domingo, 28 de julho de 2019




PARÓQUIAS DE NISA


Segunda, 29 de julho de 2019










Segunda da XVII semana do tempo comum



Ofício da memória




SEGUNDA-FEIRA da semana XVII

S. Marta – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.

L 1 Ex 32, 15-24. 30-34; Sal 105 (106), 19-20. 21-22. 23
ou 1 Jo 4, 7-16 (apropriada)
Ev Jo 11, 19-27 (própria)

* Na Ordem Beneditina – SS. Marta e Maria e S. Lázaro, hospedeiros do Senhor – MO
* Na Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus – SS. Marta e Maria e S. Lázaro, hospedeiros do Senhor – FESTA
* Nas Irmãzinhas dos Anciãos Desamparados – S. Marta, Padroeira SOLENIDADE



S. Marta

Nota Histórica
Era irmã de Maria e de Lázaro. Quando recebia o Senhor em sua casa de Betânia, servia-O com grande diligência, e com suas orações obteve a ressurreição de seu irmão.

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Lc 10, 38
Jesus entrou numa aldeia
e Marta recebeu-O em sua casa.

ORAÇÃO COLECTA
Deus omnipotente e eterno,
cujo Filho aceitou a hospitalidade
que Santa Marta Lhe oferecia em sua casa,
concedei-nos, por sua intercessão,
que, servindo a Cristo em cada um dos nossos irmãos,
sejamos por Vós recebidos nas moradas eternas.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I 1 Jo 4, 7-16
«Se nos amarmos uns aos outros,
Deus permanece em nós»

Leitura da Primeira Epístola de São João
 
Caríssimos:
Amemo-nos uns aos outros,
porque o amor vem de Deus;
e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece a Deus.
Quem não ama não conhece a Deus,
porque Deus é amor.
Assim se manifestou o amor de Deus para connosco:
Deus enviou ao mundo o seu Filho Unigénito,
para que vivamos por Ele.
Nisto consiste o amor:
não fomos nós que amámos a Deus,
mas foi Ele que nos amou, e enviou o seu Filho
como vítima de expiação pelos nossos pecados.
Caríssimos, se Deus nos amou assim,
também nós devemos amar-nos uns aos outros.
Ninguém jamais viu a Deus.
Se nos amarmos uns aos outros,
Deus permanece em nós
e em nós o seu amor é perfeito.
Nisto conhecemos que estamos n’Ele e Ele em nós:
porque nos deu o seu Espírito.
E nós vimos e damos testemunho
de que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo.
Se alguém confessar que Jesus é o Filho de Deus,
Deus permanece nele e ele em Deus.
Nós conhecemos o amor que Deus nos tem
e acreditámos no seu amor.
Deus é amor:
quem permanece no amor permanece em Deus,
e Deus permanece nele.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 33 (34), 2-3.4-5.6-7.8-9.10-11 (R. 2 ou 9a)
Refrão: Em todo o tempo e lugar bendirei o Senhor.
Ou: Saboreai e vede como o Senhor é bom.

A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor,
escutem e alegrem-se os humildes.

Enaltecei comigo o Senhor
e exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me de toda a ansiedade.

Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias.

O Anjo do Senhor protege os que O temem
e defende-os dos perigos.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia.

Temei o Senhor, vós os seus fiéis,
porque nada falta aos que O temem.
Os poderosos empobrecem e passam fome,
aos que procuram o Senhor não faltará riqueza alguma.


ALELUIA Jo 8 , 12
Refrão: Aleluia. Repete-se
Eu sou a luz do mundo, diz o Senhor:
quem Me segue terá a luz da vida. Refrão


Em vez deste Evangelho pode ler-se o que se lhe segue:

