quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

 

 

PARÓQUIAS DE NISA

 

Sexta-feira, 15 de janeiro de 2021 

 

 

LITURGIA

 

 

Sexta-feira da semana I

Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).

L 1 Hebr 4, 1-5. 11; Sal 77 (78), 3 e 4bc. 6c-7. 8
Ev Mc 2, 1-12

* Na Diocese de Angra – S. Amaro, abade – MO
* Na Arquidiocese de Braga – S. Amaro, abade – MO
* Na Diocese de Viana do Castelo – S. Amaro, abade – MO
* Na Ordem Beneditina – SS. Amaro e Plácido, discípulos de S. Bento – MO
* Na Ordem de Cister e na Ordem Cisterciense da Estrita Observância – SS. Amaro e Plácido, discípulos de S. Bento, monges – MO
* Na Congregação dos Missionários do Verbo Divino – S. Arnaldo Janssen, presbítero, fundador das Congregações do Verbo Divino, das Irmãs Missionárias Servas do Espírito Santo e das Irmãs Servas do Espírito Santo da Adoração Perpétua – SOLENIDADE
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – Ofício e Missa votivos da Paixão.
* Na Congregação Salesiana – B. Luís Variara, presbítero – MO; no Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora e no Instituto Secular Voluntários de D. Bosco – MF
* Na Ordem Franciscana (Convento de Coimbra) – I Vésp. dos SS. Berardo e Companheiros.

 

MISSA

 

ANTÍFONA DE ENTRADA
Sobre um trono elevado vi sentado um homem,
que uma multidão de Anjos adora, cantando em coro:
Eis Aquele que reina eternamente.


ORAÇÃO COLECTA
Atendei, Senhor, as orações do vosso povo;
dai-lhe luz para conhecer a vossa vontade
e coragem para a cumprir fielmente.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos ímpares) Hebr 4, 1-5.11
«Esforcemo-nos por entrar nesse repouso»


A passagem do salmo 94 citada na leitura de ontem falava de ‘repouso’, como termo da caminhada do povo de Deus. Este repouso, que foi para os israelitas do Antigo Testamento a Terra Prometida, é, para a Igreja do Novo Testamento, a pátria celeste, onde Jesus entrou pela sua passagem pascal. A leitura exorta-nos a sermos fiéis à Boa Nova que recebemos, para que não nos aconteça como aconteceu a muitos do antigo povo de Deus, que, por causa da sua infidelidade, não chegaram a entrar no repouso da Terra da Promessa.

Leitura da Epístola aos Hebreus


Irmãos: Embora se mantenha a promessa de entrar no repouso de Deus, devemos recear que algum de vós corra o risco de ficar excluído. Também nós recebemos a boa nova, como os nossos pais. Mas a palavra que eles ouviram de nada lhes serviu, por não estarem unidos pela fé àqueles que a ouviram. Na verdade, nós que abraçamos a fé, entramos no repouso de que Deus falou, ao dizer:: «Porque Eu jurei na minha ira: não entrarão no meu repouso». De facto, as obras de Deus estavam concluídas desde a criação do mundo, pois em certa passagem falou assim do sétimo dia: «Ao sétimo dia Deus repousou de todas as suas obras»; e noutro lugar: «Não entrarão no meu repouso». Apressemo-nos, portanto, a entrar nesse repouso, para que ninguém sucumba, imitando aquele exemplo de desobediência.


Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 77 (78), 3 e 4bc.6c-7.8 (R. cf. 7c)
Refrão: Não esqueçais as obras de Deus. Repete-se

O que ouvimos e aprendemos
e nossos pais nos contaram,
narraremos à geração futura:
o poder do Senhor e as suas maravilhas. Refrão

Ergam-se e transmitam a seus filhos
para que ponham em Deus a sua confiança
e não esqueçam as obras do Senhor,
mas guardem os seus mandamentos. Refrão

Para que não sejam como seus pais,
geração rebelde e obstinada,
que não teve coração recto
nem espírito fiel a Deus. Refrão


ALELUIA Lc 7, 16
Refrão: Aleluia Repete-se
Apareceu entre nós um grande profeta:
Deus visitou o seu povo. Refrão


EVANGELHO Mc 2, 1-12
«O Filho doo homem tem na terra o poder de perdoar os pecados»


O perdão dos pecados anda sempre ligado à Boa Nova do Reino de Deus. O perdão dos pecados é a primeira libertação de que o homem precisa para poder sair do círculo fechado em que o Mal (o Maligno, diria S. João) o envolve e o angustia. O primeiro efeito do anúncio da Boa Nova será levar o homem, à luz da Palavra de Deus, a reconhecer-se pecador, a reconhecer o amor de Deus e a decidir-se a pedir-Lhe perdão.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos


