PARÓQUIAS
DE NISA
Segunda,
08 de fevereiro de 2021
LITURGIA
Segunda-feira
da semana V
S. Jerónimo Emiliano – MF
S. Josefina Bakhita, virgem – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).
L 1 Gen 1, 1-19; Sal 103 (104), 1-2a. 5-6. 10 e 12. 24 e 35c
Ev Mc 6, 53-56
* Na Ordem de São Domingos – Aniversário dos pais e mães falecidos.
* Na Congregação de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor –Imaculado Coração
da Bem-Aventurada Virgem Maria, Titular da Congregação – SOLENIDADE
* No Instituto das Filhas da Caridade Canossianas – S. Josefina Bakhita, virgem
– FESTA
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo
94, 6-7
Vinde, prostremo-nos em terra,
adoremos o Senhor que nos criou.
O Senhor é o nosso Deus.
ORAÇÃO COLECTA
Guardai, Senhor, com paternal bondade a vossa família;
e, porque só em Vós põe a sua confiança,
defendei-a sempre com a vossa protecção.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA (anos ímpares) Gen 1, 1-19
«Deus disse e assim sucedeu»
Leitura do Livro
do Génesis
No princípio, Deus criou o céu e a terra. A terra estava deserta e vazia, as
trevas cobriam a superfície do abismo e o espírito de Deus pairava sobre as
águas. Disse Deus: «Faça-se a luz». E a luz apareceu. Deus viu que a luz era boa,
e separou a luz das trevas. Deus chamou ‘dia’ à luz e ‘noite’ às trevas. Veio a
tarde e, em seguida, a manhã: era o primeiro dia. Disse Deus: «Haja um
firmamento no meio das águas, para as manter separadas umas das outras». Deus
fez o firmamento e separou as águas que estavam debaixo do firmamento das águas
que estavam por cima dele. E ao firmamento chamou ‘céu’. Veio a tarde e, em
seguida, a manhã: foi o segundo dia. Disse Deus: «Juntem-se as águas que estão
debaixo do firmamento num só lugar e apareça a terra seca». E assim sucedeu. À
parte seca Deus chamou ‘terra’ e ‘mar’ ao conjunto das águas. E Deus viu que
isto era bom. Disse Deus: «Cubra-se a terra de verdura: ervas que dêem sementes
e árvores de fruto, que produzam sobre a terra frutos com a sua semente,
segundo a própria espécie». E assim sucedeu. A terra produziu verdura: erva que
produz semente, segundo a sua espécie, e árvores que dão frutos com a sua
semente, segundo a própria espécie. Deus viu que isto era bom. Veio a tarde e,
em seguida, a manhã: foi o terceiro dia. Disse Deus: «Haja luzeiros no
firmamento do céu, para distinguirem o dia da noite e servirem de sinais para
as festas, os dias e os anos, para que brilhem no firmamento do céu e iluminem
a terra». E assim sucedeu. Deus fez dois grandes luzeiros: o maior para
presidir ao dia e o menor para presidir à noite; e fez também as estrelas. Deus
colocou-os no firmamento do céu para iluminarem a terra, para presidirem ao dia
e à noite e separarem a luz das trevas. Deus viu que isto era bom. Veio a tarde
e, em seguida, a manhã: foi o quarto dia.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 103 (104),
1-2a.5-6.10 e 12.24 e 35c (R. cf. 31b)
Refrão: Rejubile o Senhor nas suas obras.
Repete-se
Bendiz, ó minha alma, o Senhor.
Senhor, meu Deus, como sois grande!
Revestido de esplendor e majestade,
envolvido em luz como num manto! Refrão
Fundastes a terra sobre alicerces firmes:
não oscilará por toda a eternidade.
Vós a cobristes com o manto do oceano,
por sobre os montes pousavam as águas. Refrão
Transformais as fontes em rios
que correm entre as montanhas.
Nas suas margens habitam as aves do céu;
por entre a folhagem fazem ouvir o seu canto. Refrão
Como são grandes as vossas obras!
Tudo fizestes com sabedoria:
a terra está cheia das vossas criaturas.
Glória a Deus para sempre. Refrão
ALELUIA cf. Mt 4, 23
Refrão: Aleluia Repete-se
Jesus proclamava o Evangelho do reino
e curava todas as doenças entre o povo. Refrão
EVANGELHO Mc 6, 53-56
«Todos os que O tocavam ficavam curados»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, Jesus e os seus discípulos fizeram a travessia do lago e vieram
para terra em Genesaré, onde aportaram. Quando saíram do barco, as pessoas
reconheceram logo Jesus; então percorreram toda aquela região e começaram a
trazer os doentes nos catres, para onde ouviam dizer que Ele estava. Nas
aldeias, cidades ou casais onde Jesus entrasse, colocavam os enfermos nas
praças públicas e pediam que os deixasse tocar-Lhe ao menos na orla do manto. E
todos os que O tocavam ficavam curados.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus,
que criastes o pão e o vinho
para auxílio da nossa fraqueza
concedei que eles se tornem para nós
sacramento de vida eterna.
