domingo, 20 de março de 2022

 



PARÓQUIAS DE NISA

Segunda,21 de março de 2022

Segunda-feira da III semana da quaresma

   

 

LITURGIA

 

 

Segunda-feira da semana III

Roxo – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. da Quaresma.

L1: 2 Reis 5, 1-15a; Sal 41 (42), 2-3; 42, 3. 4
Ev: Lc 4, 24-30

Nos dias feriais mais oportunos desta semana, em vez das leituras indicadas para esses dias, podem tomar-se as leituras dominicais do Ano A, para favorecer a catequese batismal na Quaresma.
* Na Arquidiocese de Braga (Basílica de S. Bento da Porta Aberta) – Aniversário da Basílica de S. Bento da Porta Aberta – SOLENIDADE
* Na Diocese de Bragança-Miranda – Pode celebrar-se a memória do Trânsito de S. Bento, abade, Padroeiro da Diocese, como se indica na p. 33, n. 9.
* Na Ordem Beneditina – Trânsito do Patriarca S. Bento, abade – FESTA
* Na Ordem de Cister e na Ordem Cisterciense da Estrita Observância – Trânsito de S. Bento, abade – FESTA; Aniversário da Fundação da Ordem de Cister (1098).

 

MISSA

 ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 83, 3
A minha alma suspira pelos átrios do Senhor,
o meu coração e a minha carne exultam no Deus vivo.

ORAÇÃO COLECTA
Purificai, Senhor, e protegei continuamente a vossa Igreja e, porque não pode salvar-se sem Vós, governai-a com a vossa providência. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I 2 Reis 5, 1-15ª
«Havia muitos leprosos em Israel;
contudo nenhum deles foi curado, mas apenas o sírio Naamã»


Leitura do Segundo Livro dos Reis

Naqueles dias, Naamã, general dos exércitos do rei da Síria, era tido em grande consideração e estima pelo seu soberano, porque, por seu intermédio, o Senhor tinha dado a vitória à Síria. Mas este homem, valente guerreiro, estava leproso. Ora, numa incursão, os sírios tinham levado uma menina da terra de Israel, que ficou ao serviço da mulher de Naamã. Ela disse à sua senhora: «Se o meu senhor fosse ter com o profeta que vive na Samaria, ele decerto o livraria da lepra». Naamã foi contar ao soberano o que dissera a jovem da terra de Israel. O rei da Síria respondeu-lhe: «Vai, que eu escreverei uma carta ao rei de Israel». Naamã pôs-se a caminho, levando consigo dez talentos de prata, seis mil siclos de ouro e dez mudas de roupa; e entregou ao rei de Israel a carta, que dizia: «Logo que esta carta te chegar às mãos, ficarás a saber que te envio o meu servo Naamã, para que o livres da sua lepra». Depois de ter lido a carta, o rei de Israel rasgou as vestes, exclamando: «Serei eu um deus que possa dar a morte e a vida, para este me mandar dizer que livre um homem da sua lepra? Reparai e vede como ele procura um pretexto contra mim». Quando Eliseu, o homem de Deus, soube que o rei de Israel tinha rasgado as vestes, mandou-lhe dizer: «Por que motivo rasgaste as tuas vestes? Esse homem venha ter comigo e saberá que existe um profeta em Israel». Naamã seguiu com os seus cavalos e o seu carro e parou à porta de Eliseu. Eliseu mandou-lhe dizer por um mensageiro: «Vai banhar-te sete vezes no Jordão e o teu corpo ficará limpo». Naamã irritou-se e decidiu ir-se embora, dizendo: «Eu pensava que ele mesmo viria ao meu encontro, invocaria o nome do Senhor, seu Deus, colocaria a mão sobre a parte doente e me livraria da lepra. Não valem os rios de Damasco, o Abana e o Farfar, mais do que todas as águas de Israel? Não poderia eu banhar-me neles para ficar limpo?» Deu meia volta e partiu indignado. Mas os servos aproximaram-se dele e disseram: «Meu pai, se o profeta te tivesse mandado uma coisa difícil, não a terias feito? Quanto mais, se ele te diz apenas: ‘Vai banhar-te e ficarás limpo’?» Naamão desceu e mergulhou sete vezes no Jordão, como lhe ordenara o homem de Deus. A sua carne tornou-se como a de uma criança e ficou limpo. Voltou de novo, com todo o seu séquito, à casa do homem de Deus, entrou e apresentou-se, dizendo: «Agora sei que não há Deus em toda a terra, senão em Israel».

