sexta-feira, 18 de março de 2022

 



PARÓQUIAS DE NISA

Sábado, 19 de março de 2022

Sábado da II semana da quaresma

S. José

   

 

LITURGIA

 

 

Sábado da semana II

S. JOSÉ, ESPOSO DA VIRGEM SANTA MARIA
SOLENIDADE

Branco – Ofício da solenidade. Te Deum.
Missa própria, Glória, Credo, pf. próprio.

L1: 2 Sam 7, 4-5a. 12-14a. 16; Sal 88 (89), 2-3. 4-5. 27 e 29.
L2: Rom 4, 13. 16-18. 22.
Ev: Mt 1, 16. 18-21. 24a ou Lc 2, 41-51a.

* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.
* 9.º aniversário da solene inauguração do Pontificado do Papa Francisco (2013).
* Na Diocese de Vila Real – Aniversário da Ordenação episcopal de D. António Augusto de Oliveira Azevedo (2016).
* Na Ordem Agostiniana – S. José, Protetor da Ordem – SOLENIDADE
* Na Congregação das Filhas de São Camilo – S. José, Padroeiro da Congregação – SOLENIDADE
* Na Congregação dos Irmãos Maristas, na Congregação das Irmãs Missionárias Servas do Espírito Santo, na Congregação dos Missionários do Verbo Divino – S. José, Esposo da Virgem Santa Maria, Padroeiro principal das Congregações – SOLENIDADE
* Na Congregação dos Missionários do Coração de Maria – S. José, Esposo da Virgem Santa Maria, Padroeiro secundário da Congregação – SOLENIDADE
* Na Congregação dos Rogacionistas do Coração de Jesus – S. José, Esposo da Virgem Santa Maria, Padroeiro secundário da Congregação – SOLENIDADE
* Na Congregação dos Sagrados Corações – S. José, Esposo da Virgem Santa Maria, Padroeiro da Congregação – SOLENIDADE
* Nos Missionários Combonianos do Coração de Jesus – S. José, Esposo da Virgem Santa Maria, Padroeiro do Instituto – SOLENIDADE
* Nas Irmãzinhas dos Anciãos Desamparados – S. José, Esposo da Virgem Santa Maria, Padroeiro principal – SOLENIDADE
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.

 

S. JOSÉ, ESPOSO DA VIRGEM SANTA MARIA

 

Nota Histórica

Nos desígnios de Deus, José foi o homem escolhido para ser o pai adotivo de Jesus. É no seio da sua família modestíssima que se realiza, com efeito, o Ministério da Incarnação do Verbo. Intimamente unido à Virgem-Mãe e ao Salvador, José situa-se num plano muito superior ao dos mais profundos místicos: amando Jesus, amava o Seu Deus; toda a ternura respeitosa, com que envolvia Maria, dirigia-se à Imaculada Mãe de Deus.

 Figura perfeita do «justo» do Antigo Testamento, homem de uma fé a toda a prova, no cumprimento da sua missão, mostrará sempre uma disponibilidade total, mesmo nos acontecimentos mais desconcertantes.

Protetor providencial de Cristo, continua a sê-lo do Seu Corpo Místico. O exemplo da sua vida é sempre atual para todos quantos querem situar a sua vida no âmbito dos desígnios de salvação do Senhor.

 

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Lc 12, 42
Este é o servo fiel e prudente,
que o Senhor pôs à frente da sua família.

Diz-se o Glória.

ORAÇÃO COLECTA
Deus todo-poderoso,
que na aurora dos novos tempos confiastes a São José
a guarda dos mistérios da salvação dos homens,
concedei à vossa Igreja, por sua intercessão,
a graça de os conservar fielmente
e de os realizar até à sua plenitude.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I 2 Sam 7, 4-5a.12-14a.16
«O Senhor Deus Lhe dará o trono de seu pai David» (Lc 2, 32)


Leitura do Segundo Livro de Samuel
Naqueles dias,
o Senhor falou a Natã, dizendo:
«Vai dizer ao meu servo David:
Assim fala o Senhor:
Quando chegares ao termo dos teus dias
e fores repousar com os teus pais,
estabelecerei em teu lugar um descendente que nascerá de ti
e consolidarei a tua realeza.
Ele construirá um palácio ao meu nome
e Eu consolidarei para sempre o seu trono real.
Serei para ele um pai e Ele será para Mim um filho.

