PARÓQUIAS DE NISA
Sexta, 21 de janeiro de 2022
Sexta-feira da II semana do tempo comum
LITURGIA
Sexta-feira
da semana II
S. Inês, virgem e mártir – MO
Vermelho – Ofício da memória.
Missa da memória.
L1: 1 Sam 24, 3-21; Sal 56 (57), 2. 3-4. 6 e 11
Ev: Mc 3, 13-19
* Na Diocese de Portalegre-Castelo Branco – Aniversário da Ordenação episcopal
de D. Antonino Eugénio Fernandes Dias (2001).
* 4º dia do Oitavário de Orações pela Unidade dos Cristãos.
* Na Diocese do Algarve – I Vésp. de S. Vicente.
* No Patriarcado de Lisboa – I Vésp. de S. Vicente.
* Na Sociedade do Apostolado Católico (Padres Pallotinos) – I Vésp. de S.
Vicente Pallotti.
S.
INÊS, virgem e mártir
Nota
Histórica:
Foi martirizada
em Roma na segunda metade do século III ou, mais provavelmente, no princípio do
século IV. O papa S. Dâmaso adornou com versos o seu sepulcro e muitos santos
Padres, seguindo S. Ambrósio, celebraram os seus louvores.
MISSA
ORAÇÃO
Deus eterno e omnipotente, que escolheis os mais frágeis do mundo para
confundir os fortes, concedei que, celebrando o martírio de Santa Inês,
imitemos a constância da sua fé. Por Nosso Senhor.
LEITURA I
1 Sam 24, 3-21
«Não levantarei a mão contra ele, porque é o ungido do Senhor»
Leitura do
Primeiro Livro de Samuel
Naqueles dias, Saul tomou consigo três mil homens escolhidos de todo o Israel e
foi à procura de David e da sua gente, junto ao Rochedo-dos-Cabritos-Monteses.
Chegou a uns currais de ovelhas que se encontram à beira do caminho e entrou
numa gruta para satisfazer uma necessidade. David e os seus homens estavam
sentados ao fundo da gruta. Os seus homens disseram-lhe: «Hoje é o dia em que o
Senhor te diz: ‘Entrego-te nas mãos o teu inimigo: faz dele o que quiseres’».
David levantou-se e, sem ser pressentido, cortou um pedaço da orla do manto de
Saul. Mas depois, David sentiu o coração a bater forte por ter cortado um
pedaço da orla do manto de Saul. Disse então aos seus homens: «O Senhor me
livre de fazer ao meu soberano uma coisa dessas, de levantar a mão contra ele,
porque é o ungido do Senhor». Com estas palavras, David conteve os seus homens
e não os deixou atacar Saul. Saul abandonou a gruta e seguiu o seu caminho.
Então David levantou-se, saiu da gruta e gritou a Saul: «Senhor, meu rei!».
