segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

 

PARÓQUIAS DE NISA

 

Terça, 11 de janeiro de 2022

 

Terça-feira da I semana do tempo comum

 

 

LITURGIA

 

 

Terça-feira da semana I

Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).

L1: 1 Sam 1, 9-20; Sal 1 Sam 2, 1. 4-5ab. 5cd. 6-7. 8abcd
Ev: Mc 1, 21-28

MISSA

 ANTÍFONA DE ENTRADA
Sobre um trono elevado vi sentado um homem,
que uma multidão de Anjos adora, cantando em coro:
Eis Aquele que reina eternamente.


ORAÇÃO COLECTA
Atendei, Senhor, as orações do vosso povo;
dai-lhe luz para conhecer a vossa vontade
e coragem para a cumprir fielmente.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LEITURA I 1 Sam 1, 9-20
«O Senhor lembrou-Se de Ana e ela deu à luz um filho»

Leitura do Primeiro Livro de Samuel


Naqueles dias, depois de ter comido em Silo, Ana levantou-se e apresentou-se diante do Senhor. O sacerdote Heli estava sentado em sua cadeira, à entrada do templo do Senhor. Com a alma cheia de amargura, Ana orou ao Senhor, derramando muitas lágrimas, e fez o seguinte voto: «Senhor do Universo! Se Vos dignardes olhar para a humilhação da vossa serva, se Vos lembrardes de mim e não esquecerdes esta vossa serva, se lhe derdes um filho varão, eu o consagrarei ao Senhor por toda a vida e a navalha não passará pela sua cabeça». Enquanto ela continuava a rezar diante do Senhor, Heli observou os movimentos dos seus lábios: Ana falava em seu coração; só mexia os lábios, mas não se ouvia a sua voz. Por isso Heli pensou que estivesse embriagada e perguntou-lhe: «Até quando estarás embriagada? Livra-te desse vinho». Ana respondeu: «Não, meu senhor; sou apenas uma infeliz. Não bebi vinho nem outra bebida que embriague; estava apenas a desabafar diante do Senhor. Não tomes a tua serva por uma vadia, porque o excesso da minha dor e da minha aflição é que me fez falar até agora». Então Heli disse-lhe: «Vai em paz e o Deus de Israel te conceda o que Lhe pediste». Ana respondeu: «Queira Deus que a tua serva encontre sempre em ti acolhimento favorável». A mulher foi-se embora, comeu e já tinha outro semblante. No outro dia, levantaram-se de manhã cedo e, depois de se terem prostrado diante do Senhor, voltaram para sua casa, em Ramá. Elcana uniu-se a sua mulher, Ana, e o Senhor lembrou-Se dela. Ana concebeu e, decorrido o tempo, deu à luz um filho, a quem deu o nome de Samuel, dizendo: «Eu o pedi ao Senhor».


Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL 1 Sam 2, 1.4-5ab.5cd.6-7.8abcd (R. cf. 1a)
Refrão: O meu coração exulta no Senhor, meu Salvador. Repete-se

Exulta o meu coração no Senhor,
no meu Deus se eleva a minha fronte.
Abre-se a minha boca contra os inimigos,
porque me alegro com a vossa salvação. Refrão

A arma dos fortes foi destruída
e os fracos foram revestidos de força.
Os que viviam na abundância andam em busca de pão
e os que tinham fome foram saciados. Refrão

A mulher estéril deu à luz muitos filhos
e a mãe fecunda deixou de conceber.
É o Senhor quem dá a morte e dá a vida,
faz-nos descer ao túmulo e de novo nos levanta.
É o Senhor quem despoja e enriquece,
é o Senhor quem humilha e exalta. Refrão

Levanta do chão os que vivem prostrados,
retira da miséria os indigentes;
fá-los sentar entre os príncipes
e destina-lhes um lugar de honra. Refrão

ALELUIA cf. 1 Tes 2, 13
Refrão: Aleluia. Repete-se.
Escutai o que diz o Senhor,
não como palavra dos homens,
mas como palavra de Deus. Refrão

EVANGELHO Mc 1, 21-28
«Ensinava-os como quem tem autoridade»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos


Jesus chegou a Cafarnaum e quando, no sábado seguinte, entrou na sinagoga e começou a ensinar, todos se maravilhavam com a sua doutrina, porque os ensinava com autoridade e não como os escribas. Encontrava-se na sinagoga um homem com um espírito impuro, que começou a gritar: «Que tens Tu a ver connosco, Jesus Nazareno? Vieste para nos perder? Sei quem Tu és: o Santo de Deus». Jesus repreendeu-o, dizendo: «Cala-te e sai desse homem». O espírito impuro, agitando-o violentamente, soltou um forte grito e saiu dele. Ficaram todos tão admirados, que perguntavam uns aos outros: «Que vem a ser isto? Uma nova doutrina, com tal autoridade, que até manda nos espíritos impuros e eles obedecem-Lhe!». E logo a fama de Jesus se divulgou por toda a parte, em toda a região da Galileia.


Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai benignamente, Senhor, a oblação do vosso povo
e fazei que ela santifique a nossa vida
e torne eficaz a nossa oração.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 35, 10
Em Vós, Senhor, está a fonte da vida: na vossa luz veremos a luz.

Ou Jo 10, 10
Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância, diz o Senhor.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus todo-poderoso,
que nos alimentais com os vossos sacramentos,
dai-nos a graça de Vos servir com uma vida santa.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURAS: 1 Sam 1, 9-20: Se a sua rival a enxovalhava, Ana, pelo contrário, rezava a Deus, ou, como ela explica ao sacerdote que a julgava embriagada, “estava apenas a desabafar diante do Senhor”. E o Senhor escutou a sua oração. Vai ter um filho, Dom do Senhor como a mãe pretende sublinhar com o nome que lhe dá, Samuel. Tudo procura pôr em relevo a acção misericordiosa de Deus na história da salvação dos homens.

Mc 1, 21-28: Passou o “Tempo do Natal”, o tempo das epifanias ou manifestações do Senhor. A leitura de hoje situa-nos na continuação das manifestações que revelam o mistério de Jesus. A doutrina que Ele ensina e o modo como a apresenta e o seu poder sobre os espíritos do mal deixam maravilhados quantos O escutam e O observam. De nada teria valido saber a história do Messias que, há dias, contemplámos nascido em Belém, se, escutando as suas palavras e vendo as suas obras, não soubéssemos responder àquela pergunta da leitura: “Que vem a ser isto?”

 

 

 

AGENDA DO DIA:

 

 

18.00 horas: Missa em Nisa – Espírito Santo.

18.00 horas: Missa em Alpalhão.

 

 

 

PENSAMENTO DO DIA

 

 

 

 

A VOZ DO PASTOR

 

 

 

JOVEM, EIS A ESCADA QUE LEVA À PORTA ESTREITA....

 

A ampulheta do tempo para a Jornada Mundial da Juventude vai-se esvaziando muito mais rápido que aquelas que, pelo menos outrora, as instituições de ensino usavam nos exames orais, lembram-se?!... Bene dixisti!, dizia um dos jurados com olhos ensonados e sem ter ouvido nada...

Se agora não são os professores a causarem nervoso miudinho e a fazer com que os jovens apanhem a raposa, é a pandemia que faz os seus estragos. Os jovens do mundo inteiro viram adiado esse encontro mundial em Lisboa de 2022 para 2023. E mesmo agora ainda pairam algumas incertezas no entusiasmo crescente duma juventude jovem. Sim, e digo juventude jovem porque há por aí jovens muito envelhecidos, deixaram de sonhar sendo o sonho que comanda a vida! Mas tudo vai estando a postos, em movimento, com sensibilização e caminhada de preparação, com alegria e esperança. O Comité Organizador Local, de Lisboa, organiza e coordena a Jornada Mundial a nível nacional e internacional, com centenas de voluntários nacionais e estrangeiros. Cada Diocese tem o seu Comité Organizador Diocesano para sensibilizar, preparar e coordenar a caminhada a fazer. As obras para a logística, em Lisboa, já fazem o seu caminho sob a responsabilidade dos autarcas de Lisboa e de Loures. O trabalho pastoral entre os jovens do país já começou em cada Diocese. O desafio do Papa Francisco aquando da entrega dos símbolos a Portugal foi claro: “Queridos jovens, gritai com a vossa vida que Cristo vive, que Cristo reina, que Cristo é o Senhor! Se vos calardes, garanto-vos que gritarão as pedras!” (cf. Lc19,40).

O símbolo mais emblemático que, desde o princípio, tem acompanhado as Jornadas Mundiais da Juventude é a Cruz, também conhecida por Cruz dos Jovens, Cruz Peregrina, Cruz do Ano Santo, Cruz do Jubileu, Cruz das Jornadas. Posteriormente falarei do outro símbolo que é o ícone da Virgem Maria “Salus Populi Romani”, bem como falarei do logótipo e do Hino da Jornada em Lisboa. Se esta Cruz já carrega consigo uma rica história de evangelização, ela também torna presente a saudade do promotor de tais Jornadas Mundiais, São João Paulo II. No Ano Santo da Redenção em que se celebravam mil novecentos e cinquenta anos da Ressurreição de Jesus, ano que decorreu de 1983 a 1984, João Paulo II pediu a presença de uma grande Cruz próxima do altar principal da Basílica de São Pedro. Uma Cruz que, mesmo ao longe, pudesse ser vista por todos. E eis que lá foi colocada uma Cruz com 3,8 metros de altura, 175 cm na largura dos braços e com 31 kg de peso.

