PARÓQUIAS DE NISA
Sexta, 28 de janeiro de 2022
Sexta-feira
da III semana do tempo comum
LITURGIA
Sexta-feira
da semana III
S. Tomás de Aquino,
presbítero e doutor da Igreja – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.
L1: 2 Sam 11, 1-4a. 5-10a. 13-17; Sal 50 (51), 3-4. 5-6a. 6bc-7. 10-11
Ev: Mc 4, 26-34
* Na Diocese do Algarve (Faro) – S. Tomás de Aquino, Padroeiro da cidade –
SOLENIDADE
* Na Ordem de São Domingos – S. Tomás de Aquino, presbítero e doutor da Igreja
– FESTA
S. TOMÁS DE AQUINO, presbítero e doutor da Igreja
Nota
Histórica:
Nasceu cerca do
ano 1225, na família dos Condes de Aquino. Estudou primeiramente no mosteiro do
Monte Cassino e depois em Nápoles. Entrou na Ordem dos Pregadores e completou
os seus estudos em Paris e em Colónia, tendo tido como professor S. Alberto
Magno. Escreveu muitas obras de grande erudição e exerceu o professorado,
contribuindo notavelmente para o progresso da Filosofia e da Teologia. Morreu
perto de Terracina no dia 7 de Março de 1274. A sua memória celebra-se a 28 de
Janeiro, dia em que o seu corpo foi trasladado para Tolosa, no ano 1369.
MISSA
ORAÇÃO
Senhor nosso Deus, que fizestes de São Tomás de Aquino um exemplo admirável de
santidade e de amor às ciências sagradas, dai-nos a graça de compreender os
seus ensinamentos e de imitar a sua vida. Por Nosso Senhor.
LEITURA
I
2 Sam 11, 1-4a.5-10a.13-17
«Desprezaste a minha palavra
e tomaste como esposa a mulher de Urias»
David, depois de tantas graças recebidas de Deus, comete grave pecado. Seduzido
pelo olhar indiscreto sobre a mulher de certo soldado seu, ausente em campanha,
entregou este à morte para lhe tomar a mulher para esposa sua. Ninguém se pode
julgar seguro enquanto vive neste mundo; e a vida anterior nunca é garantia
absoluta de futuro sem mancha. As raízes do mal, inerentes à natureza humana, a
cada momento podem dar rebentos e frutos de pecado e de morte.
Leitura do
Segundo Livro de Samuel
No princípio daquele ano, na altura em que os reis costumam sair para a guerra,
David mandou Joab, com os seus oficiais e todo o Israel, e eles devastaram a
terra dos amonitas e puseram cerco a Rabá. Mas David ficou em Jerusalém. Uma
tarde em que se levantara do leito e andava a passear no terraço real, viu, do
alto do terraço, uma mulher a banhar-se, uma mulher de grande formosura. David
mandou colher informações sobre ela e trouxeram-lhe esta resposta: «É Betsabé,
filha de Elião e esposa de Urias, o hitita». David mandou emissários para que a
trouxessem. Ela veio ao seu encontro e depois voltou para sua casa. A mulher
concebeu e mandou informar David: «Estou grávida». Então David enviou esta
mensagem a Joab: «Manda-me Urias, o hitita». E Joab mandou Urias a David.
Quando Urias chegou, David pediu-lhe informações de Joab, do exército e da
guerra. Depois disse-lhe: «Desce a tua casa e descansa um pouco». Urias saiu do
palácio real e atrás dele seguiu um presente do rei. Urias deitou-se à porta do
palácio, com todos os servos do rei, mas não desceu a sua casa. Foram informar
David: «Urias não desceu a sua casa». No dia seguinte, David convidou Urias
para comer e beber consigo e fez que se embriagasse. Pela tarde, Urias saiu e
foi deitar-se no seu leito, com os servos do rei, e não desceu a sua casa. Na
manhã seguinte, David escreveu uma carta a Joab e enviou-lha por meio de Urias.
Ele escreveu nessa carta: «Coloca Urias no ponto mais perigoso da batalha e
depois retirai-vos, para que seja atingido e morra». Joab, que cercava a
cidade, colocou Urias num local onde sabia que estavam os guerreiros mais
valentes. Os que defendiam a cidade saíram para atacar Joab e morreram alguns
do exército, entre os oficiais de David. E morreu também Urias, o hitita.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 50 (51), 3-4.5-6a.6bc-7.10-11 (R. cf.
