quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

 

PARÓQUIAS DE NISA

 

Quinta, 13 de janeiro de 2022

 

Quinta-feira da I semana do tempo comum

 

 

LITURGIA

 

 

Quinta-feira da semana I

S. Hilário, bispo e doutor da Igreja – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).

L1: 1 Sam 4, 1-11; Sal 43 (44), 10-11. 14-15. 24-25
Ev: Mc 1, 40-45

  

MISSA

 

ANTÍFONA DE ENTRADA
Sobre um trono elevado vi sentado um homem,
que uma multidão de Anjos adora, cantando em coro:
Eis Aquele que reina eternamente.


ORAÇÃO COLECTA

Atendei, Senhor, as orações do vosso povo;
dai-lhe luz para conhecer a vossa vontade
e coragem para a cumprir fielmente.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos pares) 1 Sam 4, 1-11
«Israel foi derrotado e a arca de Deus capturada»


Leitura do Primeiro Livro de Samuel

Naqueles dias, os filisteus reuniram-se para fazer guerra a Israel e os israelitas saíram ao seu encontro para o combate. Acamparam perto de Eben-Ezer, enquanto os filisteus tinham acampado em Afec. Os filisteus colocaram-se em ordem de batalha contra Israel e, no terrível combate, Israel foi derrotado pelos filisteus, que, em campo aberto, lhe mataram cerca de quatro mil homens. O povo voltou para o acampamento e os anciãos de Israel disseram: «Porque é que o Senhor deixou que fôssemos hoje vencidos pelos filisteus? Vamos buscar a Silo a arca da aliança do Senhor: que ela esteja no meio de nós e nos salve das mãos dos nossos inimigos». Então o povo mandou buscar a Silo a arca da aliança do Senhor do Universo, que tem o seu trono sobre os querubins. Os dois filhos de Heli, Hofni e Fineias, acompanhavam a arca da aliança de Deus. Quando a arca do Senhor entrou no acampamento, todos os israelitas soltaram um grande clamor, que ressoou por toda a terra. Os filisteus ouviram o eco daquele alarido e disseram: «Que significa este grande clamor no campo dos hebreus?». Então souberam que a arca do Senhor tinha chegado ao acampamento e diziam atemorizados: «Deus veio para o acampamento. Ai de nós! Nunca tal coisa tinha sucedido até agora! Ai de nós! Quem nos livrará das mãos desse Deus tão poderoso? Foi Ele que feriu o Egipto com toda a espécie de pragas no deserto. Tende coragem, filisteus, e sede valorosos, para não ficardes escravos dos hebreus, como eles têm sido vossos escravos. Sede valorosos e combatei». Os filisteus começaram o combate: os israelitas foram vencidos e fugiu cada um para a sua tenda. A derrota foi grande e da infantaria de Israel caíram trinta mil homens. A arca de Deus foi capturada e morreram os dois filhos de Heli, Hofni e Fineias.


Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL
Salmo 43 (44), 10-11.14-15.24-25 (R. 26d)
Refrão: Pela vossa misericórdia, salvai-nos, Senhor. Repete-se

Agora, Senhor, nos rejeitais e confundis
e já não saís à frente dos nossos exércitos.
Obrigais-nos a fugir diante dos nossos adversários
e os nossos inimigos podem saquear à vontade. Refrão

Fazeis de nós o opróbrio dos nossos vizinhos,
a irrisão e o desprezo dos povos que nos cercam.
Fazeis de nós ocasião de escárnio para os pagãos
e motivo para os povos zombarem de nós. Refrão

Despertai, Senhor. Porque dormis?
Levantai-Vos. Não nos rejeiteis para sempre.
Porque escondeis a vossa face?
Esqueceis Vós a nossa miséria e tribulação? Refrão


ALELUIA
cf. Mt 4, 23
Refrão:
Aleluia Repete-se
Jesus pregava o Evangelho do reino
e curava todas as enfermidades entre o povo. Refrão


EVANGELHO  Mc 1, 40-45
«A lepra deixou-o e ele ficou limpo»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos


Naquele tempo, veio ter com Jesus um leproso. Prostrou-se de joelhos e suplicou-Lhe: «Se quiseres, podes curar-me». Jesus, compadecido, estendeu a mão, tocou-lhe e disse: «Quero: fica limpo». No mesmo instante o deixou a lepra e ele ficou limpo. Advertindo-o severamente, despediu-o com esta ordem: «Não digas nada a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote e oferece pela tua cura o que Moisés ordenou, para lhes servir de testemunho». Ele, porém, logo que partiu, começou a apregoar e a divulgar o que acontecera, e assim, Jesus já não podia entrar abertamente em nenhuma cidade. Ficava fora, em lugares desertos, e vinham ter com Ele de toda a parte.


Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai benignamente, Senhor, a oblação do vosso povo
e fazei que ela santifique a nossa vida
e torne eficaz a nossa oração.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 35, 10
Em Vós, Senhor, está a fonte da vida: na vossa luz veremos a luz.

Ou Jo 10, 10
Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância, diz o Senhor.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus todo-poderoso,
que nos alimentais com os vossos sacramentos,
dai-nos a graça de Vos servir com uma vida santa.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURAS: 1 Sam 4, 1-11: O desastre sofrido pelo povo de Deus foi interpretado como castigo pelos seus pecados. Até a Arca de Aliança foi capturada. De facto, não podemos julgarmo-nos defendidos dos perigos só por termos junto de nós coisas santas; é o coração do homem que tem de estar junto de Deus; as coisas podem ajudar-nos nesta união ao Senhor, mas não a substituem.

Mc 1, 40-45: Jesus é a fonte da vida. Ele, “por quem todas as coisas foram feitas”, é também Aquele que restaura todas as destruições, fruto dos males de que o homem sofre e de que a lepra é sinal bem significativo. Jesus, no entanto, não quer que as suas obras sejam espectáculo, mas sinais da presença do reino de Deus e ocasiões de fé: por isso, não dispensa os que foram curados de se apresentarem aos sacerdotes, conforme a lei ordenava.

 

 

 

AGENDA DO DIA:

 

 

14.00 horas: Funeral em Tolosa

17.20 horas: Adoração ao Santíssimo em Nisa

18.00 horas: Missa em Nisa – Espírito Santo

 

 

 

PENSAMENTO DO DIA

 

 

 

 

A VOZ DO PASTOR

 

 

 

JOVEM, EIS A ESCADA QUE LEVA À PORTA ESTREITA....

 

A ampulheta do tempo para a Jornada Mundial da Juventude vai-se esvaziando muito mais rápido que aquelas que, pelo menos outrora, as instituições de ensino usavam nos exames orais, lembram-se?!... Bene dixisti!, dizia um dos jurados com olhos ensonados e sem ter ouvido nada...

Se agora não são os professores a causarem nervoso miudinho e a fazer com que os jovens apanhem a raposa, é a pandemia que faz os seus estragos. Os jovens do mundo inteiro viram adiado esse encontro mundial em Lisboa de 2022 para 2023. E mesmo agora ainda pairam algumas incertezas no entusiasmo crescente duma juventude jovem. Sim, e digo juventude jovem porque há por aí jovens muito envelhecidos, deixaram de sonhar sendo o sonho que comanda a vida! Mas tudo vai estando a postos, em movimento, com sensibilização e caminhada de preparação, com alegria e esperança. O Comité Organizador Local, de Lisboa, organiza e coordena a Jornada Mundial a nível nacional e internacional, com centenas de voluntários nacionais e estrangeiros. Cada Diocese tem o seu Comité Organizador Diocesano para sensibilizar, preparar e coordenar a caminhada a fazer. As obras para a logística, em Lisboa, já fazem o seu caminho sob a responsabilidade dos autarcas de Lisboa e de Loures. O trabalho pastoral entre os jovens do país já começou em cada Diocese. O desafio do Papa Francisco aquando da entrega dos símbolos a Portugal foi claro: “Queridos jovens, gritai com a vossa vida que Cristo vive, que Cristo reina, que Cristo é o Senhor! Se vos calardes, garanto-vos que gritarão as pedras!” (cf. Lc19,40).

O símbolo mais emblemático que, desde o princípio, tem acompanhado as Jornadas Mundiais da Juventude é a Cruz, também conhecida por Cruz dos Jovens, Cruz Peregrina, Cruz do Ano Santo, Cruz do Jubileu, Cruz das Jornadas. Posteriormente falarei do outro símbolo que é o ícone da Virgem Maria “Salus Populi Romani”, bem como falarei do logótipo e do Hino da Jornada em Lisboa. Se esta Cruz já carrega consigo uma rica história de evangelização, ela também torna presente a saudade do promotor de tais Jornadas Mundiais, São João Paulo II. No Ano Santo da Redenção em que se celebravam mil novecentos e cinquenta anos da Ressurreição de Jesus, ano que decorreu de 1983 a 1984, João Paulo II pediu a presença de uma grande Cruz próxima do altar principal da Basílica de São Pedro. Uma Cruz que, mesmo ao longe, pudesse ser vista por todos. E eis que lá foi colocada uma Cruz com 3,8 metros de altura, 175 cm na largura dos braços e com 31 kg de peso.

