PARÓQUIAS DE NISA
Segunda, 10 de janeiro de 2022
Segunda-feira da I semana do tempo comum
LITURGIA
Segunda-feira
da semana I
B. Gonçalo de Amarante, presbítero – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória (Semana I do Saltério).
L1: 1 Sam 1, 1-8; Sal 115 (116), 12-13.
14-15. 16-17. 18-19
Ev: Mc 1, 14-20
* Na Diocese do Porto – B. Gonçalo de Amarante – MO
* Na Ordem Beneditina – B. Gonçalo de Amarante – MF; S. Gregório de Nissa,
bispo – MF
* Na Ordem de Cister – S. Gregório de Nissa, bispo – MF; S. Guilherme de
Bourges, bispo – MF
* Na Ordem Cisterciense da Estrita Observância – S. Gregório de Nissa, bispo –
MF
* Na Ordem de São Domingos – B. Gonçalo de Amarante, presbítero – MO
* Nas Dioceses de Cabo Verde – Ofício e Missa da féria.
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA
Sobre um trono elevado vi sentado um homem,
que uma multidão de Anjos adora, cantando em coro:
Eis Aquele que reina eternamente.
ORAÇÃO COLECTA
Atendei, Senhor, as orações do vosso povo;
dai-lhe luz para conhecer a vossa vontade
e coragem para a cumprir fielmente.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Sam 1, 1-8
«A rival de Ana irritava-a com humilhações, porque o Senhor a mantivera
estéril»
Início do Primeiro Livro de Samuel
Havia um homem natural de Ramá, um
sufita dos montes de Efraim, chamado Elcana, filho de Jeroão, filho de Eliú,
filho de Toú, filho de Suf de Efraim. Tinha duas mulheres, uma chamada Ana e
outra chamada Fenena. Fenena tinha filhos; Ana, porém, não os tinha. Esse homem
costumava subir todos os anos da sua cidade até Silo, para adorar o Senhor do
Universo e oferecer-Lhe sacrifícios. Aí se encontravam os dois filhos de Heli,
Hofni e Fineias, sacerdotes do Senhor. Cada vez que Elcana oferecia um
sacrifício, costumava dar porções da vítima a sua mulher Fenena e a todos os
seus filhos e filhas. Embora amasse muito Ana, dava-lhe apenas uma porção,
porque o Senhor a tinha feito estéril. A sua rival irritava-a com humilhações,
porque o Senhor a tinha deixado estéril. Assim acontecia todos os anos e,
sempre que subiam à casa do Senhor, Fenena ofendia Ana. Ana chorava e não
comia. Então Elcana, seu marido, disse-lhe: «Ana, porque choras? Porque não
comes? Porque estás tão triste? Não sou melhor para ti do que dez filhos?».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 115 (116), 12-13.14-15.16-17.18-19 (R.
17a)
Refrão: Oferecer-Vos-ei, Senhor, um
sacrifício de louvor. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Como agradecerei ao Senhor
tudo quanto Ele me deu?
Elevarei o cálice da salvação,
invocando o nome do Senhor. Refrão
Cumprirei as minhas promessas ao Senhor
na presença de todo o povo.
É preciosa aos olhos do Senhor
a morte dos seus fiéis. Refrão
Senhor, sou vosso servo, filho da vossa serva:
quebrastes as minhas cadeias.
Oferecer-Vos-ei um sacrifício de louvor,
invocando, Senhor, o vosso nome. Refrão
Cumprirei as minhas promessas ao Senhor
na presença de todo o povo,
nos átrios da casa do Senhor,
dentro dos teus muros, Jerusalém. Refrão
ALELUIA Mc 1, 15
Refrão Aleluia Repete-se
Está próximo o reino de Deus;
arrependei-vos e acreditai no Evangelho Refrão
EVANGELHO Mc 1, 14-20
«Arrependei-vos e acreditai no Evangelho»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Depois de João ter sido preso, Jesus partiu para a Galileia e começou a
proclamar o Evangelho de Deus, dizendo: «Cumpriu-se o tempo e está próximo o
reino de Deus. Arrependei-vos e acreditai no Evangelho». Caminhando junto ao
mar da Galileia, viu Simão e seu irmão André, que lançavam as redes ao mar,
porque eram pescadores. Disse-lhes Jesus: «Vinde comigo e farei de vós
pescadores de homens». Eles deixaram logo as redes e seguiram-n’O. Um pouco
mais adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, que estavam no
barco a consertar as redes; e chamou-os. Eles deixaram logo seu pai Zebedeu no
barco com os assalariados e seguiram Jesus.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai benignamente, Senhor, a oblação do vosso povo
e fazei que ela santifique a nossa vida
e torne eficaz a nossa oração.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 35, 10
Em Vós, Senhor, está a fonte da vida: na vossa luz veremos a luz.