3a)
Refrão: Pecámos, Senhor: tende compaixão de nós. Repete-se
Ou: Tende compaixão de nós, Senhor, porque somos pecadores. Repete-se
Compadecei-Vos de mim, ó Deus, pela vossa bondade,
pela vossa grande misericórdia
apagai os meus pecados.
Lavai-me de toda a iniquidade
e purificai-me de todas as faltas. Refrão
Porque eu reconheço os meus pecados
e tenho sempre diante de mim as minhas culpas.
Pequei, Senhor, contra Vós,
e fiz o mal diante dos vossos olhos. Refrão
Assim é justa a vossa sentença
e recto o vosso julgamento.
Porque eu nasci na culpa
e minha mãe concebeu-me em pecado. Refrão
Fazei-me ouvir uma palavra de júbilo e de alegria
e exultem meus ossos que triturastes.
Desviai o vosso rosto das minhas faltas
e purificai-me de todos os meus pecados. Refrão
ALELUIA cf. Mt 11, 25
Refrão: Aleluia Repete-se
Bendito sejais, ó Pai, Senhor do céu e da terra,
porque revelastes aos pequeninos
os mistérios do reino. Refrão
EVANGELHO Mc 4, 26-34
«O homem lança a semente e dorme,
enquanto ela cresce, sem ele saber como»
Duas breves parábolas põem em realce duas características do reino de Deus: a
primeira refere-se à força interior desde reino, que o faz nascer e crescer
pela força de Deus e não do homem; a segunda põe em contraste os começos
humildes deste Reino e a pujança final para onde se encaminha, e que bem manifesta
a força interior que o animava desde o início. É, na realidade, grande mistério
este Reino de Deus, presente já na Igreja sobre a terra e um dia glorioso no
Céu.
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «O reino de Deus é como um homem que
lançou a semente à terra. Dorme e levanta-se, noite e dia, enquanto a semente
germina e cresce, sem ele saber como. A terra produz por si, primeiro a planta,
depois a espiga, por fim o trigo maduro na espiga. E quando o trigo o permite,
logo se mete a foice, porque já chegou o tempo da colheita». Jesus dizia ainda:
«A que havemos de comparar o reino de Deus? Em que parábola o havemos de
apresentar? É como um grão de mostarda, que, ao ser semeado na terra, é a menor
de todas as sementes que há sobre a terra; mas, depois de semeado, começa a
crescer e torna-se a maior de todas as plantas da horta, estendendo de tal
forma os seus ramos que as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra». Jesus
pregava-lhes a palavra de Deus com muitas parábolas como estas, conforme eram
capazes de entender. E não lhes falava senão em parábolas; mas, em particular,
tudo explicava aos seus discípulos.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, este sacrifício
que Vos apresentamos com alegria na memória de São Tomás de Aquino e fazei que,
fiéis aos seus ensinamentos, consagremos toda a nossa vida ao vosso louvor. Por
Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do
Espírito Santo.
ANTÍFONA
DA COMUNHÃO (LeC12,42)
Este é o servo fiel e prudente, que o Senhor pôs à frente da sua família, para
dar a seu tempo a cada um a sua medida de trigo.
ORAÇÃO
DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus de sabedoria infinita,
que nos alimentais com Cristo, pão da vida, ensinai-nos com a sua doutrina e fazei
que, ao celebrarmos a memória de São Tomás de Aquino, conheçamos melhor a vossa
verdade e a pratiquemos na caridade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso
Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o
que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga,
atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor,
suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS:
2 Sam 11, 1-4a.5-10a.13-17: David,
depois de tantas graças recebidas de Deus, comete grave pecado. Seduzido pelo
olhar indiscreto sobre a mulher de certo soldado seu, ausente em campanha,
entregou este à morte para lhe tomar a mulher para esposa sua. Ninguém se pode
julgar seguro enquanto vive neste mundo; e a vida anterior nunca é garantia
absoluta de futuro sem mancha. As raízes do mal, inerentes à natureza humana, a
cada momento podem dar rebentos e frutos de pecado e de morte.
2 Sam 11, 1-4a.5-10a.13-17: David,
depois de tantas graças recebidas de Deus, comete grave pecado. Seduzido pelo
olhar indiscreto sobre a mulher de certo soldado seu, ausente em campanha,
entregou este à morte para lhe tomar a mulher para esposa sua. Ninguém se pode
julgar seguro enquanto vive neste mundo; e a vida anterior nunca é garantia
absoluta de futuro sem mancha. As raízes do mal, inerentes à natureza humana, a
cada momento podem dar rebentos e frutos de pecado e de morte.
