quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

 

 

PARÓQUIAS DE NISA

 

 

Quinta-feira, 04 de fevereiro de 2021 

 

 

LITURGIA

 

Quinta-feira da semana IV

S. João de Brito, presbítero e mártir – MO
Vermelho – Ofício da memória.
Missa da memória.

L 1 Hebr 12, 18-19. 21-24; Sal 47 (48), 2-3a. 3b-4. 9. 10-11
Ev Mc 6, 7-13

* No Patriarcado de Lisboa – S. João de Brito, Padroeiro secundário da cidade de Lisboa – MO
* Na Ordem dos Carmelitas Descalços – Beato Maria Eugénio do Menino Jesus, presbítero – MF
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. José de Leonessa, presbítero, da I Ordem – MO
* Na Ordem de São Domingos – S. Catarina de Ricci, virgem – MO
* Na Companhia de Jesus – S. João de Brito, Patrono da Província Portuguesa – FESTA
* Na Congregação dos Missionários do Preciosíssimo Sangue – S. Maria de Mattias, Fundadora da Congregação das Irmãs Adoradoras do Preciosíssimo Sangue – MO
* Nos Missionários Combonianos do Coração de Jesus – S. João de Brito – FESTA

 

S. JOÃO DE BRITO, presbítero e mártir

 

Nota Histórica:

Nasceu em Lisboa (Portugal) no dia 1 de Março de 1647, de família nobre. Depois de uma piedosa adolescência, entrou na Companhia de Jesus e, ordenado sacerdote, embarcou para as missões da Índia, onde trabalhou no meio de grandes sofrimentos e perseguições, mas também com grande fruto apostólico. Foi de lá enviado à Europa como Procurador das Missões e de novo partiu para a Índia; no dia 4 de Fevereiro de 1693 alcançou a glória do martírio.

 

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Salmo 39, 10
Proclamei a vossa justiça na grande assembleia,
anunciei a vossa bondade e fidelidade, Senhor.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que fortalecestes com invencível constância o mártir São João de Brito para pregar a fé entre os povos da Índia, concedei-nos, por seus méritos e intercessão, que, celebrando a memória do seu triunfo, imitemos os exemplos da sua fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos ímpares) Hebr 12, 18-19.21-24
«Aproximastes-vos do monte Sião, da cidade do Deus vivo»


Leitura da Epístola aos Hebreus


Irmãos: Vós não vos aproximastes de uma realidade sensível, como os israelitas no monte Sinai: o fogo ardente, a nuvem escura, as trevas densas ou a tempestade, o som da trombeta e aquela voz tão retumbante que os ouvintes suplicaram que não lhes falasse mais. Era tão terrível o espetáculo que Moisés exclamou: «Estou aterrorizado e a tremer». Vós aproximastes-vos do monte Sião, da cidade do Deus vivo, a Jerusalém celeste, de muitos milhares de Anjos em reunião festiva, de uma assembleia de primogénitos inscritos no Céu, de Deus, juiz do universo, dos espíritos dos justos que atingiram a perfeição e de Jesus, mediador da nova aliança.


Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 47 (48), 2-3a.3b-4.9.10-11 (R. cf. 10)
Refrão: Recordamos, Senhor, a vossa misericórdia
no meio do vosso templo
. Repete-se

Grande é o Senhor e digno de louvor
na cidade do nosso Deus.
A sua montanha sagrada é a mais bela das montanhas,
a alegria de toda a terra. Refrão

O monte Sião, no extremo norte,
é a cidade do grande Rei.
Deus Se mostrou em seus palácios
um baluarte seguro. Refrão

Como nos contaram, assim o vimos,
na cidade do Senhor dos Exércitos,
na cidade do nosso Deus,
Deus a consolidou para sempre. Refrão

Recordamos, ó Deus, a vossa misericórdia
no interior do vosso templo.
Como o vosso nome, ó Deus,
assim o vosso louvor chega aos confins da terra. Refrão


ALELUIA Mt 5, 10
Refrão: Aleluia Repete-se
Bem-aventurados os que sofrem perseguição
por amor da justiça,
porque deles é o reino dos Céus. Refrão


EVANGELHO Mc 6, 7-17
«Começou a enviá-los»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos


Naquele tempo, Jesus chamou os doze Apóstolos e começou a enviá-los dois a dois. Deu-lhes poder sobre os espíritos impuros e ordenou-lhes que nada levassem para o caminho, a não ser o bastão: nem pão, nem alforge, nem dinheiro; que fossem calçados com sandálias, e não levassem duas túnicas. Disse-lhes também: «Quando entrardes em alguma casa, ficai nela até partirdes dali. E se não fordes recebidos em alguma localidade, se os habitantes não vos ouvirem, ao sair de lá, sacudi o pó dos vossos pés como testemunho contra eles». Os Apóstolos partiram e pregaram o arrependimento, expulsaram muitos demónios, ungiram com óleo muitos doentes e curaram-nos. Entretanto, o rei Herodes ouviu falar de Jesus, pois a sua fama chegara a toda a parte e dizia-se: «João Baptista ressuscitou dos mortos; por isso ele tem o poder de fazer milagres». Outros diziam: «É Elias». Outros diziam ainda: «É um profeta como os antigos profetas». Mas Herodes, ao ouvir falar de tudo isto, dizia: «João, a quem mandei cortar a cabeça, ressuscitou». De facto, Herodes mandara prender João e algemá-lo no cárcere, por causa de Herodíades, a esposa do seu irmão Filipe, que ele tinha tomado por sua mulher.

 
Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Recebei, Senhor, os dons que humildemente Vos apresentamos e concedei-nos, pelos méritos do vosso mártir São João de Brito, que sejamos configurados à paixão e morte do vosso Filho, para merecermos tomar parte na glória da sua ressurreição. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. 2 Tim 4, 8
O Senhor, justo juiz, me dará a coroa de glória.



ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor nosso Deus, que nestes santos mistérios nos dais uma vida nova, fazei que, imitando a admirável constância de São João de Brito, mereçamos alcançar o prémio eterno prometido aos que sofrem por vosso amor. Por Nosso Senhor.

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:

 

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 

 2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 2020.11.28

 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

 

 

LEITURAS : Hebr 12, 18-19.21-24: Estabelece-se aqui a comparação entre a manifestação de Deus no monte Sinai a Moisés e a atual situação da Igreja. Diferentemente do povo do Antigo Testamento, os cristãos têm agora acesso a Deus por Cristo. Sião é aqui a cidade de Deus, a Jerusalém celeste, onde se reúne a assembleia festiva dos eleitos, aqueles cujos nomes estão inscritos nos Céus e que, pelo Sangue de Jesus, o Cordeiro imolado e Mediador da nova Aliança, vivem, para sempre, na intimidade de Deus.



Mc 6, 7-17: A semelhança de S. João Baptista, o heroico missionário português foi martirizado precisamente por defender a unidade e indissolubilidade do matrimónio. Fiel à Palavra de Deus, durante toda a sua vida, S. João de Brito deu o supremo testemunho pela Verdade, morrendo por ela. «Agora espero padecer a morte por meu Deus e meu Senhor...
A culpa de que me acusam vem a ser que ensino a Lei de Deus Nosso Senhor... Quando a culpa é virtude, o padecer é glória» (Carta escrita do cárcere, na véspera da sua morte).

AGENDA DO DIA

 

18.00 horas: Celebração da Missa transmitida por facebook.

 

A VOZ DO PASTOR:

 

 

JOVENS, SE VOS CALARDES, GRITARÃO AS PEDRAS

Cruzes, abrenúncio!... Será mesmo que as pedras agora vão falar?!... Não?!... Mas olham que foi o Papa quem o recordou!... No tempo em que se andava descalço, as pedras nunca falavam, mas faziam falar quem nelas tropeçava, e que galanteios tão bem sonantes!...

