quinta-feira, 11 de julho de 2019







PARÓQUIAS DE NISA



 Sexta, 12 de julho de 2019










Sexta da XIV semana do tempo comum



Ofício da féria – II semana




SEXTA-FEIRA da semana XIV
Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha

L 1 Gen 46, 1-7. 28-30; Sal 36 (37), 3-4. 18-19. 27-28. 39-40
Ev Mt 10, 16-23


* Na Ordem Beneditina – S. João Gualberto, abade – MF
* Na Ordem dos Carmelitas Descalços – SS. Luís Martin e Célia Guérin – MF
* Na Ordem Franciscana – SS. João Jones e João Wall, presbíteros e mártires, da I Ordem – MF
* Na Congregação das Irmãs Servas de Maria Reparadoras – Aniversário da fundação (1900).
* Na Diocese de Leiria-Fátima (Sé) – I Vésp. do aniversário da Dedicação da Igreja Catedral.



MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 47, 10-11
Recordamos, Senhor, a vossa misericórdia
no meio do vosso templo.
Toda a terra proclama o louvor do vosso nome,
porque sois justo e santo, Senhor nosso Deus.


ORAÇÃO COLECTA
Deus de bondade infinita,
que, pela humilhação do vosso Filho,
levantastes o mundo decaído,
dai aos vossos fiéis uma santa alegria,
para que, livres da escravidão do pecado,
possam chegar à felicidade eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos ímpares) Gen 46, 1-7.28-30
«Agora posso morrer, porque vi o teu rosto»


Leitura do Livro do Génesis

Naqueles dias, Israel pôs-se a caminho com todos os seus bens e chegou a Bersabé, onde ofereceu sacrifícios ao Deus de Isaac, seu pai. Disse-lhe Deus numa visão nocturna: «Jacob! Jacob!». Ele respondeu: «Aqui estou». Deus continuou: «Eu sou Deus, o Deus de teu pai. Não tenhas medo de descer ao Egipto, porque lá Eu farei de ti um grande povo. Eu próprio descerei contigo ao Egipto e Eu próprio te farei regressar. E será José que te há-de fechar os olhos». Jacob partiu de Bersabé. Os filhos de Israel colocaram seu pai Jacob, bem como seus próprios filhos e esposas, nos carros que o faraó enviara para os transportar. Levaram também consigo os rebanhos e tudo o que tinham adquirido na terra de Canaã. Seguiram então para o Egipto Jacob com todos os seus descendentes: seus filhos e netos, suas filhas e netas. Toda a sua descendência foi levada para o Egipto. Jacob enviou Judá à sua frente, ao encontro de José, para que este viesse ter com ele a Géssen. Quando eles chegaram àquela região, José mandou atrelar o seu carro e partiu para Géssen ao encontro de Israel, seu pai. Quando o viu diante de si, lançou-se-lhe ao pescoço e abraçou-o, chorando longamente. Israel disse a José: «Agora posso morrer, porque vi o teu rosto e tu ainda estás vivo».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 36 (37), 3-4.18-19.27-28.39-40 (R. 39a)
Refrão: A salvação dos justos vem do Senhor. Repete-se


Confia no Senhor e pratica o bem,
possuirás a terra e viverás tranquilo.
Põe no Senhor as tuas delícias
e Ele satisfará os anseios do teu coração. Refrão

O Senhor conhece os dias dos bons
e a herança deles será eterna.
Não serão confundidos no tempo da adversidade
e nos dias da fome serão saciados. Refrão

Afasta-te do mal e pratica o bem
e permanecerás para sempre;
porque o Senhor ama a justiça
e não desampara os que Lhe são fiéis. Refrão

A salvação dos justos vem do Senhor,
Ele é o seu refúgio no tempo da tribulação.
O Senhor os ajuda e defende,
porque n’Ele procuraram refúgio. Refrão


ALELUIA Jo 16, 13a; 14, 26d
Refrão: Aleluia. Repete-se


Quando vier o Espírito da verdade,
Ele vos ensinará toda a verdade
e vos recordará tudo o que Eu vos disse. Refrão


EVANGELHO Mt 10, 16-23
«Não sereis vós a falar, mas o Espírito de vosso Pai»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus aos seus apóstolos: «Envio-vos como ovelhas para o meio de lobos. Portanto, sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas. Tende cuidado com os homens: hão-de entregar-vos aos tribunais e açoitar-vos nas sinagogas. Por minha causa, sereis levados à presença de governadores e reis, para dar testemunho diante deles e das nações. Quando vos entregarem, não vos preocupeis em saber como falar nem com o que dizer, porque nessa altura vos será sugerido o que deveis dizer; porque não sereis vós a falar, mas é o Espírito do vosso Pai que falará em vós. O irmão entregará à morte o irmão e o pai entregará o filho. Os filhos hão-de erguer-se contra os pais e causar-lhes a morte. E sereis odiados por todos por causa do meu nome. Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo. Quando vos perseguirem numa cidade, fugi para outra. Em verdade vos digo: não acabareis de percorrer as cidades de Israel, antes de vir o Filho do homem».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Fazei, Senhor,
que a oblação consagrada ao vosso nome nos purifique
e nos conduza, dia após dia,
a viver mais intensamente a vida da graça.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 33, 9
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia.

