quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

 


PARÓQUIAS DE NISA

 

 

Sexta, 28 de janeiro de 2022

 

 

Sexta-feira da III semana do tempo comum

 

 

 

 

LITURGIA

 

 

Sexta-feira da semana III

 

S. Tomás de Aquino, presbítero e doutor da Igreja – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.

L1: 2 Sam 11, 1-4a. 5-10a. 13-17; Sal 50 (51), 3-4. 5-6a. 6bc-7. 10-11
Ev: Mc 4, 26-34

* Na Diocese do Algarve (Faro) – S. Tomás de Aquino, Padroeiro da cidade – SOLENIDADE
* Na Ordem de São Domingos – S. Tomás de Aquino, presbítero e doutor da Igreja – FESTA

 

S. TOMÁS DE AQUINO, presbítero e doutor da Igreja

 

Nota Histórica:

Nasceu cerca do ano 1225, na família dos Condes de Aquino. Estudou primeiramente no mosteiro do Monte Cassino e depois em Nápoles. Entrou na Ordem dos Pregadores e completou os seus estudos em Paris e em Colónia, tendo tido como professor S. Alberto Magno. Escreveu muitas obras de grande erudição e exerceu o professorado, contribuindo notavelmente para o progresso da Filosofia e da Teologia. Morreu perto de Terracina no dia 7 de Março de 1274. A sua memória celebra-se a 28 de Janeiro, dia em que o seu corpo foi trasladado para Tolosa, no ano 1369.

 

MISSA

 

ORAÇÃO
Senhor nosso Deus, que fizestes de São Tomás de Aquino um exemplo admirável de santidade e de amor às ciências sagradas, dai-nos a graça de compreender os seus ensinamentos e de imitar a sua vida. Por Nosso Senhor.

 

LEITURA I 2 Sam 11, 1-4a.5-10a.13-17
«Desprezaste a minha palavra
e tomaste como esposa a mulher de Urias»


David, depois de tantas graças recebidas de Deus, comete grave pecado. Seduzido pelo olhar indiscreto sobre a mulher de certo soldado seu, ausente em campanha, entregou este à morte para lhe tomar a mulher para esposa sua. Ninguém se pode julgar seguro enquanto vive neste mundo; e a vida anterior nunca é garantia absoluta de futuro sem mancha. As raízes do mal, inerentes à natureza humana, a cada momento podem dar rebentos e frutos de pecado e de morte.

Leitura do Segundo Livro de Samuel


No princípio daquele ano, na altura em que os reis costumam sair para a guerra, David mandou Joab, com os seus oficiais e todo o Israel, e eles devastaram a terra dos amonitas e puseram cerco a Rabá. Mas David ficou em Jerusalém. Uma tarde em que se levantara do leito e andava a passear no terraço real, viu, do alto do terraço, uma mulher a banhar-se, uma mulher de grande formosura. David mandou colher informações sobre ela e trouxeram-lhe esta resposta: «É Betsabé, filha de Elião e esposa de Urias, o hitita». David mandou emissários para que a trouxessem. Ela veio ao seu encontro e depois voltou para sua casa. A mulher concebeu e mandou informar David: «Estou grávida». Então David enviou esta mensagem a Joab: «Manda-me Urias, o hitita». E Joab mandou Urias a David. Quando Urias chegou, David pediu-lhe informações de Joab, do exército e da guerra. Depois disse-lhe: «Desce a tua casa e descansa um pouco». Urias saiu do palácio real e atrás dele seguiu um presente do rei. Urias deitou-se à porta do palácio, com todos os servos do rei, mas não desceu a sua casa. Foram informar David: «Urias não desceu a sua casa». No dia seguinte, David convidou Urias para comer e beber consigo e fez que se embriagasse. Pela tarde, Urias saiu e foi deitar-se no seu leito, com os servos do rei, e não desceu a sua casa. Na manhã seguinte, David escreveu uma carta a Joab e enviou-lha por meio de Urias. Ele escreveu nessa carta: «Coloca Urias no ponto mais perigoso da batalha e depois retirai-vos, para que seja atingido e morra». Joab, que cercava a cidade, colocou Urias num local onde sabia que estavam os guerreiros mais valentes. Os que defendiam a cidade saíram para atacar Joab e morreram alguns do exército, entre os oficiais de David. E morreu também Urias, o hitita.


Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 50 (51), 3-4.5-6a.6bc-7.10-11 (R. cf. 3a)
Refrão: Pecámos, Senhor: tende compaixão de nós. Repete-se
Ou: Tende compaixão de nós, Senhor, porque somos pecadores. Repete-se

Compadecei-Vos de mim, ó Deus, pela vossa bondade,
pela vossa grande misericórdia
apagai os meus pecados.
Lavai-me de toda a iniquidade
e purificai-me de todas as faltas. Refrão

Porque eu reconheço os meus pecados
e tenho sempre diante de mim as minhas culpas.
Pequei, Senhor, contra Vós,
e fiz o mal diante dos vossos olhos. Refrão

Assim é justa a vossa sentença
e recto o vosso julgamento.
Porque eu nasci na culpa
e minha mãe concebeu-me em pecado. Refrão

Fazei-me ouvir uma palavra de júbilo e de alegria
e exultem meus ossos que triturastes.
Desviai o vosso rosto das minhas faltas
e purificai-me de todos os meus pecados. Refrão


ALELUIA cf. Mt 11, 25
Refrão: Aleluia Repete-se
Bendito sejais, ó Pai, Senhor do céu e da terra,
porque revelastes aos pequeninos
os mistérios do reino. Refrão


EVANGELHO Mc 4, 26-34
«O homem lança a semente e dorme,
enquanto ela cresce, sem ele saber como»


Duas breves parábolas põem em realce duas características do reino de Deus: a primeira refere-se à força interior desde reino, que o faz nascer e crescer pela força de Deus e não do homem; a segunda põe em contraste os começos humildes deste Reino e a pujança final para onde se encaminha, e que bem manifesta a força interior que o animava desde o início. É, na realidade, grande mistério este Reino de Deus, presente já na Igreja sobre a terra e um dia glorioso no Céu.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos


Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «O reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra. Dorme e levanta-se, noite e dia, enquanto a semente germina e cresce, sem ele saber como. A terra produz por si, primeiro a planta, depois a espiga, por fim o trigo maduro na espiga. E quando o trigo o permite, logo se mete a foice, porque já chegou o tempo da colheita». Jesus dizia ainda: «A que havemos de comparar o reino de Deus? Em que parábola o havemos de apresentar? É como um grão de mostarda, que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes que há sobre a terra; mas, depois de semeado, começa a crescer e torna-se a maior de todas as plantas da horta, estendendo de tal forma os seus ramos que as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra». Jesus pregava-lhes a palavra de Deus com muitas parábolas como estas, conforme eram capazes de entender. E não lhes falava senão em parábolas; mas, em particular, tudo explicava aos seus discípulos.


Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS

Aceitai, Senhor, este sacrifício que Vos apresentamos com alegria na memória de São Tomás de Aquino e fazei que, fiéis aos seus ensinamentos, consagremos toda a nossa vida ao vosso louvor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do
Espírito Santo.

 

 

ANTÍFONA DA COMUNHÃO (LeC12,42)
Este é o servo fiel e prudente, que o Senhor pôs à frente da sua família, para dar a seu tempo a cada um a sua medida de trigo.

 

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO

Deus de sabedoria infinita, que nos alimentais com Cristo, pão da vida, ensinai-nos com a sua doutrina e fazei que, ao celebrarmos a memória de São Tomás de Aquino, conheçamos melhor a vossa verdade e a pratiquemos na caridade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

.

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURAS:  2 Sam 11, 1-4a.5-10a.13-17: David, depois de tantas graças recebidas de Deus, comete grave pecado. Seduzido pelo olhar indiscreto sobre a mulher de certo soldado seu, ausente em campanha, entregou este à morte para lhe tomar a mulher para esposa sua. Ninguém se pode julgar seguro enquanto vive neste mundo; e a vida anterior nunca é garantia absoluta de futuro sem mancha. As raízes do mal, inerentes à natureza humana, a cada momento podem dar rebentos e frutos de pecado e de morte.

 

2 Sam 11, 1-4a.5-10a.13-17: David, depois de tantas graças recebidas de Deus, comete grave pecado. Seduzido pelo olhar indiscreto sobre a mulher de certo soldado seu, ausente em campanha, entregou este à morte para lhe tomar a mulher para esposa sua. Ninguém se pode julgar seguro enquanto vive neste mundo; e a vida anterior nunca é garantia absoluta de futuro sem mancha. As raízes do mal, inerentes à natureza humana, a cada momento podem dar rebentos e frutos de pecado e de morte.