Bem, com calma, vamos lá falar de algumas pedras famosas, mais famosas que a pedra de dois olhos em Vila Velha, Brasil. Com certeza que o leitor já alguma vez disse ou ouviu suspirar: “ai se estas pedras falassem!... Quantos segredos não teriam a revelar!... Quantas correções à história não se haveriam de fazer!...”. Até “as pedras das paredes gritarão vingança e as vigas do telhado te reprovarão”, diz Habacuc sobre quem constrói a casa (a vida) com dinheiro e materiais rapinados (cf. Hab 2,14). Com a sua serenidade de jovem feliz e empenhado, David, com uma pequena pedra na sua funda, fez os filisteus dar às de vila-diogo e defendeu a honra dos israelitas (1Sam 17, 49). João Batista, em pose de jovem zeloso, bravo e austero, salta do deserto a apelar à coerência de vida: “Porque eu vos digo: até destas pedras Deus pode fazer nascer filhos de Abraão” (Mt 3,8-9). Porque apedrejou, matou e desprezou o apelo dos profetas, Jesus chorou sobre a cidade de Jerusalém (Lc 19, 41-44), pois iria ser de tal forma espremida pelos seus inimigos que não ficaria pedra sobre pedra. E as pedras como que “falaram”, confirmando as palavras de Jesus: Jerusalém foi totalmente arrasada (Lc 21,6). Aquando da morte de Jesus, a própria natureza associou-se àquele triste mas solene pontifical da Cruz. As pedras do Calvário fenderam-se, como que “falaram” também elas, testemunhando a morte do Salvador. O oficial do exército arregalou os olhos e, boquiaberto, exclamou: “Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus!” (Mt 27, 54). Julgando-se exceção, os pides ou espiões do comportamento alheio, já de pedras na mão, apresentaram a Jesus uma senhora que, segundo as leis, deveria ser morta à pedrada. Jesus, com delicadeza, levou-os a reconhecer que eles eram muito piores do que ela, largaram as pedras e afastaram-se envergonhados. Paulo, ainda jovem safadinho, foi quem guardou os mantos de quem arregaçou as mangas para matar Santo Estevão à pedrada (At 7, 54-60). Essas pedras, porém, fizeram acordar muitos para o discipulado de Cristo, inclusive o próprio Paulo. Infelizmente, a pena de morte, por lapidação, ainda hoje é praticada em alguns países, sem que as pedras sejam capazes de mover os corações de pedra ou inverter a marcha e atingir quem as pedras manda usar. Entre nós, para exprimir a rudeza da fraca hospitalidade, usamos a expressão: “fui recebido de pedras na mão”! “Fui recebido à pedrada!”. Também há quem saiba “atirar pedras e esconder a mão”, o que, em bom português, de antes e depois do acordo ortográfico, se traduz por cobardia! Outros há que apedrejam com invenções, calúnias, intrigas, deturpações da verdade ou meias verdades, apenas para humilhar e denegrir, pensando que assim se elevam a si próprios. Também há quem manqueje “com pedras no sapato” contra alguém, com ou sem razão. Não falta quem viva na ilusão de colocar pedras sobre assuntos mal resolvidos. Mas muito, muito mais importante e proveitoso, é que haja cada vez mais gente que goste de “sopa da pedra”, isso é que sim, dá cor e genica!.

Na entrega dos símbolos das Jornadas Mundiais da Juventude aos jovens de Portugal, em 22 de novembro passado, o Papa Francisco disse-lhes: “Queridos jovens, gritai com a vossa vida que Cristo vive, que Cristo reina, que Cristo é o Senhor! Se vos calardes, garanto-vos que gritarão as pedras!” (cf. Lc 19, 40). Mas será mesmo que o Papa fez acordar as pedras e vão falar?

Bem, tudo seria possível. Aquele que tudo criou e pode, bem poderia ordenar que as pedras falassem. Mas não é isso que está em causa. Falar é uma prerrogativa humana, dotada de inteligência, vontade e capacidade para amar, pensar e comunicar. O Senhor criou-nos à sua imagem e semelhança, fez de nós pedras vivas da sua Igreja, uma Igreja edificada sobre a Pedra firme que é Pedro, sendo Cristo a Pedra angular. Chamou-nos, confiou em nós, enviou-nos em seu nome, sem pedras na mão, mas com a certeza da sua presença para nos ajudar a saltar, contornar ou retirar as pedras do caminho! Ele é a plenitude da Vida, assim se apresentou quando mandou retirar a pedra do sepulcro de Lázaro! (Jo 11, 41). As mulheres que queriam ungir o corpo de Jesus morto, pelo caminho perguntavam-se quem é que lhes iria retirar a pedra do sepulcro, pois era grande e pesada para as suas forças. Porque não desistiram perante a dificuldade, o milagre deu-se, encontraram a pedra removida e foi excelente o raiar daquela madrugada (Mc 16,4).

Seguros nas nossas capacidades, nem sempre queremos perceber o amor e os sinais que o Senhor nos dá para nos chamar à pedra!... Facilmente viramos resmungões. O Senhor, porém, deve rir-se destas nossas subtilezas, mas não desiste de nós, serve-se de tudo, às vezes de coisas insignificantes, impensáveis, estranhas até. A título de exemplo, recordo o que aconteceu a Balaão quando teimava em seguir por caminho errado. A sua jumenta - ora vejam lá! -, a sua jumenta viu primeiro do que ele que por aí é que não deveria ir, e não foi, deitou-se debaixo do assanhado Balaão. Acasmurrado com tão asinina atitude, logo pulou, de bastão na mão, furioso, a zurzir nos costados da pobre e fiel burrita. Com ameaças de morte, despejou nela uma forte carga de porrada em três atos de furibunda e intervalada raiva. A façanha durou tanto tempo quanto Balaão precisou para ver e reconhecer os sinais que Deus lhe dava para que mudasse de rumo e não se encaminhasse para a morte. Se fosse hoje, não se esquivaria dos tribunais humanos do bom senso, nem da impertinência dos caçadores de notícias quais abelhas à volta da colmeia com perguntas de lhe moer o toutiço, tampouco faltaria quem dissesse que ele é que merecia um arraial de pancadaria a colocá-lo entre a cruz e a caldeirinha!... (cf. Nm 22, 1-41).