Ou Jo 10, 10
Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância, diz o Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus todo-poderoso,
que nos alimentais com os vossos sacramentos,
dai-nos a graça de Vos servir com uma vida santa.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o
que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga,
atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor,
suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS: 1
Sam 1, 1-8: Começamos
hoje o Tempo Comum. Este tempo litúrgico tem uma parte antes da Páscoa, outra
depois: a primeira vai do Tempo do Natal, a partir de hoje, até à Quaresma, e a
segunda, do fim do Tempo Pascal até ao Advento. Nos dias de semana ou férias,
lê-se, em cada ano, um apanhado da história da salvação do Antigo Testamento,
organizado em duas narrativas paralelas: uma num ano (Ano I ou anos ímpares),
outra no outro (Ano II ou anos pares). Nos anos pares, essa narrativa começa
com leitura dos livros de Samuel. A passagem que hoje se lê refere-se às
relações entre as duas mulheres de Elcaná. Tudo, no entanto, prepara a história
de Samuel.
Mc
1, 14-20 :Nos dias
de semana do Tempo Comum, leremos, em cada ano, os três Evangelhos Sinópticos,
em primeiro lugar o de S. Marcos, que ocupará nove semanas. Hoje ouviremos o
grande convite à conversão, com que principia este Evangelho. A conversão é o
primeiro fruto da Palavra de Deus no coração dos homens e o ponto de partida no
caminho que leva a Deus, ou antes, a primeira resposta a Deus que Se dirige a
nós.
AGENDA DO DIA:
18.00
horas: Missa em Nisa – Espírito Santo.
PENSAMENTO DO DIA
A VOZ DO PASTOR
JOVEM, EIS A ESCADA QUE LEVA À PORTA ESTREITA....
A ampulheta do tempo para a Jornada Mundial da
Juventude vai-se esvaziando muito mais rápido que aquelas que, pelo menos
outrora, as instituições de ensino usavam nos exames orais, lembram-se?!... Bene
dixisti!, dizia um dos jurados com olhos ensonados e sem ter ouvido nada...
Se agora não são os professores a causarem nervoso
miudinho e a fazer com que os jovens apanhem a raposa, é a pandemia que faz os
seus estragos. Os jovens do mundo inteiro viram adiado esse encontro mundial em
Lisboa de 2022 para 2023. E mesmo agora ainda pairam algumas incertezas no
entusiasmo crescente duma juventude jovem. Sim, e digo juventude jovem porque
há por aí jovens muito envelhecidos, deixaram de sonhar sendo o sonho que
comanda a vida! Mas tudo vai estando a postos, em movimento, com sensibilização
e caminhada de preparação, com alegria e esperança. O Comité Organizador Local,
de Lisboa, organiza e coordena a Jornada Mundial a nível nacional e
internacional, com centenas de voluntários nacionais e estrangeiros. Cada
Diocese tem o seu Comité Organizador Diocesano para sensibilizar, preparar e
coordenar a caminhada a fazer. As obras para a logística, em Lisboa, já fazem o
seu caminho sob a responsabilidade dos autarcas de Lisboa e de Loures. O
trabalho pastoral entre os jovens do país já começou em cada Diocese. O desafio
do Papa Francisco aquando da entrega dos símbolos a Portugal foi claro:
“Queridos jovens, gritai com a vossa vida que Cristo vive, que Cristo reina,
que Cristo é o Senhor! Se vos calardes, garanto-vos que gritarão as pedras!”
(cf. Lc19,40).
O símbolo mais emblemático que, desde o princípio, tem
acompanhado as Jornadas Mundiais da Juventude é a Cruz, também conhecida por
Cruz dos Jovens, Cruz Peregrina, Cruz do Ano Santo, Cruz do Jubileu, Cruz das
Jornadas. Posteriormente falarei do outro símbolo que é o ícone da Virgem Maria
“Salus Populi Romani”, bem como falarei do logótipo e do Hino da Jornada
em Lisboa. Se esta Cruz já carrega consigo uma rica história de evangelização,
ela também torna presente a saudade do promotor de tais Jornadas Mundiais, São
João Paulo II. No Ano Santo da Redenção em que se celebravam mil novecentos e
cinquenta anos da Ressurreição de Jesus, ano que decorreu de 1983 a 1984, João
Paulo II pediu a presença de uma grande Cruz próxima do altar principal da
Basílica de São Pedro. Uma Cruz que, mesmo ao longe, pudesse ser vista por
todos. E eis que lá foi colocada uma Cruz com 3,8 metros de altura, 175 cm na
largura dos braços e com 31 kg de peso.
Após o encerramento da Porta Santa, em 1984, no
Domingo de Ramos, ele confiou essa Cruz aos jovens de todo o mundo, ali
representados pelos jovens do Centro Juvenil de São Lourenço, com sede ao lado
da Praça de São Pedro, em Roma, dizendo: “Meus queridos jovens, ao concluir
este Ano Santo, eu confio-vos o símbolo deste Ano Jubilar: a Cruz de Cristo!
