PARÓQUIAS
DE NISA
Domingo,
28 de julho de 2019
XVII domingo do tempo comum
Ofício do domingo – 1ª semana
DOMINGO
XVII DO TEMPO COMUM
Verde – Ofício do
domingo (Semana I do Saltério). Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.
L 1 Gen 18, 20-32; Sal 137 (138), 1-2a. 2bc-3. 6-7ab. 7c-8
L 2 Col 2, 12-14
Ev Lc 11, 1-13
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Na Instituição Teresiana – S. Pedro Poveda Castroverde, mártir e Fundador – SOLENIDADE
* Nas Irmãzinhas dos Anciãos Desamparados – I Vésp. de S. Marta.
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.
L 1 Gen 18, 20-32; Sal 137 (138), 1-2a. 2bc-3. 6-7ab. 7c-8
L 2 Col 2, 12-14
Ev Lc 11, 1-13
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Na Instituição Teresiana – S. Pedro Poveda Castroverde, mártir e Fundador – SOLENIDADE
* Nas Irmãzinhas dos Anciãos Desamparados – I Vésp. de S. Marta.
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 67,
6-7.36
Deus vive na sua morada santa,
Ele prepara uma casa para o pobre.
É a força e o vigor do seu povo.
ORAÇÃO COLECTA
Deus, protetor dos que em Vós esperam,
sem Vós nada tem valor, nada é santo.
Multiplicai sobre nós a vossa misericórdia,
para que, conduzidos por Vós,
usemos de tal modo os bens temporais
que possamos aderir desde já aos bens eternos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Gen 18, 20-32
«Se o meu Senhor não levar a mal, falarei»
Leitura do Livro do Génesis
Deus vive na sua morada santa,
Ele prepara uma casa para o pobre.
É a força e o vigor do seu povo.
ORAÇÃO COLECTA
Deus, protetor dos que em Vós esperam,
sem Vós nada tem valor, nada é santo.
Multiplicai sobre nós a vossa misericórdia,
para que, conduzidos por Vós,
usemos de tal modo os bens temporais
que possamos aderir desde já aos bens eternos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Gen 18, 20-32
«Se o meu Senhor não levar a mal, falarei»
Leitura do Livro do Génesis
Naqueles dias, disse o Senhor: «O clamor contra Sodoma e Gomorra é tão forte, o seu pecado é tão grave que Eu vou descer para verificar se o clamor que chegou até Mim corresponde inteiramente às suas obras. Se sim ou não, hei de sabê-lo». Os homens que tinham vindo à residência de Abraão dirigiram-se então para Sodoma, enquanto o Senhor continuava junto de Abraão. Este aproximou-se e disse: «Irás destruir o justo com o pecador? Talvez haja cinquenta justos na cidade. Matá-los-ás a todos? Não perdoarás a essa cidade, por causa dos cinquenta justos que nela residem? Longe de Ti fazer tal coisa: dar a morte ao justo e ao pecador, de modo que o justo e o pecador tenham a mesma sorte! Longe de Ti! O juiz de toda a terra não fará justiça?». O Senhor respondeu-lhe: «Se encontrar em Sodoma cinquenta justos, perdoarei a toda a cidade por causa deles». Abraão insistiu: «Atrevo-me a falar ao meu Senhor, eu que não passo de pó e cinza: talvez para cinquenta justos faltem cinco. Por causa de cinco, destruirás toda a cidade?». O Senhor respondeu: «Não a destruirei se lá encontrar quarenta e cinco justos». Abraão insistiu mais uma vez: «Talvez não se encontrem nela mais de quarenta». O Senhor respondeu: «Não a destruirei em atenção a esses quarenta». Abraão disse ainda: «Se o meu Senhor não levar a mal, falarei mais uma vez: talvez haja lá trinta justos». O Senhor respondeu: «Não farei a destruição, se lá encontrar esses trinta». Abraão insistiu novamente: «Atrevo-me ainda a falar ao meu Senhor: talvez não se encontrem lá mais de vinte justos». O Senhor respondeu: «Não destruirei a cidade em atenção a esses vinte». Abraão prosseguiu: «Se o meu Senhor não levar a mal, falarei ainda esta vez: talvez lá não se encontrem senão dez». O Senhor respondeu: «Em atenção a esses dez, não destruirei a cidade».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 137 (138), 1-3.6-8 (R. 3a)
Refrão: Quando Vos invoco,
sempre me atendeis, Senhor. Repete-se
De todo o coração, Senhor, eu Vos dou graças,
porque ouvistes as palavras da minha boca.