Quando Jesus entrou de novo em Cafarnaum e se soube que Ele estava em casa, juntaram-se tantas pessoas que já não cabiam sequer em frente da porta; e Jesus começou a pregar-lhes a palavra. Trouxeram-Lhe um paralítico, transportado por quatro homens; e, como não podiam levá-lo até junto d’Ele, devido à multidão, descobriram o teto, por cima do lugar onde Ele Se encontrava e, feita assim uma abertura, desceram a enxerga em que jazia o paralítico. Ao ver a fé daquela gente, Jesus disse ao paralítico: «Filho, os teus pecados estão perdoados». Estavam ali sentados alguns escribas, que assim discorriam em seus corações: «Porque fala Ele deste modo? Está a blasfemar. Não é só Deus que pode perdoar os pecados?». Jesus, percebendo o que eles estavam a pensar, perguntou-lhes: «Porque pensais assim nos vossos corações? Que é mais fácil? Dizer ao paralítico ‘Os teus pecados estão perdoados’ ou dizer ‘Levanta-te, toma a tua enxerga e anda’? Pois bem. Para saberdes que o Filho do homem tem na terra o poder de perdoar os pecados, ‘Eu te ordeno – disse Ele ao paralítico – levanta-te, toma a tua enxerga e vai para casa’». O homem levantou-se, tomou a enxerga e saiu diante de toda a gente, de modo que todos ficaram maravilhados e glorificavam a Deus, dizendo: «Nunca vimos coisa assim».


Palavra da salvação.



ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai benignamente, Senhor, a oblação do vosso povo
e fazei que ela santifique a nossa vida
e torne eficaz a nossa oração.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 35, 10
Em Vós, Senhor, está a fonte da vida: na vossa luz veremos a luz.

Ou Jo 10, 10
Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância, diz o Senhor.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus todo-poderoso,
que nos alimentais com os vossos sacramentos,
dai-nos a graça de Vos servir com uma vida santa.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

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SAL 15 de Janeiro

SANTO ARNALDO JANSSEN
PRESBÍTERO E FUNDADOR

Solenidade

 

 

ANTÍFONA DE ENTRADA

Recebereis a força do Espírito Santo, que descerá sobre vós,
e sereis minhas testemunhas até aos confins da terra.

 

Diz-se o glória.

 

ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus,

que por meio do vosso Verbo Encarnado,
realizais a reconciliação do género humano,
concedei-nos, propício, que,

pela intercessão de Santo Arnaldo, presbítero,

todos os povos, mediante a luz do Verbo e o Espírito da graça,
sejam libertados das trevas do pecado

e encontrem o caminho da salvação.

Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho

que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

Leitura do Livro de Isaías

Como são belos sobre os montes

os pés do mensageiro que anuncia a paz,

que traz a boa nova, que proclama a salvação
e diz a Sião: «O teu Deus é rei».

Eis o grito das tuas sentinelas que levantam a voz.
Todas juntas soltam brados de alegria,

porque veem com os próprios olhos

o Senhor que volta para Sião.

Rompei todas em brados de alegria, ruínas de Jerusalém,
porque o Senhor consola o seu povo,

resgata Jerusalém.

O Senhor descobre o seu santo braço à vista de todas as nações,
e todos os confins da terra verão a salvação do nosso Deus.

 

Palavra do Senhor.


 


SALMO RESPONSORIAL


Refrão: Anunciai em todos os povos as maravilhas do Senhor.
ou: Ide e ensinai todas as nações

Cantai ao Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor, terra inteira,

cantai ao Senhor, bendizei o seu nome.

 

Anunciai dia a dia a sua salvação,
publicai entre as nações a sua glória,
em todos os povos as suas maravilhas.

 Dai ao Senhor, ó família dos povos,
dai ao Senhor glória e poder,

dai ao Senhor a glória do seu nome.

 

Adorai o Senhor com ornamentos sagrados,
trema diante d'Ele a terra inteira;

dizei entre as nações: «O Senhor é rei»,.

 

Ef 3, 8-12.14-19
«Anunciar aos gentios a insondável riqueza de Cristo»

 

 II LEITURA

 

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios

Irmãos:

 

A mim, o último de todos os cristãos,

foi concedida a graça de anunciar aos gentios
a insondável riqueza de Cristo

e de manifestar a todos

como se realiza o mistério escondido,
desde toda a eternidade,

em Deus, criador de todas as coisas.
E agora é por meio da Igrej a

que se dá a conhecer aos principados e potestades celestes
a multiforme sabedoria de Deus,

realizada, conforme o seu eterno desígnio.

em Jesus Cristo, Nosso Senhor.