Carreguem-na pelo mundo fora como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade,
e anunciai a todos que só na morte e ressurreição de Cristo é que poderemos
encontrar salvação e redenção”. Os jovens levaram a Cruz para o Centro Juvenil
de São Lourenço, continuando a ser o lugar permanente da Cruz quando não está
em peregrinação pelo mundo. De quando em vez e com o mesmo entusiasmo, São João
Paulo II lembrava aos jovens a Cruz e a missão que lhes confiara nessa altura.
E, de facto, carregada por mãos e corações generosos de jovens entusiastas, a
Cruz tem realizado uma longa e ininterrupta peregrinação pelos continentes,
para assim demonstrar que a Cruz caminha com os jovens e os jovens caminham com
a Cruz. Ao longo destes anos, tem passado por muitíssimas partes do mundo,
incluindo lugares muito sensíveis e problemáticos, devido às suas
circunstâncias de guerra ou de outras causas de sofrimento e dor. A Cruz
apresenta-se aí como sinal de fé, de esperança e comunhão. Transportada por
terra, mar e ar, por jovens a pé ou pelos mais diferentes meios de transporte,
tem passado por igrejas, comunidades cristãs, lugares públicos, centros de
detenção juvenis, prisões, escolas, universidades, hospitais, monumentos,
centros comerciais, por tudo quanto é sítio e se consegue levar como sinal
evangelizador e de paz, interpelando e acompanhando os jovens e as comunidades
nas suas mais diversas realidades, conforme o tempo e o espaço. Desde novembro
de 2021 a Julho de 2023, a Cruz está entre nós a percorrer as dioceses
portuguesas, ficando um mês em cada uma. Pelo meio, fará uma pausa, para estar
na Peregrinação Europeia de Jovens, em Santiago de Compostela, nos dias 4 e 7 de
agosto 2022.
A passagem desta Cruz pelas nossas dioceses significa
também um caloroso convite dos jovens a todos os jovens e pessoas de boa
vontade para que se unam em verdadeira comunhão nesta causa de viver e dar a
conhecer o amor de Cristo por toda a humanidade. Quando falamos sobre a
importância da Cruz, não falamos sobre o objeto em si, mas sobre o que nela
aconteceu, tornando-se a escada e a porta por onde se sobe e entra no Paraíso.
“Como é estreita a porta e apertado o caminho que leva à vida” (Mt 7, 14). E
Santa Rosa de Lima dizia que “fora da cruz, não há outra escada por onde se
suba ao céu”. Ela representa o amor de Jesus por nós, o preço que pagou para
nos salvar. “Ele, que era de condição divina, não se valeu da sua igualdade com
Deus, mas aniquilou-Se a Si próprio. Assumindo a condição de servo, tornou-se
semelhante aos homens. Aparecendo como homem, humilhou-Se ainda mais,
obedecendo até à morte, e morte de cruz” (cf. Fil 2, 1-11). A Cruz é a síntese
de tudo quanto Jesus sofreu por nós, mesmo que continue a ser escândalo para
uns e loucura para outros. O que o mundo considera vil e desprezível, aquilo
que há de mais frágil e louco aos olhos do mundo, o que é tido como loucura e
fraqueza de Deus, é o que Deus escolheu para confundir os sábios e os fortes e
destruir tudo quanto, neste mundo, se pensa que é muito mais importante do que
isso, sem prejuízo de dar importância às coisas da vida, boas ou menos boas.
Quem se gloria, que se glorie no Senhor. Deus exaltou Jesus e deu-lhe “um nome
que está acima de todos os nomes, para que ao nome de Jesus todos se ajoelhem,
no céu, na terra e nos abismos, e toda a língua proclame que Jesus Cristo é o
Senhor, para glória de Deus Pai” (cf.1Cor, 19-31). Na Cruz está a plenitude da
nossa salvação, por ela regressamos à dignidade original. E Jesus desafiou-nos:
“se alguém quiser segui-Me, renuncie a si mesmo, pegue na sua cruz de cada dia
e siga-Me” (Lc 9,23).
A Cruz da Jornada Mundial da Juventude e o ícone da
Virgem Maria “Salus Populi Romani” são entregues à nossa Diocese, em
Évora, no dia 30 de janeiro corrente. Chegam a Portalegre nesse mesmo dia à
noite, mesmo sendo a noite que alimenta muitas esperanças eleitorais. Durante o
mês de fevereiro, percorrerão a Diocese por lugares já determinados pelo Comité
Organizador Diocesano, lugares mais acessíveis ao povo de Deus. A Diocese da
Guarda vem recebê-los em 5 de março, em Castelo Branco, com concentração jovem
e celebração a condizer. A todos os jovens e adultos com espírito jovem, o
Senhor lhes diz pela boca da juventude jovem da nossa Diocese: se queres vir,
ver, rezar e animar, pega na tua cruz e vem, é uma oportunidade única de, num
desses lugares por onde vão passar, estares junto destes símbolos mundiais tão
amados pelo que significam e interpelam ...
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 07-01-2022.
Sem comentários:
Enviar um comentário