isso. Mas que causa mossa, lá
isso causa, é verdade. Há sempre gente que se julga superior e digna de
exceção. E há sempre gente que entende que o acolhimento, a bondade e o bom
trabalho pastoral é viver à margem da comunhão eclesial e dizer sim a tudo!...
O Batismo não é uma formalidade ou um
simples acontecimento social. É um sacramento, o fundamento de toda a vida
cristã. Não é a mesma coisa ser-se batizado ou não se ser batizado. Tendo em
conta o que é e significa, atendendo aos seus efeitos e consequências, o
Batismo não deve ser negado nem adiado por razões sem razão, mas deve ser
convenientemente evangelizado e preparado. E se toda a comunidade eclesial tem
uma parte de responsabilidade no anúncio, salvaguarda e crescimento da graça
recebida no Batismo; se os pais têm o primeiro e principal dever de ajudar a
integrar na comunidade e fazer crescer a fé dos filhos; os padrinhos, atendendo
ao múnus que assumem, devem ser pessoas de fé sólida, capazes e preparados para
ajudar quem é batizado no seu caminho de vida cristã, assim o pede a Igreja.
Eles são padrinhos em nome da comunidade eclesial, em nome da Igreja, devem ter
a consciência de pertença à Igreja e vida em conformidade.
Resumindo, de novo, os cânones 872 a 875 do Código de Direito Canónico, lembro que: não é obrigatório haver padrinhos; o pai ou a mãe não podem ser padrinhos do próprio filho; pode haver um só padrinho ou uma só madrinha; se forem dois, seja um padrinho e uma madrinha e, em princípio, haja completado 16 anos de idade; tenha celebrado os sacramentos da iniciação cristã – Batismo, Confirmação e Eucaristia -; leve uma vida consentânea com a fé e com o múnus que vai desempenhar; possua capacidade e intenção de o fazer. Uma pessoa pertencente a uma outra igreja cristã, será admitida juntamente com um padrinho católico e assinará apenas como testemunha do Batismo. Num batizado em que não haja padrinhos, alguém assinará, não porque é ou vá assumir o múnus de padrinho, mas apenas assinará como testemunha de que o Batismo se realizou. Fora destes casos, ninguém deve assinar como testemunha: gera confusão, é ludibriar.
Quem, por exemplo, vive em união de facto, por opção consciente, livre e determinada, sabe que não recolhe as necessárias condições, bem como há outras situações assumidas conscientemente e em total liberdade que são objetivamente passíveis de não virem a ser aceites, mesmo que “estas situações devam ser abordadas de modo construtivo, tentando transformá-las em oportunidades” para que se comece a fazer caminho (cf. Francisco, A Alegria do Amor, nºs 292 e 297).
Algumas pessoas mais afastadas da
prática eclesial e menos conhecedoras dos princípios que nos orientam, muitas
vezes têm dificuldade em aceitar este diálogo pastoral. Embora reconhecendo que
a sua união ou a sua situação individual contradiz o normal da vivência cristã,
logo invocam a autoridade do Papa Francisco, como se ele tivesse dito o que
eles querem ou a gente ignorasse o que Francisco, e bem, pede aos agentes da
pastoral. Acham sempre que é um capricho do pároco, até mesmo quando querem ser
padrinhos sem terem sido batizados: já aconteceu!... Quando, com verdadeiro
acolhimento e verdadeira solicitude pastoral, se fala, atendendo às
circunstâncias, que esta ou aquela pessoa não reúne as condições normais para
vir a ser padrinho ou madrinha do Batismo, não se está a querer julgar,
condenar, discriminar ou a faltar ao respeito a quem quer que seja. Está-se
apenas a ter em conta os mais elementares princípios que têm de existir e a
Igreja nos aponta e pede.
Também sabemos que há outras situações
existenciais que podem não estar de harmonia com a doutrina da Igreja por
circunstâncias difíceis da vida e para onde as pessoas, com sofrimento e sem
outra solução plausível, foram arrastadas, até com muita dor. Mas elas sabem
reconhecer a situação em que se encontram, nunca se afastaram da Igreja,
participam naquilo a que a Igreja os aconselha e convida, estão integradas,
colaboram. É perante estas situações que os pastores e agentes da pastoral têm
a obrigação de, com todo o acolhimento e solicitude pastoral, ajudar a discernir
a melhor opção, tendo também em conta, se, sendo essa pessoa aceite como
padrinho ou madrinha, não irá criar escândalo ou mal-estar na comunidade
cristã. Cada caso é cada caso e as situações, embora aparentemente iguais,
podem não o ser, muitas vezes não são. Em situações similares, ninguém se deve
comparar com alguém para fazer valer o que pretende. De facto, as situações,
embora aparentemente iguais, podem não ser iguais.
O verdadeiro acolhimento implica, por
respeito a todos, sentir e manifestar a alegria do encontro sem fingimentos;
encetar e facilitar o diálogo pessoal e amigo como partilha do que vai na alma;
saber escutar até ao fim sem condenar nem cortar a palavra; afirmar a verdade
com humildade e amor; transmitir a beleza da Novidade cristã em linguagem
positiva na alegria da fé em Cristo Senhor; gerar empatia e gosto para que
amanhã, e depois de amanhã, se possa continuar este diálogo pastoral a
transmitir coragem, inspiração, estímulo...
Antonino Dias.
Portalegre-Castelo Branco, 19-07-2019.
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