EVANGELHO Jo 11, 19-27
«Acredito que Tu és o Messias, o Filho de Deus»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo,
muitos judeus tinham ido visitar Marta e Maria,
para lhes apresentar condolências pela morte do irmão.
Quando ouviu dizer que Jesus estava a chegar,
Marta saiu ao seu encontro,
enquanto Maria ficou sentada em casa.
Marta disse a Jesus:
«Senhor, se tivesses estado aqui,
meu irmão não teria morrido.
Mas sei que, mesmo agora, tudo o que pedires a Deus,
Deus To concederá».
Disse-lhe Jesus: «Teu irmão ressuscitará».
Marta respondeu:
«Eu sei que há-de ressuscitar na ressurreição do último dia».
Disse-lhe Jesus:
«Eu sou a ressurreição e a vida.
Quem acredita em Mim,
ainda que tenha morrido, viverá;
e todo aquele que vive e acredita em Mim, nunca morrerá.
Acreditas nisto?».
Disse-Lhe Marta:
«Acredito, Senhor, que Tu és o Messias, o Filho de Deus,
que havia de vir ao mundo».

Palavra da salvação.

Em vez do Evangelho precedente pode ler-se o seguinte:

EVANGELHO Lc 10, 38-42
«Marta, Marta, andas inquieta e preocupada com muitas coisas»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo,
Jesus entrou em certa povoação
e uma mulher chamada Marta recebeu-O em sua casa.
Ela tinha uma irmã chamada Maria,
que, sentada aos pés de Jesus,
ouvia a sua palavra.
Entretanto, Marta atarefava-se com muito serviço.
Interveio então e disse:
«Senhor, não Te importas
que minha irmã me deixe sozinha a servir?
Diz-lhe que venha ajudar-me».
O Senhor respondeu-lhe:
«Marta, Marta,
andas inquieta e preocupada com muitas coisas,
quando uma só é necessária.
Maria escolheu a melhor parte,
que não lhe será tirada».

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Ao proclamarmos as maravilhas
que realizastes em Santa Marta,
humildemente Vos pedimos, Senhor,
que aceiteis a oferta do nosso ministério
como aceitastes a sua generosa hospitalidade.
Por Nosso Senhor.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Jo 11, 27
Marta disse a Jesus:
Vós sois o Messias,
o Filho de Deus vivo, que veio ao mundo.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Fazei, Senhor,
que a comunhão do Corpo e Sangue do vosso Filho
nos afaste das coisas efémeras deste mundo,
para que, a exemplo de Santa Marta,
servindo-Vos com sincera caridade na terra,
contemplemos eternamente o vosso rosto no Céu.
Por Nosso Senhor.




«A vida é o que fizeres dela».

Aforismo hindu




ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia


1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS: 

ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.





AGENDA DO DIA


21.00 horas: Oração de louvor





A VOZ DO PASTOR


DIOCESE DE PORTALEGRE-CASTELO BRANCO
APELO À AJUDA FRATERNA E SOLIDÁRIA


Todos os anos os fogos florestais atingem de forma dolorosa muitas localidades da nossa Diocese de Portalegre-Castelo Branco. Este ano atingiu de novo os martirizados concelhos de Vila de Rei, Sertã e Mação deixando um enorme rasto de destruição, incluindo, pelo menos, cinco casas de primeira habitação. Não é difícil imaginar quanto desespero e dor isto provoca nas populações, quanto sofrimento, quanta pobreza a curto e a longo prazo. Embora nos sintamos pequeninos e impotentes perante tais calamidades, manifestamos a nossa proximidade junto dos Senhores Presidentes das Câmaras Municipais e das Juntas de freguesia e, de forma muito particular, junto das queridas populações tão sofridas.
Considerando o bom trabalho desenvolvido, em anos anteriores, pela Cáritas Diocesana conjuntamente com as Paróquias e Autarquias afetadas e, não existindo uma campanha nacional de angariação de fundos, torna-se necessário envolver as comunidades cristãs e a comunidade mais alargada da nossa Diocese, na ajuda fraterna e solidária às famílias vitimadas.
Para o efeito mandatei a Cáritas Diocesana da incumbência de organizar a ajuda, a partir do levantamento das necessidades que se irá iniciar após a fase de rescaldo. Nesta organização está incluída a recolha de donativos através da