Após o encerramento da Porta Santa, em 1984, no Domingo de Ramos, ele confiou essa Cruz aos jovens de todo o mundo, ali representados pelos jovens do Centro Juvenil de São Lourenço, com sede ao lado da Praça de São Pedro, em Roma, dizendo: “Meus queridos jovens, ao concluir este Ano Santo, eu confio-vos o símbolo deste Ano Jubilar: a Cruz de Cristo! Carreguem-na pelo mundo fora como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade, e anunciai a todos que só na morte e ressurreição de Cristo é que poderemos encontrar salvação e redenção”. Os jovens levaram a Cruz para o Centro Juvenil de São Lourenço, continuando a ser o lugar permanente da Cruz quando não está em peregrinação pelo mundo. De quando em vez e com o mesmo entusiasmo, São João Paulo II lembrava aos jovens a Cruz e a missão que lhes confiara nessa altura. E, de facto, carregada por mãos e corações generosos de jovens entusiastas, a Cruz tem realizado uma longa e ininterrupta peregrinação pelos continentes, para assim demonstrar que a Cruz caminha com os jovens e os jovens caminham com a Cruz. Ao longo destes anos, tem passado por muitíssimas partes do mundo, incluindo lugares muito sensíveis e problemáticos, devido às suas circunstâncias de guerra ou de outras causas de sofrimento e dor. A Cruz apresenta-se aí como sinal de fé, de esperança e comunhão. Transportada por terra, mar e ar, por jovens a pé ou pelos mais diferentes meios de transporte, tem passado por igrejas, comunidades cristãs, lugares públicos, centros de detenção juvenis, prisões, escolas, universidades, hospitais, monumentos, centros comerciais, por tudo quanto é sítio e se consegue levar como sinal evangelizador e de paz, interpelando e acompanhando os jovens e as comunidades nas suas mais diversas realidades, conforme o tempo e o espaço. Desde novembro de 2021 a Julho de 2023, a Cruz está entre nós a percorrer as dioceses portuguesas, ficando um mês em cada uma. Pelo meio, fará uma pausa, para estar na Peregrinação Europeia de Jovens, em Santiago de Compostela, nos dias 4 e 7 de agosto 2022.

A passagem desta Cruz pelas nossas dioceses significa também um caloroso convite dos jovens a todos os jovens e pessoas de boa vontade para que se unam em verdadeira comunhão nesta causa de viver e dar a conhecer o amor de Cristo por toda a humanidade. Quando falamos sobre a importância da Cruz, não falamos sobre o objeto em si, mas sobre o que nela aconteceu, tornando-se a escada e a porta por onde se sobe e entra no Paraíso. “Como é estreita a porta e apertado o caminho que leva à vida” (Mt 7, 14). E Santa Rosa de Lima dizia que “fora da cruz, não há outra escada por onde se suba ao céu”. Ela representa o amor de Jesus por nós, o preço que pagou para nos salvar. “Ele, que era de condição divina, não se valeu da sua igualdade com Deus, mas aniquilou-Se a Si próprio. Assumindo a condição de servo, tornou-se semelhante aos homens. Aparecendo como homem, humilhou-Se ainda mais, obedecendo até à morte, e morte de cruz” (cf. Fil 2, 1-11). A Cruz é a síntese de tudo quanto Jesus sofreu por nós, mesmo que continue a ser escândalo para uns e loucura para outros. O que o mundo considera vil e desprezível, aquilo que há de mais frágil e louco aos olhos do mundo, o que é tido como loucura e fraqueza de Deus, é o que Deus escolheu para confundir os sábios e os fortes e destruir tudo quanto, neste mundo, se pensa que é muito mais importante do que isso, sem prejuízo de dar importância às coisas da vida, boas ou menos boas. Quem se gloria, que se glorie no Senhor. Deus exaltou Jesus e deu-lhe “um nome que está acima de todos os nomes, para que ao nome de Jesus todos se ajoelhem, no céu, na terra e nos abismos, e toda a língua proclame que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai” (cf.1Cor, 19-31). Na Cruz está a plenitude da nossa salvação, por ela regressamos à dignidade original. E Jesus desafiou-nos: “se alguém quiser segui-Me, renuncie a si mesmo, pegue na sua cruz de cada dia e siga-Me” (Lc 9,23).

A Cruz da Jornada Mundial da Juventude e o ícone da Virgem Maria “Salus Populi Romani” são entregues à nossa Diocese, em Évora, no dia 30 de janeiro corrente. Chegam a Portalegre nesse mesmo dia à noite, mesmo sendo a noite que alimenta muitas esperanças eleitorais. Durante o mês de fevereiro, percorrerão a Diocese por lugares já determinados pelo Comité Organizador Diocesano, lugares mais acessíveis ao povo de Deus. A Diocese da Guarda vem recebê-los em 5 de março, em Castelo Branco, com concentração jovem e celebração a condizer. A todos os jovens e adultos com espírito jovem, o Senhor lhes diz pela boca da juventude jovem da nossa Diocese: se queres vir, ver, rezar e animar, pega na tua cruz e vem, é uma oportunidade única de, num desses lugares por onde vão passar, estares junto destes símbolos mundiais tão amados pelo que significam e interpelam ...

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 07-01-2022.

 

 

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