Na presença dos Anjos hei de cantar-Vos
e adorar-Vos, voltado para o vosso templo santo. Refrão
Hei de louvar o vosso nome
pela vossa bondade e fidelidade,
porque exaltastes acima de tudo o vosso nome
e a vossa promessa.
Quando Vos invoquei, me respondestes,
aumentastes a fortaleza da minha alma. Refrão
O Senhor é excelso e olha para o humilde,
ao soberbo conhece-o de longe.
No meio da tribulação Vós me conservais a vida,
Vós me ajudais contra os meus inimigos. Refrão
A vossa mão direita me salvará,
o Senhor completará o que em meu auxílio começou.
Senhor, a vossa bondade é eterna,
não abandoneis a obra das vossas mãos. Refrão
LEITURA II Col 2, 12-14
«Deus fez que, unidos a Cristo, voltásseis à vida
e perdoou todas as faltas»
No batismo, os cristãos são associados à morte e à ressurreição de Cristo; por isso, nenhum poder do mal triunfará deles, se guardarem sempre a sua condição de batizados e, como tais, chamados à santidade. Foi para nos tornar participantes da santidade de Deus, que o Senhor Jesus Cristo Se entregou à morte sobre a cruz e nos libertou da morte eterna.
Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Colossenses
Irmãos: Sepultados com Cristo no batismo, também com Ele fostes ressuscitados pela fé que tivestes no poder de Deus que O ressuscitou dos mortos. Quando estáveis mortos nos vossos pecados e na incircuncisão da vossa carne, Deus fez que voltásseis à vida com Cristo e perdoou-nos todas as nossas faltas. Anulou o documento da nossa dívida, com as suas disposições contra nós; suprimiu-o, cravando-o na cruz.
Palavra do Senhor.
ALELUIA Rom 8, 15bc
Refrão: Aleluia. Repete-se
Recebestes o espírito de adopção filial;
nele clamamos: «Abá, ó Pai». Refrão
EVANGELHO Lc 11, 1-13
«Pedi e dar-se-vos-á»
Jesus dá vários ensinamentos aos discípulos sobre a oração: ensina-lhes o “Pai-Nosso”, que é o modelo de toda a oração; convida-os a implorar de Deus, com persistência, o auxílio para as suas necessidades; exorta-os a dirigirem-se ao Pai com toda a confiança.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, estava Jesus em oração em certo lugar. Ao terminar, disse-Lhe um dos discípulos: «Senhor, ensina-nos a orar, como João Baptista ensinou também os seus discípulos». Disse-lhes Jesus: «Quando orardes, dizei: ‘Pai, santificado seja o vosso nome; venha o vosso reino; dai-nos em cada dia o pão da nossa subsistência; perdoai-nos os nossos pecados, porque também nós perdoamos a todo aquele que nos ofende; e não nos deixeis cair em tentação’». Disse-lhes ainda: «Se algum de vós tiver um amigo, poderá ter de ir a sua casa à meia-noite, para lhe dizer: ‘Amigo, empresta-me três pães, porque chegou de viagem um dos meus amigos e não tenho nada para lhe dar’. Ele poderá responder lá de dentro: ‘Não me incomodes; a porta está fechada, eu e os meus filhos estamos deitados e não posso levantar-me para te dar os pães’. Eu vos digo: Se ele não se levantar por ser amigo, ao menos, por causa da sua insistência, levantar-se-á para lhe dar tudo aquilo de que precisa. Também vos digo: Pedi e dar-se-vos-á; procurai e encontrareis; batei à porta e abrir-se-vos-á. Porque quem pede recebe; quem procura encontra e a quem bate à porta, abrir-se-á. Se um de vós for pai e um filho lhe pedir peixe, em vez de peixe dar-lhe-á uma serpente? E se lhe pedir um ovo, dar-lhe-á um escorpião? Se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo àqueles que Lho pedem!».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor,
os dons que recebemos da vossa generosidade
e trazemos ao vosso altar,
e fazei que estes sagrados mistérios, por obra da vossa graça,
nos santifiquem na vida presente
e nos conduzam às alegrias eternas.