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 41 (42), 2.3; 42 (43), 3.4 (R. Salmo 41, 3)
Refrão: A minha alma tem sede do Deus vivo:
quando verei a face do Senhor?
Repete-se

Como suspira o veado pelas correntes das águas,
assim minha alma suspira por Vós, Senhor.
Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo:
quando irei contemplar a face de Deus? Refrão

Enviai a vossa luz e verdade,
sejam elas o meu guia e me conduzam
à vossa montanha santa
e ao vosso santuário. Refrão

E eu irei ao altar de Deus,
a Deus que é a minha alegria.
Ao som da cítara Vos louvarei,
Senhor, meu Deus. Refrão

ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Salmo 129 (130), 5.7
Refrão: Glória a Vós, Jesus Cristo, Palavra do Pai. Repete-se
Eu confio no Senhor, confio na sua palavra,
porque no Senhor está a misericórdia e a redenção. Refrão


EVANGELHO Lc 4, 24-30
Como Elias e Eliseu, Jesus não é enviado somente aos judeus


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, Jesus veio a Nazaré e falou ao povo na sinagoga, dizendo: «Em verdade vos digo: Nenhum profeta é bem recebido na sua terra. Digo-vos a verdade: Havia em Israel muitas viúvas no tempo do profeta Elias, quando o céu se fechou durante três anos e seis meses e houve uma grande fome em toda a terra; contudo, Elias não foi enviado a nenhuma delas, mas a uma viúva de Sarepta, na região da Sidónia. Havia em Israel muitos leprosos no tempo do profeta Eliseu; contudo, nenhum deles foi curado, mas apenas o sírio Naamã». Ao ouvirem estas palavras, todos ficaram furiosos na sinagoga. Levantaram-se, expulsaram Jesus da cidade e levaram-n’O até ao cimo da colina sobre a qual a cidade estava edificada, a fim de O precipitarem dali abaixo. Mas Jesus, passando pelo meio deles, seguiu o seu caminho.


Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Apresentamos, Senhor, estes dons sobre o vosso altar e humildemente Vos pedimos que os transformeis para nós em sacramento de salvação. Por Nosso Senhor.

Prefácio da Quaresma

ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 116, 1-2
Louvai o Senhor, povos de toda a terra,
porque é eterna a sua misericórdia.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
A comunhão deste sacramento nos purifique, Senhor, e nos confirme na unidade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURAS: I 2 Reis 5, 1-15ª: Começa, nesta semana, a preparação mais diretamente orientada para o Batismo dos catecúmenos e para a renovação das promessas do Batismo dos já batizados, na Vigília Pascal. A saúde restituída a um leproso por meio de simples banho no rio é figura do Batismo, que, num gesto tão simples, é sacramento de uma graça espiritual tão grande, que nele, de simples homens naturais, nos tornamos filhos de Deus, participantes da vida e da glória de Cristo ressuscitado. E esta graça é oferecida a todos os homens: Naamã era estrangeiro e pagão, e foi curado.

Lc 4, 24-30: A liturgia de hoje põe em relevo a universalidade da redenção. É a todo o género humano que se abre a fonte do Batismo; todos são chamados a acolherem, na fé, o reino de Deus e a entrarem na sua Igreja. Mas, por vezes, os que estão mais perto são os que têm mais dificuldade em o acolher, como aconteceu com os de Nazaré. E foi a esse propósito que Jesus Se referiu ao acontecimento narrado na leitura anterior.


