PARÓQUIAS
DE NISA
Terça-feira,
05 de janeiro de 2021
LITURGIA
Terça-feira
depois da Epifania
Branco – Ofício da
féria.
Missa da féria, pf. da Epifania ou do Natal.
L 1 1 Jo 4, 7-10; Sal 71 (72), 2. 3-4ab. 7-8
Ev Mc 6, 34-44
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – B. Diogo José de Cádiz, presbítero,
da I Ordem – MF
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – S. Carlos Houben, presbítero – MO
* Na Congregação do Santíssimo Redentor – S. João Nepomuceno Neumann, bispo –
FESTA
Missa
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 117,
26-27
Bendito o que vem em nome do Senhor.
O Senhor fez brilhar sobre nós a sua luz.
ORAÇÃO COLECTA
Deus omnipotente, cujo Filho Unigénito Se manifestou aos homens na realidade da
nossa natureza, concedei-nos que, reconhecendo-O exteriormente semelhante a
nós, sejamos por Ele interiormente renovados. Ele que é Deus convosco na
unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Jo 4, 7-10
«Deus é amor»
Leitura da
Primeira Epístola de São João
Caríssimos: Amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus e todo aquele
que ama nasceu de Deus e conhece a Deus. Quem não ama não conhece a Deus,
porque Deus é amor. Assim se manifestou o amor de Deus para connosco: Deus
enviou ao mundo o seu Filho Unigénito, para que vivamos por Ele. Nisto consiste
o seu amor: não fomos nós que amámos a Deus, mas foi Ele que nos amou e nos
enviou o seu Filho como vítima de expiação pelos nossos pecados.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 71 (72),
2.3-4ab.7-8. (R. cf. 11)
Refrão: Virão adorar-Vos, Senhor, todos
os povos da terra. Refrão
Deus, concedei ao rei o poder de julgar
e a vossa justiça ao filho do rei.
Ele governará o vosso povo com justiça
e os vossos pobres com equidade. Refrão
Os montes trarão a paz ao povo
e as colinas a justiça.
Ele fará justiça aos humildes
e salvará os indigentes. Refrão
Florescerá a justiça nos seus dias
e uma grande paz até ao fim dos tempos.
Ele dominará de um ao outro mar,
do grande rio até aos confins da terra. Refrão
ALELUIA Lc 4, 18
Refrão: Aleluia Repete-se
O Senhor enviou-me a anunciar aos pobres a boa nova,
a proclamar aos cativos a redenção. Refrão
EVANGELHO Mc 6, 34-44
Ao multiplicar os pães, Jesus manifestou-Se como profeta
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, Jesus viu uma grande multidão e compadeceu-se deles, porque eram
como ovelhas sem pastor. Começou então a ensiná-los demoradamente. Como a hora
ia já muito adiantada, os discípulos aproximaram-se de Jesus e disseram-Lhe: «O
local é deserto e a hora já vai adiantada. Manda-os embora, para irem aos
casais e aldeias mais próximas comprar de comer». Jesus respondeu-lhes:
«Dai-lhes vós mesmos de comer». Disseram-Lhe eles: «Havemos de ir comprar
duzentos denários de pão, para lhes darmos de comer?» Jesus perguntou-lhes:
«Quantos pães tendes? Ide ver». Eles foram verificar e responderam: «Temos
cinco pães e dois peixes». Ordenou-lhes então que os fizessem sentar a todos,
por grupos, sobre a verde relva. Eles sentaram-se, repartindo-se em grupos de
cem e de cinquenta. Jesus tomou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos
ao Céu e pronunciou a bênção. Depois partiu os pães e foi-os dando aos
discípulos, para que eles os distribuíssem. Repartiu por todos também os
peixes. Todos comeram até ficarem saciados; e encheram ainda doze cestos com os
pedaços de pão e de peixe. Os que comeram dos pães eram cinco mil homens.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai benignamente, Senhor, os dons da vossa Igreja, para que receba
nestes santos mistérios os bens em que pela fé acredita. Por Nosso Senhor Jesus
Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Ef 2, 4; Rom 8, 3
Deus amou-nos com amor infinito.