A tua casa e o teu reino
permanecerão diante de Mim eternamente
e o teu trono será firme para sempre».
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 88 (89), 2-3.4-5.27 e 29 (R. 37)
Refrão: A sua descendência permanecerá eternamente.


Cantarei eternamente as misericórdias do Senhor
e para sempre proclamarei a sua fidelidade.
Vós dissestes:
«A bondade está estabelecida para sempre»,
no céu permanece firme a vossa fidelidade.

Concluí uma aliança com o meu eleito,
fiz um juramento a David meu servo:
Conservarei a tua descendência para sempre,
estabelecerei o teu trono por todas as gerações.

Ele Me invocará: «Vós sois meu Pai,
meu Deus, meu Salvador».
Assegurar-lhe-ei para sempre o meu favor,
a minha aliança com ele será irrevogável.


LEITURA II Rom 4, 13.16-18.22
«Esperando contra toda a esperança»


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos
Irmãos:
Não foi por meio da Lei,
mas pela justiça da fé,
que se fez a Abraão ou à sua descendência
a promessa de que receberia o mundo como herança.

Portanto a herança vem pela fé,
para que seja dom gratuito de Deus
e a promessa seja válida para toda a descendência,
não só para a descendência segundo a Lei,
mas também para a descendência segundo a fé de Abraão.
Ele é o pai de todos nós, como está escrito:
«Fiz de ti o pai de muitos povos».
Ele é o nosso pai diante d’Aquele em quem acreditou,
o Deus que dá vida aos mortos
e chama à existência o que não existe.
Esperando contra toda a esperança,
Abraão acreditou,
tornando-se pai de muitos povos,
como lhe tinha sido dito:
«Assim será a tua descendência».
Por este motivo é que isto «lhe foi atribuído como justiça».
Palavra do Senhor.


ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Salmo 83 (84), 5
Refrão: Felizes os que habitam na vossa casa, Senhor:
eles Vos louvarão pelos tempos sem fim.
Refrão

Em vez deste Evangelho pode ler-se o que se lhe segue.


EVANGELHO Mt 1, 16.18-21.24a
«José fez como lhe ordenara o Anjo do Senhor»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Jacob gerou José, esposo de Maria,
da qual nasceu Jesus, chamado Cristo.
O nascimento de Jesus deu-se do seguinte modo:
Maria, sua Mãe, noiva de José,
antes de terem vivido em comum,
encontrara-se grávida por virtude do Espírito Santo.
Mas José, seu esposo,
que era justo e não queria difamá-la,
resolveu repudiá-la em segredo.
Tinha ele assim pensado,
quando lhe apareceu num sonho o Anjo do Senhor,
que lhe disse:
«José, filho de David,
não temas receber Maria, tua esposa,
pois o que nela se gerou é fruto do Espírito Santo.
Ela dará à luz um filho
e tu pôr-Lhe-ás o nome de Jesus,
porque Ele salvará o povo dos seus pecados».
Quando despertou do sono,
José fez como lhe ordenara o Anjo do Senhor.
Palavra da salvação.


Em vez do Evangelho precedente, pode ler-se o seguinte:

EVANGELHO Lc 2, 41-51a
«Teu pai e eu andávamos aflitos à tua procura»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém,
pela festa da Páscoa.
Quando Ele fez doze anos,
subiram até lá, como era costume nessa festa.
Quando eles regressavam, passados os dias festivos,
o Menino Jesus ficou em Jerusalém,
sem que seus pais o soubessem.
Julgando que Ele vinha na caravana,
fizeram um dia de viagem
e começaram a procurá-l’O entre os parentes e conhecidos.
Não O encontrando,
voltaram a Jerusalém, à sua procura.
Passados três dias,
encontraram-n’O no templo,
sentado no meio dos doutores,
a ouvi-los e a fazer-lhes perguntas.
Todos aqueles que O ouviam
estavam surpreendidos com a sua inteligência e as suas respostas.
Quando viram Jesus, seus pais ficaram admirados;
e sua Mãe disse-Lhe:
«Filho, porque procedeste assim connosco?
Teu pai e eu andávamos aflitos à tua procura».
Jesus respondeu-lhes:
«Porque Me procuráveis?
Não sabíeis que Eu devia estar na casa de meu Pai?».
Mas eles não entenderam as palavras que Jesus lhes disse.
Jesus desceu então com eles para Nazaré
e era-lhes submisso.

