segunda-feira, 8 de julho de 2019







PARÓQUIAS DE NISA



 Terça, 09 de julho de 2019










Terça da XIV semana do tempo comum



Ofício da féria – II semana




TERÇA-FEIRA da semana XIV

SS. Agostinho Zao Rong, presbítero,
e Companheiros, mártires – MF

Verde ou verm. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).

L 1 Gen 32, 22-32 (hebr. 23-33); Sal 16 (17), 1. 2-3. 6-7. 8b-9a e 15
Ev Mt 9, 32-38


* Na Ordem Carmelita – B. Joana Scopelli, virgem – MF
* Na Ordem Franciscana – SS. Nicolau Pick, Wilhaldi e Companheiros, mártires, da I Ordem – MO
* Na Ordem de São Domingos – S. João de Colónia, presbítero e Companheiros, mártires – MO
* Na Congregação da Missão e na Companhia das Filhas da Caridade – S. Francisco Régis Clet, presbítero e mártir – MO
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – Nossa Senhora, Mãe da Santa Esperança – MF
* Na Congregação dos Sagrados Corações – Virgem Santa Maria, Rainha da Paz – FESTA


MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 47, 10-11
Recordamos, Senhor, a vossa misericórdia
no meio do vosso templo.
Toda a terra proclama o louvor do vosso nome,
porque sois justo e santo, Senhor nosso Deus.


ORAÇÃO COLECTA
Deus de bondade infinita,
que, pela humilhação do vosso Filho,
levantastes o mundo decaído,
dai aos vossos fiéis uma santa alegria,
para que, livres da escravidão do pecado,
possam chegar à felicidade eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos ímpares) Gen 32, 22-32 (hebr. 23-33)
«O teu nome será Israel,
porque lutaste com Deus e com os homens e saíste vencedor»


Leitura do Livro do Génesis

Naqueles dias, Jacob levantou-se de noite, tomou consigo as duas esposas, as duas servas e os onze filhos e atravessou o vau do Jaboc. Ajudou-os a passar a torrente com tudo o que possuía e ficou para trás sozinho. Então um homem lutou com ele até ao romper da aurora e, ao ver que não podia dominá-lo, atingiu-lhe a articulação da coxa, de modo que o tendão da coxa de Jacob se deslocou, enquanto lutava com ele. O homem disse-lhe: «Deixa-me ir, que já raiou a aurora». Mas Jacob respondeu-lhe: «Não te deixarei, enquanto não me abençoares». O homem perguntou-lhe: «Qual é o teu nome?». Ele respondeu: «Jacob». Então o homem disse-lhe: «Já não te chamarás Jacob, mas Israel, porque lutaste com Deus e com os homens e saíste vencedor». Pediu-lhe então Jacob: «Rogo-te que me reveles o teu nome». Mas ele respondeu: «Porque queres saber o meu nome?». E abençoou-o. Jacob deu àquele lugar o nome de Penuel, «porque – disse ele – vi a Deus face a face e a minha vida foi salva». Já nascia o sol, quando Jacob atravessou Penuel; e manquejava de uma coxa. Se os israelitas, até ao presente, não comem o tendão que há na articulação da coxa, é porque Jacob foi atingido nesse tendão.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 16 (17), 1.2-3.6-7.8b-9a e 15 (R. cf. 15a)
Refrão: Pela vossa bondade, Senhor,
espero contemplar o vosso rosto.
Repete-se

Ouvi, Senhor, uma causa justa,
atendei a minha súplica.
Escutai a minha oração,
feita com sinceridade. Refrão

Sede Vós a fazer o meu julgamento,
pois vossos olhos vêem o que é recto.
Se perscrutais o meu coração e o provais com o fogo,
não encontrareis em mim iniquidade. Refrão

Eu Vos invoco, meu Deus, respondei-me,
ouvi-me e escutai as minhas palavras.
Mostrai a vossa admirável misericórdia,
Vós que salvais quem se acolhe à vossa direita. Refrão

Protegei-me à sombra das vossas asas,
longe dos ímpios que me fazem violência.
Por minha parte, mereça eu contemplar a vossa face
e, ao despertar, saciar-me com a vossa imagem. Refrão


ALELUIA
Jo 10, 14
Refrão: Aleluia Repete-se
Eu sou o bom pastor, diz o Senhor;
conheço as minhas ovelhas e elas conhecem-Me. Refrão