Por isso enviou o seu Filho ao mundo
com uma natureza semelhante à do homem pecador.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus de infinita bondade, que, pela participação neste sacramento, vindes ao
nosso encontro, fazei-nos sentir os seus frutos de santidade, para que o dom
recebido nos disponha a recebê-lo cada vez melhor. Por Nosso Senhor Jesus
Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua
vida” 2020.11.28
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS – 1
Jo 4, 7-10: Deus é a fonte do amor. Deus ama os
homens, ama o seu povo, manifestou este amor desde sempre, mas foi sobretudo ao
enviar ao mundo o seu Filho que Ele manifestou este amor. A grande Manifestação
que a Epifania celebra é em última análise a do amor de Deus, amor que se
revela tanto maior quanto é verdade que o Filho de Deus veio para os homens
quando eles ainda eram pecadores, não purificados pelo Sangue do Salvador.
EVANGELHO
Mc 6, 34-44: Estamos
no tempo da Epifania, da Manifestação do Senhor, isto é, das manifestações de
Jesus que O revelam como Filho de Deus e Deus Ele mesmo. Hoje Jesus
manifesta-Se Senhor da própria natureza, cujas leis estão nas suas mãos;
manifesta-Se como o novo Moisés, ao alimentar o povo no deserto, ao ter
compaixão das multidões, guiando-as como Pastor e instruindo-as como Mestre. ade, conversão, vida toda iluminada
pela luz que Ele nos trouxe e que d’Ele para nós irradia.
AGENDA DO DIA
10.00 horas: Funeral em
Gáfete
18.00 horas: Missa em
Alpalhão
18.00 horas: Missa em
Nisa.
A VOZ DO PASTOR:
A CULTURA DO CUIDADO E O DOM DA PAZ
Ano novo vida nova, para todos e em toda a parte, sem
exceção, com muita saúde, alegria e paz! O ano 2020 causou muitos estragos e
dissabores. Embora a ciência esteja a indicar a porta de saída a essa coisa a
que se deu o nome de Covid-19, é de prever que, enquanto não a obrigarem a
fazer as malas e a partir definitivamente, ainda vá continuar a esgotar quem a
combate, a fazer perder mais vidas, a forçar a porta para entrar e fazer
sofrer, a prejudicar a economia, a cultura, o emprego, a alegria, a liberdade,
o convívio, a vida. Todos alimentamos a esperança de que a vacina a consiga
vencer e varrer, e que, quem de direito, garanta o acesso de todos à vacina,
promovendo a cultura do cuidado por esse mundo além, sem exceção de pessoa e
lugar.
Para este primeiro dia do ano, Dia Litúrgico de Santa
Maria Mãe de Deus e Dia Mundial da Paz, o Papa Francisco escolheu como tema «a
cultura do cuidado como percurso de paz». Entende que a cultura do cuidado, “enquanto compromisso
comum, solidário e participativo para proteger e promover a dignidade e o bem
de todos, enquanto disposição a interessar-se, a prestar atenção, disposição à
compaixão, à reconciliação e à cura, ao respeito mútuo e ao acolhimento
recíproco, constitui uma via privilegiada para a construção da paz”. É mais um contributo do Papa “para erradicar a cultura
da indiferença, do descarte e do conflito, que hoje muitas vezes parece
prevalecer”. Se em todas as tradições religiosas há referências à origem do
homem, “à sua relação com o Criador, com a natureza e com os seus semelhantes”,
também na Bíblia, desde o início, “já estava contida a convicção atual de que
tudo está inter-relacionado e o cuidado autêntico da nossa própria vida e das
nossas relações com a natureza é inseparável da fraternidade, da justiça e da
fidelidade aos outros», acentua o Papa, para quem “a paz e a violência não
podem habitar na mesma morada” e “o auge da compreensão bíblica da justiça se
manifesta na forma como uma comunidade trata os mais frágeis no seu seio”.
A própria vida e o ministério de Jesus foram pautados
pelo gosto de cuidar e ensinar a cuidar dos outros, sobretudo dos mais frágeis,
até culminar na doação de si próprio, por todos, na Cruz. Cumpriu plenamente a
missão que o amor do Pai pela humanidade lhe confiou e abriu-nos “o caminho do
amor e disse a cada um: ‘Segue-Me! Faz tu também o mesmo’ (cf. Lc 10,
37).