 Palavra da salvação.


Diz-se o Credo.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei-nos, Senhor,
a graça de servir ao vosso altar de coração puro,
imitando a dedicação e fidelidade
com que São José serviu o vosso Filho Unigénito,
nascido da Virgem Maria.
Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio de São José [na solenidade]: p. 492


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Mt 25, 21
Servo bom e fiel,
entra na alegria do teu Senhor.

Ou
Mt 1, 20-21
Não temas, José:
Maria dará à luz um Filho
e tu Lhe darás o nome de Jesus.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor,
que na solenidade de São José
alimentastes a vossa família à mesa deste altar,
defendei-a sempre com a vossa protecção
e velai pelos dons que lhe concedestes.
Por Nosso Senhor.

 

 

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURAS:

 

 

 

AGENDA DO DIA:

 

14.00 horas: Funeral no Arneiro

15.00 horas: Confissões no Pardo

15.00 horas: Missa em Salavessa

16.00 horas: Missa no Pé da Serra

16.00 horas: Missa no Pardo

18.00 horas: Missa em Nisa

18.00 horas: Missa em Alpalhão.

 

ZONA PASTORAL DE NISA:

 

 S. José, esposo da Virgem Santa Maria


 DIA DO PAI

 

 

A VOZ DO PASTOR

 

 

A DITOSA NOITE QUE NOS CONVOCA E PROVOCA

 

Vamos preparar bem essa noite em espírito de sinodalidade? Acha que é muito cedo? Nuns lugares talvez seja, noutros não será. Será cedo onde os pastores só têm uma paróquia para servir, coisa raríssima. O desafio que proponho é para os outros. E quem parte cedo pode pensar muito melhor o caminho a fazer, pode ir limpando o chão das possíveis resistências, minas e armadilhas, pode ir andando mais devagar e sentar-se um pouco aqui ou acolá a comer um gelado ou um kiwi, pode escutar bem o que vai ouvindo e apreciar a beleza do que vê, ouve e acontece para melhor discernir sem chegar sozinho, tarde e cansado, mas em pelotão e feliz. Vamos a isso!?

Como todos sabem, nenhuma ação da Igreja se pode igualar à liturgia. A liturgia é um tesouro evangelizador desde que preparada, centrada em si e não nos protagonistas. Se bem celebrada, escutada e vivida com serenidade e fé, por todos os presentes, é de valor incalculável. Fala por si, não precisa de grandes explicações nem de muita azáfama no espaço litúrgico que a possa descentralizar. Mas hoje refiro-me sobretudo à Vigília Pascal, a esta ação sagrada por excelência. Na liturgia celebramos o mistério Pascal pelo qual Cristo nos salvou. Celebramos o mistério da sua Paixão, Morte e Ressurreição “até que Ele venha”, até que “Deus seja tudo em todos”. Por ela, a Igreja realiza e prolonga a obra sacerdotal de Cristo para a santificação dos homens e a glorificação de Deus. A Constituição Dogmática sobre a Sagrada Liturgia ensina que “Na liturgia Deus fala ao seu povo. Cristo ainda anuncia o Evangelho. E o povo responde a Deus, ora com cânticos, ora com orações” (SC33). Inventar, substituir ou inovar em liturgia tem um de dois pressupostos: ou se sabe muito da matéria e se tem autoridade para o fazer, ou se é extremamente ignorante ao ponto de, em nome da inteligibilidade da mesma, dela fazer tábua rasa, manifestando falta de entendimento litúrgico e de comunhão eclesial. A ‘criatividade’ na liturgia está no ser capaz de a preparar bem, interior e exteriormente, fazendo saborear o verdadeiro louvor ao Senhor e tornar presente na vida de cada crente e da Igreja a salvação celebrada.

É verdade que a Vigília Pascal, ao longo dos tempos, foi sofrendo algumas modificações quanto à hora de ser celebrada. Nestes tempos que são os nossos, está ordenado que a Vigília só seja celebrada à noite, pelo menos depois que o sol se ponha e antes do amanhecer do domingo. É a noite das noites, a noite santa, a noite sacramental, a noite do memorial do Cristo Ressuscitado, fonte e centro da Eucaristia e de todas as Liturgias. É a Vigília das vigílias, dela parte toda a espiritualidade da Igreja e para ela tudo converge. E o Catecismo da Igreja Católica afirma que “a Páscoa não é simplesmente uma festa entre outras: é a «festa das festas», a «solenidade das solenidades», tal como a Eucaristia é o sacramento dos sacramentos, o grande sacramento. É «o grande domingo» da Semana Santa, da «semana maior». É o mistério da ressurreição, em que Cristo aniquilou a morte, penetra no nosso velho tempo com a sua poderosa energia, até que tudo Lhe seja submetido (cf. CIgC1169).

