PARÓQUIAS DE NISA
Quinta, 13 de janeiro de 2022
Quinta-feira da I semana do tempo comum
LITURGIA
Quinta-feira
da semana I
S. Hilário, bispo e doutor da Igreja
– MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).
L1: 1 Sam 4, 1-11; Sal 43 (44), 10-11. 14-15. 24-25
Ev: Mc 1, 40-45
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA
Sobre um trono elevado vi sentado um homem,
que uma multidão de Anjos adora, cantando em coro:
Eis Aquele que reina eternamente.
ORAÇÃO COLECTA
Atendei, Senhor, as orações do vosso povo;
dai-lhe luz para conhecer a vossa vontade
e coragem para a cumprir fielmente.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I
(anos pares) 1 Sam 4, 1-11
«Israel foi derrotado e a arca de Deus capturada»
Leitura do
Primeiro Livro de Samuel
Naqueles
dias, os filisteus reuniram-se para fazer guerra a Israel e os israelitas
saíram ao seu encontro para o combate. Acamparam perto de Eben-Ezer, enquanto
os filisteus tinham acampado em Afec. Os filisteus colocaram-se em ordem de
batalha contra Israel e, no terrível combate, Israel foi derrotado pelos
filisteus, que, em campo aberto, lhe mataram cerca de quatro mil homens. O povo
voltou para o acampamento e os anciãos de Israel disseram: «Porque é que o
Senhor deixou que fôssemos hoje vencidos pelos filisteus? Vamos buscar a Silo a
arca da aliança do Senhor: que ela esteja no meio de nós e nos salve das mãos
dos nossos inimigos». Então o povo mandou buscar a Silo a arca da aliança do
Senhor do Universo, que tem o seu trono sobre os querubins. Os dois filhos de
Heli, Hofni e Fineias, acompanhavam a arca da aliança de Deus. Quando a arca do
Senhor entrou no acampamento, todos os israelitas soltaram um grande clamor,
que ressoou por toda a terra. Os filisteus ouviram o eco daquele alarido e
disseram: «Que significa este grande clamor no campo dos hebreus?». Então
souberam que a arca do Senhor tinha chegado ao acampamento e diziam
atemorizados: «Deus veio para o acampamento. Ai de nós! Nunca tal coisa tinha
sucedido até agora! Ai de nós! Quem nos livrará das mãos desse Deus tão
poderoso? Foi Ele que feriu o Egipto com toda a espécie de pragas no deserto.
Tende coragem, filisteus, e sede valorosos, para não ficardes escravos dos
hebreus, como eles têm sido vossos escravos. Sede valorosos e combatei». Os
filisteus começaram o combate: os israelitas foram vencidos e fugiu cada um
para a sua tenda. A derrota foi grande e da infantaria de Israel caíram trinta
mil homens. A arca de Deus foi capturada e morreram os dois filhos de Heli,
Hofni e Fineias.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL
Salmo 43 (44), 10-11.14-15.24-25 (R. 26d)
Refrão: Pela vossa misericórdia,
salvai-nos, Senhor. Repete-se
Agora, Senhor, nos rejeitais e confundis
e já não saís à frente dos nossos exércitos.
Obrigais-nos a fugir diante dos nossos adversários
e os nossos inimigos podem saquear à vontade. Refrão
Fazeis de nós o opróbrio dos nossos vizinhos,
a irrisão e o desprezo dos povos que nos cercam.
Fazeis de nós ocasião de escárnio para os pagãos
e motivo para os povos zombarem de nós. Refrão
Despertai, Senhor. Porque dormis?
Levantai-Vos. Não nos rejeiteis para sempre.
Porque escondeis a vossa face?
Esqueceis Vós a nossa miséria e tribulação? Refrão
ALELUIA
cf. Mt 4, 23
Refrão:
Aleluia Repete-se
Jesus pregava o Evangelho do reino
e curava todas as enfermidades entre o povo. Refrão
EVANGELHO Mc 1,
40-45
«A lepra deixou-o e ele ficou limpo»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, veio ter com Jesus um leproso. Prostrou-se de joelhos e
suplicou-Lhe: «Se quiseres, podes curar-me». Jesus, compadecido, estendeu a
mão, tocou-lhe e disse: «Quero: fica limpo». No mesmo instante o deixou a lepra
e ele ficou limpo. Advertindo-o severamente, despediu-o com esta ordem: «Não
digas nada a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote e oferece pela tua cura o
que Moisés ordenou, para lhes servir de testemunho». Ele, porém, logo que
partiu, começou a apregoar e a divulgar o que acontecera, e assim, Jesus já não
podia entrar abertamente em nenhuma cidade. Ficava fora, em lugares desertos, e
vinham ter com Ele de toda a parte.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai benignamente, Senhor, a oblação do vosso povo
e fazei que ela santifique a nossa vida
e torne eficaz a nossa oração.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 35, 10
Em Vós, Senhor, está a fonte da vida: na vossa luz veremos a luz.