EVANGELHO Mt 9, 32-38
«A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, apresentaram a Jesus um mudo possesso do demónio. Logo que o demónio foi expulso, o mudo falou. A multidão ficou admirada e dizia: «Nunca se viu coisa semelhante em Israel». Mas os fariseus diziam: «É pelo príncipe dos demónios que Ele expulsa os demónios». Jesus percorria todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas, pregando o Evangelho do reino e curando todas as doenças e enfermidades. Ao ver as multidões, encheu-Se de compaixão, porque andavam fatigadas e abatidas, como ovelhas sem pastor. Jesus disse então aos seus discípulos: «A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Fazei, Senhor,
que a oblação consagrada ao vosso nome nos purifique
e nos conduza, dia após dia,
a viver mais intensamente a vida da graça.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 33, 9
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia.
Ou Mt 11, 28
Vinde a Mim, todos vós que andais cansados e oprimidos,
e Eu vos aliviarei, diz o Senhor.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos saciastes com estes dons tão excelentes,
fazei que alcancemos os benefícios da salvação
e nunca cessemos de cantar os vossos louvores.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.




«Se Maria te estender a mão não te afundarás. Sob o seu manto não terás  de que ter medo».


S. Bernardo de Clavaral






ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia


1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS: 

LEITURA I Gen 32, 22-32 (hebr. 23-33) :Na estranha personagem com quem entra em luta, Jacob descobre a presença do próprio Deus, e não descansa enquanto d’Ele não obtém a bênção. Este acontecimento misterioso, pretende, em última análise, explicar o significado do nome de “Israel”, ‘forte contra Deus’, e indicar que a bênção que Jacob recebe de Deus se estenderá a todo o povo que levará o seu nome, o povo de Israel.
 
Mt 9, 32-38 :Para ser capaz de reconhecer a intervenção de Deus é necessário ter-se um coração simples, como o de uma criança. Foi assim já no tempo de Jesus: os simples tinham fé, os entendidos negavam-se até ao que era evidente. Jesus nem por isso desiste de anunciar o reino de Deus; só lamenta que poucos se entreguem ao trabalho que este reino exige. Mas esses serão sempre um dom de Deus; é necessário, pois, pedir que Ele os envie. Sem a luz da Palavra de Deus, os homens transviam-se e perdem-se. Quem lha anunciará?


ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.





AGENDA DO DIA


15.00 horas: Funeral no Mártir e Santo
18.00 horas: Missa em Alpalhão
18.00 horas: Missa em Nisa
21.00 horas: Novena para a festa do Beato Diogo.






A VOZ DO PASTOR



TRÁFICO HUMANO NA CILADA DAS ILUSÕES

O Tráfico de Pessoas faz milhões de vítimas por todo o mundo, quase sempre com a promessa de paraísos sem igual! Trata-se, segundo definição aceite e protocolada a nível internacional, do “recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento ou o acolhimento de pessoas, recorrendo à ameaça ou ao uso da força ou a outras formas de coação, ao rapto, à fraude, ao engano, ao abuso de autoridade ou de situação de vulnerabilidade ou à entrega ou aceitação de pagamentos ou benefícios para obter o consentimento de uma pessoa que tem autoridade sobre outra, para fins de exploração”.

Fortemente disseminada por esse mundo fora, esta criminalidade organizada encontra-se no trabalho doméstico, na indústria fabril, no setor hoteleiro, na agricultura, na pesca, na construção civil, na mineração, nas empresas privadas, públicas e governamentais, em exploração sexual, em casamentos forçados, na mendicidade obrigada, na extração de órgãos, na exploração reprodutiva, no trabalho escravo, etc. Atinge as pessoas mais vulneráveis, incluindo as portadoras de deficiência, desde as mulheres e crianças aos mais pobres e aos que provém da desagregação familiar e social, constituindo um terrível abuso da dignidade humana.