Saul olhou para trás e David inclinou a face até ao chão e prostrou-se. Depois
David falou a Saul: «Porque dás ouvidos àqueles que te dizem: ‘David quer
fazer-te mal’? Hoje viste com os teus próprios olhos como o Senhor te entregou
em minhas mãos, dentro da gruta, e como eu te poupei, recusando matar-te. Eu
disse: Não levantarei a mão contra o meu soberano, porque ele é o ungido do
Senhor. Meu pai, vê na minha mão um pedaço do teu manto. Se cortei a orla do
teu manto e não te matei, deves reconhecer que em mim não há maldade nem
traição. Enquanto atentas contra mim, para me tirares a vida, eu não pratiquei
qualquer falta contra ti. O Senhor seja nosso juiz, Ele me faça justiça contra
ti; mas eu não porei em ti as minhas mãos. Como diz o antigo ditado: ‘Dos maus
vem a maldade’; por isso não porei em ti as minhas mãos. Contra quem se pôs em
campo o rei de Israel? Quem é que tu persegues? Um cão morto? Uma pulga? Seja o
Senhor o juiz e decida entre nós; Ele examine e defenda a minha causa, me faça
justiça e me livre das tuas mãos». Quando David acabou de dizer estas palavras,
Saul perguntou: «És realmente tu que estás a falar, meu filho David?». E, em
altos brados, começou a chorar. Depois disse a David: «Tu és mais justo do que
eu, porque me tens feito bem e eu tenho-te feito mal. Hoje mostraste a tua
bondade para comigo, pois o Senhor entregou-me nas tuas mãos e tu não quiseste
matar-me. Quando um homem encontra o seu inimigo, porventura o deixa seguir em
paz o seu caminho? O Senhor te recompense pelo bem que hoje me fizeste. Agora
sei que certamente serás rei e que o poder real em Israel ficará consolidado em
tuas mãos».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 56 (57), 2.3-4.6 e 11 (R. 2a)
Refrão: Tende piedade de mim, Senhor,
tende piedade de mim. Repete-se
Tende piedade de mim, ó Deus, tende piedade,
porque em Vós eu procuro refúgio
e me abrigo à sombra das vossas asas,
até que passe a tormenta. Refrão
Clamo ao Deus Altíssimo,
a Deus que me enche de benefícios.
Do Céu me enviará a salvação,
Deus me enviará a sua bondade e fidelidade. Refrão
Meu Deus, revelai nas alturas a vossa grandeza
e sobre a terra fazei brilhar a vossa glória,
porque aos céus se eleva a vossa bondade
e até às nuvens a vossa fidelidade. Refrão
ALELUIA 2 Cor 5, 19
Refrão: Aleluia. Repete-se
Em Cristo, Deus reconcilia o mundo consigo
e confiou-nos a palavra da reconciliação. Refrão
EVANGELHO Mc 3, 13-19
«Chamou à sua presença aqueles que entendeu»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, Jesus subiu a um monte. Chamou à sua presença aqueles que
entendeu e eles aproximaram-se. Escolheu doze, para andarem com Ele e para os
enviar a pregar, com poder de expulsar demónios. Escolheu estes doze: Simão, a
quem pôs o nome de Pedro; Tiago, filho de Zebedeu, e João, irmão de Tiago, aos
quais pôs o nome de Boanerges, isto é, «Filhos do trovão»; André, Filipe,
Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago de Alfeu, Tadeu, Simão o Cananeu e Judas
Iscariotes, que depois O traiu.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO
SOBRE AS OBLATAS
Os dons
que Vos apresentamos na memória de Santa Inês Vos sejam agradáveis, Senhor, como
foi agradável a vossos olhos o combate do seu martírio. Por Nosso Senhor.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Mt
16,24
Quem quiser seguir-Me, diz o Senhor, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor,
que glorificastes Santa Inês com a dupla coroa da virgindade e do martírio,
concedei -nos, por este sacramento, a graça de vencermos corajosamente todo o mal
e de chegarmos à glória do Céu. Por Nosso Senhor.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da
passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de
Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através
da Sua Palavra.
LEITURAS: 1 Sam 24, 3-21 :Embora
perseguido de morte por Saul, David não se aproveitou da ocasião que teve de se
desembaraçar dele, mas evitou tal ocasião, tendo sobretudo em conta que Saul
fora escolhido pelo Senhor para rei e, como tal, havia sido ungido pelo profeta
de Deus. O sentido religioso daquela unção estava acima de todos os sentimentos
que a vingança lhe poderia ter inspirado. Ela significava uma ação divina,
contra a qual não se devia levantar nenhuma ação humana.
Mc 3, 13-19: Jesus
rodeia-Se de Doze Apóstolos, os futuros pastores do povo de Deus, como, no
antigo Israel, as tribos desse povo eram também em número de doze. É Jesus quem
os escolhe, porque é Ele quem está na origem do povo da nova Aliança. Aos Doze
Jesus comunica o seu poder sobre o reino demoníaco do mal, para que o seu
triunfo pascal esteja sempre presente entre os homens, na Igreja, por meio
deles, que hoje se continuam no Colégio ou Ordem dos Bispos.