Assim, é pela fé em Cristo

que podemos aproximar-nos de Deus com toda a confiança.
Por isso, dobro os joelhos diante do Pai,

de quem recebe o nome

toda a paternidade nos céus e na terra,

para que Se digne, segundo as riquezas da sua glória,
armar-vos poderosamente pelo seu Espírito,

para que se fortifique em vós o homem interior

e Cristo habite pela fé em vossos corações.

Assim, profundamente enraizados na caridade,
podereis compreender, com todos os cristãos,

a largura, o comprimento, a altura e a profundidade
do amor de Cristo,

que ultrapassa todo o conhecimento,

e assim sejais totalmente saciados na plenitude de Deus.

 

Palavra do Senhor.

 

ALELUIA           cf. 1 Tim 3, I

Refrão: Aleluia. Repete-se

Glória a Vós, Cristo, Verbo Divino;

Glória a Vós, Cristo, proclamado às nações. Refrão

 

EVANGELHO

Jo 1, 1-5.9-1416- 18

 

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

No princípio era o Verbo

e o Verbo estava com Deus
e o Verbo era Deus.

No princípio, Ele estava com Deus.
Tudo se fez por meio d'Ele

e sem Ele nada foi feito.

N' Ele estava a vida

e a vida era a luz dos homens.
A luz brilha nas trevas

e as trevas não a receberam.
O Verbo era a luz verdadeira,

que, vindo ao mundo, ilumina todo o homem.
Estava no mundo

e o mundo, que foi feito por Ele, não O conheceu.
Veio para o que era seu

e os seus não O receberam.

Mas, àqueles que O receberam e acreditaram no seu nome,
deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus.

Estes não nasceram do sangue,

nem da vontade da carne, nem da vontade do homem,
mas de Deus.

E o Verbo fez-Se carne e habitou entre nós.
Nós vimos a sua glória,

glória que Lhe vem do Pai como Filho U nigénito,
cheio de graça e de verdade.

Foi da sua plenitude que todos nós recebemos
graça sobre graça.

Porque, se a Lei foi dada por meio de Moisés,

a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo.
A Deus, nunca ninguém O viu.

O Filho Unigénito, que está no seio do Pai,
é que O deu a conhecer.

 

Palavra da salvação.

 

Diz-se o Credo.

 

ORAÇÃO UNIVERSAL

 

Irmãs e irmãos:

Oremos ao Bom Pastor

Que entregou a vida pelas suas ovelhas,
Para que dê pastores santos à Igreja

E nos guie nos caminhos da verdade,
Dizendo (ou: cantando):

 

R. Guiai-nos, Senhor, no caminho da vida.
Ou: Ouvi-nos, Senhor.

Ou: Senhor, aumentai a nossa fé.

 

Pela Igreja una, santa e apostólica,

para que Deus a proteja com o auxílio de Santo Arnaldo Janssen,
e a conduza às verdadeiras alegrias,

oremos.

 

Pelo Papa N. e por todos os pastores,

para que instruam os cristãos com a palavra

e os fortaleçam com o testemunho das suas vidas,
oremos.

Por todos os fiéis e catecúmenos

e pelos responsáveis de grupos e movimentos,
para que progridam no caminho da salvação,
oremos.

 

Por aqueles a quem a vida desorientou
depois de terem conhecido o Evangelho,
para que voltem a professar a fé em Cristo,
oremos.

 

Pelos missionários, religiosas e irmãos leigos
que trabalham nos países de missão,

para que sejam modelos do rebanho que lhes foi confiado,
oremos.

 

Pelos membros desta assembleia celebrante,
para que sigam a Cristo, Bom Pastor,

e escutem a sua voz com alegria,

oremos.

 

(Outras intenções).

 

Deus de misericórdia,

ouvi com bondade os vossos servos

e, por intercessão de Santo Arnaldo J anssen,
concedei -lhes as graças que Vos pedem.

Por Cristo, nosso Senhor.

 

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS

 

Senhor, colocamos sobre o altar as oferendas;
sejam elas recebidas pelo Espírito Santo,

a cujo serviço Santo Arnaldo se consagrou inteiramente.
Por Nosso Senhor. 

