domingo, 7 de julho de 2019







PARÓQUIAS DE NISA



 Segunda, 08 julho de 2019










Segunda da XIV semana do tempo comum



Ofício da féria – II semana





SEGUNDA-FEIRA da semana XIV

Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha

L 1 Gen 28, 10-22a; Sal 90 (91), 1-2. 3-4. 14-15ab
Ev Mt 9, 18-26


* Na Ordem Franciscana – Bb. Gregório Grassi, bispo, e Companheiros, mártires, da I e III Ordem – MF



MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 47, 10-11
Recordamos, Senhor, a vossa misericórdia
no meio do vosso templo.
Toda a terra proclama o louvor do vosso nome,
porque sois justo e santo, Senhor nosso Deus.


ORAÇÃO COLECTA
Deus de bondade infinita,
que, pela humilhação do vosso Filho,
levantastes o mundo decaído,
dai aos vossos fiéis uma santa alegria,
para que, livres da escravidão do pecado,
possam chegar à felicidade eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos ímpares) Gen 28, 10-22a
«Viu uma escada, pela qual os Anjos de Deus subiam e desciam;
e Deus falou-lhe»

Leitura do Livro do Génesis

Naqueles dias, Jacob saiu de Bersabé e tomou o caminho de Harã. Chegando a certo lugar quando o sol já se tinha posto, resolveu passar ali a noite. Tomou uma das pedras do local, colocou-a debaixo da cabeça e deitou-se ali mesmo. Teve então um sonho: Uma escada estava assente na terra e a parte superior tocava o céu; por ela subiam e desciam Anjos de Deus. No cimo da escada estava o Senhor, que lhe disse: «Eu sou o Senhor, Deus de Abraão teu pai e Deus de Isaac. Dar-te-ei, a ti e à tua descendência, a terra em que te encontras. A tua descendência será tão numerosa como o pó da terra. Estender-te-ás para o ocidente e para o oriente, para o norte e para o sul, e, por ti e pela tua descendência, serão abençoadas todas as famílias da terra. Eu estou contigo: proteger-te-ei para onde quer que vás e reconduzir-te-ei a esta terra. Não te abandonarei, enquanto não tiver realizado tudo o que te prometi». Quando Jacob despertou do sono, disse: «Realmente o Senhor está neste lugar e eu não o sabia». Ele teve medo e disse: «Como é terrível este lugar! É nada menos que a casa de Deus e a porta do Céu». Jacob levantou-se de manhã cedo, tomou a pedra que lhe servira de travesseiro, ergueu-a como estela e derramou óleo por cima. A este lugar deu o nome de Betel, mas antes a cidade chamava-se Luza. Jacob fez então este voto: «Se Deus estiver comigo e me guardar nesta viagem que faço, se me der pão para comer e roupa para vestir e eu voltar são e salvo à casa paterna, então o Senhor será o meu Deus e esta pedra que eu ergui como estela será uma casa de Deus».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 90 (91) 1-2.3-4.14-15ab (R. cf. 2b)
Refrão: Senhor, meu Deus, em Vós confio. Repete-se


Tu que habitas sob a proteção do Altíssimo
e moras à sombra do Omnipotente,
diz ao Senhor: «Sois o meu refúgio e a minha cidadela;
meu Deus, em Vós confio». Refrão

Ele te livrará do laço do caçador
e do flagelo maligno.
Cobrir-te-á com as suas penas,
debaixo das suas asas encontrarás abrigo. Refrão

«Porque em Mim confiou, hei-de salvá-lo,
hei-de protegê-lo, pois conheceu o meu nome.
Quando Me invocar, hei-de atendê-lo,
estarei com ele na tribulação. Refrão


ALELUIA cf. 2 Tim 1, 10
Refrão: Aleluia Repete-se


Jesus Cristo, nosso Salvador, destruiu a morte
e fez brilhar a vida por meio do Evangelho. Refrão


EVANGELHO Mt 9, 18-26
«A minha filha acaba de morrer.
Mas vem impor-lhe a mão e ela viverá»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, estava Jesus a falar aos seus discípulos, quando um chefe se aproximou e se prostrou diante d’Ele, dizendo: «A minha filha acaba de falecer. Mas vem impor a mão sobre ela e viverá». Jesus levantou-Se e acompanhou-o com os discípulos. Entretanto, uma mulher que sofria um fluxo de sangue havia doze anos, aproximou-se por detrás d’Ele e tocou-Lhe na fímbria do manto, pensando consigo: «Se eu ao menos Lhe tocar no manto, ficarei curada». Mas Jesus voltou-Se e, ao vê-la, disse-lhe: «Tem confiança, minha filha. A tua fé te salvou». E a partir daquele momento a mulher ficou curada. Ao chegar a casa do chefe e ao ver os tocadores de flauta e a multidão em grande alvoroço, Jesus disse-lhes: «Retirai-vos, porque a menina não morreu; está a dormir». Riram-se d’Ele. Mas quando mandou sair a multidão, Jesus entrou, tomou a menina pela mão e ela levantou-se. E a notícia divulgou-se por toda aquela terra.