AGENDA DO DIA:
09.30
horas: Funeral em Nisa
18.00
horas: Missa em Alpalhão.
IGREJAS DA ZONA
PASTORAL DE MISA:
A VOZ DO PASTOR
A
PALAVRA QUE VALORIZA AS PALAVRAS
Por estes dias, não há trancas
que fechem as portas de casa à força de tanta falação política, e bem. É que,
se alguns são mais que conhecidos, outros têm de se mostrar, provar o que valem
e dizer ao que vêm. Blablás, arengadas, meias-verdades e verdades inteiras a
par com euforias, sorrisos, slogans, saudações calorosas, música, dança
folclórica, estandartes e gritarias megafónicas também passam por essas ruas,
praças e auditórios com ruído de fazer mossa. Certezas e incertezas, esperanças
e dúvidas sobre promessas muitas, até lhe chegar com o dedo, pairam pelos ares,
reiteradas muitas vezes e muito alto a dilatar as carótidas. Mentiras, acho que
não, mesmo que alguém diga que eles só falam verdade quando dizem mal uns dos
outros! Se nessas ocasiões falam verdade, isso não sei, mas que dizem mal uns
dos outros lá isso é clarinho, e acho que não é bonito, nem político!
Desculpando tais irritações menos felizes, parabéns para todos eles e que não
desistam, discordemos ou concordemos com o que dizem ou defendem! Eles todos
fazem sacudir o pó da vida e forçar o povo a saltar do sofá que entorpece para
abraçar causas que o dignifiquem, o promovam
e comprometam na construção do bem comum. É bonito de se ver e ouvir
como tudo isso alimenta belos sonhos, projetos imensos a atiçar a vontade de
arregaçar as mangas, meter a mão e o braço pela boca do mundo abaixo bem lá até
ao fundo, pegar-lhe no rabo e virar o mundo do avesso! Mas..., que
desencanto!... Que dor tão atroz!... Todo esse mar de sonhos e projetos se desmorona
e vai ribanceira abaixo ao abrir as urnas da inumação dos votos. Grande perda
para a humanidade! Dali, com infeliz surpresa, salta o odor da ingratidão do
povo cuja generosidade não se fez contabilizar, mesmo quando todos pediam
contas certas! No entanto, qual fénix renascida das cinzas, a todos resta a
possibilidade heroica de virem manifestar grande força na fraqueza. Tendo
perdido, virem dizer que, afinal, não perderam, ganharam, e por muito!... Por
isso, caro leitor, mesmo que o seu voto seja um eterno perdedor, mantenha a
esperança e não deixe de ir votar, participe.
Ora, no meio de tantas e tantas
palavras, vamos celebrar o Dia da Palavra, este ano no dia 23 de janeiro. É o
Dia da Palavra, duma Palavra que reclama silêncio interior e refinação dos
ouvidos do coração. Da Palavra que veio para todos, mesmo para quem, por estes
dias, tem de alimentar imensa verborreia a convencer os indecisos. No Dia da
Palavra, é Deus que fala. E se fala para todos também fala aos homens do poder
para lhes dizer que o poder que assumem é um poder delegado (cf. Jo 10-11). Um
poder para servir e não para serem servidos (Mc 10, 35-45). Um poder cujo
exercício requer conhecimento e capacidade de ouvir, ver e julgar bem, de saber
discernir o melhor possível entre o bem e o mal para agir e governar o povo com
a sabedoria de boa governança (cf. 1Rs 3, 5-15). A Palavra diz que é preciso
dar a Deus o que é de Deus e a César o que é de César (cf. Mt 22, 21). Ora, se
Deus também dá a César e ao povo o que precisam para cumprirem bem o seu dever
e serem felizes, desde que lho peçam com humildade e confiança, também César,
que não está acima, nem ao lado, nem fora, deve dar a Deus o que é de Deus e ao
povo o que é do povo. Isto acontece tanto mais quanto mais se escutar a
Palavra, o Verbo.