Por Nosso Senhor.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 106, 8-9
Dêmos graças ao Senhor pela sua misericórdia,
pelos seus prodígios em favor dos homens,
porque Ele deu de beber aos que tinham sede
e saciou os que tinham fome.
Ou Mt 5, 5-6
Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça,
porque serão saciados.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus de bondade,
que nos fizestes participantes do mesmo pão e do mesmo cálice,
concedei que, unidos na alegria e no amor de Cristo,
dêmos fruto abundante para a salvação do mundo.
Por Nosso Senhor..
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua
vida” 2020.11.28
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS : Gen 1, 1-19: Começamos hoje a ler, em leitura
semi-contínua, o primeiro livro da Bíblia, chamado Génesis, que quer dizer
“Origens”. De uma forma poética, toda imaginativa, o autor apresenta a criação
inteira saindo das mãos de Deus. À medida que o tempo caminha nós vamos captando
o sentido último da criação, desde a criatura mais simples até ao mais alto
grau da vida, que só em Jesus Cristo se alcança, porque Ele é o próprio Deus
encarnado numa criatura, é o novo Adão, é o Primeiro e o Último, como se lê no
Apocalipse.
Mc 6, 53-56: De novo, Jesus Se revela como a
fonte da vida: todos os que O tocam são curados. Mas não é o gesto, em si
mesmo, de O tocar materialmente que os aproxima de Jesus, mas a fé que lhes
move o coração e lhes faz ver para além daquilo aonde os olhos podem chegar. Os
milagres de Jesus vêm sempre remediar situações deficientes do homem. Assim,
Jesus vai anunciando desde já, pelos sinais que vai realizando, a sua Páscoa,
que levará a cabo a nova criação.
AGENDA DO DIA
A VOZ DO PASTOR:
UM HOMEM SINGULAR QUE APONTA CAMINHOS
Com
a guerra Franco-Prussiana e as pelejas pela unificação da Itália, o Concílio
Ecuménico Vaticano I teve de encerrar portas. Durou apenas um ano, de dezembro
de 1869 a dezembro de 1870. Eram tempos conturbados e a Igreja precisava de
respostas colegiais, debatidas em ambiente sinodal. Para além do prato forte sobre
a mesa dos debates, os Padres conciliares ainda apresentaram duas propostas relacionadas
com São José. Numa dessas propostas, pediam que ele tivesse um culto mais
valorizado na Liturgia. Noutra, que fosse proclamado Padroeiro da Igreja
Universal. Pio IX, que convocara o Concílio e já, em 1854,
indicara São José como, depois de Maria, a esperança mais segura da Igreja, acolhe de bom grado as duas propostas. Por
Decreto de 8 de dezembro de 1870, Dia da Imaculada Conceição, declara São José
Padroeiro da Igreja Católica e valoriza a festa de 19 de março, que já fazia
parte do calendário litúrgico romano desde finais do século XV. Sem falar nos
anteriores, os onze Papas que, até hoje, sucederam a Pio IX, jamais deixaram de
enriquecer e promover o culto a São José. No entanto, ao longo da história,
nunca houve um Papa que adotasse o nome de José.
Leão
XIII dedicou-lhe uma Carta Encíclica em que exalta as suas virtudes,
apresenta-o como exemplo a toda a Igreja, insiste em que se lhe consagre o mês
de março e convida os fiéis à sua devoção, inclusive pedindo que se rezasse
também durante o mês do Rosário, em outubro, uma oração que ele propôs.
São Pio X acrescentou outras formas de devoção, inclusive a recitação das
ladainhas em honra de S. José. Bento XV continuou a promover o culto a S. José, introduziu dois novos prefácios
no cânone da missa e, por moto próprio de 25 de julho de 1920, no
cinquentenário da proclamação de S. José como Patrono da Igreja,
também lhe consagrou uma
Carta Encíclica. E pede a todos que implorem com maior empenho o auxílio de São
José, reforça a devoção de todas as quartas-feiras do ano e do mês de março,
bem como pede que se tenha como eficaz protetor dos agonizantes e moribundos,
no sofrimento e na morte.