 

 

AGENDA DO DIA:

 

 

10.30 horas: Funeral em Nisa

15.30 horas: Funeral em Nisa

 

 

ZONA PASTORAL DE NISA:

 

 


Capela da Santa Casa da Misericórdia - Arez

 

 

A VOZ DO PASTOR

 

 

HÁ 375 ANOS RAINHA E PADROEIRA DE PORTUGAL

 

Costuma dizer-se que quem meus filhos beija minha boca adoça. Nestas vésperas da Solenidade de São José, não vou falar dele. Acredito, porém, que também ele ficará de boca doce, muito feliz. Porque se aproxima uma data muito importante para nós, portugueses, vou falar de Maria, sua esposa, mas festejando com os dois o dom das suas vidas e a intervenção de ambos no projeto de Deus para a humanidade. São José é o Patrono universal da Igreja, o pai adorável, o homem justo e bom, estimulo para todos os pais em Dia do Pai. Maria, sua Esposa, Mãe de Deus e Mãe da Igreja, também é Rainha e Padroeira de Portugal, uma nobre e distinta Senhora que até sobressai no jeito de se apresentar. Sem andar pelas passarelas da moda, sem se endividar em compras ou comprar fiado, tem um roupeiro invejável, ao ponto de nenhum outro se lhe puder igualar. Em cada invocação que o povo carinhosamente lhe dá, ela veste um vestido diferente, ao gosto da região, da cultura e da devoção dos seus filhos, mas sempre na moda, sempre ‘in’. Apesar de não ser exigente, apesar do povo a vestir até a fios de ouro, convenhamos que, na sua beleza, qualquer trapinho lhe fica bem. Essa beleza encantadora nasce-lhe do interior, das suas virtudes e santidade. Se o leitor for capaz de alistar as invocações da Senhora existentes em Portugal, ou apenas na sua própria região, apreciará também que, sendo sempre a mesma, veste sempre de forma diferente e bela: Senhora da Penha, da Misericórdia, da Alegria, da Cabeça, das Dores, da Vista, da Rocha, da Lapa, do Minho, da Franqueira, da Peneda, do Facho, do Viso, dos Remédios, da Fé, do Parto, do Ó, do Alívio, da Agonia, de Aires, dos Altos Céus, ... vá, continue, por favor, e não se canse, consciente que é sempre a mesma Senhora e que a lista jamais estará completa...

 