 

PREFÁCIO

Testemunha da Palavra de Deus e da missão da Igreja

V.  O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.

V. Corações ao alto.

R. O nosso coração está em Deus.

V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação.

Senhor, Pai Santo, Deus eterno e omnipotente,

é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação
dar-Vos graças, sempre e em toda a parte,

por Cristo, nosso Senhor.

Vós nos dais hoje a alegria de celebrar a solenidade de Santo Arnaldo,
sacerdote segundo o vosso coração e servo da vossa palavra.

Na sua fé inabalável,

Vós nos ofereceis uma luz para os nossos passos.

No seu amor fiel, Vós nos mostrais o caminho do Evangelho,
que une raças, culturas e nações.

Inspirado por Vós,

ele enviou missionários para todo o mundo
a fim de realizar a missão da Igreja

e proclamar também aos não crentes

as riquezas insondáveis de Cristo

e a sua participação na herança eterna.

Por isso, com a multidão dos Anjos,
que celebram a vossa divina majestade,

nós Vos adoramos e bendizemos com alegria,
cantando numa só voz:

Santo, Santo, Santo ...

 

ANTÍFONA DA COMUNHÃO

Eu glorifiquei-Te sobre a terra,

consumando a obra que me encarregaste de realizar.

Manifestei o teu nome aos homens que, do meio do mundo, me deste.

 

Ou

 

O Verbo fez-Se carne e veio habitar entre nós.
E nós contemplámos a sua glória,

a glória que possui como Filho Unigénito do Pai,
cheio de graça e de verdade.

 

ANTÍFONA DA COMUNHÃO

Eu glorifiquei-Te sobre a terra,

consumando a obra que me encarregaste de realizar.

Manifestei o teu nome aos homens que, do meio do mundo, me deste.

Ou

O Verbo fez-Se carne e veio habitar entre nós.
E nós contemplámos a sua glória,

a glória que possui como Filho Unigénito do Pai,
cheio de graça e de verdade.

 

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor,

o alimento que recebemos produza em nós os seus frutos,

para que, seguindo o exemplo e os ensinamentos de Santo Arnaldo,
possamos arder de amor pelo vosso Verbo Encarnado.

Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:

 

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 

 2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 2020.11.28

 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

 

 

LEITURAS –  Hebr 4, 1-5.11 :A passagem do salmo 94 citada na leitura de ontem falava de ‘repouso’, como termo da caminhada do povo de Deus. Este repouso, que foi para os israelitas do Antigo Testamento a Terra Prometida, é, para a Igreja do Novo Testamento, a pátria celeste, onde Jesus entrou pela sua passagem pascal. A leitura exorta-nos a sermos fiéis à Boa Nova que recebemos, para que não nos aconteça como aconteceu a muitos do antigo povo de Deus, que, por causa da sua infidelidade, não chegaram a entrar no repouso da Terra da Promessa.

 

Mc 2, 1-12: O perdão dos pecados anda sempre ligado à Boa Nova do Reino de Deus. O perdão dos pecados é a primeira libertação de que o homem precisa para poder sair do círculo fechado em que o Mal (o Maligno, diria S. João) o envolve e o angustia. O primeiro efeito do anúncio da Boa Nova será levar o homem, à luz da Palavra de Deus, a reconhecer-se pecador, a reconhecer o amor de Deus e a decidir-se a pedir-Lhe perdão.

 

AGENDA DO DIA

 

10.00 horas: Funeral em Alpalhão

18.00 horas: Missa em Nisa

18.00 horas: Missa  em Alpalhão.

 

 

A VOZ DO PASTOR:

 

PENSAR DÁ MUITA TRABALHEIRA!... Oh!, se não dá!...

 

Já pensaste bem naquele teu e meu presente que nos foi dado no Natal?!... Então, anda daí, junta-te a nós e vamos desembrulhá-lo. Às vezes, fala-se sem pensar. Não raro, mesmo quando se pensa, cumpre-se o ditado: “cada cavadela sua minhoca”, ou então: “ou entra mosca ou sai asneira”! Pensar é uma exigência do bom senso em ordem à verdade, ao bem e ao melhor. Muitas coisas não aconteceriam, ou aconteceriam, se, primeiro, se pensasse bem nas consequências do fazer ou do não fazer. É consensual que a Verdade anda por aí a lamentar-se e a manquejar, sente-se desconsiderada e muito mal tratada, desconfia-se dela, descarta-se, tantas vezes por indiferença, subserviências, interesses ou maldade. Coisas dos homens!... E das mulheres também!... Parte-se do princípio de que a diversidade de posições são todas iguais, têm todas o mesmo valor, o que interessa é falar!. No entanto, só a Verdade é verdadeira, embora a mentira possa ter alguma coisa de verdade. Há quem, por exemplo, use meias verdades para levar a água ao seu moinho. É uma forma de gerar embustes entre pessoas ou na própria sociedade. Faz-se passar mentiras muito bem empanadas em doces meias verdades. Mas só a Verdade é capaz de iluminar, orientar e promover a pessoa e o sentido da própria vida. Só a Verdade é o alicerce seguro da construção do bem comum. Só a Verdade nos restabelecerá de situações menos felizes que acontecem na nossa própria vida. Será na Verdade, que, um dia, no fim dos tempos, apesar dos muitos desencontros, encontros e encontrões por este vale de lágrimas, todos haveremos de nos encontrar.