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Fazei, Senhor,
que a oblação consagrada ao vosso nome nos purifique
e nos conduza, dia após dia,
a viver mais intensamente a vida da graça.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 33, 9
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia.

Ou Mt 11, 28
Vinde a Mim, todos vós que andais cansados e oprimidos,
e Eu vos aliviarei, diz o Senhor.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos saciastes com estes dons tão excelentes,
fazei que alcancemos os benefícios da salvação
e nunca cessemos de cantar os vossos louvores.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.




«O verdadeiro amor não espera ser convidado, mas convida e oferece primeiro».


Frei Luís de León






ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia


1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS: 

LEITURA I Gen 28, 10-22a: Na noite que passou nos campos de Betel (Casa de Deus) a caminho da casa do seu tio Labão, Jacob dormiu e teve o célebre sonho da escada que ligava a Terra ao Céu por onde subiam e desciam Anjos de Deus. E Deus falou-lhe para renovar, a ele, a promessa já feita a Abraão, de lhe dar aquela mesma terra em herança. Assim se vai atualizando de geração em geração a promessa de Deus.

 
Mt 9, 18-26: Jesus faz dois milagres, um para salvar na doença, outro para livrar da morte, dois sinais de que Ele é quem salva e dá a vida, de que Ele tem a Vida em Si mesmo (cf. Jo, 5, 26), de que Ele mesmo é a Vida. No reino de Deus, “a morte deixará de existir, e não mais haverá luto” (Ap. 21,4). Os milagres de Jesus são sinais desse reino, que já começou, mas que ainda se não revelou em toda a sua plenitude.

ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.





AGENDA DO DIA


21.00 HORAS: Novena para a festa do Beato Diogo






A VOZ DO PASTOR



TRÁFICO HUMANO NA CILADA DAS ILUSÕES

O Tráfico de Pessoas faz milhões de vítimas por todo o mundo, quase sempre com a promessa de paraísos sem igual! Trata-se, segundo definição aceite e protocolada a nível internacional, do “recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento ou o acolhimento de pessoas, recorrendo à ameaça ou ao uso da força ou a outras formas de coação, ao rapto, à fraude, ao engano, ao abuso de autoridade ou de situação de vulnerabilidade ou à entrega ou aceitação de pagamentos ou benefícios para obter o consentimento de uma pessoa que tem autoridade sobre outra, para fins de exploração”.

Fortemente disseminada por esse mundo fora, esta criminalidade organizada encontra-se no trabalho doméstico, na indústria fabril, no setor hoteleiro, na agricultura, na pesca, na construção civil, na mineração, nas empresas privadas, públicas e governamentais, em exploração sexual, em casamentos forçados, na mendicidade obrigada, na extração de órgãos, na exploração reprodutiva, no trabalho escravo, etc. Atinge as pessoas mais vulneráveis, incluindo as portadoras de deficiência, desde as mulheres e crianças aos mais pobres e aos que provém da desagregação familiar e social, constituindo um terrível abuso da dignidade humana.
A ganância pelo dinheiro, a facilidade dos transportes e das comunicações constituem oportunidades sem igual para entrar nesta rede que engana e explora os mais frágeis e necessitados. É um problema muito complexo atendendo aos métodos de o fazer, à heterogeneidade das vítimas e à diversidade dos interesses de quem trafica. E tal realidade pode existir bem perto de nós sem dela nos advertirmos. Ainda ontem se noticiava a detenção de quatro cidadãos suspeitos de pertencerem a uma rede desse crime organizado, dois, em Torres Vedras, outros dois, em Coimbra. Cerca de vinte cidadãos do leste europeu estavam em situação de vulnerabilidade, sem condições de trabalho, alguns com grande parte do salário retido, outros sem auferir qualquer quantia. Regra geral, as pessoas traficadas permanecem invisíveis, são difíceis de identificar pela sociedade envolvente. Com frequência, são “manipuladas e retidas em esquemas psicológicos que não lhes permitem escapar, pedir ajuda ou até mesmo ter uma consciência clara de terem sido – ou ainda pior, de ainda estarem a ser – vítimas de uma atividade criminosa”. Os próprios documentos são-lhe retidos ou destruídos, sofrem violência e não denunciam a sua situação. Têm medo de o fazer, não podem ou receiam pelas suas vidas ou dos seus familiares. Sentem-se sós e desesperadas, sem capacidade para confiar em quem quer que seja e ver alguma luz ao fundo do túnel. Certamente, como afirmou o Papa Francisco, “certamente acerca do tema do tráfico há muita ignorância. Mas por vezes parece que há também pouco vontade de compreender a vastidão do problema. Porquê? Porque toca de perto as nossas consciências, porque é escabroso, porque nos faz envergonhar. Depois há quem, mesmo conhecendo-o, não quer falar dele porque está no final da “cadeia do consumo”, como utilizador dos “serviços” que são oferecidos pelas estradas e na Internet”. Sim, há os consumidores deste tráfico, aqueles que pelos benefícios e serviços que usufruem, tornam o fenómeno rentável e, por isso, cada vez mais apetecível aos traficantes.