AGENDA DO DIA:
15.00
horas: Funeral em Amieira do Tejo
18.00
horas: Missa em Nisa – Espírito Santo
18.00
horas: Missa em Alpalhão
IGREJAS DA ZONA
PASTORAL DE MISA:
|
A VOZ DO PASTOR
E TANTOS O FAZEM POR ESSAS ESTRADAS FORA!...
A Cruz das Jornadas
Mundiais da Juventude (JMJ) caminha de braço dado com o ícone Salus
Populi Romani, Salvação do povo romano. Um ícone bizantino que, com
história milenar, retrata Maria com o Menino Jesus ao colo em gesto de quem
está a abençoar. O original está em Roma, na Basílica de Santa Maria Maior, a
primeira igreja do Ocidente dedicada à Virgem Maria. Foi mandada construir logo
após o Concílio de Éfeso, no qual, em 431, Maria foi proclamada Mãe de Deus. Em
Portugal, o santuário mariano mais antigo terá sido o de Nossa Senhora da
Abadia, na freguesia de Santa Maria do Bouro, Amares, perto do Santuário de São
Bento da Porta Aberta, em Rio Caldo, Terras de Bouro, no Gerês. Seria
construído nos séculos VII e VIII, mas sobre o qual se levantou o atual
santuário no século XVII, com cruzeiro no largo e os respetivos quartéis, hoje
Museu de Arte Sacra e Etnográfico da Confraria de Nossa Senhora da Abadia.
O ícone Salus
Populi Romani chama-se assim devido à devoção que o povo romano lhe
presta. Muitas vezes tem sido levado em procissão pelas ruas de Roma a pedir a
intercessão de Maria para afastar epidemias, perigos e desgraças. Como um dos
símbolos mariológicos mais importantes da Igreja, sempre foi muito querido dos
Papas.
Mais perto de nós, em
1953, o ícone foi levado em procissão através de Roma para festejar o primeiro
ano mariano na história da Igreja Católica. No ano seguinte, em 1954, Pio XII
instituiu a festa da Rainha dos Céus e teve um gesto simbólico de coroação do
ícone, como, aliás, já Clemente III, nos finais de século XVI, havia tido essa
iniciativa. Bento XVI venerou o Salus Populi Romani em diferentes
ocasiões, pedindo à Virgem a sua intercessão para a Igreja e para o mundo. O
Papa Francisco tem por ele uma devoção muito especial. Logo após a sua eleição
à cátedra de Pedro, antes e depois de cada Viagem Apostólica ao estrangeiro,
Francisco dirige-se à Basílica para um momento de oração, ajoelha-se diante
desta imagem, não raro coloca flores no altar e lá vai noutras vezes em visita
privada ou pública. Mas foi o Papa João Paulo II quem mais o divulgou. Ele
mandara colocar e manter acesa dia e noite uma lâmpada de azeite sob a
Virgem Salus Populi Romani. Na passagem do milénio, no ano
2000, o ícone esteve, pela primeira vez, na JMJ em Tor Vergata. No dia 13 de
abril de 2003, Domingo de Ramos, celebrava-se o Dia Mundial da Juventude a
nível diocesano. Nesse dia, um grupo de jovens da Alemanha estava em Roma para
receber, dos Jovens de Toronto onde se tinha realizado a Jornada anterior, a
Cruz peregrina para a preparação da JMJ2005, em Colónia. João Paulo II, depois
da Missa na Praça de São Pedro, confiou publicamente a este grupo de jovens
alemães não só a Cruz Peregrina, mas também o ícone da Virgem, dizendo:
“Entrego também à delegação vinda da Alemanha o Ícone de Maria. Daqui em
diante, juntamente com a Cruz, ele acompanhará as Jornadas Mundiais da
Juventude. Eis a tua Mãe! Será sinal da presença materna de Maria ao lado dos
jovens, chamados, como o apóstolo João, a acolhê-la na sua vida”.