Por Nosso Senhor.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 102, 2
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e não esqueças os seus benefícios.
Ou Mt 5, 7-8
Bem-aventurados os misericordiosos,
porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração,
porque verão a Deus.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos destes a graça de participar neste divino sacramento, memorial perene da paixão do vosso Filho,
fazei que este dom do seu amor infinito
sirva para a nossa salvação. Por Nosso Senhor.
«Nenhum sacrifício
será exagerado quando feito por amor a Cristo».
Damião
de Molokai
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS: Gen 18, 20-32: Abraão
era um homem profundamente solidário com aqueles que viviam a seu lado. Não se
valeu da sua condição de justo para desprezar os que não o eram. Procurou antes
obter de Deus o perdão para aqueles que mereciam per castigados. Alguém, por
isso, lhe chamou “cristão antes de Cristo”. Mas maior do que a fé de Abraão é a
santidade e a misericórdia de Deus, que, não suportando o pecado dos homens,
está sempre pronto a ouvi-los e a perdoar-lhes, sempre que estes saibam
voltar-se para Ele..
Col 2, 12-14: No batismo, os cristãos são
associados à morte e à ressurreição de Cristo; por isso, nenhum poder do mal
triunfará deles, se guardarem sempre a sua condição de batizados e, como tais,
chamados à santidade. Foi para nos tornar participantes da santidade de Deus,
que o Senhor Jesus Cristo Se entregou à morte sobre a cruz e nos libertou da
morte eterna.
Lc 11, 1-13: Jesus dá vários ensinamentos aos
discípulos sobre a oração: ensina-lhes o “Pai-Nosso”, que é o modelo de toda a
oração; convida-os a implorar de Deus, com persistência, o auxílio para as suas
necessidades; exorta-os a dirigirem-se ao Pai com toda a confiança.
ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente.
Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes
de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.
AGENDA DO DIA
09.30 horas: Missa em
Amieira
10.00 horas: Missa em
Arez
10.45 horas: Missa em
Tolosa
11.00 horas: Missa em
Nisa
12.00 horas: Missa em
Gáfete
12.00 horas: Missa em
Alpalhão
15.30 horas: Missa em
Montalvão
16.00 horas; Missa no
Cacheiro
17.30 horas: Missa no
Arneiro.
A VOZ DO PASTOR
DIOCESE DE PORTALEGRE-CASTELO BRANCO
APELO À AJUDA FRATERNA E SOLIDÁRIA
Todos os anos os fogos florestais
atingem de forma dolorosa muitas localidades da nossa Diocese de
Portalegre-Castelo Branco. Este ano atingiu de novo os martirizados concelhos
de Vila de Rei, Sertã e Mação deixando um enorme rasto de destruição,
incluindo, pelo menos, cinco casas de primeira habitação. Não é difícil
imaginar quanto desespero e dor isto provoca nas populações, quanto sofrimento,
quanta pobreza a curto e a longo prazo. Embora nos sintamos pequeninos e
impotentes perante tais calamidades, manifestamos a nossa proximidade junto dos
Senhores Presidentes das Câmaras Municipais e das Juntas de freguesia e, de
forma muito particular, junto das queridas populações tão sofridas.
Considerando o bom trabalho
desenvolvido, em anos anteriores, pela Cáritas Diocesana conjuntamente com as
Paróquias e Autarquias afetadas e, não existindo uma campanha nacional de
angariação de fundos, torna-se necessário envolver as comunidades cristãs e a
comunidade mais alargada da nossa Diocese, na ajuda fraterna e solidária às
famílias vitimadas.
Para o efeito mandatei a Cáritas
Diocesana da incumbência de organizar a ajuda, a partir do levantamento das
necessidades que se irá iniciar após a fase de rescaldo. Nesta organização está
incluída a recolha de donativos através da
conta
bancária - IBAN: PT50.0036.0057.99100143379.08
para a qual deverão ser canalizados
todos os donativos angariados pelas paróquias ou que pessoas individualmente o
desejem fazer.