Em setembro de 2015, dirigindo-se às Nações Unidas, o Santo Padre afirmou que ao “tráfico de seres humanos, tráfico de órgãos e tecidos humanos, exploração sexual de meninos e meninas, trabalho escravo, incluindo a prostituição” não se pode responder apenas com “compromissos solenemente assumidos”. O Tráfico de Pessoas é pérfido, “assume o controlo das suas vítimas e condu-las a locais e situações em que são tratadas como mercadoria, para serem compradas, vendidas e exploradas como trabalhadoras ou mesmo como “matéria-prima” de formas múltiplas e inimagináveis”.

A par do tráfico, existe também o contrabando de migrantes. Facilita-se a entrada ilegal de uma pessoa noutro país “com o objetivo de obter, direta ou indiretamente, um benefício financeiro ou outro benefício material”. Os migrantes e refugiados são gente forçada a abandonar o seu país, quase sempre por “falta de alternativas acessíveis e legais”. Muitos deles “começaram por ser clientes de contrabandistas para depois virem a ser vítimas de traficantes” que logo os exploram “numa perspetiva meramente utilitarista, atribuindo-lhes valor de acordo com os critérios de conveniência e benefício pessoal”.

A identificação e denúncia destes crimes nem sempre é fácil. As investigações policiais são difíceis e longas. A recolha de provas esbarra, muitas vezes, com a corrupção generalizada de quem lida e usufrui do fenómeno. A cooperação de países e instituições é baixa ou não existe. O deus dinheiro, o prazer e outros interesses falam mais alto. Os valores são invertidos, a pessoa é instrumentalizada sob os caprichos e a vileza do mais forte.

 No entanto, nenhum exercício político e económico, nenhum fenómeno social ou cultural pode desviar a centralidade da pessoa humana. Ela tem de ser sempre o “primeiro capital a preservar e a valorizar”. A sua dignidade e direitos fundamentais reclamam as exigências da verdade e da justiça, sem ambiguidades nem adiamentos. E diz-nos Francisco: “Sempre me angustiou a situação das pessoas que são objeto das diferentes formas de tráfico. Quem dera que se ouvisse o grito de Deus, perguntando a todos nós: “Onde está o teu irmão?” (Gn 4,9). Onde está o teu irmão escravo? Onde está o teu irmão que estás a matar cada dia na pequena fábrica clandestina, na rede da prostituição, nas crianças usadas para a mendicidade, naquele que tem de trabalhar às escondidas porque não foi regularizado? Não nos façamos de distraídos! Há muita cumplicidade. A pergunta é para todos!”
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Elaboradas pelos Serviços da Santa Sé, a partir das intervenções sobretudo do Papa Francisco e da experiência partilhada de líderes sociais, investigadores, profissionais, organizações e gente que está no mundo a tentar debelar esta “ferida no corpo da humanidade contemporânea”, foram aprovadas pelo Papa Francisco, para toda a Igreja, pessoas e instituições de boa vontade, as Orientações Pastorais sobre o Tráfico de Pessoas das quais me servi neste texto e recomendo a leitura e a divulgação. Estão disponíveis em https://migrants- 
refugees.va/pt/trafico-de-seres-humanos-e-escravidao/ em diversas línguas e formatos. Há́ outros recursos e pistas na área “Trafico de Seres Humanos e Escravidão” em https://migrants- refugees.va/pt/trafico-de-seres-humanos-e-escravidao/

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 05-07-2019.


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