Esta Palavra “é viva, eficaz e
mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes”. Ela penetra, sonda os
sentimentos e as intenções do coração (cf. Hb 4, 12). São Paulo, reconhecendo o
valor da Palavra, pedia a Timóteo que se dedicasse à leitura, que se vigiasse a
si próprio e ao seu ensinamento, que não descuidasse o dom da graça que estava
em si e fosse perseverante (cf. 1Tim 4, 13-16). E mais lhe disse: “proclama a
Palavra, insiste no tempo oportuno e inoportuno, advertindo, reprovando e aconselhando
com toda a paciência e doutrina. Pois vai chegar o tempo em que já não se
suportará a doutrina; pelo contrário, desejosos de ouvir novidades, os homens
rodear-se-ão de mestres a seu bel-prazer. Desviarão os ouvidos da verdade
orientando-os para as fábulas” (2Tim 4, 2-4). Dv13
O projeto de liberdade e vida
que Deus tinha para tudo e todos, foi revelado aos homens através da Palavra. A
sua Palavra acontece e faz acontecer, gera acontecimentos, concretiza esse
grandioso projeto. Por isso, ouvir a sua Palavra e tornar-se seu aliado em
favor da liberdade e vida para todos, manifesta inteligência e sabedoria da
parte do homem. Assim lemos na Escritura: “Da mesma forma que a chuva e a neve,
que caem do céu e não voltam para lá sem antes molharem a terra, tornando-a
fecunda e fazendo-a germinar, a fim de produzir semente para o semeador e
alimento para quem precisa de comer, assim acontece com a Palavra que sai da
minha boca: ela não volta para Mim sem ter produzido o seu efeito, sem ter
realizado o que Eu quero e sem ter cumprido com sucesso a missão para a qual Eu
a mandei” (Is 55, 10-11).
E
Santo Isidoro no século VII escreveu
assim: “Quem deseja estar sempre com Deus, deve orar e ler frequentemente.
Quando oramos, falamos nós com Deus; quando lemos, fala Deus connosco. Todo o
nosso progresso vem da leitura e da meditação. O que ignoramos, aprendemo-lo
com a leitura: o que aprendemos, conservamo-lo com a meditação. É dupla a
vantagem que tiramos da leitura da Sagrada Escritura: ilumina-nos a
inteligência e, subtraindo-nos às vaidades do mundo, leva-nos ao amor de Deus.
Dupla deve ser também a preocupação com que devemos ler: primeiro, procurar
compreender a Escritura; segundo, explicá-la para proveito do próximo com a
devida dignidade. Naturalmente, só quem procura compreender o que leu estará
apto para explicar o que aprendeu. O leitor diligente pensa mais em pôr em
prática o que lê do que em adquirir a ciência. É menor desgraça desconhecer um
ideal do que, tendo-o conhecido, não o atingir. Lemos para compreender o que é
reto, e compreendemos para o pôr em prática. Ninguém pode descobrir o sentido
da Escritura Sagrada se não a lê assiduamente, como está escrito: tem-na em
grande estima e ela te exaltará; se a recebes, ela será a tua glória. Quanto
mais assíduos formos na leitura da palavra divina, tanto melhor a
compreenderemos, como a terra que tanto mais frutifica quanto melhor é
cultivada. Há alguns que têm boa inteligência; mas são negligentes em ler os
textos sagrados; o seu desinteresse mostra o desprezo por aquilo que a leitura
lhes poderia ensinar. Há outros, porém, que desejam saber, mas têm pouca
inteligência. Estes, com uma leitura assídua, conseguem aprender aquilo que os
mais inteligentes, pela sua preguiça, nunca aprenderão. Assim como o menos inteligente
consegue, pela sua aplicação, recolher o fruto do seu estudo diligente, assim
também aquele que menospreza a inteligência que Deus lhe deu, se torna réu de
condenação, porque despreza um dom recebido e o deixa sem fruto” (LH, 4 abril).
Estando
a viver a Semana de Oração pela Unidas dos Cristãos, é o Verbo, é a Palavra de
Deus que une os crentes na fé e faz deles um só povo. Por isso, todas as
Igrejas cristãs, todas as paróquias, comunidades religiosas, grupos de jovens,
famílias e fiéis estão convidados a participar nesta iniciativa, rezando,
agindo e refletindo na experiência dos Magos que vieram do Oriente para honrar
o Verbo Encarnado, Jesus Cristo, o Senhor. Hoje celebramos Santa Inês, uma
mártir do século III-IV, que deu a vida pela Palavra de Deus. Hoje, para além
daqueles que testemunham diariamente o seu amor à Palavra e a procuram pôr em
prática, continuamos a ter o testemunho de muitos mártires da fé.
Antonino
Dias
Portalegre-Castelo Branco, 21-01-2022.
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