Também o acompanhamento das pessoas
em especial situação de vulnerabilidade e o respetivo apoio a prestar a nível
afetivo, espiritual e religioso, deve ser promovido pelas comunidades
paroquiais afetadas.
Numa situação de emergência ou
catástrofe está implícita a resolução das necessidades básicas de
sobrevivência. Esta missão confiada à Cáritas Diocesana, implica uma gestão
concertada, não apenas com as estruturas civis existentes, mas também com a
rede Cáritas, seja a nível diocesano, seja a nível local através dos párocos e
grupos paroquiais de ação social.
A Cáritas Diocesana manterá a
Diocese informada sobre as diligências efetuadas e sobre os resultados obtidos.
Que
a oração a Deus Pai, que, em Jesus Cristo, Se revelou um Deus próximo de cada
experiência humana, sobretudo da experiência da dor e do sofrimento, nos faça
encontrar na oração a serenidade e a força interior para darmos as mãos e, na
caridade cristã, nos sentirmos verdadeiramente irmãos e solidários.
Portalegre, 27 de julho de 2019.
Antonino Dias, Bispo da Diocese de
Portalegre-Castelo Branco.
_________________________________________________
DE MÃOS DADAS SEM
APERTAR NEM MAGOAR
O Direito Canónico tem um fundo
teológico e, cada norma, tem atrás de si uma longa história de experiências e
práticas vividas, boas e menos boas, que o senso comum foi regulando. Não sendo
Palavra de Deus, ele nasce a partir da doutrina da Igreja e esta provém do
Evangelho, da Palavra e dos gestos de Jesus. Fiel à sua doutrina, a Igreja
procura transmitir essa Boa Nova em linguagem mais pastoral que jurídica, mais
à maneira de Jesus, pois há sempre situações de vida que saltam fora dos
cânones. O Direito Canónico, porém, tem uma função de serviço, de apoio à
pastoral, tem função educativa e organizativa. O seu objetivo é guiar os
cristãos quanto aos direitos e deveres de uns para com os outros, para com a
comunidade cristã e as instituições católicas. Ajuda a promover uma cultura
ajustada aos ensinamentos e à missão espiritual da Igreja. Embora o principal
papel pertença à Palavra e aos Sacramentos, a norma jurídica desempenha um
papel importante na evangelização, não para usar apenas quando interessa ou em jeito
de pedrada ou de força para matar e vencer, mas para usar como serviço à
caridade e em destreza pedagógica. Direito e Pastoral andam de mãos dadas, sem
se apertarem nem magoarem, amorosamente. Como afirma Bento XVI, “Uma sociedade
sem Direito seria uma sociedade desprovida de direitos. O Direito é condição do
amor” (18/10/2010).
Dentro deste entendimento e sem
decretos, como alguns gostariam, volto a falar dos Padrinhos do Batismo. Não
raro, a sua escolha continua a provocar momentos desconfortáveis, dando até a
impressão, em reuniões faiscantes, que esse assunto é o único importante ou que
a atividade e a preocupação pastoral se resumem a isso. Mas que causa mossa, lá
isso causa, é verdade. Há sempre gente que se julga superior e digna de
exceção. E há sempre gente que entende que o acolhimento, a bondade e o bom
trabalho pastoral é viver à margem da comunhão eclesial e dizer sim a tudo!...
O Batismo não é uma formalidade ou um simples
acontecimento social. É um sacramento, o fundamento de toda a vida cristã. Não
é a mesma coisa ser-se batizado ou não se ser batizado. Tendo em conta o que é
e significa, atendendo aos seus efeitos e consequências, o Batismo não deve ser
negado nem adiado por razões sem razão, mas deve ser convenientemente
evangelizado e preparado. E se toda a comunidade eclesial tem uma parte de
responsabilidade no anúncio, salvaguarda e crescimento da graça recebida no
Batismo; se os pais têm o primeiro e principal dever de ajudar a integrar na
comunidade e fazer crescer a fé dos filhos; os padrinhos, atendendo ao múnus
que assumem, devem ser pessoas de fé sólida, capazes e preparados para ajudar
quem é batizado no seu caminho de vida cristã, assim o pede a Igreja. Eles são
padrinhos em nome da comunidade eclesial, em nome da Igreja, devem ter a
consciência de pertença à Igreja e vida em conformidade.