O diálogo pode ser um ótimo meio para encontrar a Verdade. Não o diálogo-conversa-de-café onde cada um diz o que lhe apetece e parece, sem fundamento nem conhecimento de causa. Não o diálogo para o qual se parte com preconceitos, com conclusões preestabelecidas, com o desejo de vencer ou o medo de perder. Não o diálogo em que, em nome da liberdade, a pessoa se desvincula da referência à Verdade, nega a capacidade de a poder conhecer e de reconhecer o que é verdadeiro. Não o diálogo que usa formas de argumentar que encapotam aquele relativismo e subjetividade que, nada reconhecendo como definitivo, tem como medida o próprio EU e as suas decisões subjetivas, partindo do pressuposto de que a Verdade se manifesta, de modo igual, nas mais diversas situações e doutrinas, mesmo que contraditórias. Só o diálogo feito com reta intenção, com capacidade de escuta, com respeito mútuo, humildade e inteligência, dará frutos. É da discussão que nasce a luz. Se é a Verdade que se procura, a Verdade, poderá demorar em se mostrar, mas acabará por dar a mão à palmatória e saltar, não porque lhe doeram as reguadas, mas com a alegria de ter sido encontrada. Não a minha verdade, não a tua verdade, não a nossa verdade - ninguém tem o monopólio da verdade! -, mas aquela Verdade que todos procuramos. De facto, somos verdadeiros na medida em que buscamos a Verdade e nela procuramos viver, sem favorecer quem se esmera em defender interesses dúbios, quem usa ideologias esfarrapadas ou arrogância intimidatória. O respeito por todos não significa que possa haver indiferença perante a Verdade e o Bem. Pelo contrário, é o próprio amor que exige e incita a que se anuncie a todos o Bem que edifica e a Verdade que salva.

A terminar o tempo festivo do Natal, celebramos o Batismo do Senhor, no rio Jordão. Não tendo pecado, Jesus meteu-se na fila, misturou-se com os penitentes para ser batizado por João. Ao sair da água, porém, viu descer sobre si o Espírito Santo, o Espírito da Verdade, e ouviu o Pai a chamar-lhe Filho muito amado. Um dia, o encavacado Pilatos perguntou a Jesus o que era a Verdade. Jesus, porém, não lhe respondeu, até porque Pilatos não estava interessado na Verdade, só queria ouvir de Jesus o que ele e o povo gostariam de ouvir. Mas Jesus apresentou-se aos seus como o Caminho, a Verdade e a Vida. Para nós, cristãos, a Verdade plena é Jesus Cristo. Uma Verdade que nunca se impôs ou impõe, apenas se propõe e convida todas as pessoas à conversão e à fé, à alegria de viver na Verdade e de caminhar em direção à Verdade plena.

Para continuar esta missão que o Pai lhe confiara, Jesus instituiu a Igreja que, depois da Ressurreição, a enviou por todo o mundo, em seu nome, para chegar a todos e a cada um. Movida pelo Espírito Santo, a Igreja, apesar das suas debilidades e fraquezas - que são muitas porque também é humana -, tem o dever de obedecer e continuar a missão de Cristo, convidando à mudança de vida e de mentalidade, convidando à conversão e à Verdade, à vida nova em Cristo e à receção do Batismo. A missão de batizar está implicada na missão de evangelizar. O Batismo não é um simples rito, formalidade ou tradição. É uma verdadeira festa da família e comunidade cristãs, sobretudo quando todos estão conscientes do que celebram: um Sacramento, instituído por Cristo. Por ele, somos imersos na fonte de vida que é a morte de Jesus, o mais sublime ato de amor de toda a história. Por ele, ‘ressuscitamos’ para uma vida nova na comunhão com Deus e os irmãos. Por ele, tornamo-nos membros da Igreja e participantes do sacerdócio, profetismo e realeza de Jesus Cristo. Por ele, temos acesso à celebração dos outros sacramentos, todos eles graça do Espírito Santo, que alimentam, fortificam, exprimem a fé e tornam-nos portadores de uma nova esperança, os quais, para os crentes, são necessários para a salvação.