Ou Mt 11, 28
Vinde a Mim, todos vós que andais cansados e oprimidos,
e Eu vos aliviarei, diz o Senhor.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos saciastes com estes dons tão excelentes,
fazei que alcancemos os benefícios da salvação
e nunca cessemos de cantar os vossos louvores.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.





«O amor é sempre fiel, compromete-se com os mais pobres e aflitos».








ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia


1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS: Gen 46, 1-7.28-30: Por fim, também o próprio Jacob, o pai de José, desce ao Egipto. A cena é apresentada quase como uma experiência de exílio total, mas já na perspetiva do futuro êxodo pascal, onde brilhará, de maneira única, a força e o poder do braço de Deus libertador. O Senhor renova as suas promessas a Jacob; estará com o povo no Egipto, e estará com ele também no êxodo futuro. Imenso horizonte se desenha diante dos olhos do velho patriarca, que, depois de voltar a ver o filho que julgara perdido, pode finalmente terminar em paz a sua carreira.

Mt 10, 16-23: Jesus dá algumas instruções aos Apóstolos em ordem à sua atividade missionária, ponde-os de sobreaviso em relação às perseguições futuras que virão a sofrer, como Ele as havia de sofrer também. Mas promete-lhes a sua presença junto deles até ao fim, depois de lhes fazer compreender que o testemunho que eles derem é já antecipação do último juízo de Deus. Não foi fácil a missão dos Apóstolos, como ainda hoje o não é a da Igreja. A palavra de Deus desencadeia sempre, ao lado do bom acolhimento de alguns, a indiferença, a irritação e até a perseguição de muitos. Porque será o homem tão obstinado em relação à palavra da salvação, quando é tão aberto a todas as demais palavras, por vezes tão sem sentido?

LEITURA I  

ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.





AGENDA DO DIA


18.00 horas: Missa em Alpalhão
18.00 horas: Missa em Nisa
21.00 horas: Novena para a festa do Beato Diogo






A VOZ DO PASTOR



TRÁFICO HUMANO NA CILADA DAS ILUSÕES

O Tráfico de Pessoas faz milhões de vítimas por todo o mundo, quase sempre com a promessa de paraísos sem igual! Trata-se, segundo definição aceite e protocolada a nível internacional, do “recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento ou o acolhimento de pessoas, recorrendo à ameaça ou ao uso da força ou a outras formas de coação, ao rapto, à fraude, ao engano, ao abuso de autoridade ou de situação de vulnerabilidade ou à entrega ou aceitação de pagamentos ou benefícios para obter o consentimento de uma pessoa que tem autoridade sobre outra, para fins de exploração”.

Fortemente disseminada por esse mundo fora, esta criminalidade organizada encontra-se no trabalho doméstico, na indústria fabril, no setor hoteleiro, na agricultura, na pesca, na construção civil, na mineração, nas empresas privadas, públicas e governamentais, em exploração sexual, em casamentos forçados, na mendicidade obrigada, na extração de órgãos, na exploração reprodutiva, no trabalho escravo, etc. Atinge as pessoas mais vulneráveis, incluindo as portadoras de deficiência, desde as mulheres e crianças aos mais pobres e aos que provém da desagregação familiar e social, constituindo um terrível abuso da dignidade humana.
A ganância pelo dinheiro, a facilidade dos transportes e das comunicações constituem oportunidades sem igual para entrar nesta rede que engana e explora os mais frágeis e necessitados. É um problema muito complexo atendendo aos métodos de o fazer, à heterogeneidade das vítimas e à diversidade dos interesses de quem trafica. E tal realidade pode existir bem perto de nós sem dela nos advertirmos. Ainda ontem se noticiava a detenção de quatro cidadãos suspeitos de pertencerem a uma rede desse crime organizado, dois, em Torres Vedras, outros dois, em Coimbra. Cerca de vinte cidadãos do leste europeu estavam em situação de vulnerabilidade, sem condições de trabalho, alguns com grande parte do salário retido, outros sem auferir qualquer quantia. Regra geral, as pessoas traficadas permanecem invisíveis, são difíceis de identificar pela sociedade envolvente. Com frequência, são “manipuladas e retidas em esquemas psicológicos que não lhes permitem escapar, pedir ajuda ou até mesmo ter uma consciência clara de terem sido – ou ainda pior, de ainda estarem a ser – vítimas de uma atividade criminosa”. Os próprios documentos são-lhe retidos ou destruídos, sofrem violência e não denunciam a sua situação. Têm medo de o fazer, não podem ou receiam pelas suas vidas ou dos seus familiares. Sentem-se sós e desesperadas, sem capacidade para confiar em quem quer que seja e ver alguma luz ao fundo do túnel. Certamente, como afirmou o Papa Francisco, “certamente acerca do tema do tráfico há muita ignorância. Mas por vezes parece que há também pouco vontade de compreender a vastidão do problema. Porquê? Porque toca de perto as nossas consciências, porque é escabroso, porque nos faz envergonhar. Depois há quem, mesmo conhecendo-o, não quer falar dele porque está no final da “cadeia do consumo”, como utilizador dos “serviços” que são oferecidos pelas estradas e na Internet”. Sim, há os consumidores deste tráfico, aqueles que pelos benefícios e serviços que usufruem, tornam o fenómeno rentável e, por isso, cada vez mais apetecível aos traficantes.