Servindo-me, com a devida vénia, sobretudo da Wikipédia, aproveito para, nesta efeméride que estamos a celebrar, recordar que, por exemplo, a devoção dos portugueses a Nossa Senhora da Conceição vem de muito longe e está muito ligada aos acontecimentos da independência e da identidade nacional. Histórias da história dizem-nos que, aquando da conquista da cidade de Lisboa, em 1147, por D. Afonso Henriques, foi celebrada uma Missa Pontifical de ação de graças, em honra da Imaculada Conceição. São Nuno Álvares Pereira, após a vitória na batalha de Aljubarrota, em 1385, terá mandado construir a igreja de Nossa Senhora do Castelo, em Vila Viçosa, sendo consagrada a Nossa Senhora da Conceição, cuja imagem que lá se encontra ele teria encomendado em Inglaterra. A devoção popular foi crescendo e criando raízes ainda mais fortes em Portugal. Criaram-se irmandades de Nossa Senhora da Conceição, dedicaram-se-lhe igrejas e muitos altares, sendo a irmandade mais antiga a instituída em 1589 na paróquia dos Anjos, em Lisboa. Após a restauração da independência de Portugal, o rei D. João IV, em 25 de março de 1646, após parecer favorável das Cortes gerais, consagrou os «Seus Reinos e Senhorios» a Nossa Senhora da Conceição, diante da imagem existente no Santuário de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa. Proclamou Nossa Senhora da Conceição como Padroeira de Portugal e coroou a sua Imagem com a coroa real, doravante seria a Rainha de Portugal. A partir de então, em sinal de reconhecimento de que Nossa Senhora é a verdadeira Rainha e Padroeira de Portugal, os reis subsequentes nunca mais colocaram a coroa real na sua cabeça, sendo que a coroa, em ocasiões solenes, era apenas posta sobre uma almofada, ao lado direito do rei. Tal ‘Provisão Régia’ foi confirmada pelo Papa Clemente X em 1671. Docentes da Universidade de Coimbra, desde 1646 juraram defender o dogma da Imaculada Conceição, juramento que foi estendido e aplicado a todos os futuros graduados da Universidade. Só após a proclamação do dogma da Imaculada em 1854, se julgou desnecessário continuar a prestar este juramento. Em 1654, D. João IV enviou a todas as Câmaras Municipais do Império Português uma cópia da inscrição comemorativa, em latim, do juramento solene prestado em 25 de Março de 1646 e ordenou que aquela inscrição fosse gravada em pedra e colocada nas portas e lugares públicos das cidades e vilas portuguesas. O Rei D. João V, em 1717, em circular enviada à Universidade de Coimbra e a todos os prelados e colegiais do Reino, recomendou-lhes a celebração anual da festa da Imaculada Conceição nas suas igrejas, recordando o juramento de D. João IV. Por sua vez, o rei D. João VI, em 1818, fundou a “Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa”. Após a proclamação dogmática em 1854 pelo Papa Pio IX, desenvolveu-se em Portugal um movimento que apoiava a construção de um monumento nacional que comemorasse tal facto. Esse primeiro monumento foi erigido no Sameiro, em Braga, em  1869. Posteriormente, no mesmo local, foi construído um santuário dedicado à Imaculada Conceição de Maria, cuja imagem foi coroada solenemente em 1904. Extinta a monarquia e instaurada a república, nunca este ato e este título de Nossa Senhora foi posto em causa.

 

Em 1946, no dia 25 de Março, comemorou-se o tricentenário da proclamação da Imaculada Conceição como Padroeira de Portugal, com a consagração de Portugal à Virgem Maria, Mãe de Deus. Na Visita Apostólica do Papa São João Paulo II a Portugal, ocorrida nos dias 12 a 15 de Maio de 1982, ele visitou o Santuário de Fátima, o Santuário de Nossa Senhora do Sameiro e o Santuário de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa.

 

O Instituto da Padroeira de Portugal para os Estudos da Mariologia organizou para este mês de março o congresso intitulado: “Mulher, Mãe e Rainha. Nos 375 anos da Coroação de Nossa Senhora da Conceição como Padroeira de Portugal”. Terá lugar de 24 a 26 de março, em Fátima. No dia 27 de março, Domingo, e já na véspera, o encerramento deste ano jubilar dos 375 anos da coroação de Nossa Senhora será em Vila Viçosa, no Santuário ou Solar da Padroeira. Presidirá Salvatore (Rino) Fisichella, arcebispo italiano presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização. Também serão expostas conjuntamente as três coroas de Nossa Senhora, a de Vila Viçosa, de Fátima e do Sameiro, bem como alguns mantos da Padroeira de Portugal.

Na sua divulgação, lê-se que o congresso, para além de reunir conceituados especialistas em várias áreas do saber, pretende ser um fórum de estudo abrangente, nas temáticas, nas visões e nas abordagens, esperando-se os diferentes contributos relativos ao objetivo em vista. Mas também está aberto à participação ativa de quantos quiseram associar a sua investigação através de comunicações autopropostas, dentro das áreas do Congresso. É inegável que o Povo português tem uma forte identidade mariana, que no Congresso melhor se quere conhecer, nos seus fundamentos e expressões.​ Além do Congresso, o referido Instituto assumiu “construir um dicionário sobre a Virgem Maria, um dicionário em português, a partir de fontes históricas, mas também das novas realidades contemporâneas”.

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 18-03-2022.

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