Ao celebrarmos o Batismo do Senhor, também fazemos memória do nosso próprio Batismo. Somos batizados no Espírito da Verdade, o qual nos transmite a ternura do perdão divino, nos impele para a Verdade e faz ecoar em nós a voz do Pai a chamar-nos filhos muito amados! Filhos e herdeiros, colaboradores na construção do seu reino, usufruindo de todas as graças que o Senhor nos oferece, na e pela sua Igreja, riqueza sem igual e tão pouco interiorizada!...

Constata-se que muitas pessoas batizadas, nunca avaliaram a riqueza do dom do Batismo, nunca refletiram sobre os seus efeitos e consequências, nunca lhe procuraram corresponder, comprometidos e agradecidos. Uns, por deficiente formação cristã, culpável ou não. Outros, por preconceitos ou indiferença. Outros, talvez por resistência à força da Palavra e ação do Espírito Santo, mesmo quando comprovadas pelo testemunho de quem anuncia. Mas quase todos, assim o acredito, porque nunca pararam para pensar! Estou convencido que, se se pensasse e se buscasse a Verdade, descobrindo o que significa ser batizado em nome da Santíssima Trindade, com certeza que não se negaria o Batismo aos filhos. Não se adiaria sem razão. Saber-se-ia escolher os padrinhos em função do seu testemunho eclesial. Ninguém, por respeito a si próprio e aos outros, ninguém aceitaria ser padrinho se a sua própria vida fosse vivida à margem da Igreja. Não se fugiria à preparação da celebração. Iria agradecer-se e ensinar a agradecer tão grande graça que o Senhor nos concede. A própria celebração aconselharia toda a família, ou pelo menos os pais e padrinhos, ao Sacramento da Reconciliação para receberem a Sagrada Eucaristia e testemunharem a comunhão em Cristo que, na Igreja e pela Igreja, batiza aquela criança tornando-a templo da Santíssima Trindade. Isto levaria a um melhor compromisso no dever de viver, defender, apoiar, espevitar e fazer crescer a fé da criança. Mesmo aos adultos não batizados, o Senhor diz: “Se hoje ouvirdes a voz do Senhor, não fecheis os vossos corações” (Sl 94). Estou certo de que, se pensassem, procurassem e descobrissem a Verdade, iriam, com certeza, afirmar como Santo Agostinho, afastado de Deus na sua juventude: “Tarde vos amei, ó Beleza tão antiga e tão nova, tarde Vos amei! Eis que habitáveis dentro de mim, e eu, lá fora, a procurar-Vos! ... Porém, chamastes-me, com uma voz tão forte, que rompestes a minha Surdez! Brilhastes, cintilastes, e logo afugentastes a minha cegueira!... Saboreei-Vos e, agora, tenho fome e sede de Vós. Tocastes-me e ardi, no desejo da Vossa Paz”.

Com isto, não estou a defender o proselitismo. Este é sempre de rejeitar, é negativo, não se coaduna com o espírito do Evangelho, não salvaguarda a liberdade e a dignidade da pessoa. Com isto estou apenas a propor e a pedir um tempinho para desembrulhar esse presente do Natal, para pensar e descobrir a riqueza do Batismo. Cada criança, cada jovem, cada pessoa, tem o direito de ouvir a Boa Nova da salvação, tem o direito de saber que Deus a ama e se entregou a si mesmo por ela. A este direito de cada pessoa corresponde o dever que a Igreja tem de ir e anunciar, no respeito pela liberdade de quem ouve e na consciência de que, se o encontro com Cristo acontecer, ele se deve à força da Palavra, à ação do Espírito Santo e ao testemunho de quem anuncia. Anunciar e testemunhar, com alegria e esperança, são o primeiro e o mais importante serviço de Caridade e Amor que os cristãos podem prestar à humanidade, começando pelas pessoas que mais se amam, a família. “Se hoje ouvirdes a voz do Senhor, não fecheis os vossos corações” (Sl 94).

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 2021-01-08.

 

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MENSAGEM DE SUA SANTIDADE

PAPA FRANCISCO

PARA O

XXIX DIA MUNDIAL DO DOENTE

(11 de fevereiro de 2021)

 

«Um só é o vosso Mestre e vós sois todos irmãos» (Mt 23,8)

A relação de confiança na base do cuidado dos doentes

 

 

Queridos irmãos e irmãs!