Resumindo, de novo, os cânones 872 a 875 do Código de Direito Canónico, lembro que: não é obrigatório haver padrinhos; o pai ou a mãe não podem ser padrinhos do próprio filho; pode haver um só padrinho ou uma só madrinha; se forem dois, seja um padrinho e uma madrinha e, em princípio, haja completado 16 anos de idade; tenha celebrado os sacramentos da iniciação cristã – Batismo, Confirmação e Eucaristia -; leve uma vida consentânea com a fé e com o múnus que vai desempenhar; possua capacidade e intenção de o fazer. Uma pessoa pertencente a uma outra igreja cristã, será admitida juntamente com um padrinho católico e assinará apenas como testemunha do Batismo. Num batizado em que não haja padrinhos, alguém assinará, não porque é ou vá assumir o múnus de padrinho, mas apenas assinará como testemunha de que o Batismo se realizou. Fora destes casos, ninguém deve assinar como testemunha: gera confusão, é ludibriar.
Quem, por exemplo, vive em união de facto, por opção consciente, livre e determinada, sabe que não recolhe as necessárias condições, bem como há outras situações assumidas conscientemente e em total liberdade que são objetivamente passíveis de não virem a ser aceites, mesmo que “estas situações devam ser abordadas de modo construtivo, tentando transformá-las em oportunidades” para que se comece a fazer caminho (cf. Francisco, A Alegria do Amor, nºs 292 e 297).
Algumas pessoas mais afastadas da
prática eclesial e menos conhecedoras dos princípios que nos orientam, muitas
vezes têm dificuldade em aceitar este diálogo pastoral. Embora reconhecendo que
a sua união ou a sua situação individual contradiz o normal da vivência cristã,
logo invocam a autoridade do Papa Francisco, como se ele tivesse dito o que
eles querem ou a gente ignorasse o que Francisco, e bem, pede aos agentes da
pastoral. Acham sempre que é um capricho do pároco, até mesmo quando querem ser
padrinhos sem terem sido batizados: já aconteceu!... Quando, com verdadeiro
acolhimento e verdadeira solicitude pastoral, se fala, atendendo às
circunstâncias, que esta ou aquela pessoa não reúne as condições normais para
vir a ser padrinho ou madrinha do Batismo, não se está a querer julgar,
condenar, discriminar ou a faltar ao respeito a quem quer que seja. Está-se
apenas a ter em conta os mais elementares princípios que têm de existir e a
Igreja nos aponta e pede.
Também sabemos que há outras situações
existenciais que podem não estar de harmonia com a doutrina da Igreja por
circunstâncias difíceis da vida e para onde as pessoas, com sofrimento e sem
outra solução plausível, foram arrastadas, até com muita dor. Mas elas sabem
reconhecer a situação em que se encontram, nunca se afastaram da Igreja,
participam naquilo a que a Igreja os aconselha e convida, estão integradas,
colaboram. É perante estas situações que os pastores e agentes da pastoral têm
a obrigação de, com todo o acolhimento e solicitude pastoral, ajudar a
discernir a melhor opção, tendo também em conta, se, sendo essa pessoa aceite
como padrinho ou madrinha, não irá criar escândalo ou mal-estar na comunidade
cristã. Cada caso é cada caso e as situações, embora aparentemente iguais,
podem não o ser, muitas vezes não são. Em situações similares, ninguém se deve
comparar com alguém para fazer valer o que pretende. De facto, as situações,
embora aparentemente iguais, podem não ser iguais.
O verdadeiro acolhimento implica, por
respeito a todos, sentir e manifestar a alegria do encontro sem fingimentos;
encetar e facilitar o diálogo pessoal e amigo como partilha do que vai na alma;
saber escutar até ao fim sem condenar nem cortar a palavra; afirmar a verdade
com humildade e amor; transmitir a beleza da Novidade cristã em linguagem
positiva na alegria da fé em Cristo Senhor; gerar empatia e gosto para que
amanhã, e depois de amanhã, se possa continuar este diálogo pastoral a
transmitir coragem, inspiração, estímulo...
Antonino Dias.
Portalegre-Castelo Branco, 19-07-2019.
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