A entrega da Mãe ao
Apóstolo João tem, para São João Paulo II, um caráter solene e constitui como
que o testamento espiritual de Jesus: "Eis a tua Mãe!" (Jo 19, 27).
Foi sobre este pano de fundo que ele desenvolveu a Mensagem para o Dia Mundial
da Juventude desse ano, dentro do Ano do Rosário, bem como o tema da homilia
desse Domingo de Ramos. Se Jesus apresentou João a Maria como seu filho:
“Mulher, eis aí o teu filho”, também apresentou Maria a João como sua Mãe:
"Eis aí a tua Mãe!” E dessa hora em diante, o discípulo recebeu-a em sua
casa, diz o Evangelista.
E João Paulo II
reafirmou: “Prezados jovens, vós tendes mais ou menos a mesma idade de João, e
o mesmo desejo de estar com Jesus. Hoje, é a vós que Cristo pede expressamente
que recebais Maria "em vossa casa", que a acolhais "no meio dos
vossos bens"... É por este motivo que vos repito, também no dia de hoje, o
lema do meu serviço episcopal e pontifical: "Totus tuus". Experimentei
constantemente, durante a minha vida, a presença amorosa e eficaz da Mãe do
Senhor; Maria acompanha-me em cada dia, no cumprimento da missão de Sucessor de
Pedro.... Confiai-vos a ela com plena confiança!... Na escola de Maria, haveis
de descobrir o compromisso concreto que Cristo espera de vós, aprendereis a
colocá-lo no primeiro lugar na vossa vida, orientando para Ele os vossos
pensamentos e as vossas ações”.
Esclarecendo que o cristianismo
não é uma opinião nem consiste em palavras vãs, mas que o cristianismo é
Cristo, é uma Pessoa, é Aquele que vive, afirmou-lhes que a vocação cristã
consiste em amá-lo e fazer com que Ele seja amado, contando com Maria que
sempre ajuda a entrar numa relação mais forte e pessoal com Jesus.
Com profunda devoção a
Maria, ele apontou aos jovens a sua oração preferida, aquela que sempre o
acompanhou nos momentos de alegria e nas provações, em que sempre confiou e
encontrou conforto, recordando-lhes: “no dia 16 de Outubro de 2002, proclamei o
‘Ano do Rosário’ e convidei todos os filhos da Igreja a fazer desta antiga
oração mariana um exercício simples e profundo de contemplação do rosto de
Cristo... Hoje, entrego-vos espiritualmente, também a vós, queridos jovens, a
coroa do Rosário. Através da oração e da meditação dos mistérios, Maria
orienta-vos com segurança para o seu Filho! Não tenhais vergonha de recitar o
Rosário sozinhos, ao irdes para a escola, a universidade ou o trabalho, ao
longo do caminho e nos meios de transporte público; habituai-vos a recitá-lo
entre vós, nos vossos grupos, movimentos e associações, porque ele anima e
revigora os vínculos entre os membros da família. Esta oração ajudar-vos-á a
ser fortes na fé, constantes na caridade, alegres e perseverantes na
esperança”.
Sabemos que muitos
jovens o rezam e tanta gente o faz em família, em comunidade e por essas
estradas de Portugal e do mundo enquanto viaja. Esta certeza constitui também
um apelo para quem, dizendo-se muito devoto de Fátima e tendo o terço pendurado
no espelho do carro, o pôs de parte, esquecendo o pedido da Senhora: ‘Rezem o
terço todos os dias”...
A Cruz das Jornadas
Mundiais da Juventude e o ícone da Virgem Maria Salus Populi Romani,
símbolos mundiais tão importantes pelo que significam e interpelam, chegarão à
nossa Diocese no dia 30 de janeiro. Não vivas distraído, num desses lugares por
onde vão passar a provocar momentos de oração, procura estar, é uma
oportunidade única...
Totus tuus Salus Populi
Romani!...
Antonino Dias
Portalegre-Castelo
Branco, 14-01-2022.
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