Após o encerramento da Porta Santa, em 1984, no Domingo de Ramos, ele confiou essa Cruz aos jovens de todo o mundo, ali representados pelos jovens do Centro Juvenil de São Lourenço, com sede ao lado da Praça de São Pedro, em Roma, dizendo: “Meus queridos jovens, ao concluir este Ano Santo, eu confio-vos o símbolo deste Ano Jubilar: a Cruz de Cristo! Carreguem-na pelo mundo fora como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade, e anunciai a todos que só na morte e ressurreição de Cristo é que poderemos encontrar salvação e redenção”. Os jovens levaram a Cruz para o Centro Juvenil de São Lourenço, continuando a ser o lugar permanente da Cruz quando não está em peregrinação pelo mundo. De quando em vez e com o mesmo entusiasmo, São João Paulo II lembrava aos jovens a Cruz e a missão que lhes confiara nessa altura. E, de facto, carregada por mãos e corações generosos de jovens entusiastas, a Cruz tem realizado uma longa e ininterrupta peregrinação pelos continentes, para assim demonstrar que a Cruz caminha com os jovens e os jovens caminham com a Cruz. Ao longo destes anos, tem passado por muitíssimas partes do mundo, incluindo lugares muito sensíveis e problemáticos, devido às suas circunstâncias de guerra ou de outras causas de sofrimento e dor. A Cruz apresenta-se aí como sinal de fé, de esperança e comunhão. Transportada por terra, mar e ar, por jovens a pé ou pelos mais diferentes meios de transporte, tem passado por igrejas, comunidades cristãs, lugares públicos, centros de detenção juvenis, prisões, escolas, universidades, hospitais, monumentos, centros comerciais, por tudo quanto é sítio e se consegue levar como sinal evangelizador e de paz, interpelando e acompanhando os jovens e as comunidades nas suas mais diversas realidades, conforme o tempo e o espaço. Desde novembro de 2021 a Julho de 2023, a Cruz está entre nós a percorrer as dioceses portuguesas, ficando um mês em cada uma. Pelo meio, fará uma pausa, para estar na Peregrinação Europeia de Jovens, em Santiago de Compostela, nos dias 4 e 7 de agosto 2022.

A passagem desta Cruz pelas nossas dioceses significa também um caloroso convite dos jovens a todos os jovens e pessoas de boa vontade para que se unam em verdadeira comunhão nesta causa de viver e dar a conhecer o amor de Cristo por toda a humanidade. Quando falamos sobre a importância da Cruz, não falamos sobre o objeto em si, mas sobre o que nela aconteceu, tornando-se a escada e a porta por onde se sobe e entra no Paraíso. “Como é estreita a porta e apertado o caminho que leva à vida” (Mt 7, 14). E Santa Rosa de Lima dizia que “fora da cruz, não há outra escada por onde se suba ao céu”. Ela representa o amor de Jesus por nós, o preço que pagou para nos salvar. “Ele, que era de condição divina, não se valeu da sua igualdade com Deus, mas aniquilou-Se a Si próprio. Assumindo a condição de servo, tornou-se semelhante aos homens. Aparecendo como homem, humilhou-Se ainda mais, obedecendo até à morte, e morte de cruz” (cf. Fil 2, 1-11). A Cruz é a síntese de tudo quanto Jesus sofreu por nós, mesmo que continue a ser escândalo para uns e loucura para outros. O que o mundo considera vil e desprezível, aquilo que há de mais frágil e louco aos olhos do mundo, o que é tido como loucura e fraqueza de Deus, é o que Deus escolheu para confundir os sábios e os fortes e destruir tudo quanto, neste mundo, se pensa que é muito mais importante do que isso, sem prejuízo de dar importância às coisas da vida, boas ou menos boas. Quem se gloria, que se glorie no Senhor. Deus exaltou Jesus e deu-lhe “um nome que está acima de todos os nomes, para que ao nome de Jesus todos se ajoelhem, no céu, na terra e nos abismos, e toda a língua proclame que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai” (cf.1Cor, 19-31). Na Cruz está a plenitude da nossa salvação, por ela regressamos à dignidade original. E Jesus desafiou-nos: “se alguém quiser segui-Me, renuncie a si mesmo, pegue na sua cruz de cada dia e siga-Me” (Lc 9,23).

A Cruz da Jornada Mundial da Juventude e o ícone da Virgem Maria “Salus Populi Romani” são entregues à nossa Diocese, em Évora, no dia 30 de janeiro corrente. Chegam a Portalegre nesse mesmo dia à noite, mesmo sendo a noite que alimenta muitas esperanças eleitorais. Durante o mês de fevereiro, percorrerão a Diocese por lugares já determinados pelo Comité Organizador Diocesano, lugares mais acessíveis ao povo de Deus. A Diocese da Guarda vem recebê-los em 5 de março, em Castelo Branco, com concentração jovem e celebração a condizer. A todos os jovens e adultos com espírito jovem, o Senhor lhes diz pela boca da juventude jovem da nossa Diocese: se queres vir, ver, rezar e animar, pega na tua cruz e vem, é uma oportunidade única de, num desses lugares por onde vão passar, estares junto destes símbolos mundiais tão amados pelo que significam e interpelam ...

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 07-01-2022.

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