A ganância pelo dinheiro, a facilidade dos transportes e das comunicações constituem oportunidades sem igual para entrar nesta rede que engana e explora os mais frágeis e necessitados. É um problema muito complexo atendendo aos métodos de o fazer, à heterogeneidade das vítimas e à diversidade dos interesses de quem trafica. E tal realidade pode existir bem perto de nós sem dela nos advertirmos. Ainda ontem se noticiava a detenção de quatro cidadãos suspeitos de pertencerem a uma rede desse crime organizado, dois, em Torres Vedras, outros dois, em Coimbra. Cerca de vinte cidadãos do leste europeu estavam em situação de vulnerabilidade, sem condições de trabalho, alguns com grande parte do salário retido, outros sem auferir qualquer quantia. Regra geral, as pessoas traficadas permanecem invisíveis, são difíceis de identificar pela sociedade envolvente. Com frequência, são “manipuladas e retidas em esquemas psicológicos que não lhes permitem escapar, pedir ajuda ou até mesmo ter uma consciência clara de terem sido – ou ainda pior, de ainda estarem a ser – vítimas de uma atividade criminosa”. Os próprios documentos são-lhe retidos ou destruídos, sofrem violência e não denunciam a sua situação. Têm medo de o fazer, não podem ou receiam pelas suas vidas ou dos seus familiares. Sentem-se sós e desesperadas, sem capacidade para confiar em quem quer que seja e ver alguma luz ao fundo do túnel. Certamente, como afirmou o Papa Francisco, “certamente acerca do tema do tráfico há muita ignorância. Mas por vezes parece que há também pouco vontade de compreender a vastidão do problema. Porquê? Porque toca de perto as nossas consciências, porque é escabroso, porque nos faz envergonhar. Depois há quem, mesmo conhecendo-o, não quer falar dele porque está no final da “cadeia do consumo”, como utilizador dos “serviços” que são oferecidos pelas estradas e na Internet”. Sim, há os consumidores deste tráfico, aqueles que pelos benefícios e serviços que usufruem, tornam o fenómeno rentável e, por isso, cada vez mais apetecível aos traficantes.

Em setembro de 2015, dirigindo-se às Nações Unidas, o Santo Padre afirmou que ao “tráfico de seres humanos, tráfico de órgãos e tecidos humanos, exploração sexual de meninos e meninas, trabalho escravo, incluindo a prostituição” não se pode responder apenas com “compromissos solenemente assumidos”. O Tráfico de Pessoas é pérfido, “assume o controlo das suas vítimas e condu-las a locais e situações em que são tratadas como mercadoria, para serem compradas, vendidas e exploradas como trabalhadoras ou mesmo como “matéria-prima” de formas múltiplas e inimagináveis”.

A par do tráfico, existe também o contrabando de migrantes. Facilita-se a entrada ilegal de uma pessoa noutro país “com o objetivo de obter, direta ou indiretamente, um benefício financeiro ou outro benefício material”. Os migrantes e refugiados são gente forçada a abandonar o seu país, quase sempre por “falta de alternativas acessíveis e legais”. Muitos deles “começaram por ser clientes de contrabandistas para depois virem a ser vítimas de traficantes” que logo os exploram “numa perspetiva meramente utilitarista, atribuindo-lhes valor de acordo com os critérios de conveniência e benefício pessoal”.

A identificação e denúncia destes crimes nem sempre é fácil. As investigações policiais são difíceis e longas. A recolha de provas esbarra, muitas vezes, com a corrupção generalizada de quem lida e usufrui do fenómeno. A cooperação de países e instituições é baixa ou não existe. O deus dinheiro, o prazer e outros interesses falam mais alto. Os valores são invertidos, a pessoa é instrumentalizada sob os caprichos e a vileza do mais forte.

 No entanto, nenhum exercício político e económico, nenhum fenómeno social ou cultural pode desviar a centralidade da pessoa humana. Ela tem de ser sempre o “primeiro capital a preservar e a valorizar”. A sua dignidade e direitos fundamentais reclamam as exigências da verdade e da justiça, sem ambiguidades nem adiamentos. E diz-nos Francisco: “Sempre me angustiou a situação das pessoas que são objeto das diferentes formas de tráfico. Quem dera que se ouvisse o grito de Deus, perguntando a todos nós: “Onde está o teu irmão?” (Gn 4,9). Onde está o teu irmão escravo? Onde está o teu irmão que estás a matar cada dia na pequena fábrica clandestina, na rede da prostituição, nas crianças usadas para a mendicidade, naquele que tem de trabalhar às escondidas porque não foi regularizado? Não nos façamos de distraídos! Há muita cumplicidade. A pergunta é para todos!”
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Elaboradas pelos Serviços da Santa Sé, a partir das intervenções sobretudo do Papa Francisco e da experiência partilhada de líderes sociais, investigadores, profissionais, organizações e gente que está no mundo a tentar debelar esta “ferida no corpo da humanidade contemporânea”, foram aprovadas pelo Papa Francisco, para toda a Igreja, pessoas e instituições de boa vontade, as Orientações Pastorais sobre o Tráfico de Pessoas das quais me servi neste texto e recomendo a leitura e a divulgação. Estão disponíveis em https://migrants- 
refugees.va/pt/trafico-de-seres-humanos-e-escravidao/ em diversas línguas e formatos. Há́ outros recursos e pistas na área “Trafico de Seres Humanos e Escravidão” em https://migrants- refugees.va/pt/trafico-de-seres-humanos-e-escravidao/

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 05-07-2019.



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