Em setembro de 2015, dirigindo-se às Nações Unidas, o Santo Padre afirmou que ao “tráfico de seres humanos, tráfico de órgãos e tecidos humanos, exploração sexual de meninos e meninas, trabalho escravo, incluindo a prostituição” não se pode responder apenas com “compromissos solenemente assumidos”. O Tráfico de Pessoas é pérfido, “assume o controlo das suas vítimas e condu-las a locais e situações em que são tratadas como mercadoria, para serem compradas, vendidas e exploradas como trabalhadoras ou mesmo como “matéria-prima” de formas múltiplas e inimagináveis”.

A par do tráfico, existe também o contrabando de migrantes. Facilita-se a entrada ilegal de uma pessoa noutro país “com o objetivo de obter, direta ou indiretamente, um benefício financeiro ou outro benefício material”. Os migrantes e refugiados são gente forçada a abandonar o seu país, quase sempre por “falta de alternativas acessíveis e legais”. Muitos deles “começaram por ser clientes de contrabandistas para depois virem a ser vítimas de traficantes” que logo os exploram “numa perspetiva meramente utilitarista, atribuindo-lhes valor de acordo com os critérios de conveniência e benefício pessoal”.

A identificação e denúncia destes crimes nem sempre é fácil. As investigações policiais são difíceis e longas. A recolha de provas esbarra, muitas vezes, com a corrupção generalizada de quem lida e usufrui do fenómeno. A cooperação de países e instituições é baixa ou não existe. O deus dinheiro, o prazer e outros interesses falam mais alto. Os valores são invertidos, a pessoa é instrumentalizada sob os caprichos e a vileza do mais forte.

 No entanto, nenhum exercício político e económico, nenhum fenómeno social ou cultural pode desviar a centralidade da pessoa humana. Ela tem de ser sempre o “primeiro capital a preservar e a valorizar”. A sua dignidade e direitos fundamentais reclamam as exigências da verdade e da justiça, sem ambiguidades nem adiamentos. E diz-nos Francisco: “Sempre me angustiou a situação das pessoas que são objeto das diferentes formas de tráfico. Quem dera que se ouvisse o grito de Deus, perguntando a todos nós: “Onde está o teu irmão?” (Gn 4,9). Onde está o teu irmão escravo? Onde está o teu irmão que estás a matar cada dia na pequena fábrica clandestina, na rede da prostituição, nas crianças usadas para a mendicidade, naquele que tem de trabalhar às escondidas porque não foi regularizado? Não nos façamos de distraídos! Há muita cumplicidade. A pergunta é para todos!”
++++++
++++++
Elaboradas pelos Serviços da Santa Sé, a partir das intervenções sobretudo do Papa Francisco e da experiência partilhada de líderes sociais, investigadores, profissionais, organizações e gente que está no mundo a tentar debelar esta “ferida no corpo da humanidade contemporânea”, foram aprovadas pelo Papa Francisco, para toda a Igreja, pessoas e instituições de boa vontade, as Orientações Pastorais sobre o Tráfico de Pessoas das quais me servi neste texto e recomendo a leitura e a divulgação. Estão disponíveis em https://migrants- 
refugees.va/pt/trafico-de-seres-humanos-e-escravidao/ em diversas línguas e formatos. Há́ outros recursos e pistas na área “Trafico de Seres Humanos e Escravidão” em https://migrants- refugees.va/pt/trafico-de-seres-humanos-e-escravidao/

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 05-07-2019.



Sem comentários:

Enviar um comentário