conta bancária - IBAN:  PT50.0036.0057.99100143379.08

para a qual deverão ser canalizados todos os donativos angariados pelas paróquias ou que pessoas individualmente o desejem fazer.
Também o acompanhamento das pessoas em especial situação de vulnerabilidade e o respetivo apoio a prestar a nível afetivo, espiritual e religioso, deve ser promovido pelas comunidades paroquiais afetadas.
Numa situação de emergência ou catástrofe está implícita a resolução das necessidades básicas de sobrevivência. Esta missão confiada à Cáritas Diocesana, implica uma gestão concertada, não apenas com as estruturas civis existentes, mas também com a rede Cáritas, seja a nível diocesano, seja a nível local através dos párocos e grupos paroquiais de ação social.
A Cáritas Diocesana manterá a Diocese informada sobre as diligências efetuadas e sobre os resultados obtidos.
Que a oração a Deus Pai, que, em Jesus Cristo, Se revelou um Deus próximo de cada experiência humana, sobretudo da experiência da dor e do sofrimento, nos faça encontrar na oração a serenidade e a força interior para darmos as mãos e, na caridade cristã, nos sentirmos verdadeiramente irmãos e solidários.


Portalegre, 27 de julho de 2019.
Antonino Dias, Bispo da Diocese de Portalegre-Castelo Branco.


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DE MÃOS DADAS SEM APERTAR NEM MAGOAR

O Direito Canónico tem um fundo teológico e, cada norma, tem atrás de si uma longa história de experiências e práticas vividas, boas e menos boas, que o senso comum foi regulando. Não sendo Palavra de Deus, ele nasce a partir da doutrina da Igreja e esta provém do Evangelho, da Palavra e dos gestos de Jesus. Fiel à sua doutrina, a Igreja procura transmitir essa Boa Nova em linguagem mais pastoral que jurídica, mais à maneira de Jesus, pois há sempre situações de vida que saltam fora dos cânones. O Direito Canónico, porém, tem uma função de serviço, de apoio à pastoral, tem função educativa e organizativa. O seu objetivo é guiar os cristãos quanto aos direitos e deveres de uns para com os outros, para com a comunidade cristã e as instituições católicas. Ajuda a promover uma cultura ajustada aos ensinamentos e à missão espiritual da Igreja. Embora o principal papel pertença à Palavra e aos Sacramentos, a norma jurídica desempenha um papel importante na evangelização, não para usar apenas quando interessa ou em jeito de pedrada ou de força para matar e vencer, mas para usar como serviço à caridade e em destreza pedagógica. Direito e Pastoral andam de mãos dadas, sem se apertarem nem magoarem, amorosamente. Como afirma Bento XVI, “Uma sociedade sem Direito seria uma sociedade desprovida de direitos. O Direito é condição do amor” (18/10/2010).

Dentro deste entendimento e sem decretos, como alguns gostariam, volto a falar dos Padrinhos do Batismo. Não raro, a sua escolha continua a provocar momentos desconfortáveis, dando até a impressão, em reuniões faiscantes, que esse assunto é o único importante ou que a atividade e a preocupação pastoral se resumem a isso. Mas que causa mossa, lá isso causa, é verdade. Há sempre gente que se julga superior e digna de exceção. E há sempre gente que entende que o acolhimento, a bondade e o bom trabalho pastoral é viver à margem da comunhão eclesial e dizer sim a tudo!...

O Batismo não é uma formalidade ou um simples acontecimento social. É um sacramento, o fundamento de toda a vida cristã. Não é a mesma coisa ser-se batizado ou não se ser batizado. Tendo em conta o que é e significa, atendendo aos seus efeitos e consequências, o Batismo não deve ser negado nem adiado por razões sem razão, mas deve ser convenientemente evangelizado e preparado. E se toda a comunidade eclesial tem uma parte de responsabilidade no anúncio, salvaguarda e crescimento da graça recebida no Batismo; se os pais têm o primeiro e principal dever de ajudar a integrar na comunidade e fazer crescer a fé dos filhos; os padrinhos, atendendo ao múnus que assumem, devem ser pessoas de fé sólida, capazes e preparados para ajudar quem é batizado no seu caminho de vida cristã, assim o pede a Igreja. Eles são padrinhos em nome da comunidade eclesial, em nome da Igreja, devem ter a consciência de pertença à Igreja e vida em conformidade.