Pio XI, muitas vezes realçou as virtudes de
S. José, sobretudo nos dias 19 de março, seguindo na mesma linha de devoção ao
Santo Patriarca. O Papa
seguinte, Pio XII, divulgou orações em sua honra, e, para salientar o
poder de intercessão de S. José, apresentou-o como «Padroeiro dos operários»,
instituiu uma segunda festa, a Festa de S. José Operário, que se celebra no Dia
Internacional do Trabalhador, primeiro dia de maio, ficando a festa de 19 de
março como a mais solene.
São João XXIII, em 19 de março de 1961,
confia o Concílio Vaticano II à proteção de São José e pede aos fiéis que
participem por meio de oração mais viva, ardente e contínua, nessa confiança em
S. José e em Nossa Senhora, sua Esposa. Durante o Concílio, introduziu o nome
de São José no antigo Cânone Romano.
São Paulo VI, pelo facto de a Igreja estar
“sujeita a tantas atribulações, ameaças, suspeitas e contestações”, exortava a
que a Igreja permanecesse “fiel à escola de Nazaré, pobre e laboriosa, mas
viva, sempre consciente e forte, para poder realizar a sua vocação messiânica”.
E confiava a Igreja à proteção de São José para que “este humilde e grande
Santo” continuasse a missão que exerceu no quadro histórico da Encarnação. São
João Paulo II falou de São José
em muitíssimas ocasiões, afirmou que lhe rezava todos os dias, e dedicou-lhe
uma Exortação Apostólica realçando a missão de São José na vida de Cristo e da
Igreja. Bento XVI várias vezes enalteceu São José pela “riqueza de uma vida completa, de um homem
fundamental que, com o seu exemplo, sem proclamações, marcou o crescimento de
Jesus o homem-Deus”, um homem do silêncio, “marcado pela oração constante” e
pela sua confiança sem reservas à providência.
Francisco
constata e afirma que “depois de Maria, nenhum santo ocupa tanto espaço no
magistério pontifício como São José”. Ele próprio, a fim de perpetuar a confiança de toda a Igreja
em São José e ao celebrarmos os cento e cinquenta anos da sua proclamação como
Padroeiro da Igreja Universal, estabeleceu que, a partir do dia 8 de dezembro
passado e a terminar em 8 de dezembro de 2021, seja celebrado um especial Ano
de São José, em que todos os fiéis, seguindo o seu exemplo, possam reforçar a
sua vida de fé. A esse propósito, com data de 8 de dezembro passado, Francisco
publicou uma Carta Apostólica a que deu o título de “Com Coração de Pai”. Nessa
Carta, são lembrados os traços da vida de São José transmitidos pelos
Evangelhos. Francisco afirma “falar da abundância do coração” para partilhar
connosco “algumas reflexões pessoais sobre esta figura
extraordinária, tão próxima da condição humana de cada um de nós”. Um homem que
apesar de ter uma presença quotidiana discreta e despercebida, tem um
protagonismo sem paralelo na história da salvação. E o Papa tem presente o
facto de, ao longo destes tempos de crise pandêmica, todos poderem “encontrar
em São José – o homem que passa despercebido, o homem da presença quotidiana
discreta e escondida – um intercessor, um amparo e um guia nos momentos de
dificuldade”. Dirigindo uma palavra de gratidão pelos seus serviços de tantos,
Francisco lembra que «as nossas vidas são tecidas e sustentadas por pessoas
comuns (habitualmente esquecidas), que não aparecem nas manchetes dos jornais e
revistas, nem nas grandes passarelas do último espetáculo, mas que hoje estão,
sem dúvida, a escrever os acontecimentos decisivos da nossa história: médicos,
enfermeiras e enfermeiros, trabalhadores dos supermercados, pessoal da limpeza,
curadores, transportadores, forças policiais, voluntários, sacerdotes,
religiosas e muitos – mas muitos – outros que compreenderam que ninguém se
salva sozinho. (…) Quantas pessoas dia a dia exercitam a paciência e infundem
esperança, tendo a peito não semear pânico, mas corresponsabilidade! Quantos
pais, mães, avôs e avós, professores mostram às nossas crianças, com pequenos
gestos do dia a dia, como enfrentar e atravessar uma crise, readaptando
hábitos, levantando o olhar e estimulando a oração! Quantas pessoas rezam, se imolam
e intercedem pelo bem de todos».
São José “foi sempre amado pelo povo cristão,
como prova o facto de lhe terem sido dedicadas numerosas igrejas por todo o
mundo; de muitos institutos religiosos, confrarias e grupos eclesiais se terem
inspirado na sua espiritualidade e adotado o seu nome; e de, há séculos, se
realizarem em sua honra várias representações sacras. Muitos Santos e Santas
foram seus devotos apaixonados”.