Desde há muito que tenho feito força e dado a entender que é preferível fazer uma celebração digna e serena numa das paróquias que estão confiadas a cada sacerdote do que andar a correr dum lado para o outro, stressados, sem qualquer espécie de proveito para quem quer que seja, e a banalizar o que é tão sério, importante e rico de sentido e conteúdo na vida da Igreja. Embora apele à compreensão dos párocos e diáconos, dos ministros extraordinários da Palavra e de todos os colaboradores e comunidades cristãs, sei que nada disto irá por decreto do Bispo ou por imposição seja de quem for, nem é isso que se pretende. Entendo, porém, que quem tem várias paróquias, devia eleger uma, em metodologia sinodal, para a celebração da Vigília, com os batizados que houvesse, sem obrigar. Este é um desafio que se deveria perseguir colegialmente, fazendo ressaltar nessa caminhada as verdadeiras razões que levam a isso, mudando para melhor. E até poderá acontecer que, de ano em ano, se venha a celebrar rotativamente, se as igrejas das outras paróquias tiverem condições para tal. Na Vigília Pascal lê-se longamente a Escritura, realça-se as prefigurações do batismo, descobre-se melhor o seu profundo significado teológico, sobressai essa vida nova de quem morre e ressuscita com Cristo pelo Batismo. Os cristãos somos filhos da Páscoa, nascemos na noite santa da vitória de Cristo sobre a morte. O tempo pascal, sobretudo ao Domingo, é o tempo mais favorável para a celebração do Batismo, mas a Vigília Pascal é o melhor e mais significativo momento.

Há muitas tradições populares que saíram da celebração festiva e evangelizadora do mistério Pascal. Hoje, porém, em alguns sítios, porque não se renovaram, estagnaram no tempo e tomaram a vez da celebração litúrgica da Vigília Pascal e da própria Páscoa. Muitas destas tradições estão mais ao serviço do turismo e do bairrismo local do que a fazer viver o que lhes deu origem, a sua fonte. As tradições e a piedade popular merecem-nos todo o respeito e atenção, têm alto valor e significado, não estamos contra elas. Sem lhes tirar o lugar e o sentido, porém, devem harmonizar-se com a celebração do que lhes deu vida e sentido mas passou para segundo lugar. Só isso as manterá verdadeiramente vivas e úteis a fazer valer a sua origem e a preocupação de evangelizar de quem as iniciou. Uma coisa não tira a outra, podem coexistir as duas, mas cada uma no seu lugar. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa, embora se ajudem mutuamente na preparação e celebração do mistério pascal.

Nesta celebração que proponho, as pessoas que veem de cada uma das outras paróquias, deveriam trazer o Círio Pascal paroquial para neles se acender o lume novo. É a luz de Cristo que, nesta ditosa noite, gloriosamente ressuscitado, dissipa as trevas do coração, do espírito e do mundo, faz ressoar no templo as aclamações do povo de Deus anunciando o triunfo de tão grande Rei que faz com que a Igreja exulte e cante de alegria porque o céu se une à terra e o homem se encontra com Deus. A Água nessa noite solenemente benzida, se for partilhada pelas outras paróquias para a celebração de próximos batismos, seja transportada com responsabilidade e em recipientes dignos.

Importa preparar bem os leitores para que a celebração não fique estragada por leituras inaudíveis, ininteligíveis, fracas ou feitas com ‘esporas na língua’, apressadas, bem como preparar os acólitos e todos os intervenientes na dinâmica celebrativa, sem esquecer os salmistas e cantores, pensando em todas as coisas e pormenores que sejam necessários. Nas paróquias onde, no Domingo de Páscoa, só haja possibilidade de haver celebração da Palavra, que esta também seja muito bem preparada e celebrada, envolvendo a comunidade. Poder-se-á também introduzir solenemente e explicar à comunidade o significado dos Santos Óleos. Vamos a isso?...

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 11-03-2022.

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