Ou Jo 10, 10
Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância, diz o Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus todo-poderoso,
que nos alimentais com os vossos sacramentos,
dai-nos a graça de Vos servir com uma vida santa.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o
que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga,
atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor,
suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS: 1 Sam 4, 1-11: O
desastre sofrido pelo povo de Deus foi interpretado como castigo pelos seus
pecados. Até a Arca de Aliança foi capturada. De facto, não podemos
julgarmo-nos defendidos dos perigos só por termos junto de nós coisas santas; é
o coração do homem que tem de estar junto de Deus; as coisas podem ajudar-nos
nesta união ao Senhor, mas não a substituem.
Mc 1, 40-45: Jesus
é a fonte da vida. Ele, “por quem todas as coisas foram feitas”, é também
Aquele que restaura todas as destruições, fruto dos males de que o homem sofre
e de que a lepra é sinal bem significativo. Jesus, no entanto, não quer que as
suas obras sejam espectáculo, mas sinais da presença do reino de Deus e
ocasiões de fé: por isso, não dispensa os que foram curados de se apresentarem
aos sacerdotes, conforme a lei ordenava.
AGENDA DO DIA:
14.00 horas: Funeral em Tolosa
17.20
horas: Adoração ao Santíssimo em Nisa
18.00
horas: Missa em Nisa – Espírito Santo
PENSAMENTO DO DIA
A VOZ DO PASTOR
JOVEM, EIS A ESCADA QUE LEVA À PORTA ESTREITA....
A ampulheta do tempo para a Jornada Mundial da Juventude
vai-se esvaziando muito mais rápido que aquelas que, pelo menos outrora, as
instituições de ensino usavam nos exames orais, lembram-se?!... Bene
dixisti!, dizia um dos jurados com olhos ensonados e sem ter ouvido nada...
Se agora não são os professores a causarem nervoso
miudinho e a fazer com que os jovens apanhem a raposa, é a pandemia que faz os
seus estragos. Os jovens do mundo inteiro viram adiado esse encontro mundial em
Lisboa de 2022 para 2023. E mesmo agora ainda pairam algumas incertezas no
entusiasmo crescente duma juventude jovem. Sim, e digo juventude jovem porque
há por aí jovens muito envelhecidos, deixaram de sonhar sendo o sonho que
comanda a vida! Mas tudo vai estando a postos, em movimento, com sensibilização
e caminhada de preparação, com alegria e esperança. O Comité Organizador Local,
de Lisboa, organiza e coordena a Jornada Mundial a nível nacional e
internacional, com centenas de voluntários nacionais e estrangeiros. Cada
Diocese tem o seu Comité Organizador Diocesano para sensibilizar, preparar e
coordenar a caminhada a fazer. As obras para a logística, em Lisboa, já fazem o
seu caminho sob a responsabilidade dos autarcas de Lisboa e de Loures. O
trabalho pastoral entre os jovens do país já começou em cada Diocese. O desafio
do Papa Francisco aquando da entrega dos símbolos a Portugal foi claro:
“Queridos jovens, gritai com a vossa vida que Cristo vive, que Cristo reina,
que Cristo é o Senhor! Se vos calardes, garanto-vos que gritarão as pedras!”
(cf. Lc19,40).
O símbolo mais emblemático que, desde o princípio, tem
acompanhado as Jornadas Mundiais da Juventude é a Cruz, também conhecida por
Cruz dos Jovens, Cruz Peregrina, Cruz do Ano Santo, Cruz do Jubileu, Cruz das
Jornadas. Posteriormente falarei do outro símbolo que é o ícone da Virgem Maria
“Salus Populi Romani”, bem como falarei do logótipo e do Hino da Jornada
em Lisboa. Se esta Cruz já carrega consigo uma rica história de evangelização,
ela também torna presente a saudade do promotor de tais Jornadas Mundiais, São
João Paulo II. No Ano Santo da Redenção em que se celebravam mil novecentos e
cinquenta anos da Ressurreição de Jesus, ano que decorreu de 1983 a 1984, João
Paulo II pediu a presença de uma grande Cruz próxima do altar principal da
Basílica de São Pedro. Uma Cruz que, mesmo ao longe, pudesse ser vista por
todos. E eis que lá foi colocada uma Cruz com 3,8 metros de altura, 175 cm na
largura dos braços e com 31 kg de peso.
Após o encerramento da Porta Santa, em 1984, no
Domingo de Ramos, ele confiou essa Cruz aos jovens de todo o mundo, ali
representados pelos jovens do Centro Juvenil de São Lourenço, com sede ao lado
da Praça de São Pedro, em Roma, dizendo: “Meus queridos jovens, ao concluir
este Ano Santo, eu confio-vos o símbolo deste Ano Jubilar: a Cruz de Cristo!