As obras de misericórdia espirituais e corporais e o
serviço social da Igreja, que existe desde as origens e tem sido enriquecido ao
longo dos tempos, proporcionam “a todas as pessoas de boa vontade um precioso
património de princípios, critérios e indicações, donde se pode haurir a
‘gramática’ do cuidado: a promoção da dignidade de toda a pessoa humana, a
solidariedade com os pobres e indefesos, a solicitude pelo bem comum e a
salvaguarda da criação”.
Além disso, “o conceito de pessoa, que surgiu e
amadureceu no cristianismo, ajuda a promover um desenvolvimento plenamente
humano. Porque a pessoa exige sempre a relação e não o individualismo, afirma a
inclusão e não a exclusão, a dignidade singular, inviolável e não a
exploração”. Da dignidade da pessoa “derivam os direitos humanos, bem como
os deveres, que recordam, por exemplo, a responsabilidade de acolher e socorrer
os pobres, os doentes, os marginalizados, o nosso ‘próximo, vizinho ou distante
no espaço e no tempo’.
Francisco fala, pois, de Deus como modelo do cuidado,
do cuidado no ministério de Jesus, da cultura do cuidado na vida dos seguidores
de Jesus, dos princípios da doutrina social da Igreja como base da cultura do
cuidado, do cuidado como promoção da dignidade e dos direitos da pessoa, do
cuidado pelo bem comum, do cuidado através da solidariedade, do cuidado e da
salvaguarda da criação. E desafia “os responsáveis das Organizações
internacionais e dos Governos, dos mundos económico e científico, da comunicação
social e das instituições educativas a pegarem nesta ‘bússola’ dos princípios
acima lembrados para dar um rumo comum ao processo de globalização,
‘um rumo verdadeiramente humano’. Este rumo “permitiria estimar o valor e
a dignidade de cada pessoa, agir conjunta e solidariamente em prol do bem
comum, aliviando quantos padecem por causa da pobreza, da doença, da
escravidão, da discriminação e dos conflitos”.
Através desta bússola, Francisco encoraja “todos a
tornarem-se profetas e testemunhas da cultura do cuidado, a fim de preencher
tantas desigualdades sociais”, coisa que só será possível “com um forte e
generalizado protagonismo das mulheres na família e em todas as esferas
sociais, políticas e institucionais”.
Mas esta bússola dos princípios sociais, necessária
para promover a cultura do cuidado, “vale também para as relações entre as
nações, que deveriam ser inspiradas pela fraternidade, o respeito mútuo, a
solidariedade e a observância do direito internacional”, reafirmando “a
proteção e a promoção dos direitos humanos fundamentais, que são inalienáveis,
universais e indivisíveis”.
A promoção da cultura do cuidado requer
um processo educativo que nasce na família e se prolonga na escola,
na universidade, nos meios da comunicação social, no papel das religiões na
medida em que transmitem aos fiéis e à sociedade os “valores da solidariedade,
do respeito pelas diferenças, do acolhimento e do cuidado dos irmãos mais
frágeis”.
Para todos os leitores, ao iniciarmos o Novo Ano,
torno presente a bênção da primeira leitura da Solenidade de Santa Maria Mãe de
Deus: “O Senhor te abençoe e proteja. O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face
e te seja favorável. O Senhor volte para ti os seus olhos e te conceda a paz”.
Que a Sagrada Família de Nazaré proteja todas as
famílias e a todas ajude a compreender o verdadeiro valor e beleza da família,
o seu caráter sagrado e inviolável, o seu valor como berço da vida e primeira
instância educativa na cultura do cuidado, bem como o seu importante papel no
âmbito da solidariedade social.
Por iniciativa do Papa Francisco, desde o dia 8 de
dezembro passado, Dia da Imaculada Conceição, até 8 de dezembro de 2021,
estamos a viver um especial Ano dedicado a São José, comemorando os 150 anos
desde que foi proclamado Patrono da Igreja Católica. De 19 de março de 2021,
Dia de São José, até 26 de junho de 2022, acumularemos a vivência de um Ano
“Família Amoris Laetitia”, para avaliar e continuar a promover a receção da
Carta Apostólica Amoris Laetitia, publicada por Francisco há cinco anos.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 31-12-2020.
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