 

A celebração do XXIX Dia Mundial do Doente, 11 de fevereiro de 2021, memória de Nossa Senhora de Lurdes, é momento propício para prestar uma atenção especial às pessoas doentes e a quantos as assistem, quer nos centros de saúde quer no seio das famílias e das comunidades. Penso de modo particular nas pessoas que sofrem em todo o mundo os efeitos da pandemia do coronavírus. A todos, especialmente aos mais pobres e marginalizados, expresso a minha proximidade espiritual, assegurando a solicitude e o afeto da Igreja.

 

1. O tema deste Dia inspira-se no trecho evangélico em que Jesus critica a hipocrisia de quantos dizem mas não fazem (cf. Mt 23,1-12). Quando a fé fica reduzida a exercícios verbais estéreis, sem se envolver na história e nas necessidades do outro, então falha a coerência entre o credo que se professa e a vida real. O risco é grave; por isso Jesus usa expressões fortes, para acautelar do perigo de derrapagem na idolatria de si mesmo, e afirma: «Um só é o vosso Mestre e vós sois todos irmãos» (v. 8).

Esta crítica feita por Jesus àqueles que «dizem e não fazem» (v. 3) é sempre salutar para todos, pois ninguém está imune do mal da hipocrisia, um mal muito grave, cujo efeito é impedir-nos de desabrochar como filhos do único Pai, chamados a viver uma fraternidade universal.

Diante da condição de necessidade do irmão e da irmã, Jesus apresenta um modelo de comportamento totalmente oposto à hipocrisia: propõe deter-se, escutar, estabelecer uma relação direta e pessoal, sentir empatia e enternecimento, deixar-se comover pelo seu sofrimento até se encarregar dele, servindo-o (cf. Lc 10,30-35).

 

2. A experiência da doença faz-nos sentir a nossa vulnerabilidade e, ao mesmo tempo, a necessidade inata do outro. Torna ainda mais nítida a nossa condição de criaturas, experimentando de maneira evidente a nossa dependência de Deus. De facto, quando estamos doentes, a incerteza, o temor e, por vezes, o pavor impregnam a mente e o coração; encontramo-nos numa situação de impotência, porque a saúde não depende das nossas capacidades nem do nosso afã (cf. Mt 6,27).

A doença impõe uma pergunta sobre o sentido que, na fé, se dirige a Deus. Uma pergunta que procura um significado novo e uma nova direção para a existência e que, por vezes, pode não encontrar imediatamente uma resposta. Os próprios amigos e familiares nem sempre são capazes de nos ajudar nesta procura desgastante.

A este respeito, é emblemática a figura bíblica de Job. A esposa e os amigos não conseguem acompanhá-lo na sua desventura; até o acusam, aumentando nele a solidão e o desorientamento. Job cai num estado de abandono e de incompreensão. Mas é precisamente através desta fragilidade extrema, rejeitando toda a hipocrisia e escolhendo o caminho da sinceridade para com Deus e os outros, que faz chegar com insistência o seu grito a Deus que acaba por responder-lhe, abrindo um novo horizonte. Confirma que o seu sofrimento não é uma punição ou um castigo, nem mesmo um estado de distanciamento de Deus ou um sinal da sua indiferença. Assim, do coração ferido e reparado de Job, brota aquela vibrante e comovente declaração ao Senhor: «Só Vos conhecia por ouvir falar de Vós, mas agora já Vos viram os meus próprios olhos» (Job 42,5).

 

3. A doença tem sempre um rosto, e até mais que um: o rosto de cada pessoa doente, mesmo daquelas que se sentem ignoradas, excluídas, vítimas de injustiças sociais que lhes negam direitos essenciais (cf. Encíclica Fratelli tutti, 22). A atual pandemia pôs em evidência muitas insuficiências dos sistemas de saúde e carências na assistência às pessoas doentes. Aos idosos, aos mais frágeis e vulneráveis, nem sempre é garantido o acesso aos cuidados médicos, ou não o é sempre de forma equitativa. Isto depende das opções políticas, do modo de administrar os recursos e do empenho de quantos revestem funções de responsabilidade. Investir recursos nos cuidados e na assistência às pessoas doentes é uma prioridade ditada pelo princípio de que a saúde é um bem comum primário. Ao mesmo tempo, a pandemia pôs também em evidência a dedicação e generosidade de profissionais de saúde, voluntários, trabalhadores e trabalhadoras, sacerdotes, religiosos e religiosas que, com profissionalismo, abnegação, sentido de responsabilidade e amor ao próximo, ajudaram, trataram, confortaram e serviram tantos doentes e os seus familiares. Uma série silenciosa de homens e mulheres que optaram por olhar para aqueles rostos, ocupando-se das feridas de pacientes que sentiam como próximos em virtude da pertença comum à família humana.