 

 

 

AGENDA DO DIA:

 

 

09.30 horas: Funeral em Nisa

18.00 horas: Missa em Alpalhão.

 

 

IGREJAS DA ZONA PASTORAL DE MISA:

 

 

 

 

 


 Pormenor da capela 

do Calvário de Amieira

 

 

A VOZ DO PASTOR

 

 

A PALAVRA QUE VALORIZA AS PALAVRAS

 

Por estes dias, não há trancas que fechem as portas de casa à força de tanta falação política, e bem. É que, se alguns são mais que conhecidos, outros têm de se mostrar, provar o que valem e dizer ao que vêm. Blablás, arengadas, meias-verdades e verdades inteiras a par com euforias, sorrisos, slogans, saudações calorosas, música, dança folclórica, estandartes e gritarias megafónicas também passam por essas ruas, praças e auditórios com ruído de fazer mossa. Certezas e incertezas, esperanças e dúvidas sobre promessas muitas, até lhe chegar com o dedo, pairam pelos ares, reiteradas muitas vezes e muito alto a dilatar as carótidas. Mentiras, acho que não, mesmo que alguém diga que eles só falam verdade quando dizem mal uns dos outros! Se nessas ocasiões falam verdade, isso não sei, mas que dizem mal uns dos outros lá isso é clarinho, e acho que não é bonito, nem político! Desculpando tais irritações menos felizes, parabéns para todos eles e que não desistam, discordemos ou concordemos com o que dizem ou defendem! Eles todos fazem sacudir o pó da vida e forçar o povo a saltar do sofá que entorpece para abraçar causas que o dignifiquem, o promovam  e comprometam na construção do bem comum. É bonito de se ver e ouvir como tudo isso alimenta belos sonhos, projetos imensos a atiçar a vontade de arregaçar as mangas, meter a mão e o braço pela boca do mundo abaixo bem lá até ao fundo, pegar-lhe no rabo e virar o mundo do avesso! Mas..., que desencanto!... Que dor tão atroz!... Todo esse mar de sonhos e projetos se desmorona e vai ribanceira abaixo ao abrir as urnas da inumação dos votos. Grande perda para a humanidade! Dali, com infeliz surpresa, salta o odor da ingratidão do povo cuja generosidade não se fez contabilizar, mesmo quando todos pediam contas certas! No entanto, qual fénix renascida das cinzas, a todos resta a possibilidade heroica de virem manifestar grande força na fraqueza. Tendo perdido, virem dizer que, afinal, não perderam, ganharam, e por muito!... Por isso, caro leitor, mesmo que o seu voto seja um eterno perdedor, mantenha a esperança e não deixe de ir votar, participe.

Ora, no meio de tantas e tantas palavras, vamos celebrar o Dia da Palavra, este ano no dia 23 de janeiro. É o Dia da Palavra, duma Palavra que reclama silêncio interior e refinação dos ouvidos do coração. Da Palavra que veio para todos, mesmo para quem, por estes dias, tem de alimentar imensa verborreia a convencer os indecisos. No Dia da Palavra, é Deus que fala. E se fala para todos também fala aos homens do poder para lhes dizer que o poder que assumem é um poder delegado (cf. Jo 10-11). Um poder para servir e não para serem servidos (Mc 10, 35-45). Um poder cujo exercício requer conhecimento e capacidade de ouvir, ver e julgar bem, de saber discernir o melhor possível entre o bem e o mal para agir e governar o povo com a sabedoria de boa governança (cf. 1Rs 3, 5-15). A Palavra diz que é preciso dar a Deus o que é de Deus e a César o que é de César (cf. Mt 22, 21). Ora, se Deus também dá a César e ao povo o que precisam para cumprirem bem o seu dever e serem felizes, desde que lho peçam com humildade e confiança, também César, que não está acima, nem ao lado, nem fora, deve dar a Deus o que é de Deus e ao povo o que é do povo. Isto acontece tanto mais quanto mais se escutar a Palavra, o Verbo.