Seria interessante que as pessoas que têm o
nome de José ajudassem a promover a sua devoção, tomassem iniciativas neste ano
a ele dedicado, formassem grupos de reflexão, e, em vez de os pais darem aos
filhos nomes que nem os avós os sabem pronunciar, honrassem São José,
dando-lhes o seu nome e colocando-os sobre a sua proteção.
Antonino
Dias
Portalegre-Castelo
Branco, 05-02-2021.
++++
P. S. : No dia 11, dia de
Nossa Senhora de Lurdes, decorre o Dia Mundial do Doente. A Conferência Episcopal Portuguesa vai
assinalar este dia com uma Missa na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de
Fátima, às 11h00, presidida pelo Cardeal D. António Marto. Não tendo a presença
de pessoas, será transmitida pelos meios de comunicação social (Rádio
Renascença e TV Canção Nova) e digital (Santuário de Fátima e Agência
Ecclesia). Haverá também uma referência especial com uma
prece pelos profissionais de saúde e por todos os cuidadores formais e
informais que neste contexto estão na linha da frente na luta contra a pandemia
e no cuidado ao próximo. Aconselhamos a ler a
Mensagem do Papa Francisco para esse dia. Pode-o fazer neste link:
XXIX
Dia Mundial do Doente, 2021 | Francisco - vatican.va
****************
Nota
do Secretariado Geral da CEP
sobre
o processo de vacinação
A Conferência Episcopal
Portuguesa congratula-se com o início da vacinação para a Covid-19 em Portugal,
confiando na adesão de todos ao processo em curso para podermos recuperar da
situação pandémica que estamos a viver.
É essencial que a
vacina chegue a todos, com justiça, cuidado e transparência, começando pelos
mais vulneráveis, mas também pelas pessoas que, nas mais diversas instituições
sociais e de saúde, são fundamentais para o seu funcionamento.
Os ministros e
colaboradores da Igreja Católica em Portugal, sejam eclesiásticos ou leigos,
têm acesso à vacinação como qualquer outro cidadão e seguem as disposições
estabelecidas pelas autoridades competentes para as diversas fases deste
processo.
Reafirmamos o
necessário envolvimento de todos no combate à pandemia e a nossa certeza de que
nenhum outro interesse deve ser colocado acima dos esforços conjuntos que somos
chamados a fazer, para encontrar a melhor forma de utilizar os recursos que
temos e assim superar a pandemia.
Lisboa, 4 de fevereiro
de 2021
*****************
Comunicado
do Conselho Permanente da CEP face à aprovação da eutanásia
Os bispos portugueses exprimem a sua tristeza e
indignação diante da aprovação parlamentar da lei que autoriza a eutanásia e o
suicídio assistido. Essa tristeza e indignação são acrescidas pelo facto de se
legalizar uma forma de morte provocada no momento do maior agravamento de uma
pandemia mortífera, em que todos queremos empenhar-nos em salvar o maior número
de vidas, para tal aceitando restrições da liberdade e sacrifícios económicos
sem paralelo. É um contrassenso legalizar a morte provocada neste contexto,
recusando as lições que esta pandemia nos tem dado sobre o valor precioso da
vida humana, que a comunidade em geral e nomeadamente os profissionais de saúde
tentam salvar de modo sobrehumano. Salientamos que a lei aprovada poderá ainda
ser sujeita a fiscalização da constitucionalidade, por ofender o princípio da
inviolabilidade da vida humana consagrado na nossa Lei fundamental. Não podemos
aceitar que a morte provocada seja resposta à doença e ao sofrimento. Aceitar
que o seja é desistir de combater e aliviar o sofrimento e veicular a ideia
errada de que a vida marcada pela doença e pelo sofrimento deixa de merecer
proteção e se torna um peso para o próprio, para os que o rodeiam, para os
serviços de saúde e para a sociedade no seu todo. Não podemos nunca desistir de
combater e aliviar o sofrimento, físico, psicológico ou existencial, e aceitar
que a morte provocada seja resposta para essas situações. A resposta à doença e
ao sofrimento deverá ser, antes, a proteção da vida sobretudo quando ela é mais
frágil por todos os meios e, nomeadamente pelo acesso aos cuidados paliativos,
de que a maioria da população portuguesa está ainda privada. Para além da
política legislativa lesiva da dignidade de toda a vida humana, somos
confrontados com um retrocesso cultural sem precedentes, caraterizado pela
absolutização da autonomia e autodeterminação da pessoa. A ele temos de reagir
energicamente. Por isso, agora, mais do que nunca, reforçamos o nosso propósito
de acompanhar com solicitude e amor todos os doentes, em todas as etapas da sua
vida terrena e, de modo especial, na sua etapa final.
Lisboa, 29 de janeiro de 2021
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