Resumindo, de novo, os cânones 872 a 875 do Código de Direito Canónico, lembro que: não é obrigatório haver padrinhos; o pai ou a mãe não podem ser padrinhos do próprio filho; pode haver um só padrinho ou uma só madrinha; se forem dois, seja um padrinho e uma madrinha e, em princípio, haja completado 16 anos de idade; tenha celebrado os sacramentos da iniciação cristã – Batismo, Confirmação e Eucaristia -; leve uma vida consentânea com a fé e com o múnus que vai desempenhar; possua capacidade e intenção de o fazer. Uma pessoa pertencente a uma outra igreja cristã, será admitida juntamente com um padrinho católico e assinará apenas como testemunha do Batismo. Num batizado em que não haja padrinhos, alguém assinará, não porque é ou vá assumir o múnus de padrinho, mas apenas assinará como testemunha de que o Batismo se realizou. Fora destes casos, ninguém deve assinar como testemunha: gera confusão, é ludibriar.

Quem, por exemplo, vive em união de facto, por opção consciente, livre e determinada, sabe que não recolhe as necessárias condições, bem como há outras situações assumidas conscientemente e em total liberdade que são objetivamente passíveis de não virem a ser aceites, mesmo que “estas situações devam ser abordadas de modo construtivo, tentando transformá-las em oportunidades” para que se comece a fazer caminho (cf. Francisco, A Alegria do Amor, nºs 292 e 297).

Algumas pessoas mais afastadas da prática eclesial e menos conhecedoras dos princípios que nos orientam, muitas vezes têm dificuldade em aceitar este diálogo pastoral. Embora reconhecendo que a sua união ou a sua situação individual contradiz o normal da vivência cristã, logo invocam a autoridade do Papa Francisco, como se ele tivesse dito o que eles querem ou a gente ignorasse o que Francisco, e bem, pede aos agentes da pastoral. Acham sempre que é um capricho do pároco, até mesmo quando querem ser padrinhos sem terem sido batizados: já aconteceu!... Quando, com verdadeiro acolhimento e verdadeira solicitude pastoral, se fala, atendendo às circunstâncias, que esta ou aquela pessoa não reúne as condições normais para vir a ser padrinho ou madrinha do Batismo, não se está a querer julgar, condenar, discriminar ou a faltar ao respeito a quem quer que seja. Está-se apenas a ter em conta os mais elementares princípios que têm de existir e a Igreja nos aponta e pede.

Também sabemos que há outras situações existenciais que podem não estar de harmonia com a doutrina da Igreja por circunstâncias difíceis da vida e para onde as pessoas, com sofrimento e sem outra solução plausível, foram arrastadas, até com muita dor. Mas elas sabem reconhecer a situação em que se encontram, nunca se afastaram da Igreja, participam naquilo a que a Igreja os aconselha e convida, estão integradas, colaboram. É perante estas situações que os pastores e agentes da pastoral têm a obrigação de, com todo o acolhimento e solicitude pastoral, ajudar a discernir a melhor opção, tendo também em conta, se, sendo essa pessoa aceite como padrinho ou madrinha, não irá criar escândalo ou mal-estar na comunidade cristã. Cada caso é cada caso e as situações, embora aparentemente iguais, podem não o ser, muitas vezes não são. Em situações similares, ninguém se deve comparar com alguém para fazer valer o que pretende. De facto, as situações, embora aparentemente iguais, podem não ser iguais.

O verdadeiro acolhimento implica, por respeito a todos, sentir e manifestar a alegria do encontro sem fingimentos; encetar e facilitar o diálogo pessoal e amigo como partilha do que vai na alma; saber escutar até ao fim sem condenar nem cortar a palavra; afirmar a verdade com humildade e amor; transmitir a beleza da Novidade cristã em linguagem positiva na alegria da fé em Cristo Senhor; gerar empatia e gosto para que amanhã, e depois de amanhã, se possa continuar este diálogo pastoral a transmitir coragem, inspiração, estímulo...

Antonino Dias.
Portalegre-Castelo Branco, 19-07-2019.





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