Esta Palavra “é viva, eficaz e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes”. Ela penetra, sonda os sentimentos e as intenções do coração (cf. Hb 4, 12). São Paulo, reconhecendo o valor da Palavra, pedia a Timóteo que se dedicasse à leitura, que se vigiasse a si próprio e ao seu ensinamento, que não descuidasse o dom da graça que estava em si e fosse perseverante (cf. 1Tim 4, 13-16). E mais lhe disse: “proclama a Palavra, insiste no tempo oportuno e inoportuno, advertindo, reprovando e aconselhando com toda a paciência e doutrina. Pois vai chegar o tempo em que já não se suportará a doutrina; pelo contrário, desejosos de ouvir novidades, os homens rodear-se-ão de mestres a seu bel-prazer. Desviarão os ouvidos da verdade orientando-os para as fábulas” (2Tim 4, 2-4). Dv13

O projeto de liberdade e vida que Deus tinha para tudo e todos, foi revelado aos homens através da Palavra. A sua Palavra acontece e faz acontecer, gera acontecimentos, concretiza esse grandioso projeto. Por isso, ouvir a sua Palavra e tornar-se seu aliado em favor da liberdade e vida para todos, manifesta inteligência e sabedoria da parte do homem. Assim lemos na Escritura: “Da mesma forma que a chuva e a neve, que caem do céu e não voltam para lá sem antes molharem a terra, tornando-a fecunda e fazendo-a germinar, a fim de produzir semente para o semeador e alimento para quem precisa de comer, assim acontece com a Palavra que sai da minha boca: ela não volta para Mim sem ter produzido o seu efeito, sem ter realizado o que Eu quero e sem ter cumprido com sucesso a missão para a qual Eu a mandei” (Is 55, 10-11).

E Santo Isidoro no século VII escreveu assim: “Quem deseja estar sempre com Deus, deve orar e ler frequentemente. Quando oramos, falamos nós com Deus; quando lemos, fala Deus connosco. Todo o nosso progresso vem da leitura e da meditação. O que ignoramos, aprendemo-lo com a leitura: o que aprendemos, conservamo-lo com a meditação. É dupla a vantagem que tiramos da leitura da Sagrada Escritura: ilumina-nos a inteligência e, subtraindo-nos às vaidades do mundo, leva-nos ao amor de Deus. Dupla deve ser também a preocupação com que devemos ler: primeiro, procurar compreender a Escritura; segundo, explicá-la para proveito do próximo com a devida dignidade. Naturalmente, só quem procura compreender o que leu estará apto para explicar o que aprendeu. O leitor diligente pensa mais em pôr em prática o que lê do que em adquirir a ciência. É menor desgraça desconhecer um ideal do que, tendo-o conhecido, não o atingir. Lemos para compreender o que é reto, e compreendemos para o pôr em prática. Ninguém pode descobrir o sentido da Escritura Sagrada se não a lê assiduamente, como está escrito: tem-na em grande estima e ela te exaltará; se a recebes, ela será a tua glória. Quanto mais assíduos formos na leitura da palavra divina, tanto melhor a compreenderemos, como a terra que tanto mais frutifica quanto melhor é cultivada. Há alguns que têm boa inteligência; mas são negligentes em ler os textos sagrados; o seu desinteresse mostra o desprezo por aquilo que a leitura lhes poderia ensinar. Há outros, porém, que desejam saber, mas têm pouca inteligência. Estes, com uma leitura assídua, conseguem aprender aquilo que os mais inteligentes, pela sua preguiça, nunca aprenderão. Assim como o menos inteligente consegue, pela sua aplicação, recolher o fruto do seu estudo diligente, assim também aquele que menospreza a inteligência que Deus lhe deu, se torna réu de condenação, porque despreza um dom recebido e o deixa sem fruto” (LH, 4 abril).

Estando a viver a Semana de Oração pela Unidas dos Cristãos, é o Verbo, é a Palavra de Deus que une os crentes na fé e faz deles um só povo. Por isso, todas as Igrejas cristãs, todas as paróquias, comunidades religiosas, grupos de jovens, famílias e fiéis estão convidados a participar nesta iniciativa, rezando, agindo e refletindo na experiência dos Magos que vieram do Oriente para honrar o Verbo Encarnado, Jesus Cristo, o Senhor. Hoje celebramos Santa Inês, uma mártir do século III-IV, que deu a vida pela Palavra de Deus. Hoje, para além daqueles que testemunham diariamente o seu amor à Palavra e a procuram pôr em prática, continuamos a ter o testemunho de muitos mártires da fé.

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 21-01-2022.

 

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