Com efeito, a proximidade é um bálsamo precioso, que dá apoio e consolação a quem sofre na doença. Enquanto cristãos, vivemos uma tal proximidade como expressão do amor de Jesus Cristo, o bom Samaritano, que com compaixão Se fez próximo de todo o ser humano, ferido pelo pecado. Unidos a Ele pela ação do Espírito Santo, somos chamados a ser misericordiosos como o Pai e a amar, de modo especial, os irmãos doentes, frágeis e atribulados (cf. Jo 13,34-35). E vivemos esta proximidade pessoalmente, mas também de forma comunitária: na realidade, o amor fraterno em Cristo gera uma comunidade capaz de curar, que não abandona ninguém, que inclui e acolhe sobretudo os mais frágeis.

A propósito, quero recordar a importância da solidariedade fraterna, que se manifesta concretamente no serviço, podendo assumir formas muito diferentes, mas todas elas tendentes a apoiar o próximo. «Servir significa cuidar dos frágeis das nossas famílias, da nossa sociedade, do nosso povo» (Homilia em Havana, 20 de setembro de 2015). Neste compromisso, cada um é capaz «de pôr de lado as suas exigências e expectativas, os seus desejos de omnipotência, diante do olhar concreto dos mais frágeis [...]. O serviço olha sempre o rosto do irmão, toca a sua carne, sente a sua proximidade até, em alguns casos, a “sofrer”, e procura a promoção do irmão. Por isso, o serviço nunca é ideológico, já que não servimos ideias, mas pessoas» (ibid.).

 

4. Para que haja uma boa terapêutica é decisivo o aspeto relacional, através do qual se pode conseguir uma abordagem holística da pessoa doente. A valorização deste aspeto ajuda também os médicos, enfermeiros, profissionais e voluntários a ocuparem-se daqueles que sofrem para os acompanhar ao longo do itinerário de cura, graças a uma relação interpessoal de confiança (cf. Nova Carta dos Agentes de Saúde, [2016], 4). Trata-se, pois, de estabelecer um pacto entre as pessoas carecidas de cuidados e aqueles que as tratam; um pacto baseado na confiança e no respeito mútuos, na sinceridade, na disponibilidade, de modo a superar toda e qualquer barreira defensiva, colocar no centro a dignidade da pessoa doente, tutelar o profissionalismo dos agentes de saúde e manter um bom relacionamento com as famílias dos doentes.

Esta relação com a pessoa doente encontra uma fonte inesgotável de motivações e energias precisamente na caridade de Cristo, como demonstra o testemunho milenar de homens e mulheres que se santificaram servindo os enfermos. Efetivamente, do mistério da morte e ressurreição de Cristo brota aquele amor que é capaz de dar sentido pleno, tanto à condição do doente, como à da pessoa que dele cuida. Assim o atesta muitas vezes o Evangelho quando mostra que as curas realizadas por Jesus nunca são gestos mágicos, mas fruto de um encontro, uma relação interpessoal, em que ao dom de Deus, oferecido por Jesus, corresponde a fé de quem o acolhe, como se resume nesta frase que Jesus repete com frequência: “Foi a tua fé que te salvou”.

 

5. Queridos irmãos e irmãs, o mandamento do amor, que Jesus deixou aos seus discípulos, encontra uma realização concreta também no relacionamento com os doentes. Uma sociedade é tanto mais humana quanto melhor souber cuidar dos seus membros frágeis e atribulados e o fizer com uma eficiência animada por amor fraterno. Tendamos para esta meta, procurando que ninguém fique sozinho, nem se sinta excluído e abandonado.

Confio todas as pessoas doentes, os agentes de saúde e quantos se prodigalizam junto aos que sofrem, a Maria, Mãe de Misericórdia e Saúde dos Enfermos. Que Ela, da Gruta de Lurdes e dos seus inumeráveis santuários espalhados por todo o mundo, sustente a nossa fé e a nossa esperança e nos ajude a cuidar uns dos outros com amor fraterno. A todos e cada um concedo, de coração, a minha bênção.

 

Roma, em São João de Latrão, a 20 de dezembro de 2020, IV Domingo de Advento.

 

Francisco

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