Aquela frase, recordada pelo Santo Padre aos jovens, é uma bonita forma de exprimir a força e a certeza de que a vontade de Deus não pode ser calada. Essa expressão situa-se no contexto da entrada solene de Jesus em Jerusalém. O povo acompanhava e aclamava Jesus, maravilhado com o que Ele dizia e fazia. A multidão, de ramos na mão e capas pelo chão, aclamava-o entusiasticamente. Os fariseus, assaltados por uma terrível dor de cotovelo, ficaram com ciúmes, não viram com bons olhos esse entusiasmo do povo, reconhecendo Jesus como o Messias. No entanto, se incomodados com a aclamação e adesão do povo a Jesus, eles não tinham coragem para agir, sabiam as consequências se o viessem a fazer. Então, com cara de caso e de quem manda, dirigiram-se a Jesus para que Ele repreendesse os seus discípulos e acabasse com toda aquela festiva algazarra: “Mestre, repreende os teus discípulos”. Jesus, porém, respondeu: “Eu vos digo, se eles se calarem, as pedras gritarão” (Lc 19, 35-40). Não era que isso fosse acontecer, mas a sua hora é que tinha chegado e ninguém a poderia silenciar. O entusiasmo do povo era inevitável, tinha chegado a hora de Jesus se manifestar, Ele era o enviado de Deus, o Messias, aquele de quem as Escrituras falavam. Ninguém o poderia esconder, ninguém o poderia calar, nem que fosse necessário que as pedras gritassem.

Essa Hora e Hoje de Jesus é também o nosso hoje. Por isso, caro jovem e menos jovem, não te canses de gritar com a tua vida “que Cristo vive, que Cristo reina, que Cristo é o Senhor!” (cf. Lc 19, 40). “Proclama a Palavra, insiste, no tempo oportuno e inoportuno, refuta, adverte, exorta com toda a paciência e doutrina. Pois virá um tempo em que alguns não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, desejosos de ouvir novidades, rodear-se-ão de mestres a seu bel-prazer. Desviarão os ouvidos da verdade, orientando-se para as fábulas” (2Tm 4, 2-5).

Se, com Deus, até das pedras podem nascer filhos de Abraão, os filhos de Abraão, sem Deus, podem virar em pedras. Tudo o que o homem é e tem, tem-no e é por graça de Deus. Por isso, aquele que se gloria, glorie-se no Senhor, diz São Paulo.

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 29-01-2021.

 

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Comunicado do Conselho Permanente da CEP face à aprovação da eutanásia

Os bispos portugueses exprimem a sua tristeza e indignação diante da aprovação parlamentar da lei que autoriza a eutanásia e o suicídio assistido. Essa tristeza e indignação são acrescidas pelo facto de se legalizar uma forma de morte provocada no momento do maior agravamento de uma pandemia mortífera, em que todos queremos empenhar-nos em salvar o maior número de vidas, para tal aceitando restrições da liberdade e sacrifícios económicos sem paralelo. É um contrassenso legalizar a morte provocada neste contexto, recusando as lições que esta pandemia nos tem dado sobre o valor precioso da vida humana, que a comunidade em geral e nomeadamente os profissionais de saúde tentam salvar de modo sobrehumano. Salientamos que a lei aprovada poderá ainda ser sujeita a fiscalização da constitucionalidade, por ofender o princípio da inviolabilidade da vida humana consagrado na nossa Lei fundamental. Não podemos aceitar que a morte provocada seja resposta à doença e ao sofrimento. Aceitar que o seja é desistir de combater e aliviar o sofrimento e veicular a ideia errada de que a vida marcada pela doença e pelo sofrimento deixa de merecer proteção e se torna um peso para o próprio, para os que o rodeiam, para os serviços de saúde e para a sociedade no seu todo. Não podemos nunca desistir de combater e aliviar o sofrimento, físico, psicológico ou existencial, e aceitar que a morte provocada seja resposta para essas situações. A resposta à doença e ao sofrimento deverá ser, antes, a proteção da vida sobretudo quando ela é mais frágil por todos os meios e, nomeadamente pelo acesso aos cuidados paliativos, de que a maioria da população portuguesa está ainda privada. Para além da política legislativa lesiva da dignidade de toda a vida humana, somos confrontados com um retrocesso cultural sem precedentes, caraterizado pela absolutização da autonomia e autodeterminação da pessoa. A ele temos de reagir energicamente. Por isso, agora, mais do que nunca, reforçamos o nosso propósito de acompanhar com solicitude e amor todos os doentes, em todas as etapas da sua vida terrena e, de modo especial, na sua etapa final.

Lisboa, 29 de janeiro de 2021

 

 

 

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