Carreguem-na pelo mundo fora como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade,
e anunciai a todos que só na morte e ressurreição de Cristo é que poderemos
encontrar salvação e redenção”. Os jovens levaram a Cruz para o Centro Juvenil
de São Lourenço, continuando a ser o lugar permanente da Cruz quando não está
em peregrinação pelo mundo. De quando em vez e com o mesmo entusiasmo, São João
Paulo II lembrava aos jovens a Cruz e a missão que lhes confiara nessa altura.
E, de facto, carregada por mãos e corações generosos de jovens entusiastas, a
Cruz tem realizado uma longa e ininterrupta peregrinação pelos continentes,
para assim demonstrar que a Cruz caminha com os jovens e os jovens caminham com
a Cruz. Ao longo destes anos, tem passado por muitíssimas partes do mundo,
incluindo lugares muito sensíveis e problemáticos, devido às suas
circunstâncias de guerra ou de outras causas de sofrimento e dor. A Cruz
apresenta-se aí como sinal de fé, de esperança e comunhão. Transportada por
terra, mar e ar, por jovens a pé ou pelos mais diferentes meios de transporte,
tem passado por igrejas, comunidades cristãs, lugares públicos, centros de
detenção juvenis, prisões, escolas, universidades, hospitais, monumentos,
centros comerciais, por tudo quanto é sítio e se consegue levar como sinal
evangelizador e de paz, interpelando e acompanhando os jovens e as comunidades
nas suas mais diversas realidades, conforme o tempo e o espaço. Desde novembro
de 2021 a Julho de 2023, a Cruz está entre nós a percorrer as dioceses portuguesas,
ficando um mês em cada uma. Pelo meio, fará uma pausa, para estar na
Peregrinação Europeia de Jovens, em Santiago de Compostela, nos dias 4 e 7 de
agosto 2022.
A passagem desta Cruz pelas nossas dioceses significa
também um caloroso convite dos jovens a todos os jovens e pessoas de boa
vontade para que se unam em verdadeira comunhão nesta causa de viver e dar a
conhecer o amor de Cristo por toda a humanidade. Quando falamos sobre a
importância da Cruz, não falamos sobre o objeto em si, mas sobre o que nela
aconteceu, tornando-se a escada e a porta por onde se sobe e entra no Paraíso.
“Como é estreita a porta e apertado o caminho que leva à vida” (Mt 7, 14). E
Santa Rosa de Lima dizia que “fora da cruz, não há outra escada por onde se
suba ao céu”. Ela representa o amor de Jesus por nós, o preço que pagou para
nos salvar. “Ele, que era de condição divina, não se valeu da sua igualdade com
Deus, mas aniquilou-Se a Si próprio. Assumindo a condição de servo, tornou-se
semelhante aos homens. Aparecendo como homem, humilhou-Se ainda mais,
obedecendo até à morte, e morte de cruz” (cf. Fil 2, 1-11). A Cruz é a síntese
de tudo quanto Jesus sofreu por nós, mesmo que continue a ser escândalo para
uns e loucura para outros. O que o mundo considera vil e desprezível, aquilo
que há de mais frágil e louco aos olhos do mundo, o que é tido como loucura e
fraqueza de Deus, é o que Deus escolheu para confundir os sábios e os fortes e
destruir tudo quanto, neste mundo, se pensa que é muito mais importante do que
isso, sem prejuízo de dar importância às coisas da vida, boas ou menos boas.
Quem se gloria, que se glorie no Senhor. Deus exaltou Jesus e deu-lhe “um nome
que está acima de todos os nomes, para que ao nome de Jesus todos se ajoelhem,
no céu, na terra e nos abismos, e toda a língua proclame que Jesus Cristo é o
Senhor, para glória de Deus Pai” (cf.1Cor, 19-31). Na Cruz está a plenitude da
nossa salvação, por ela regressamos à dignidade original. E Jesus desafiou-nos:
“se alguém quiser segui-Me, renuncie a si mesmo, pegue na sua cruz de cada dia
e siga-Me” (Lc 9,23).
A Cruz da Jornada Mundial da Juventude e o ícone da
Virgem Maria “Salus Populi Romani” são entregues à nossa Diocese, em
Évora, no dia 30 de janeiro corrente. Chegam a Portalegre nesse mesmo dia à
noite, mesmo sendo a noite que alimenta muitas esperanças eleitorais. Durante o
mês de fevereiro, percorrerão a Diocese por lugares já determinados pelo Comité
Organizador Diocesano, lugares mais acessíveis ao povo de Deus. A Diocese da
Guarda vem recebê-los em 5 de março, em Castelo Branco, com concentração jovem
e celebração a condizer. A todos os jovens e adultos com espírito jovem, o
Senhor lhes diz pela boca da juventude jovem da nossa Diocese: se queres vir,
ver, rezar e animar, pega na tua cruz e vem, é uma oportunidade única de, num
desses lugares por onde vão passar, estares junto destes símbolos mundiais tão
amados pelo que significam e interpelam ...
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 07-01-2022.
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